— Me desculpe minha senhora a culpa é minha — disse um homem baixinho meio calvo que aparece saindo das sombras — ele foi muito arisco quando fui tratar de suas feridas, mas isso não se repetirá, eu prometo.
— Acredito em você — disse Laura se aproximando desse homem que ficara aterrorizado com esse ato implorando com os olhos que ela o perdoa-se — sabe o por quê?
— Me perdoe eu não vou errar na próxima vez — implorou o homem parecendo ainda menor sobre o olhar daquela mulher não muito maior que ele.
— Me responda — exigiu Laura o encarando com um olhar frio.
— Não sei minha senhora — respondeu o homem suando frio.
— Porque mortos não erram — disse Laura um pouco antes de arrancar seu coração vendo o homem cair lentamente no chão — Victor!
— Sim, Laura? — perguntou ele sem se abalar com aquela cena tão acostumado com os atos impulsivos e cruéis de sua chefe.
— Livre-se do corpo — disse Laura soltando o coração — e da próxima vez cuide você mesmo dos meus brinquedos, você sabe que odeio erros e você é a única pessoa que nunca errou nesses 165 anos que trabalhou pra mim.
— Se estivesse errado eu já estaria morto — disse Victor indo pegar o corpo.
— Ainda bem que não errou preciso de você mais do que aqueles inúteis que transformei depois.
— Obrigado pelo elogio — disse Victor se erguendo junto ao corpo.
— Mas isso não significa que não terá o mesmo destino dele se errar — disse ela sem qualquer emoção — e já que é você creio que faria pior.
— Isso é compreensível, agora se me der licença levarei o corpo — disse esperando a permissão.
— Vá enfrente pode fazer isso — disse Laura o vendo sair da sala.
— Quanto tempo pretende me deixar pendurado aqui? — perguntou Paulo se pronunciando pela primeira vez dês que ela entrara.
— Por mim a noite toda, mas o quero bem descansado para o que quero fazer — disse ela indo pegar as chaves para solta-lo.
— E o que seria?
— Não se aprece é uma surpresa o que vou fazer — disse Laura começando a aproxima-se.
— Nunca fui fã de surpresas -- disse Paulo a vendo se esticar para solta-lo.
-- Dessa você vai gostar -- disse ela o soltando fazendo-o segura-la pressionando seu braço em seu fino pescoço.
-- Quase me arrependo de ter que fazer isso.
-- Se arrepende nada -- disse ela mostrando o menor sinal que iria reagir.
-- Então só vou perguntar uma vez aonde fica a saída? -- perguntou Paulo.
-- Segue o corredor e vira a direita no final -- respondeu Laura sem se importar.
-- Obrigado -- disse ele quebrando o seu pescoço antes de sair do quarto, isso não iria mata-la, mas a atrasaria o suficiente.
Pouco tempo depois Victor entrara no quarto a vendo caída no chão se aproxima colocando seu pescoço no lugar. -- Você devia ser mais cuidadosa -- disse ele a ajudando a se levantar parecendo irritado, afinal aquela não era a primeira vez que fazia isso e algo lhe dizia que não seria a última.
-- Sei disso vou acabar perdendo a cabeça se continuar brincando com a comida -- disse ela massageando o pescoço sentindo seus ossos voltarem ao lugar.
-- Vai acabar mesmo -- concordou Victor condenando internamente tal hábito -- o que faremos com o caçador?
-- Deixe-o ir -- respondeu Laura com tranquilidade.
-- Mas Laura...
-- Eu disse, deixe-o não me faça repetir -- disse ela irritada.
-- Como queira, mas o que vamos dizer para os anciões? -- perguntou Victor preocupado ciente da relação difícil entre Laura e os líderes da espécie.
-- Que formos invadidos, roubados e que a pessoa em questão fugiu -- respondeu Laura sem dar a menor importância a situação.
-- E se descobrirem que essa pessoa era um caçador?
-- Eu nunca disse que não tinha um caçador sobre o meu poder -- disse ela abrindo um sorriso malicioso -- disse que não tinha ele sobre o meu teto, o que é verdade ele não estava no teto da minha boate estava embaixo dela.
-- Sabe que o caçador voltar com reforços, né?
-- Tô contando com isso -- disse sorrindo.
-- Por que tenho a impressão que isso faz parte de um plano seu? -- pergunto desconfiado.
-- Porque faz -- respondeu ela o vendo suspirar derrotado.
-- Preciso saber mais que isso?
-- No momento não -- respondeu Laura -- agora, por favor, vá para o meu depósito e tire a caixa 13 de lá, aproveite e deixe alguns corpos lá quero que os anciões acreditem que realmente fui roubada.
-- Está bem, deseja mais alguma coisa?
-- Desejo, mas não é nada que você possa fazer -- respondeu ela neutra com o dedo passando pelo queixo -- agora vá temos que deixar tudo pronto antes que as nossas visitas cheguem.
Continua...
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