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História Vampires will never hurt you - But that doesn't mean I won't bite you.


Escrita por: mingyuspuppy

Notas do Autor


OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
31 de outubro, né? eu tinha que aproveitar e fazer uma coisa especialzinha
essa é uma oneshot de halloween, sem muito terror né, mas o suficiente pra dizer que fiz
a capa é da ina pq ela eh a top dessa porra (ina tops?)
tive ajuda tbm da carol né oi carol se vc estiver lendo isso eu te am pARA DE ADIVINHAR AS COISA
ignorem os erros pq to aqui correndo mais que satanas fugindo de jesus
espero que gostem rs

Capítulo 1 - But that doesn't mean I won't bite you.


— Você perdeu, Byun, aceita. 

Chanyeol cantarolou, se divertindo o máximo possível da minha cara com aquele pirulito na boca dele. E eu realmente não conseguia achar graça naquilo. Por que eu inventei de apostar com esse idiota? Ah, eu me xingava mentalmente. Relembremos a merda que eu fiz. 

Vejamos: Park Chanyeol, o gay platinado que vive me perseguindo, porque, mesmo depois de ter chupado vários, ele não consegue admitir a si mesmo que eu sou hétero. Sério, ele não cansa de fuder com a minha paciência sempre que é possível, adorando encher o meu ouvido com as palavras pervertidas dele. E aposto que, se ele estivesse lendo isso, diria que não é com a minha paciência que ele gostaria de fuder. 

De qualquer forma, eu também não tenho culpa se ele acha que eu sou homofóbico. Eu realmente não sou, só odeio quando ele insinua que eu tenho uma carinha de menina. Tá, eu posso até ser mais bonito que o normal, mas isso não significa que eu tenha que me vestir como uma menina! E, por mais infeliz que seja, fora isso que ele sugeriu caso vencesse a aposta. A maldita aposta.

Depois de eu quase bater num menino chamado Luhan — na verdade, eu bati nele mesmo — exatamente por ele ter dito a mesma coisa sobre o meu rosto, o idiota do Chanyeol foi lá ajudar o garoto e eu não me aguentei; resumindo, eu bati feio no Park e fui parar na detenção. Só não esperava que ele também fosse comigo. E, enquanto discutíamos novamente, ele teve a brilhante ideia da aposta. 

— Vamos fazer assim, Byun: se eu tirar uma nota maior que a sua em matemática, você vai ter que se vestir de menina no Halloween e fazer o que eu pedir. 

Agora, vocês acreditam que eu deixei meu orgulho falar mais alto e aceitei essa aposta de merda? Pois é. Palmas para Byun Baekhyun, o mais retardado. Fui inventar de confiar nas minhas habilidades em matemática e me fudi. E, agora, se exibindo, estava ele, Park Chanyeol, faltando um dia para a festa de Halloween. 

— Tá, eu já entendi, mas como você quer que eu faça isso? Eu não tenho uma roupa de garota. 

— Não é como se isso fosse te impedir. Eu posso pegar uma roupa emprestada da minha irmã, mas, do jeito que você é anão e nada magrinho... — Ele ficou me devorando com aqueles olhos gigantes. Filho da puta. 

— Ah, vai pra puta que pariu. — Revirei os olhos já cansado daquelas atitudes e me virei, saindo da sala, mas antes gritei. — É bom você arranjar essa porra ou eu não vou fazer nada!

Saí batendo os pés, irritado com tudo aquilo. Se eu desse sorte, Chanyeol não teria como me obrigar a fazer a aposta e se esqueceria de tudo. Bom... Foi o que eu desejei que acontecesse, mas eu sou mais azarado que gente que vê gato preto na sexta-feira 13. 

No dia seguinte, eu já estava todo felizinho em casa, porque o Park não tinha feito nada em relação a nossa aposta, ele provavelmente já tinha esquecido. E eu não podia estar mais feliz enquanto comia os meus doces e assistia uma maratona qualquer de filmes de terror. Porém, todavia, contudo, entretanto, devia ter suspeitado que aquele platinado é um endemoniado e não perderia a chance de me ver do jeitinho que ele queria.

Aí minha mãe veio correndo me avisar que tinha um menino bonitinho fantasiado na porta, me chamando. Gente, eu já achei que era trote de Halloween e ela não tinha percebido, mas, quando desci, era só Park Chanyeol mesmo. Eu me transformei na infelicidade em pessoa. 

Ele estava vestido de vampiro. E, meus amigos, queria poder dizer que aquela fantasia estava uma merda, mas parece que melhorava ainda mais a cara daquele babaca. 

— O que você quer? — Perguntei, todo impaciente por ele estar interrompendo meu dia maravilhoso. 

— Só vim cobrar o meu prêmio. — Ele levantou uma sacola de papel. Ah, não. — Vamos, Byun, não é tão difícil. 

— Cara, eu vou vestir essa merda pra quê? — Eu estava tentando fugir e esperava que desse certo de novo.

— Para a minha diversão, eu ganhei e quero minha recompensa como combinamos. — O Park se apoiou na minha porta e me deu a sacola, tudo com aquele olhar convencido e o sorrisinho que eu mais detesto nesse mundo. Eu só revirei os olhos e fechei a porta na cara dele com todo ódio antes de me enfiar no banheiro. 

Por que eu estava fazendo aquilo? Eu podia simplesmente ter mandado ele pro inferno e jogar essa sacola no lixo, mas eu sabia que Chanyeol tinha suas cartas. Ele espalharia uns boatos nojentos de mim por aí só pra se vingar, então era melhor eu não arriscar. Tive que suspirar muito fundo antes de abrir aquela sacola sem soltar um grito.

A primeira coisa que eu vi foi uma peruca, depois um uniforme bem parecido com aquelas de colegial japonesa, mas, o pior de tudo, foi uma calcinha. De renda. Rosa. De onde que Chanyeol tirou aquilo? Ele podia estar querendo aquilo tanto assim, mas... Limites, né? Eu não achei que ele fosse tão longe! Certo, esquece aquele papo de não gritar, eu vou é berrar pra todo mundo ouvir mesmo. 

Byun Baekhyun tá muito na merda. 

Embaixo de todas aquelas coisas, tinha uns dois bilhetinhos. Pronto, só faltava ser meu atestado de óbito. 

"Oi, Baekkie! ^-^
O Channie me pediu pra emprestar essas coisas pra você
Desculpe por ter falado do seu rosto naquele dia
E não sabia que você se interessava por essas coisas!
Você pode até parecer um anjinho, Baek, mas você é um safado mesmo, hein? 
Vou te perguntar tudo depois. 
- Luhan"

Eu estava fodido.

"SOU EU DE NOVO, O LUHAN!
Esqueci de dizer: eu comprei uma calcinha pra você.
Isso deve deixar as coisas melhores, não é?
Espero que seja do seu tamanho, deduzi pela sua bunda (que é muito bonita, aliás)
E também que façamos as pazes com isso!
BOA SORTE, BAEK!"

Mentira. Eu estava SUPER HIPER ULTRA MEGA fudido. 

Quase chorei de desespero depois de ler aquelas coisas. O Park Babaca Chanyeol realmente havia planejado tudo, aquele filho da puta. Armou para que Luhan também fosse testemunha daquela aposta ridícula e para que, assim, eu não pudesse fugir. Tudo o que eu queria era que aquela noite acabasse o mais rápido possível. 

♡♡♡

Eu ajeitei a merda daquela peruca pela última vez, porque, puta que pariu, ô troço que pinica! E aquela calcinha... Sem comentários. No geral, até que aquela coisa de se vestir de menina não caiu tão mal. Digo, eu não fiquei feio. Bom, de qualquer modo, eu continuo rejeitando qualquer ideia que se passe pela cabeça de Chanyeol.

Respirei fundo antes de sair do banheiro, sem esquecer de olhar para os lados e ver se minha mãe estava olhando. Só sei que saí correndo até a porta e acabei descobrindo que a saia subia toda vez que eu o fazia, ou seja, teria que ter cuidado pra não mostrar o meu lindo pintinho preso na fodida renda rosa. Tudo bem, aquilo era de menos. O pior mesmo foi ver a cara satisfeita de Chanyeol. 

— Belas pernas. — Ele soltou naquele tom provocador.

— Vai se fuder.

— Eu prefiro que você venha fazer isso. 

Eu mandei o meu olhar enojado para ele antes de cruzar os braços e revirar os olhos.

— Só me diz o que eu tenho que fazer pra acabar com isso logo, por favor.

— Então, Byun, doces ou travessuras? — Ele perguntou, brincando, com um sorriso perverso no rosto e eu sabia que ali tinha merda. — Você vai ter que rodar pela vizinhança perguntando isso e vendo se as pessoas irão desconfiar se você é mesmo uma mulher.

Ah, não.

— Tá de brincadeira, né?

— E eu vou gravar, porque esse vai ser um dia épico para a história da minha vida. 

Ótimo. 

— Chanyeol, se você já não fosse o capeta, eu te mandava pro inferno. 

— Isso é meio contraditório já que eu posso te levar ao céu. — Ele piscou pra mim e eu quase ri. Meu Deus, ele era muito retardado. De repente, ele agarrou a minha mão e começou a andar com cada passo enorme que eu quase não conseguia acompanhar. — Vamos, eu não quero perder tempo.

— Você fala como se eu quisesse. 

— Mas você age como. 

— Isso é porque sua cabeça não interpreta as coisas direito, Park, você já deveria ter entendido que a escolha de fazer isso aqui foi sua e não tem nenhuma partezinha de mim que concorde com essa merda. E será que dá pra ir mais devagar? Não é todo mundo que tem uma perna do tamanho da sua!

Ele me olhou, rindo como se fosse a melhor piada que já tivesse ouvido. E eu não posso negar, mas eu achei levemente bonitinho aquela expressão nova. Era um Chanyeol se divertindo, porém sem nada indecente no meio. 

— E se você quisesse andar direito, era só ter soltado minha mão. — Ah, claro, ele não podia deixar passar... Naquele mesmo instante, larguei a mão dele e passei na cuidadosamente, levantando meu nariz só pra ele ver que eu não era pouca bosta. — Sua bunda fica muito bonita nessa saia, Baek.

Desgraçado. 

— Quer parar de ser tão inconveniente? — Virei e gritei pra ele, abaixando a saia mais uma vez e esperando ele me alcançar novamente, porque eu já não queria mais ficar na frente dele. 

O Park Idiota voltou com aquele sorrisinho pervertido e eu não me limitei a ranger os dentes pra ele. Andamos mais alguns metros e paramos de frente a uma casa cheia de enfeites com abóboras sorridentes e coisas do gênero. Eu encarei Chanyeol, que tirava o celular do bolso e ajeitava a capa da sua fantasia. Argh, ele era um metido mesmo.

A gente andou até a porta e tocou a campainha. Por fora, eu só mantinha meu rosto fechado, sério, mas, por dentro, eu estava berrando algumas preces e pedindo para aquela noite não piorar. Vocês não sabem a minha felicidade quando foi uma idosa que abriu a porta com uma criança grudada em sua perna. Chanyeol me beliscou e eu lembrei do que eu tinha que falar

— Doces ou travessuras! — Soltei quase num grito fino, sentindo o platinado segurar o riso atrás de mim enquanto gravava tudo. Queria mandar um daqueles olhares mortais pra ele, mas a velhinha me olhava alegremente. Ela falou alguma coisa pra criança, que foi correndo para dentro da casa. 

— Ah, vocês deram sorte, são os primeiros de hoje! E ficam tão bonitos juntos... — Chanyeol já ia abrir a boca pra falar alguma coisa, mas ela continuou. — Ah, menina, e você tem sorte de ter um rapaz bonito como ele ao seu lado. 

Esquece o papo da felicidade. Que velha descarada. Fechei a cara mesmo, não estou nem aí. 

— Obrigado. — E o fodido ainda agradeceu! Já ia começar a abrir a boca pra soltar umas poucas e boas pra aquela velha, mas o menino havia voltado com uma cestinha cheia de doces e nos entregou. E quem é Byun Baekhyun para negar? Tive que agradecer também. 

Nós demos tchau pra velha e, assim que ela fechou a porta, o filho da puta começou a rir como um condenado, mostrando os dentes de vampiro. E eu estava com tanta raiva que senti o meu rosto esquentar e tratei de ir andando o mais rápido possível pra longe dele. 

— Ei, namorada, aonde pensa que está indo? — Ele gritou, correndo para me alcançar. 

— Namorada vai ser a minha mão na sua cara! 

— Por que não bateu naquela senhora se é assim? — Chanyeol colocou as mãos no bolso e eu sabia que ele estava se divertindo. Eu só rosnei pra ele e continuei com os meus passos em direção à próxima casa.

E, por todas as outras que nós passávamos, eu era confundido. Não houve uma que desconfiasse do meu gênero. Aquela noite só não ficou tão insuportável, porque eu vi o Park levar um susto de um gato preto e também de uma criança que estava enrolada em papel higiênico, alegando que estava vestida de múmia. 

Ela nos ofereceu alguns ovos para jogar numa casa que havia negado doces e, claro, nós não deixamos a oportunidade passar. O único lado ruim foi ter que correr como uma puta manca depois disso, tendo que segurar a mão de Chanyeol e aquela saia que tava mais para uma minissaia. Estou imaginando a bosta que deve ter ficado o vídeo dele naquele celular. 

Respiramos fundo antes de tocar a campainha de mais uma casa enquanto eu ajeitava a peruca novamente.

— Essa vai ser a última casa, eu prometo.

Assim que ele falou, uma menina que aparentava estar lá pelos seus 10 anos abriu a porta. 

— Doces ou trave...

— Isso aí é cosplay fajuto de Crepúsculo? — Ela nem deixou eu terminar de falar, ô menina mal educada. 

— Como assim? 

— Tá parecendo que você é a Bella e ele é o Edward. 

— Quase isso. — O Park falou. — Então, você acha que...

— Ah, não, espera, vocês estão gravando? Tem que gravar uma daquelas cenas épicas que o vampiro tá quase mordendo o pescoço da mocinha!

— Calma, mas...

Isso é tão bonitinho!

— Menina, dá pra calar a porra da boca e ouvir o que a gente que falar? — Gritei, já estressado. Ela desmanchou o sorriso e fechou a cara, me olhando que nem um demônio. 

— Só respondo se vocês fizerem isso pra mim. 

Eu olhei irritado para Chanyeol, comunicando-o pelo olhar que a aposta acabava ali, mas ele só mordeu o lábio e voltou a responder a insuportável. 

— Já que é assim... — Ele entregou o celular para a menina e me puxou pela cintura. Gente, quase, mas quase mesmo, eu soltei aqueles gritinhos de filme. Eu estava corpo a corpo com Chanyeol, que me olhava como se fosse a coisa mais normal do mundo enquanto eu, provavelmente, arregalava os olhos, assustado, e tentava contestar, mas nada saía da minha boca. E, de repente, eu senti a respiração dele no meu pescoço. 

Golpe baixo. Eu era muito sensível ali. 

Eu já estava me estremendo nos braços dele e, quando ele botou os lábios ali, eu gemi. Gemi mesmo. Foi algo bem baixinho e eu esperava que ele não tivesse sido capaz de ouvir. A situação só piorava com a perna dele entre as minhas, roçando no meu pênis, e a calcinha de renda entrando na minha bunda. O que estava acontecendo com a minha heterossexualidade? Satanás só podia ter armado pra mim naquele dia. 

— Pronto! — A menina disse e Chanyeol desprendeu o rosto do meu pescoço. — Ah, vocês são tão bonitinhos... 

Meu Deus, meu rosto estava tão quente, acho que eu estava corado. Eu só virei meu rosto pro outro lado para que ele não pudesse ver e usei a cestinha pra esconder a ereção que surgia sob minha saia. Ouvi Chanyeol perguntar e tudo o que eu ouvi foi a garota dizendo:

— Dá pra perceber que ele não é uma menina, mas, com essa peruca aí, vai enganar todo mundo mesmo. 

— Você o quê? — Me segura que eu vou dar na cara dessa pirralha sem noção. — E ainda pede pra gente fazer uma coisa dessas, você só pode estar maluca! Cadê os seus pais? Eles sabem que você fica fazendo essas coisas com os outros? 

Se eu não tivesse que esconder minha excitação, minha gente, eu já tinha tacado essa cesta de doces na cara dessa vagabunda. 

— Deixa ela, Baekhyun, vamos. —  Ele já ia puxar meu braço, mas eu estava todo tenso, com medo dele ver que eu estava duro. Apenas desviei dele e dei as costas para aqueles dois, seguindo o caminho de volta. Aproveitei aquele momento para respirar fundo e tentar me acalmar. No fim, acabei mesmo pegando um dos pirulitos que tinha no meio de tantos outros doces. — Achei que você ia puxar os cabelos da menina ali mesmo. —  Chanyeol admitiu ao me alcançar.

— Bem que eu queria, mas... — Voltei a ficar tenso quando lembrei o porquê de não ter partido pra briga com a garota. 

— Mas...? 

— M-Mas... Como você é sem graça, você me impediu de fazer isso! — Inventei aquela desculpa idiota. Jesus, eu precisava controlar meu nervosismo. 

— Agora você se tornou um menino obediente? — Chanyeol provocou. 

Eu abri a boca diversas vezes, mas não consegui responder nada, apenas abaixei a cabeça e tentei me esconder o meu rosto naquela peruca ridícula. O que estava acontecendo comigo? Bom, se o Park percebeu alguma coisa, ele não falou nada. 

— Vamos para minha casa. — Ele puxou o meu braço novamente, mas, consigo, levou meu corpo todo, porque do jeito que eu tava grudado no chão de tão tenso...

— O quê? Por que eu tenho que ir pra sua casa? — Eu falei tão rápido e tão alto. Eu precisava me controlar ou ia deixar tudo na cara daquele filho da puta.

— Não é como você fosse ficar com todos os doces, Byun. — Ele sorriu daquele jeito e, caralho, acho que morri. Nunca tinha parado pra perceber como aquele sorriso de canto dele era sexy. Merda, eu tinha mesmo que me controlar ou não ia mais dar pra esconder a minha ereção. Certo, acho que podia aguentar mais alguns momentos sem dar merda. 

Estava com medo que a casa do Park fosse mais longe, mas — pela primeira vez naquele dia — eu tive a sorte de ser só algumas quadras longe dali. O caminho foi silencioso, só podíamos ouvir os nossos passos, porém teve uma hora que Chanyeol meteu a mão na cestinha para pegar uma bala e eu acho que fiquei mais duro que pedra; acho que parei até de respirar, viu? E quando ele tirou a capa preta da fantasia... Eu só queria poder entender como ele, de repente, se tornara tão atraente para mim. 

Quando chegamos, estava tudo tão escuro e silencioso, eu quase achei que ia aparecer um daqueles palhaços psicopatas na hora que Chanyeol acendeu a luz. A casa daquele platinado nojento era só um pouco maior que a minha. A sala de estar era enorme e tinha um cômodo só para a cozinha, que foi o primeiro lugar que eu pude analisar melhor já que foi lá que ficamos. Perguntei onde estavam os pais dele e recebi de respostas só resmungos. Preferi não falar muito, mas fiquei mais nervoso, não minto. 

Aproveitei que aquilo tinha acabado e tirei aquela peruca irritante. Senti o olhar do Park em cima de mim e eu nem consegui mandar o meu olhar mortal, porque eu sabia que, se eu olhasse, ficaria ainda mais duro do que já estou. Deve ser os hormônios, esses traidores. Larguei também o diabo daquela cestinha, que, por um grande acaso, foi minha salvadora. E como eu escondia minha ereção? Eu grudei na mesa, o que impedia ele de ver a minha saia, e não sairia dali até que eu realmente fosse embora. 

— Escolha os seus. — Eu estava um pouco fora do ar e até devo ter murmurado um "huh?" quando ele disse aquilo, mas descobri assim que vi seus olhos percorrerem os doces que agora estavam espalhados pela mesa. 

Tratei logo de pegar todos que tinham chocolate. Chanyeol preferia os mais artificiais, como pirulitos e balas fajutas. Os meus estavam derretendo, talvez devido ao tempo que ficaram dentro da cesta abafada, então não hesitei de comer o que estava mais mole, porque, se eu levasse pra casa, acho que o bichinho não resistiria. O problema é que eu fui retardado de novo e me melei todo com o chocolate, desde as minhas mãos até o meu rosto. Ah, ótimo, Baekhyun, passa mais vergonha na frente do seu inimigo mesmo que tá tudo certo. 

E o pior de tudo... Como eu ia sair dali pra me limpar sem o demônio perceber o meu pinto duro? 

Eu olhei para todos os lados, procurando qualquer coisa que pudesse me ajudar naquele momento, mas eu estava muito na merda mesmo. E Chanyeol, que tinha seus olhos em mim o tempo todo, soltou uma risadinha divertida, cancelando aquele ambiente silencioso. Meus olhos se ergueram meio desesperados pra ele — foi um ato inconsciente, devo dizer — e ele se aproximou de mim, largando as balas que escolhia e elevando rapidamente o meu braço. 

Ele não ia fazer isso...

A boca de Chanyeol capturou um dos meus dedos sujos de chocolate e começou a chupá-lo, lambendo-o e, incrivelmente, limpando-o. E tudo isso enquanto me olhava maliciosamente, fingindo uma inocência naquele ato. E, puta que pariu, isso piorou tudo lá embaixo. Piorou tanto que eu nem fui capaz de me mover, de abrir a boca pra gritar e nem pra gemer. E ele repetiu isso até que todos estivessem bem limpos. 

Assim que ele terminou e se afastou um pouco, passando as línguas sobre os lábios, eu já estava prestes a sair correndo, porém continuei sendo impedido por ele ao puxar-me pelo braço, dessa vez tomando a coragem de me prender entre ele e a mesa. 

— Você acha que eu não percebi, Baekhyun? 

— P-percebeu o quê? — Eu tentei me fazer de besta, mas acabei gaguejando. Palmas pra mim, o mais discreto.

— Isso aqui. — As mãos dele me alisaram por cima da saia e me segurava pra não soltar um gemido sequer na frente dele, mordendo meus lábios, apesar de que não adiantaria muito já que seus olhos de lobo não deixavam escapar qualquer expressão diferente que eu fizesse. — Acha que eu não ouvi o seu gemido naquela hora? Acha que eu não notei como você ficou depois daquilo? 

Filho da puta. Ele sabia de tudo. Desde o início. Filho da puta. 

Eu queria bater nele, talvez esmurrá-lo até que perdesse a consciência, mas aquilo estava se tornando algo muito bom. Bom demais. A cada palavra que saía de sua boca, seus dedos seguravam mais forte o meu membro por cima da roupa. Eu joguei meu pescoço pra trás, tentando evitar os gemidos que queriam sair, e o Park deslizou seus lábios por ali, me causando arrepios e me fazendo segurá-lo pelos braços. 

As mãos deles começaram a percorrer todo o meu corpo: iam das minhas pernas até debaixo da blusa, sem nenhum pudor. Cacete, e a língua dele me chupando exatamente na área que eu era mais sensível. Não consegui mais aguentar quando ele segurou a minha bunda por debaixo da saia. 

— C-Chanyeol... — Sussurrei quase gemendo o nome daquele insuportável. — Por favor...

— Por favor o quê, Baekhyun? — Ele perguntou sugestivamente e eu sabia bem o que ele queria. Ele só iria continuar se eu falasse, se eu pedisse, se eu implorasse. E, com aqueles beijos estalados descendo pela minha clavícula e seu corpo grudando no meu, eu sabia que iria acabar fazendo de um jeito ou de outro.

Eu me arrependeria no dia seguinte, mas eu queria muito. E estava decidido a esquecer de toda birra naquele momento. 

— Por favor, me fode. 

As palavras tinham saído da minha boca sem nenhum filtro e até ficaria surpreso se os lábios de Chanyeol não tivessem atacado desesperadamente os meus. Não ia mentir, eu também estava desesperado. Devolvi o beijo na mesma intensidade, travando nossas línguas em uma batalha onde eu praticamente deixava ele vencer. 

Suas mãos seguraram com força a minha bunda antes de me erguer para o seu colo e jogar todos os doces da mesa no chão para que eu pudesse me deitar ali. Meu Deus, a gente ia fuder na cozinha dele. Na mesa de jantar. Cacete. 

Quando a mão dele atingiu a barra da blusa, levantei os braços para que ele pudesse tirá-la mais fácil. A boca dele desceu mais, brincando com meus mamilos, e eu jurei pra vocês que quase gozei naquela hora. Soltei alguns gemidos arrastados, já sem aguentar, capturando o olhar atento dele e um sorriso vitorioso. Ah, droga. E o infeliz continuou a ir mais pra baixo, finalmente tirando aquela maldita saia. Eu o ouvi arfar de admiração. 

— Ah, Baek, você é um menino tão obediente... — Ele puxou o elástico da calcinha de renda, que se estalou contra a minha pele e me obrigando a gemer de novo. — Não achei que iria se entregar tanto ao ponto de usar isso. 

Os dedos finos do Park voltaram a massagear meu pênis e ainda o provocou na glande, que já saltava pra fora da fina renda rosa. Santo Deus, eu não iria admitir aquilo em voz alta, mas ele era talentoso e não era à toa que todos caiam na sua lábia e, por vezes, adoravam repetir. Uma pena que Chanyeol era do tipo de não repetir figurinha e eu me sentia mal só de saber que eu também me tornara uma entre tantas no seu álbum. O problema, na verdade, era eu estar adorando tudo aquilo.

— Sabe, Byun, você teimava tanto, mas eu sabia que, uma hora, iria ceder. 

Ele depositava alguns beijos e chupões na minha virilha enquanto espalhava o pré-gozo por debaixo daquela calcinha maldita. Eu queria pedir para que ele tirasse logo aquela merda, mas os gemidos não deixavam, então rocei o meu joelho entre suas pernas, tentando chamar-lhe a atenção, mas parece que aquilo causava-lhe outra reação. Uma reação que eu me deliciei muito em ver. Os cabelos platinados dele caindo sobre seu rosto ao soltar um gemido levemente sôfrego. Ele me lançou um olhar como se eu tivesse atiçado-o. E eu gostei tanto que repeti a dose, acariciando-o por cima daquela fantasia com meu joelho, tomando cuidado para aquela brincadeira não virar algo pior. Caralho, era muito bom ver Chanyeol daquele jeito. 

Eu nem tinha percebido um sorriso malicioso, como aqueles que eu costumava ver em seu rosto, até que o Park parou de brincar com minhas coxas e me olhou como se eu tivesse feito algo de errado. Meu rosto se desmanchou em uma feição assustada e ele me puxou de volta até que eu ficasse em pé de novo, só para que, então, deitasse sobre a mesa, mas agora de costas pra ele. Meus pés não tocavam o chão e minha bunda ficava, provavelmente, numa posição muito agradável daquele jeito. 

— Está começando a se comportar mal, Baek, e eu não posso deixar isso passar.

— O-o que vai fazer agora? — Tive a coragem de perguntar, tentando olhar o que iria acontecer por cima do ombro e minhas mãos esparramadas sobre a madeira. Ele puxava minha calcinha para baixo, para as minhas coxas, tirando-a. 

— Vou te ensinar a ser um garoto bonzinho. — Os dedos longos deslizaram pelas minhas nádegas num carinho perigosamente excitante antes de desferirem um tapa contra as mesmas. Caralho. Tinha doído muito, mas eu tinha achado graça naquilo. Eu só podia estar louco. Em outras situações, se Park Chanyeol tivesse dado um tapa em minha bunda, eu não estaria tão duro como naquela hora. Ele fez mais uma, duas, três, quatro vezes e eu gemi com todas elas. Eu sentia ferver naquela área, formigar como nunca, mas respirei fundo e fechei minhas mãos em um punho. 

Puta merda. — Praguejei, esperando que tivesse sido baixo o suficiente para que ele não ouvisse, mas eu sabia que nada escapava dele naquela hora, então logo fui retribuído com outro tapa estalado. Não esperava sentir falta das mãos dele me tocando, mas, quando ele as afastou para poder tirar as suas próprias roupas, eu quase me amaldiçoei pelos meus hormônios atiçados. 

Levantei um pouco o tronco para que pudesse analisá-lo melhor. Chanyeol conseguia ser bem ágil naquilo, seus dedos deslizaram pelo zíper da calça, que não demoraram a se encontrar com o chão. Eu devia estar assistindo àquela cena com uma cara de pervertido, pois, quando nossos olhos se encontraram de novo, um sorriso diferente surgiu no rosto dele, uma mistura de surpresa e admiração. Ah, cacete, e que sorriso bonito. 

Ele veio em passos lentos até mim, sem quebrar o contato visual, mas logo o fazendo ao me pressionar bruscamente contra a mesa de novo. Eu ri entre um gemido contra a madeira quando ele me bateu de novo no mesmo lugar. Mas, se teve uma coisa que eu me arrepiei mesmo, foi quando ele passou o dedo dela me entrada. Assim. De repente. Eu me calei e fiquei mais tenso que pedra, de novo. Chanyeol se ajoelhou e abriu minhas nádegas, me fazendo corar violentamente. 

— Chanyeol, o que você... — Fui interrompido pelo meu próprio suspiro após por mais um de seus tapas

— Calado. Não abra a boca a não ser que seja para gemer. — Ah, se aquelas palavras fossem ditas em outra ocasião, não seria eu quem estaria levando tapas... Porém, naquele momento, eu só faltava rebolar na cara do Park. Principalmente na hora que ele começou a passar sua língua ali. 

Eu estava um pouco assustado, não iria mentir. Aquela era uma sensação nova: boa, porém assustadora. Toda vez que ele provocava aquele ponto, eu estremecia em suas mãos, segurando meus barulhos contra a minha própria palma. Droga. Conseguia sentir sua respiração quente ali no meio e não resisti em me mexer um pouco ao sentir o músculo molhado me explorar naquela área. E continuei naquilo, me segurando para não gozar só com a língua dele. 

Suspirei chateado quando ele se levantou e parou com aquela estimulação. Já ia me virar novamente para ver o que Chanyeol estava fazendo, mas logo seus dedos me penetraram e eu fui obrigado a soltar um grito de surpresa. Dois. De. Uma. Vez. Como que ele fazia aquilo sem nem me avisar? Ele só pode ser louco! Lancei um olhar meio mortal para o filho da puta, que só retribuiu com outro provocante e aquele sorriso que eu odeio tanto. 

Com movimentos circuladores e de tesoura, eu me contraía sobre a mesa de madeira. O dedo de Chanyeol era longo, eu achava que ia ter um colapso quando ele colocou mais outro e os mexeu em um vai-vem gostoso, mas, ao mesmo tempo, desconfortável. Doía um pouco, eu não iria mentir, mas acho que aguentava. Eu rebolava contra os dígitos dele como uma puta, de qualquer forma. 

Mas teve um momentos que os dedos do Park me atingiram em um ponto mágico, aquele que quase me levou ao céu. Que me fez arrepiar e gemer em alto e bom som. Tive até vergonha do barulho que eu fiz. Chanyeol até recolheu sua mão, dando uma risada perversa. 

— Veja o quão entregue você está, Baekhyun, gemendo desta maneira numa mesa de jantar... — Ele me puxou pelos cabelos, sussurrando ao meu ouvido. — Se você queria tanto assim, era só ter me falado, porque eu já quero te fuder há muito tempo. 

A voz grossa de Chanyeol não me ajudava, eu ficava duro a cada palavra que ele dizia. 

— Se eu tivesse percebido antes, a gente não estaria fazendo isso pela primeira vez, Park. — Eu já não tinha noção das coisas que saiam da minha boca, que permanecia aberta por conta das suas mãos envolvidas no meu cabelo e esboçava traços de um sorriso malicioso. 

— Eu devia ter suspeitado o quanto você queria me provar, não precisava ser tão teimoso. — Com uma risada preenchendo o ambiente, ele me largou e eu finalmente pude me sentar e virar para ele, que se afastava da cozinha.

— A-aonde você vai? — Perguntei, já sentindo novamente falta de seus toques.

— Lubrificante e camisinha. Espere aí mesmo na mesa, porque hoje você vai ser meu jantar, Byun. — Ouvi o grito dele quando sua silhueta havia desaparecido na escuridão dos corredores.

Eu arfei de ansiedade e não consegui me segurar com ele longe. Aproveitei aquela deixa dele não estar com os olhos focados em mim e comecei a me masturbar. Não queria gozar agora, mas também não queria deixar de sentir prazer, e eu já estava ficando dolorido com tudo aquilo. 

Minha mão direita envolvia o meu pênis, indo de baixo para cima num ritmo lento, enquanto a esquerda se apoiava na mesa. Meus pés não tocavam o chão e, um pouco antes do calcanhar, o tecido de renda rosa deixavam minhas pernas juntas, balançando toda vez que eu estremecia. Eu mantive o tom baixo, que soava e percorria pela cozinha silenciosa, com a cabeça jogada para trás. Ah, droga... E foi no meio de tudo aquilo que a figura de Chanyeol apareceu na porta do cômodo com uma expressão petrificada, os olhos me atacando de um jeito selvagem.

C-Channie... — Sussurrei manhoso, encarando-o com o meu rosto distorcido em deleitamento. 

Ele veio até mim em passos rápidos, largando as coisas que tinha em mãos na mesa e atacando bruscamente seus lábios contra os meus. Sua língua passeando com a minha numa só dança e suas mãos obrigando as minhas a arrodearem seu pescoço. Como eu estava na ponta da mesa, aproveitei pra enroscar meu membro no dele. Logo, suas palmas tomaram rumo à minha bunda, apertando-a com força o suficiente para me fazer gemer no pé de seu ouvido. 

Quando me dei por conta, já estava deitado novamente naquela mesa, mas, desta vez, podendo analisar as feições de Chanyeol, que também já se encontrava em cima de mim. Agora, era eu quem puxava os fios platinados para que ele não quebrasse o beijo, porque, naquele momento, a boca dele na minha estava se tornando o meu novo paraíso. Os dígitos, que antes pressionavam minha bunda, se encontravam no meio delas novamente, forçando-me a separar dele um pouco. 

Ouvi o barulho de uma embalagem sendo rasgada e suas mãos desenrolando a camisinha. Ele pegou um tubinho, que eu deduzi que seria o lubrificante, e despejou um pouco no próprio membro, espalhando-o por toda sua extensão. Eu assistia aquilo maravilhado. Meu Deus, como aquela cena não ganhou um troféu de melhor pornô do mundo? 

Chanyeol puxou meu quadril mais para perto, segurando nas minhas coxas e se posicionando contra minha entrada. 

— Vai doer um pouco, mas depois passa. 

— Eu sei.

— Ah, você sabe? — Ele indagou, rindo maliciosamente.

— Vai logo, Chanyeol. — Pedi, já querendo dar um tapa nele e puxando-o pelo pescoço. 

— Você é tão impaciente, Baek... 

Aquelas foram as últimas palavras que eu ouvi antes dele me adentrar por completo. E, meu Deus, eu não sabia se me arrependia ou se pedia por mais. Primeiro, porque doeu muito. Doeu. Pra. Caralho. Algumas lágrimas desceram até minhas bochechas e eu dava pequenos tapas agoniados no ombro de Chanyeol, o qual tinha seus lábios formados em uma fina linha e suas mãos espalmadas na mesa um pouco mais acima do meu rosto, sustentando-o em cima de mim. 

Por outro lado, o Park pulsava dentro de mim e aquilo era maravilhoso. Se tornara uma sensação tão boa que eu acreditei que isso logo iria sobrepor a dor. Chanyeol permaneceu parado até que eu abrisse os olhos e acenasse com a cabeça, dando permissão para que ele prosseguisse. Ele começou a se mover devagar, saindo e entrando, e, quando viu eu apertar os olhos, passou a me beijar no mesmo ritmo. 

Ele percebeu o quanto eu estava querendo tornar aquele beijo em algo mais bruto e sorriu contra os meu lábios, passando a estocar mais forte e mais rápido. Minhas unhas desceram e passaram a arranhar suas costas, fazendo-me ouvir, pela primeira vez naquela noite, Chanyeol arfar ofegante no meu ouvido. 

— Ah, droga, tão apertado... Merda, Baekhyun, você é maravilhoso.

Choraminguei quando ele disse aquilo, pois, cada vez mais, ele deslizava para dentro de mim com mais força, esmagando as minhas paredes. 

— Eu quero que grite pra mim, Byun, como uma garotinha indefesa. Quero ver você pedir por mais, quero ouvi-lo gemer o meu nome. — As mãos dele voltaram a puxar os meus cabelos e eu arqueei as costas quando ele tocou no meu ponto de novo.

Droga, eu estava odiando o jeito que ele me enlouquecia. 

Abri a boca num grito mudo e puxei-o mais para mim, fazendo-o afundar no meu pescoço. A respiração insana no meu ouvido e os chupões que deixavam até a minha clavícula não me distraiam, na verdade, me deixavam ainda pior. E, quando ele me acertou de novo, eu senti que estava chegando ao ápice. 

— C-Chanyeol, por favor... — Solucei, minha voz embaçada pelo choque de nossos corpos. 

— Diga. 

— F-Faz de novo. 

— O quê? Isso? — Ele atingiu a minha próstata mais uma vez.

— Isso! — Eu gritei desta vez, bem como ele queria, e seu quadril passou a se movimentar e me atacar somente ali. Certo, eu estava lá, não podia mais segurar. — Channie!

Gemi alto, novamente fazendo como ele pediu antes e atingindo o meu ápice, liberando o líquido branco, que rapidamente sujava meu abdômen. Minhas mãos ainda se embrenhavam nos fios platinados e ele diminuía o ritmo, permanecendo somente com as estocadas fortes, mas lentas. Não demorou a Chanyeol gozar também, sussurrando roucamente palavras incompreensíveis.

Merda, aquilo realmente estava me enlouquecendo. 

Nossas respirações ofegantes se difundiram em uma só quando eu coloquei meus lábios no dele, beijando-o com voracidade e trocando de posição, ficando por cima. Ele passeava as mãos pela minha cintura e depois descia para mais tapas estalados nas minhas nádegas. Enquanto isso, eu aproveitei para marcar a pele dele também e rebolar em seu membro. Chanyeol gemia também contra minha boca e eu só conseguia me sentir orgulhoso daquilo. 

Mas aí um som de um carro estacionando nos chamou a atenção.

— Baekhyun, acho que meus pais chegaram. 

Merda. 

Me levantei rapidamente e procurei pelas roupas que estavam jogadas pelo chão com vários doces ao redor. Eu me vestia apressado e o Park só ria do meu desespero, tirando a camisinha e escondendo o lubrificante em um armário qualquer da cozinha. Eu já conseguia ouvir o barulho da chave quando ele ainda estava colocando a calça, então bati o pé meio nervoso e fui ajudá-lo a pelo menos colocar a blusa da fantasia. 

Ele deu uma leve ajeitada nos meus cabelos e eu tentei não olhá-lo, porque meu coração batia tão rápido que eu sabia que faria alguma merda. 

— Eu já vou, acho que isso foi meio que longe demais. — Anunciei, já virando as costas sem esperar pela resposta dele, que soltou aquela risada infame e agarrou a minha mão, caminhando apressadamente junto a mim.

— Eu te acompanho, Baek, uma mocinha como você não pode perambular sozinha assim pelas ruas. — Zombou e eu só lhe dei um tapa no braço, prestes a respondê-lo, mas não o fazendo assim que vi os pais dele.

Eu corei até o último fio do cabelo, porém fiz uma reverência e desejei um "boa noite" bem baixinho, quase como se fosse para mim. Os parentes de Chanyeol nem tiveram tempo de falar alguma coisa, pois logo ele me puxou de novo, dizendo que já voltava. Ah, droga, o que os pais dele iam pensar de mim? 

Por que eu tava pensando nisso?

Ugh, e por que eu deixava o idiota entrelaçar sua mão na minha?

Por que eu o fazia sem nem sentir uma pontinha de ódio?

Bufei e deixei ele me levar para casa, vagando pelas ruas desertas e enfeitadas por abóboras iluminadas e sorridentes. 

♡♡♡

No dia seguinte, eu cheguei na escola usando um cachecol. Não estava frio o suficiente para aquilo, então usei a desculpa que tinha ficado doente, porque eu não podia mostrar as marcas que Chanyeol fizera em mim. Na verdade, Chanyeol tinha deixado tantas coisas em mim. 

Eu estava tão dolorido. Eu não podia me sentar que doía como o inferno. E o medo de olhar para ele... Oh, droga, não era medo. Era mais como uma ansiedade. Eu estava curioso como ele reagiria assim que passasse por aquela porta. Talvez eu estivesse mesmo doente, porque eu prendi minha respiração quando ele o fez. 

Seus olhos logo caíram sobre mim, analisando-me, e erguendo uma sobrancelha antes de abrir o maldito sorriso de canto. Fechei a cara e escondi minhas bochechas no cachecol na hora que desviei o olhar do dele. Minha sorte era que a cadeira dele ficava do outro lado da sala para evitar que saíssemos aos tapas, apesar de que agora eu queria recebê-los em um lugar específico... Merda, o que eu estou falando? Eu estou ficando doente, não é possível. 

Avistei Luhan e seu rostinho realmente feminino me acenando, um tanto feliz. Ele fez a simulação de um boquete e eu enrubesci na hora. Como ele podia ser tão sem vergonha? Neguei com a cabeça e deixei que meu rosto focasse na janela e na vista das folhas caindo, tentando evitar a vontade de olhar para o platinado enquanto o professor começava sua aula. 

Senti meu celular vibrar no bolso, talvez fosse Jongdae, um dos meus amigos, comentando sobre sua noite de Halloween, então não hesitei em abrir. Um número desconhecido me chamava, mas, só pelas mensagens, eu já sabia quem era. 

"no que está pensando?" 

Olhei para a cadeira dele, só para confirmar. 

"estou pensando no quanto eu quero bater nessa sua cara feia"

"bater, é?"

"ah, chanyeol, cala a boca"

"eu estou me perguntando como você conseguiu sentar depois de ontem"

Fiquei meio chocado com aquilo e senti minhas bochechas queimarem.

"vai se fuder"

"acho que eu já disse que eu prefiro que você venha"

"CALA A BOCA"

"vem calar (;"

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH"

"xDDDD"

Eu estava ficando nervoso, talvez um pouco excitado. Ah, Deus. Pedi licença para o professor, alegando que eu precisava ir na enfermaria, que eu estava me sentindo mal, e logo saí daquela sala que estava se tornando abafada. Me apoiei em um dos armários do corredor vazio e tomei uma lufada de ar. Eu precisava me controlar. Quase xinguei em voz alta quando ouvi os passos tomando conta do ambiente silencioso. 

— Por que está se escondendo nesse cachecol? — A voz grossa dele atingiu os meus ouvidos.

— Não quero que as pessoas vejam a merda que você fez em mim.

— Pelo o que eu sei, você também colaborou pra isso. — Eu não tinha como responder aquilo. Eu queria mesmo. — Olhe só, Baekhyun, você também fez suas merdas em mim e nem por isso eu estou escondendo. — Chanyeol levantou um pouco o pescoço e apontou para um dos chupões que eu tinha deixado nele ontem. 

— Não é você que tem uma reputação a manter. 

— Ah, certo, então você quer continuar sendo visto como um hétero. Já entendi, mas espero que você se toque que não pode esconder sua verdadeira sexualidade de si mesmo.

Ele falou rudemente, tão sério, que chega me encolhi. Ele não estava mentindo. Eu só ia reprimir meus desejos daquela forma. O silêncio chegava a incomodar, mas nenhum de nós parecia querer falar alguma coisa.

— Não tem problema nenhum em você ser gay, Baekhyun. — Ele murmurou pra mim, ainda mantendo o bico e os braços cruzados, visivelmente irritado. 

— Meu problema não é ser gay, Chanyeol, é ter ficado com você. — Levantei meu tom de voz, cansado. — Eu não quero ser mais um da sua listinha, o seu prêmio mais merecido, pra você ficar esfregando pra todo mundo que finalmente conseguiu transar comigo. 

— O quê?

— Só... esqueça o que fizemos ontem, certo? — Pedi, tendo coragem de olhar nos olhos dele, que expressavam tanta confusão. 

— Baekhyun, será que dá pra calar a boca e parar de olhar só para si mesmo por uma única vez? — Fechei os olhos ao ouvir as palavras dele. — Eu desejei aquilo por tanto tempo, não dá pra simplesmente apagar isso da minha cabeça! Se eu soubesse que iria se arrepender tanto assim... 

O tom de Chanyeol parecia decepcionado e, quando eu abri meus olhos novamente, não consegui encontrar os dele. Seu rosto estava virado, os lábios novamente se pressionavam numa linha fina e o olhar vagava pelo piso do corredor. Ele suspirou e balançou negativamente a cabeça, dando as costas pra mim e indo de volta para a sala.

Porra, e eu me senti tão mal. Meu coração se prendia a um sentimento de que eu estava deixando escapar uma chance importante e as palavras começavam a querer sair por impulso de novo. Baixei o meu orgulho e o puxei pelo casaco, vendo-o virar de má vontade para mim:

— Espera. 

Ele já ia perguntar o que eu ainda queria, mas meus lábios já se grudavam aos dele. Esperava que não fosse tão difícil manter o equilíbrio na ponta dos pés, porém o Park me atraía tanto que eu tinha que fazer um imenso esforço para que minhas pernas não bambeassem. Quando me afastei, seus grandes olhos se arregalavam ainda mais confusos quanto antes. 

— Eu não me arrependo, Chanyeol. Na verdade, quero que você lembre de tudo e quero que faça de novo até. Eu sou egoísta pra caralho, eu sei, mas eu só queria que não me tratasse como alguém de uma noite só. — Minha voz falhava e eu tinha medo da resposta que ele poderia dar. Merda, eu estava me curvando a Chanyeol. — Por favor, seja meu namorado. — Eu soltei. Soltei mesmo. 

E, droga, aquilo demorou tanto que eu já estava quase chorando como todas as outras garotinhas e garotinhos que saiam correndo depois de serem rejeitadas por ele. 

— Você é tão adorável, Baekhyun. — Seus dedos passaram a fazer um carinho leve na minha bochecha e eu voltei os meus olhos para ele, puxando-o para mais um beijo. Só que, dessa vez, um beijo de verdade.

Daqueles que a gente praticamente se comia. 

Na verdade, a gente estava praticamente se comendo naquele corredor. Meu corpo estava entre ele e os armários, e os estalos que soavam pelo ambiente silencioso eram tão eróticos quanto. E eu não queria mesmo parar. 

— Cacete, Baek, você está me deixando duro. 

Rocei nele só para confirmar — e talvez para abusá-lo um pouco —, ouvindo-o arfar rouco contra a minha boca. 

— Doces ou travessuras? — Perguntei sugestivo, abrindo um sorriso perverso. 

— Minha boca já não é doce o suficiente para você?

— Isso não vale, senhor Park, sinto que não vou ter como te poupar. — Empurrei-o de leve, deixando-o sozinho, e comecei a voltar para a sala. — Vai ser divertido vê-lo tentar esconder isso aí. — Ri por último, mostrando-lhe a língua. — Feliz Dia das Bruxas, Channie. 

— Vai tomar no cu, Baekhyun! — Ele gritou ainda no corredor enquanto eu adentrava sorridente para assistir a aula. 

O professor perguntou se eu já estava melhor e eu apenas assenti, vendo Chanyeol entrar logo depois com uma feição irritada. Eu não conseguia parar de rir. Peguei o celular cuidadosamente, sem que ninguém notasse, e mandei uma mensagem para ele.

"eu prefiro que você venha meter em mim (:"

"baekhyun..."

"não se preocupe, channie, eu pago um boquete depois (;"

"pelo amor de deus, para"

"não estou mentindo"

"PARA"

"xD

aliás, você não me respondeu"

"como se você não soubesse qual é a minha resposta"

"ah, eu só queria ver você dizendo que prefere me fuder do que fuder outras pessoas..."

"BAEKHYUN

PRESTA ATENÇÃO NA AULA"

"tá :(

mas não se esqueça que hoje eu vou te chupar, tá?"

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH"

Abri um sorriso para ele, fazendo a mesma simulação de boquete que Luhan mostrara pra mim mais cedo. Ele cerrou os punhos e respirou fundo, o que me fez rir demais. Ele parecia desesperado agora, tentando disfarçar o volume em sua calça. Meus olhos bateram no quadro, mas eu só conseguia pensar em Chanyeol. 

Passei minha mão pela mordida que ele tinha deixado no meu pescoço. Como um vampiro. Ah, aquela fantasia foi um milagre. Deus abençoe as fantasias de vampiro. Garotas de 10 anos. E Park Chanyeol. 


Notas Finais


meu primeiro smut gente um dia pra recordar
ENTOA O QUE ACHARAM???????
eu tive tantas ideias que escolher uma só foi difícil
e aviso que overcome tbm ja esta sendo escritaaaAAAAA
obrigada quem chegou até aqui e feliz halloween meus amore
ate a proxima s2


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