Justin havia ido no banheiro, pediu para que eu esperasse alguns segundos antes de podermos finalmente fazer amor. Eu estava ansiosa, admito, ansiosa até demais. Seria minha primeira vez, e seria com o Justin. O tanto que eu estava ansiosa, eu estava nervosa. Eu sabia que não iria me arrepender, mas não era esse o motivo do meu nervosismo, o motivo era: Será que estou pronta para dar adeus ao Justin? Eu não queria que ele considerasse aquilo como uma despedida - o que de fato era -, eu não queria que ele sentisse raiva de mim quando descobrisse que irei partir para França - mas eu sabia que ele sentiria. Eu sabia.
Olhei no relógio e marcava 22hrs, então ouvi um barulho de porta abrindo, animei-me toda mas não era a porta do banheiro do Justin. Em seguida ouvi o barulho de algo sendo destravado e em seguida pude ouvir o barulho de tiro. Rapidamente fiquei de pé e bati na porta do Justin.
- Só mais um segundo! - ele pediu.
Por um segundo fiquei aliviada por ele estar bem, mas por outro segundo fiquei confusa. Sentei-me novamente na cama e então fui invadida por outros barulhos e todos acabavam em tiro. Eu nunca tinha passado por isso, nunca tinha ouvido coisas que não aconteciam perto de mim. Mas, não era só isso. Eu não conseguia apenas ouvir os barulhos de disparos... eu conseguia sentir o cheiro do sangue.
Por impulso abri a janela do quarto e olhei para rua deserta e tranquila, pulei dali mesmo, aterrissando no jardim da Pattie. Em seguida, senti minhas pernas me guiarem para onde elas queriam, não me dei conta para onde estava indo, apenas sabia que era longe da casa do Justin. Entrei em uma rua ainda mais deserta, conseguia ouvir o barulho do vento e de um batimento fraco... E o cheiro de sangue ainda mais forte.
Em uma casa simples de esquina, encontrei um corpo jogado ao pé da escada, com sangue por todo o lado. Era dali, pensei, era dali o cheiro. Abaixei-me ao lado do corpo, virei-o para poder ver seu rosto. Era um rapaz de no máximo 30 anos.
- Me ajude! - suplicou ele. - Chame a ambulância...
Eu não me movi, apenas o vi suplicar por minha ajuda. Após um tempo, ouvindo o batimento dele enfraquecer cada vez mais, eu o puxei fazendo seu corpo apoiar no meu.
- Eu posso fazer a dor parar! - disse.
- Como?
- Apenas me diz se quer!
- Q-quero! - ele implorou.
Abaixei, calmamente, a gola da blusa social que ele vestia. Com meu dedo passei pelo seu pescoço lentamente, empurrando-o para o lado para que pudesse ter uma visão melhor daquele pescoço. Senti minhas presas crescerem e em um piscar de olhos já estava agarrada ao pescoço dele, sugando o sangue. O rapaz tentou se soltar, mas era inútil toda sua luta, afinal, eu era mais forte que ele. Empurrei-o lentamente para poder ver seu rosto, seu batimento agora estava por um triz, ele era forte e lutava para se manter vivo.
- Eu estou tentando te ajudar! Você aceitou minha ajuda! - disse.
- Não me mate... eu tenho uma filha... - ele sussurrava cada palavra com dificuldade, temendo que fosse seu ultimo suspiro.
- Não se preocupe, eu cuido dela. Igual como estou cuidando de você!
- N-não...
- Shhhh - ponho meu dedo em sua boca, pedindo para que se calasse.
Mordo meu pulso e obrigo-o a beber meu sangue. Ele tenta evitar, mas como disse, eu era mais forte que ele.
- Eu estou cuidando de você! - sussurrou ao pé do ouvido dele. - Qual é o seu nome?
- William...
- Tenha um bom descanso! - é tudo o que eu digo antes de quebrar o pescoço dele e deixá-lo na escada como eu havia o encontrado.
Respiro profundamente, sentindo o cheiro da grande cidade... sentindo cheiro demais sangue.
- A próxima vitima - digo para mim mesma, voltando a andar pelas ruas. - Não está tão longe assim!
Agora eu sabia para onde eu estava indo, tinha o total controle agora e eu não queria parar, queria mais. Não demorei a chegar no grande hospital de HangerFalls, onde o cheiro de sangue estava por toda parte.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.