História Veela - Drastoria - Desinibições

POV Astoria Greengrass

Merda! Merda! Mil vezes merda! Como é que isto foi acontecer? Olho o desastre em minha volta. Olho minhas roupas amassadas , retorno a olhar o desgraçado á minha frente, que sorria idiotamente para mim.

– Larga de estar tão preocupada, Astoria…- diz aquela voz irritante, com um deixe de maldade na voz, a vontade que me dava era pular no pescoço dele e esganar até ele, se calar.

– Como não estar preocupada?...Presa com uma ameba que nem você?- Respondo, tentando me controlar, mas ele deixava a tarefa bem difícil.

– A gente chama os elfos para fazer de novo….

– Põe esse cérebro loiro para pensar… como assim…fazer de novo…? E a tempo? A Pansy vai me matar…

– Ela ladra mas não morde…- Sério, eu queria não rir, mas foi mais forte que eu até que voltara novamente no normal.

– Doninha albina…como foi deixar o bolo cair ?...

– Ele caiu…também era só a prova do bolo…oras a culpa não foi minha …estava ocupado com outras coisas….- Diz ele sorrindo para mim, viro o rosto, vermelha - E não me chama de doninha albina , Greengrass…

– Chamo como quiser..Malfoy..- Sento-me a uma distância segura, o ar estava sendo sugado pelo ego enorme que ele possuía.

Bem, como explicar o que aconteceu, como um bolo de mais de seis andares, se estatelou no chão e as nossas roupas amassadas. Eu já rezava a Merlin, porque Pansy iria decapitar-me, mas não consigo evitar que os meus pensamentos fujam para o que havia acontecido.

“ Tudo começou de manhã, a Pansy insistiu que os padrinhos tínham de ir com ela fazer a prova do bolo. Sério , prova do bolo? Ela nunca que iria casar, estava mais que decidido, não queria ser tirana que nem Pansy, no meu dia de folga que podia dormir confortavelmente até tarde, ela acorda-me com uma coruja, para a prova do bolo?

 Enfim…não insisti muito nisso, se ela queria ir…não ia fazer desfeita, afinal era o casamento dela. Só muita paciência no final de contas e porque gostava dela.

Vamos á Dedos de Mel em Hogsmeade, que a Pansy insistiu que era o sítio ideal para fazer o bolo do seu casamento monumental! Que tédio…

Cheguei lá na hora acordada, tinha aparecido primeiro uns segundos depois, aparece o Draco, que olhou para mim e em volta, arqueja a sobrancelha.

– Chegamos muito cedo ?

– Creio chegamos a horas, a Pansy é que está atrasada…

Suspirei irritada e ele acompanhou, abrindo a porta da doçaria.

– Vamos entrar…?

– Sim, porque não….

Nisto entramos, mal a senhora Mel nos viu nos chamou para a sala onde estava o bolo, dizendo que a srta.Pansy tinha dito que não podia vir, mas que eles provavam se gostavam e mandavam fazer ou não, aquele para o casamento. Olhamos um para outro, o suspiro fez-se coletivo, porque ela fazia aquilo com eles?

– Tudo bem…-dizemos quase ao mesmo tempo. Aproximamos do bolo,  que era gigante, todo branco, mas havia uma fatia que estava em um prato, com dois garfos. Estranhamos, mas tinha o mesmo aspecto do bolo, não reclamamos e pegamos um pedaço, comendo.

Mas algo estranho acontece ao comermos o pedaço, um calor subia-me acima, mas um calor absurdo, vou tentar pegar algo para beber, estava ficando com sede, com tudo, só queria tirar a roupa, como é que isto aconteceu ? Que raio tinha o bolo ?

Olho para o Draco, grande erro, ele estava como eu. Tirou o casaco, ficando só de camisa cinza colada ao corpo. Céus, o que casacos não escondem ? Que peito por Merlin…

Que pensamentos são estes, pelas cuecas de Merlin, o que eu estou pensando? Parecia que não via homem á séculos Astoria…Pensando bem…aff afasta os pensamentos, afasta os pensamentos…

Nesse momento ele olha para mim, tinha uma espécie de fogo no olhar, eu engoli em seco, não por medo, nem por vergonha, mas porque eu queria o mesmo.

Ohhh Merlin, me tire daqui…não ele, não Draco Malfoy. Me tento afastar para ir embora, mas minhas pernas não me obedeciam, ele se aproximava lentamente, me segura pela a cintura com um braço, com o outro me força a olhar seu rosto.

– Tente fugir…Asty…- diz falando arrastado e muito baixo, bem perto do meu ouvido, podia sentir seu hálito quente no meu pescoço. Engulo em seco, ainda numa tentativa meio ridícula, coloco minha mãos no seu peito tentando afastá-lo, mas ao sentir a firmeza ali, por Merlin. A minha mente repreendia fortemente o que estava fazendo…mas que firmeza...afasta daqui Astoria…

Ele não me deixa pensar, me beija ali mesmo, tento o repelir, mas não queria, eu queria aquele beijo. E céus como ele beijava bem…. Colo minhas mãos por detrás de sua nuca, o colocando mais perto de mim, nos colando praticamente um no outro. Ele solta um gemido contra minha boca, passeando livremente suas mãos pelo o meu corpo. Naquele momento não queria saber, só queria que ele continuasse fazendo aquilo…

De repente, um POP se ouve, um guinchinho baixo, era um elfo doméstico, meio envergonhado e eu no susto, afasto o Draco de mim, o empurrando, ele se desequilibrando, se agarra com força na mesa e lá vai ao chão um bolo de casamento de seis andares…

_NÃO...

E foi assim que chegamos a esta situação…”

Enquanto me perdia nestes pensamentos , o silencio perdurava. Podia- se ouvir o barulho lá fora, enquanto ali na cozinha, o silêncio era cortante e incomodativo. Até que uma voz muito espantada vem perto de nós, era a senhora Mel.

– Mil perdões, senhora…

– Oh minha querida não há problema…- Diz ela com um largo sorriso, eu e a doninha albina, olhamos para a mulher meio desconcertados, tínhamos deitado o bolo ao chão e ela não estava zangada, de facto parecia …feliz?

– O bolo estava...bom...

– Ainda bem, pelo o que vejo…-Diz olhando o estado das nossas roupas, fico meio vermelha, nem me atrevo a olhar para ele. A mulher alarga o sorriso.

Me despeço da senhora, saiu da loja, aparatando de lá para minha casa, nem despedindo da doninha.

POV Draco Malfoy

Que raios tinha acontecido ali? É só o que me questiono…

Acabo de aparatar na Mansão Malfoy. Me questionando e questionando…repasso mentalmente tudo que aconteceu desde inicio até agora…

Primeiro a mulher é um cubo de gelo, me detesta de morte , depois tem aquela vertente sensível em que deixou que a abraçasse quando estava com pânico de espaços apertados, vamos na maldita prova do bolo, depois sinto uma vontade incontrolável de a beijar e depois ao beijá-la em vez de me repelir , ela corresponde e céus como ela era quente, como ela estava entregue se o elfo não tivesse aparecido o que não teria acontecido…

Merlin , quem raios é você Astoria Greengrass…não te entendo…mas agora mais do que nunca quero entender….que mais segredos você esconde minha bela Greengrass…?

Pego num copo de firewhisky, ainda submergido nestes pensamentos.

Mesmo não querendo admitir, ela estava intrometendo-se nos meus pensamentos mais do que gostaria. E isso era assustador.

POV Narradora

Enquanto isso na Dedos de Mel…

– Senhora Mel…- Diz um voz sonhadora, era Luna, acompanhada de Pansy, Blaise , Daphne e Theodore.

– Oi srta.Luna, e senhores e senhoritas….

– Como correu ? – Pergunta Luna.

– Na perfeição, aquela poção que a senhora colocou no pedaço resultou bem…

Os outros olham Luna, com a cenho franzido.

– Que você colocou no bolo, Luna ? – Pergunta Daphne.

– Poção desinibidora, faz com que as pessoas diminuíam suas inibições e façam o que realmente querem…e pedi ajuda a senhora Mel para nos ajudar…

– Ohhhh!- Foi murmúrio geral ali na loja. Os amigos olharam Luna com algo de temor, no que ela pensava normalmente? Era meio surpresivo aquelas ideias ardilosas.

– Adoro romances…- diz a senhora Mel, com olhos muito sonhadores.- Jovens enamorados, me lembra tanto minha história com meu falecido marido…

– É mesmo…sra. Mel, que romântico…- Diz Luna também sonhadora, agarrando as mãos da Sra.Mel.

Os outros ficam meio rindo com elas duas, arquejando a sobrancelha depois. Só Luna para ter uma ideia dessas. Mas estava indo bem…os seus amigos estavam começando a se entender…