10 horas e 45 minutos, quinta-feira.
(Tiger High School)
Havia terminado a quarta aula do dia e os alunos saiam das salas e enchiam dos corredores. Ashley até esse aquele momento não havia visto Justin. Já ele estava a procura dela, e não achava.
Ashley foi caminhando até seu armário, e como sempre, carregava em suas mãos uma montoeira de livros e cadernos. Por conta disso caminhava com um pouco de dificuldade tentando desviar das pessoas que estavam nos corredores andando de um lado para o outro.
Quando chegou ao seu armário, apoiou os livros no outro armário e colocou a senha no seu com um pouco de dificuldade. Depois de um curto período de tempo conseguiu abri-lo e colocou tudo dentro do mesmo. Mas quando fechou a porta deu de cara com três garotas. Três garotas que ela não queria ver em nenhum momento de sua vida ou morte.
― Olá, ratinha. ― Kimberly falou arqueando as sobrancelhas.
― o que você quer, Kimberly. ― falou em um tom de insatisfação.
― eu vim aqui te dar um aviso. ― falou apontando um dedo para o peito da garota.
― e que aviso seria? ― falou sem se intimidar.
― Fica. Longe. Do. Meu. Namorado. ― falou pausadamente.
― ficar longe? ― se fez de desentendida. ― mas eu não estou vendo ele por perto. ― olhou para os lados como se procurasse alguém. ― calma, eu não estou vendo ele aqui.
― você está achando que eu estou de brincadeira? ― fez um movimento circular com o dedo indicador.
Ashley bufou e revirou os olhos.
― eu? Imagina.
Kimberly riu fraco e forçado. E como de costume, suas escudeiras a acompanharam.
― você deve está se achando muita coisa só por que beijou o meu namorado. Não é garota? ― falou em tom de deboche.
― o que? ela e o Justin se beijaram? ― Cindy falou colocando a mão na boca.
― sobre isso você não nos contou Kim. ― Brooklyn falou olhando para Kimberly.
― cala a boca. ― Kimberly respondeu entre os dentes e com raiva na voz.
Ashley tapou a boca discretamente para abafar o riso.
— e você, sua ratinha de laboratório. — virou para Ashley apontando o dedo para a mesma.
— ué, não era rata da biblioteca? — ironizou.
— argh! — Kim grunhiu de ódio. — eu não sei que tipo de brincadeira o Justin está fazendo. Não sei se é aposta. Mas isso vai acabar. Escute o que eu estou lhe dizendo. — falou séria. — ele não gosta de você, com certeza ele e os garotos têm alguma aposta.
Lançou as palavras com rigidez e logo depois virou de costas ajeitando seus longos cabelos loiros e saiu andando. Sendo seguida por suas duas escudeiras.
Ashley encostou-se na porta do armário e respirou fundo. Passou as mãos por entre os cabelos.
“ Aposta.” Essa palavra dominou completamente os pensamento da garota. Que temia que fosse verdade.
Respirou fundo mais uma vez e sentiu seu celular vibrar em seu bolso.
Quando o pegou nas mãos viu que havia uma mensagem. A mesma era de Justin Bieber. Respirou fundo antes de abri-la.
“ encontre-me na biblioteca. Tenho uma coisa para lhe mostras.”
Retorceu os lábios decidindo em sua mente se respondia ou não. Por fim decidiu não responder e nem ir até a biblioteca.
A hora vaga era para que os alunos fizessem suas alimentações. Então, Ashley resolveu ir para a cantina.
Chegando lá a mesma estava lotada, como de costume. Caminhou até aonde comprava as refeições. No caminho evitou o máximo olhar para as mesas, e mais ainda para a mesa das líderes de torcida. Na qual Kimberly se encontrava.
Quando chegou ao balcão sentou em um nos bancos que havia em frente a ele.
— o que deseja? — uma das mulheres que trabalhavam na cantina perguntou.
— um sanduíche natural e um suco de laranja. — respondeu olhando para o grande quadro com as opções que haviam.
— ok! — a mulher falou terminando de escrever no bloquinho. — trarei seu em poucos minutos. — falou antes de sair.
— obrigada. — agradeceu meigamente.
A mulher assentiu e retirou-se.
Ashley ficou ali, para olhando para os lados de forma distraída. Quando de repente sentiu duas mãos fortes envolverem sua cintura e uma voz roca soar pelos seus ouvidos.
— por que você não foi a biblioteca? — Justin disse. — eu fiquei te esperando.
Deu um beijo rápido no pescoço da garota. Ela se arrepiou, mas se manteve firme. Ele se afastou e sentou no banco ao lado.
— Justin, eu já falei a respeito dessa proximidade. — falou olhando para os lados. — será que alguém viu? — perguntou para si mesma.
O garoto revirou os olhos e bufou.
— você se preocupa demais. — falou.
— não é preocupação. É cautela, prudência. — respondeu olhando nos olhos do garoto.
— cautela. Prudência. — Justin imitou a voz da garota. — affs. Essas são palavras que não se aplicam a mim.
— pois deveria ser aplicada. — rebateu.
— vamos deixar esse papo de lado. Agora o assunto principal. Por que você não foi a biblioteca?
— estou com fome. Ta legal? Preciso comer. — mentiu.
— se você comer rápido ainda da tempo. — Justin falou olhando para o relógio em seu pulso.
— tempo para que? Posso saber? — o encarou.
Antes que Bieber pudesse responder a mulher chegou com o lanche e o colocou sobre a mesa.
— obrigada. —agradeceu já pegando o sanduíche.
— vamos até lá e você vai ver.— riu de lado.
Ela o olhou desconfiada.
— por que eu acho que isso não é uma boa ideia? — falou e logo depois mordeu um pedaço do sanduíche.
— você disse a mesma coisa quando eu para você ir ao meu treino. E no final de tudo eu só lhe ensinei a jogar basquete.
— mas você viu o que aconteceu depois disso. — falou pegando p suco e dando um gole.
— esquece a Kimberly. — ele falou.
Está difícil esquece-la. Já que ela não para de me persegui. Ashley pensou.
— não vai dar. — ela olhou para seu relógio. — tenho aula de robótica daqui a dez minutos.
— então nos veremos depois da escola? Podemos sair para algum lugar. — sugeriu.
— também não vai dar. — comeu mais um pedaço do sanduíche.
— está tentando me evitar, Ashley? — Justin perguntou arqueando a sobrancelha.
Ela negou com cá cabeça enquanto bebia mais um gole de suco.
— não é isso. — finalmente terminou. — vou para a casa do Chaz depois da escola.
— casa do Chaz? — perguntou incrédulo. — o que você vai fazer lá? Posso saber?
— temos um projeto para a feira de robótica que haverá na cidade. Temos que terminar nosso projeto.
— HM, sei. — falou desconfiado.
— Vão escolher o melhor projeto para representar a escola. E bom, eu quero que o meu. Ou melhor. O nosso. Vença .
— essa vaga já é sua. E você sabe disso. — levantou do banco e deu um beijo na garota.
— Justin, aqui não. — sussurrou.
— aqui sim. — falou com voz baixa.
Ele passou a mão pela nuca da garota e a beijou novamente com delicadeza. Ela não demorou em corresponder e entregar-se ao beijo.
— vejo você há noite? — Justin perguntou afastando-se lentamente.
— Talvez não. — falou em um sussurro.
— talvez não? — riu fraco.
— é, trabalhar com nesse projeto sempre me deixa exausta. Cansa a mente e o corpo. — respondeu cansada.
— eu posso te fazer relaxar. Se fosse quiser, é claro. — falou ao pé do ouvido da garota.
— eu tenho que ir. — falou.
***
14 horas e 20 minutos
(casa do Chaz)
Chaz estava sentado no sofá da sala quando ouviu o interfone tocar. Levantou de onde estava e foi até o monitor, na qual dava para ver quem estava no portão. Sorriu ao ver quer era Ashley.
Ela estava aparentemente impaciente. Ele se aproximou do microfone que fazia a comunicação.
― quem é? ― perguntou como se não estivesse vendo a pessoa.
― sou eu. Ashley. ― chegou perto do interfone e respondeu.
― eu já sabia. ― falou rindo e liberando o portão para que ela pudesse entrar.
O portão se abriu e ela entrou na propriedade. Logo que passou por ele, o mesmo se fechou. Com os livros na mão e mochila em um dos ombros foi caminhando até a porta da casa. quando chegou não precisou nem de tocar a campainha ou bater na porta. Pois Chaz a abriu com um sorriso no rosto.
― pensei que não vinha mais. ― a cumprimentou com um beijo no rosto.
― não ia deixar você na mão. ― falou e sorriu.
― então entre. ― deu passagem e apontou para o interior da casa. ― temos muito o que fazer ainda.
Ela assentiu e entrou.
― trouxe ou cálculos? ― perguntou enquanto andavam até a oficina.
―sim. Estão todos aqui. ― respondeu.
17 horas e 5 minutos.
Eles já estavam a horas trabalhando duro no projeto. Solda. Cálculos. Desenhos. Não tinha como não ficar com corpo e mente cansados.
― eu acho que por hoje é só. ― Chaz falou se jogando no sofá.
― cheguei no meu limite. ― Ashley se pronunciou cansada.
A mesma sentou-se em um banco alto tirando logo em seguida os óculos e coçando os olhos com a palma da mão.
― planos para hoje a noite? ― ele perguntou tentando quebrar o silencio que havia se formado.
― estudar e quem sabe descansar. ― respondeu rindo.
― você um dia ainda vai pirar. ― respondeu rindo. ― você estuda demais.
― discordo. ― falou rindo. ― se fosse para pirar. Já tinha pirado.
― vai que o efeito é em longo prazo. ―levantou de onde estava e se aproximou.
― não. ― balançou a cabeça e riu.
― pensei que fosse sair com o Justin. ― jogou logo o verde.
Ele odiava admitir. Mas estava interessado a que pé estava indo o relacionamento do amigo com sua mais nova amiga. Interesse nela? Não. O assunto que o preocupava era o ser que dentro de seu amigo. O tempo estava passando. E a marcação e consumação deveria ser feita.
―não. Vou ficar só estudando mesmo.
― hm. ― retorceu os lábios.
― bom. Eu já vou indo. ― falou levantando da cadeira.
― te conduzo até a porta. ― falou enquanto tirava o jaleco que usava por cima da roupa.
Ela assentiu terminando de colocar o casaco.
19 horas e 46 minutos.
Chaz ouviu o interfone tocar. Como estava em seu quarto olhou pela janela do mesmo e avistou o carro do amigo parado em frente a sua casa.
Correu até o telefone do seu quarto e teclou o numero da discagem rápida para chamar uma das empregadas.
― sim, senhor Somers.
―Julie, você poderia liberar a entrada do Justin?
― claro senhor.
― obrigado.
Colocou o telefone no gancho novamente e terminou de vesti sua roupa rapidamente. Porem não precisou de descer, pois o amigo apareceu em seu quarto.
― fala. Garanhão. ― cumprimentou Justin com o velho toque de infância. ― já tem tudo nos esquemas?
― mais ou menos. ― se espojou na poltrona que havia próximo a porta que dava acesso a sacada.
― tempo é uma coisa que você não tem. você sabe disso.
Chaz sentou na cadeira do computador.
―você pesquisou sobre com tem que ser a marcação? ― encarou o amigo.
― sim. ― confirmou.
― então o que está esperando para explicar? ― perguntou.
― o negocio é o seguinte. A marcação nada mais é que a veela colocar uma parte dela em sua companheira.
― ah. Explica isso direito. ― Justin fez uma cara de quem não estava entendendo nada.
― como se fosse um “veneno”. Entende?
― veneno? Isso pode ser fatal para ela? ― perguntou preocupado.
― não. Tem algumas reações. Mas nada grave.
― como assim reações? ― arqueou a sobrancelha.
Justin já não estava gostando nada da ideia. Colocar a vida de Ashley em risco era a ultima coisa que queria.
― logo após o veneno está no corpo dela. Por ser uma mortal comum, como todos nós, e por ser frágil também. ela pode ficar inconsciente por algumas horas, ou dias. Não sei. Depende da pessoa.
― e se ela não voltar? ― perguntou assustado.
― fica calma. Ela vai voltar. E se não voltar. As lagrimas de veela tem poder curativo. Você a cura. Simples.
― vou confiar em você. ― Justin falou. ― mas agora como se coloca esse veneno no corpo dela? Ela terá que ingerir ou injetar?
― não. Tipo, mais ou menos isso.
― Chaz. Não gosto desses seus mais ou menos.
― relaxa. O veneno fica em sua presa.
― presa? Eu não sou vampiro.
―ah. ― Chaz revirou os olhos. ― elas apareceram na hora ato. Importante que você deixe a veela no controle.
― isso é óbvio. Mas aonde eu vou injetar, e como tirar esse veneno da presa?
― você vai fazer igual vampiro. Vai morder. ― foi direto.
Justin o encarou e deu um gargalhada.
― agora só falta você dizer que eu vou ter que morder o pescoço dela.
― sim. ― falou serio. ― no pescoço passam veias importantes. Isso facilita na hora do veneno espalhar-se.
O sorriso dos lábios de Justin desapareceu.
― isso é muita viagem. ― bufou.
― é a sua realidade. ― Chaz se espojou na cadeira. ― e agora a pergunta que não quer calar. Você já contou para ela sobre a veela? Se não, quando pretende contar? espero que seja antes de você colocar veneno de veela nela.
― eu vou contar. só preciso de uma oportunidade.
― o baile beneficente promovido pela escola está próximo. É uma ótima oportunidade.
― como eu não tinha pensado nisso antes. O baile é uma ótima oportunidade.
― mas será que depois de saber essa loucura toda. Ela vai aceitar? Tipo, até eu ainda não acredito nisso tudo.
― não vou dar tempo. Vou contar e logo marcar.
― isso vai dar certo?
― tem que dar. No final do baile eu conto tudo.
― boa sorte. Amigo. ― levantou da cadeira. ― agora só falta ela aceitar ir ao baile com você. ― deu dois tapinhas de leve nos ombros do amigo.
―é claro que ela vai aceitar. ― riu. ― quem vai me recusar?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.