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História Veela - Fair robotics


Escrita por: HeJuice

Notas do Autor


Nossa, estou até com vergonha de vocês. Mais de um mês sem aparecer e tals, mas me perdoe, não foi por mal. eu estou muito atarefada e tudo mais, mais eu prometo não sumir mais e nem demorar a atualizar, ainda mais agora, que v está no finalzinho.

Boa leitura

Capítulo 41 - Fair robotics


6 horas e 20 minutos

( Tiger High School)

 

No estacionamento Chaz esperava impacientemente por seus amigos, Ryan e Chris, pois já tinha absoluta certeza que Justin não daria as caras. Não demorou muito e viu o carro de Ryan e Chris estacionando próximo ao seu e em seguida os dois saírem

— Eai, bro? — Chris o cumprimentou, divertido.

Sem muita animação o garoto retribuiu rapidamente.

— Por que você está com essa cara? — Foi a vez de Ryan perguntar.

— Vocês são uns filhos da puta, sabia. — falou com raiva.

— Eu hein, o que nós fizemos? — Chris perguntou.

— Tentei falar com vocês ontem e não consegui. Onde estavam?

— Fomos para uma boate nova. — os dois fizeram um toque. — pegamos várias gatinhas.

Chaz revirou os olhos, tedioso.

— O mundo estava desabando e vocês lá? Inacreditável. — reclamou.

— O que aconteceu de tão importante assim? — ambos perguntaram.

— Ashley descobriu tudo…

— Tudo o que? — Chris perguntou confuso.

— Sobre o Justin ter ficado com a Kim no dia da Pool Party do Toddy. — falou logo.

— Mas como ela descobriu?  — Ryan perguntou assustado.

— Kimberly deixou várias fotos, dela e o Justin se pegando no dia, no armário da Ashley. — Chaz explicou.

— Como assim? Eu queimei todas aquelas fotos. — Ryan falava sem entender.

— Então você sabia da existência dessas fotos? — os outros dois perguntaram surpresos.

— Sim. Kimberly pretendia dar essas fotos de presente de aniversário para a Ashley, só que eu a impedi, e queimei todas as fotos. —Ryan passou a mão pela cabeça. — Que merda .

— Só sei que Justin e Ashley brigaram feio, terminaram, Ashley foi lá pra casa e contou tudo, só que  também brigou comigo, porque eu sabia e não contei.

— Então ela não vai falar com nenhum de nós. — Chris concluiu.

— Pior que a feira de robótica é semana que vem. — Chaz bufou, frustrado.

— Temos que ver como o Justin está. Vocês lembram como ele ficou da vez do baile. — Ryan falou.

— Só de pensar dá calafrios. — Chaz os encarou.

— Bom, acho melhor irmos para a aula, pois aquela velha  tá na minha cola. — Chris resmungou.

 

***

 

 

Enquanto Ryan, Chris e Chaz estavam preocupados com o relacionamento de Justin e Ashley, Kimberly e suas escuderias comemoravam o término do querido casal.

— Então quer dizer que a ratinha descobriu tudo? — Brooklyn perguntou rindo.

— Sim! — Kimberly gargalhou mais uma vez. — Vocês deveriam ter visto a cara que ela fez. — ajeitou os cabelos. — e pelo jeito a briga foi feia, porque nem ela e nem o Justin deu as caras ainda.

— E o que você vai fazer agora? — Cindy interrogou a amiga.

— Vou esperar dois dias e vou atacar.— encarou as amigas através do espelho. — ele vai está carente e vulnerável, e é aí que eu entro em ação. — Sorriu. — vou reconquistar o Justin, e voltaremos ser como os velhos tempos.

Com um sorriso no rosto Kimberly mordeu o lábio inferior.

 

 

****

 

13 horas e 35 minutos

( Casa dos Bieber)

 

Na casa da família Bieber a tranquilidade reinava, excerto em um cômodo, o quarto de Justin. O mesmo se encontrava completamente fechado e protegido de qualquer raio de luz.

 

Justin encontrava-se jogado na cama, com os olhos fixos na tela de bloqueio de seu celular, na qual havia uma foto  dele com Ashley em um dos passeios românticos que fizeram, enquanto seus ouvidos apreciavam uma das músicas favoritas de Ashley,  Photograph, Ed Sheeran.

 

We keep this love in a photograph

We made  these memories for ourselves

When our Eyes are never closing

Hearts were never broken

And time’s forever Frozen still

 

( Nós mantemos este amor numa fotografia

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

Onde nossos olhos nunca fecham

Nossos corações nunca estiveram partidos

E o tempo está congelado para sempre.)

 

 

O garoto cantarolava o trecho da música e em seguida lágrimas escorriam pelos seus olhos.

Um barulho foi ouvido, mas ignorado totalmente pelo garoto. A porta abriu-se e de trás dela Katherine apareceu, cautelosa entrou no quarto e a fechou novamente, de lá encarou  a cama e viu o filho naquela estado. Seu coração de mãe doeu.

Com cuidado aproximou-se da cama e sentou na beira dela. Justin permaneceu imóvel encarando o celular.

— Justin. —. A voz suave de Katherine chamou atenção de Justin, que a encarou. — O que está acontecendo com você, meu filho? Desde ontem não se alimentou, não sai desse quarto.

— Eu não quero mais viver. — resmungou e jogou o celular na cama.

— O que está acontecendo contigo? — ela franziu o cenho. — Você estava tão alegre, Ashley e você passaram o sábado e o domingo bem, na segunda vocês estavam bem, e agora está assim?

Justin ao lembrar da discussão que teve com Ashley, puxou o lençol e escondeu o rosto, chorando assim.  Katherine vendo isso levantou e pegou seu celular no bolso, já discando o número de Ashley.

— Vou ligar para Ashley vir aqui. — Katherine avisou, enquanto esperava a garota  atender.

— Ela não vai vir aqui. — Justin falou. — Ela não quer saber de mim. — Voltou sua atenção para o teto.

— Como assim? — a mãe senta novamente na cama. — Vocês estavam tão bem, o que aconteceu?

Um silêncio se formou entre os dois, Katherine continuava a encarar Justin, que por sua vez encarava o teto. Depois de um certo tempo ele respirou fundo duas vezes e resolveu se pronunciar.

— Eu a trai.

— O que? — Katherine falou surpresa. — mas vocês estavam tão bem.

— Isso foi à alguns meses atrás. — a encarou. — não foi uma traição, mas pode ser considerado uma.

— Me conte o que aconteceu. — a mãe pediu.

— Foi na Pool party do Toddy. Aquela festa em que drogaram a Ash. — Katherine assentiu. — Eu fui buscar algo para ela beber e quando entrei na cozinha Kimberly estava lá. — o garoto bufou. — ela começou a se insinuar para mim. Você sabe como Kimberly é. — olhou para mãe, a mesma assentiu. — eu sei que deveria ter sido mais forte, ter resistido, mas eu não consegui. — Respirou frustrado. — eu sou homem e estava sem sexo à meses, porque eu não quis forçar a barra com a Ash, o lance com ela tinha que ser especial e tals. Mas eu estava subindo pelas paredes.

— Sim, já entendi. — Katherine o cortou. — mas como ela foi descobrir isso só agora?

— Eu não pretendia contar para ela. Isso ia morrer comigo. Pois eu estava ciente que se ela soubesse iria terminar comigo.

— E se você não contou, como ela ficou sabendo?

— Kimberly! Ela mandou fotografarem e guardou as fotos para dar Ashley. Ela estava esperando o momento certo de ferrar com tudo. — encarou sua mãe mais uma vez. — Ashley e eu estávamos tão próximos. Ela estava mais soltinha, tava começando a ficar desinibida para mim.— bufou frustrado.  — agora acabou tudo.

— Não fica assim. — Katherine o consolou. — Vai dar tudo certo.

— Espero mesmo. Eu não aguento mais ficar longe dela. Nós passamos uma tarde super romântica aqui, mas foi tudo para os ares.

— Não fica assim.

— Mãe, ela disse que se arrependeu em relação a mim. Disse que se arrepende de ter se entregado para mim, de ter se rendido aos meus beijos e ao meu toque. — Encarou sua mãe. — ela disse que tem nojo de mim.

Katherine nesse momento ficou sem o que dizer,  pois essas palavras tinha ferido até a si mesma, imagina ao filho, que amava Ashley de corpo e alma. A única coisa que veio na mente da mãe foi abraçar seu filho com força, tentando transmitir nesse abraço todo o carinho necessário.

 

 

****

 

 

14 horas e 20 minutos

( Casa da Ashley)

 

 

 

Depois de uma noite praticamente em claro, cochilando entre uma pausa e outra do choro, Ashley se mantinha na cama, encarando o teto e pensando em tudo o que acontecerá.

A garota recordava-se das juras, dos momentos, das fotografias e da briga, Ah, briga essa que fez com que palavras árduas saíssem de seus lábios e atingissem Justin, palavras essas que foram ditas impulsivamente e que machucaram tanto ela quanto o amado. Sim, ela ainda o amava, afinal, o que poderíamos esperar além de amor? Justin fora o primeiro namorado de Ashley, o primeiro amor, com ele deu o primeiro beijo e teve sua primeira vez.

Mas e agora? O que sobrará no coração da garota?

Ashley nesse momento estava magoada, ela confiou em Justin a ponto de deixa-lo transformá-la de todas as maneiras possíveis, comportamento, sentimentos, aparência. TUDO!

Quando se deposita tamanha confiança em alguém é porque você espera que ele nunca te decepcione, e Justin a decepcionou, de uma maneira, ao ver dela, irreparável, o cristal da confiança havia se despedaçado em uma mentira. Se veelas não gostam de mentiras, por que mentem? Essa foi a pergunta que pairava pela cabeça de Ashley.

A carne é fraca! Isso todos nós sabemos e eles também. Porém o sentimento deveria ser mais forte que a carne, para assim conseguir superar as fraquezas. E Justin vacilou.

Em meio um turbilhão de pensamento a garota ouve um latido, vindo do pé da cama. Ela levanta um pouco e apoia seus cotovelos na cama, tendo assim a visão de Spike. Comida ela sabia que não era, pois sua mãe já o alimentara. Só poderia ser carinho.

— Own, vem cá! — Ashley sentou na cama e pegou o filhote, que agora abanava o rabo e olhava para garota. Ela o acariciou três vezes e respirou, em sinal de cansaço, e logo depois o encarou. — por que seu pai tinha que ser assim?

Sem perceber referiu-se a Justin como se fosse pai de Spike. O sentimento ainda está ali, assim como mágoa.

A garota continuou acariciando o cachorro quando sentiu seu celular vibrar no bolso, ela parou o que estava fazendo e pegou o celular, olhando no visor viu que era  Malk.

— Alô? Malk?— Perguntou assim que atendeu ao telefonema.

— Ashley, está melhor?— O garoto perguntou do outro lado da linha.

Ashley estava estranhando a voz do amigo, a mesma sempre fora nasalada e diga-se de passagem, estranha, mas nunca reclamara, pois havia se acostumado. Mas agora a voz dele estava diferente, não era mais irritante e sim muito bela, uma voz uma grossa, mas ainda tinha  uma suavidade, era uma coisa boa de se ouvir.

A garota balançou a cabeça, para que tais pensamentos se afastassem.

— Sim, eu estou. — Respondeu e respirou fundo.

— Por que não foi na escola hoje, fiquei preocupado.

— Não estava disposta. — respondeu cabisbaixa, era notório o desinteresse pela conversa.

— Posso ir aí? Eu preciso te ver. Tô me sentindo um lixo ouvindo sua voz assim. — Malk falou preocupado.

— Sim, claro. Pode vir.— ela concordou. — vou tomar um banho e te encontro no jardim, Ok?

— Ok! Daqui a pouco estou aí. — a garota resmungou um Ok e logo desligou.

Sem muito ânimo ela colocou Spike na cama e levantou, caminhando até o banheiro, onde despiu-se e entrou no box,  não tomou um banho demorado e logo saiu enrolada em uma toalha. Quando estava caminhando até seu guarda roupas ouviu seu celular tocar, foi verificar, pois pensou ser Malk, mas não, era Justin.

Seu coração bateu mais forte e apertou-se, ela pensou em atender, talvez na esperança do garoto dar-lhe uma explicação, mas no fim resolveu rejeitar a ligação, assim evitaria prováveis discussões. Jogou o celular na cama e logo assim Spike latiu, Ashley ignorou e foi até o guarda roupas, onde pegou uma calcinha, vestiu e um vestido largo, vestiu sem sutiã mesmo, pois já estava acostumada a fazer isso.

Não demorou muito e o celular tocou novamente, só que desta vez quando a garota viu era Malk, e na mensagem ele avisava que já estava a sua espera lá embaixo. Ashley pegou Spike e saiu do quarto, descendo as escadas, atravessando a sala e chegando ao exterior da casa.

O amigo estava sentado em um dos bancos que ali havia, o mesmo vestia uma bermuda jeans, que batia nos joelhos, e uma blusa polo azul marinho, nos pés havia um chinelo. Assim que viu a amiga ele levantou e foi ao encontro dela.

— Ashley! — ele foi para abraçá-la, mas Spike começou a rosnar pra ele. — Hey, amigão. — O garoto tentou acariciar o cão, mas o mesmo começou a latir e tentar mordê-lo.

— Hey, Spike. — Ashley o repreendeu. — Ele é amigo. — tentou acalmar o bichinho de estimação, que continuava a latir.

— Foi o Justin quem te deu, não foi? — ele questionou, ela assentiu. — Ah, Ashley, você não sabe o quão triste eu fico ao te ver assim. — Acariciou o rosto da amiga.

A garota inclinou a cabeça para o lado e desfrutou do carinho que o amigo estava dando-lhe, uma lágrima escorreu pelos seus olhos e uma vontade incontrolável de abraçar o amigo atingiu a garota. Ashley soltou Spike e abraçou o amigo com força.  

— Está doendo muito, Malk. — Ela choramingou na curvatura do pescoço do amigo.

— Não fica assim. Você já passou por isso outras vezes. — ela o encarou. — Você é forte. Tudo vai ficar bem e eu estou do seu lado. — ele sorriu.

— Você promete? — questionou.

— Sim, prometo! — ele sorriu e abraçou novamente.

— Desculpa eu ter te deixado de lado. — afastou-se novamente. — Sei que essa não foi uma boa atitude da minha parte.

— Sem problemas. — O garoto colocou as mãos no bolso. — Era tudo muito novo para você… Ele foi seu primeiro amor. — Malk tirou as mãos do bolso

 e com uma delas coçou os cabelos. — eu entendo.

— Malk, você está diferente. — ela trocou de assunto. — suas roupas, cabelo e voz. O que aconteceu com você? — Sorriu.

— Então… — ele coçou a cabeça mais uma vez. — os cabelos eu resolvi mudar, assim como as roupas. Sei lá, senti essa necessidade. — Sorriu de lado.

— Pois está muito bonito. — a garota riu ao elogiar o amigo.

— Obrigado. — o garoto agradeceu, já com as bochechas coradas. — e você também mudou… foi tudo pelo Bieber?

A garota se calou e deu um passo para trás, tocar no  nome de Justin, com tudo o que acontecera, ainda era doloroso para a garota. Ainda mais que tudo estava muito recente.

— Desculpa, eu não deveria ter dito isso. Desculpa mesmo. — Malk se desculpou.

— Não é nada com você, eu que peço desculpas. — ela sorriu, fraco.

— Gostou da minha nova voz? — o garoto mudou de assunto.

— Sim, ela está bastante diferente. O que você fez? Faz parte da mudança também?

— Não, isso não foi estética, e sim necessidade. — ele riu. — Você lembra aquele problema de respiração que eu tinha? — a garota assentiu. — Mamãe conseguiu um emprego melhor e nesse o plano de saúde cobre mais coisas, e deu para eu fazer a cirurgia. — sorriu. — aquilo além de atrapalhar minha respiração deixava minha voz fanha e estranha. — ele a encarou. — agora acabou. — sorriu abertamente. — eu estou com a voz normal, e diga-se de passagem, estou amando-a. — os dois riram. — minha mãe falou que eu estou com a voz igual a do meu pai.

— Aposto que deve ter várias garotas babado por você— ela cutucou o amigo.

— Aqui eu não sei, mas quem sabe na faculdade?— os dois riram. — sua carta ja chegou?

— Sim, ano que vem estou em New York. — sorriu fraco.

— Vejo que nós dois vamos realizar nossos sonhos. — ele riu.

—Sim! —ela confirmou cabisbaixa.

— Pegou o anuário? — ele mudou de assunto novamente, pois percebera  que aquele não agradara.

— Você esqueceu que eu não fui a escola? — ela questionou rindo.

— Já havia me esquecido. — ele bateu com a palma da mão em sua testa. — pois então, eu ja peguei o meu.

— E como está? — Ashley perguntou, curiosa.

— Eu estou horrível. — ele riu. — você está com uma cara estranha. — ele riu novamente.

— O que? Não acredito. — ela praticamente gritou.

— Estou brincando. — Malk riu ainda mais.

— Não estou acreditando em suas palavras. Preciso ver. — ela falou, já rindo.

— Meu anuário está lá em casa, vamos ver? — Malk a convidou.

— Está bem, você me espera um minuto, só vou trocar de roupa. — ela pede.

— Pra que? Você está bem assim. — ele riu. — Bom, exerto por essas marcas em seu corpo… — a olhou de cima a baixo, a garota corou.

— Isso não é nada. — Tentou esconder as pernas.  — Eu vou trocar de roupas e já volto.

— Ok! Te espero aqui. — ele confirmou.

 

****

 

 

Seis dias depois…

 

A semana havia passado voando e uma nova já estava iniciando. Os preparativos para as festas do final de ano já estavam a todo vapor, levando em consideração que iniciava-se o mês de Novembro.

Durante os dias não houve aproximação do casal, ambos já haviam retornado a escola, mas o clima nas aulas eram super desconfortáveis, levando em conta que o horário de Ashley e Justin coincidia, exceto pela aula de robótica, que era a única aula que a garota sentia-se mais confortável.

Dividir uma sala de aula virou uma tarefa  quase que impossível. Não havia provocação, nem  troca de olhares, não havia NADA. Era tudo muito frio entre os dois, totalmente ao contrário do que era antes, quando ambos eram como brasa e juntos pegavam fogo. Nas aulas já era de lei os dois sentarem juntos, ouvir as explicações de mãos dadas, carícias nos cabelos, e agora era um em cada extremidade das diagonais da sala.

Justin havia evoluído bastante, considerando o fato de está a quase uma semana sem a amada e não está definhando. Não pensem que por causa disso o ele não está sofrendo, não, longe disso, a dor ainda estava lá, a angústia, saudade e solidão também. Entretanto depois consumação ele ficara mais forte, assim como a ligação com Ashley.

Ao mesmo tempo que a Veela sentia-se angustiada e saudosa por seu amor, ela tinha a plena convicção de que ela ainda a pertencia, pois uma ligação tão forte como tinham agora não seria facilmente quebrada. Poderia tardar um pouco, mas ela retornaria aos seus braços, e essa convicção se tornava ainda mais forte por não ver sua amada com outro.

 

11 horas e 35 minutos, segunda-feira.

( Tiger High School)

 

Era hora do intervalo e a maioria dos alunos estava na cantina, excerto Ashley, que guardava seus materiais no armário.

— Ashley. — uma voz masculina a chamou. A garota olhou e viu que era Chaz, o mesmo vinha ao seu encontro. — ainda bem que te encontrei. — o garoto falou, assim que chegou perto dela.

— O que aconteceu? — Ashley fechou a porta.  
— Já faz dias que eu estou pra te perguntar isso… — Ashley franziu o cenho. — A feira de robótica, você ainda é minha parceira?... Eu não vim falar com você antes porque... você sabe né.. depois de tudo o que aconteceu... pensei que ainda estivesse chateada comigo. ― Chaz falava sem graça e a cada palavra ficava mais corado.

― Não vamos falar sobre isso. ― Ashley encerrou o assunto. ― não vamos falar de coisas desagraváveis, não?

― Isso! ― o garoto confirmou. ― Você pode ir lá em casa? Temos que ver as explicações e tudo direitinho. ― sorriu sem graça. ― é que eu estou muito nervoso. ― coçou a nuca e retorceu os lábios.

A garota sorriu de uma maneira confortante, e assentiu.

 

***

 

13 horas e 24 minutos

 

Depois de arremessar a bola na direção da cesta Justin se jogou no chão. O garoto ficou encarando o teto da quadra e pensando em como faria daqui para frente, já estavam em Novembro e o final do ano estava cada vez mais próximo, assim como sua separação de Ashley. Eles estavam cada vez mais afastados e isso não era nada bom, pois já se ouvia comentários nos corredores da escola e assim como nos vestiários, todos já sabiam que Ashley e ele não estavam mais juntos, o que abria uma brecha para que outros investissem.

Justin respirou fundo e sentou no chão, encarando a porta que dava para o vestiário, e suspirou mais uma vez. Ele havia treinado sozinho, por quase duas horas, pois sentia a necessidade de extravasar de alguma forma. Depois de algum tempo ele levantou e caminhou em direção o vestiário, o mesmo estava vazio, como já era de se esperar. Justin tirou a camisa e bermuda, porque pretendia tomar uma ducha rápida, para poder ir para casa. Mas antes de caminhar até o chuveiro ele abriu o armário e pegou seu celular, e logo que desbloqueou a tela encarou a foto de Ashley.

Na foto a garota estava sentada em sua barriga, estava nua e os cabelos tampando seus seios. Essa era uma das fotos favoritas do garoto. Ele sorriu ao lembrar-se do momento em que eles tiraram essa foto, fora em uma das tardes que eles iam para a casa de Justin e passavam horas e horas fazendo amor e planejando coisas para o futuro. Eram boas e saudosas tais lembranças.

― Oh, Ash! ― ele passou o dedo pela tela do celular. ― quando eu vou te ter de volta, hein, meu amor?

Ele encarou a tela por mais alguns segundos e logo guardou o celular dentro do armário e caminhou até os chuveiros. Sem escolher ele entra no primeiro e acaba de tirar a roupa, seu corpo estava cansado, por conta de inúmeras noites mal dormidas e agora um treino puxado. O garoto estava completamente acabado. Quando entrou debaixo da água fria do chuveiro um choque anestésico atingiu seu corpo, aquela água fez seu corpo esfriar e uma sensação de alivio o consumir. Era libertador.

Enquanto aproveitava o banho outra pessoa entrou no vestiário, a mesma já sabia que só Bieber estaria ali, a pessoa não fazia parte do time e muito menos do sexo masculino, a mesma tinha cabelos loiros, olhos azuis e corpo escultural. Era Kimberly.

Tudo isso já estava em seus planos, desde encontrar Bieber sozinho no banheiro, até o que pretendia fazer depois. A garota foi tirando peça por peça de maneira lenta, para que Justin não percebesse sua presença, até que ficou completamente nua. Feito isso ela caminhou a passos lentos até os chuveiros e parou em frente ao que Justin se encontrava, o garoto estava de costas então não tinha percebido sua presença.

Kimberly andou calmamente até  entrar no box, não tocou e nem respirou muito próximo ao garoto. Antes de fazer qualquer movimento ela mordeu o lábio inferior e  logo depois tocou as costas de Justin, fazendo com que o garoto na mesma hora virasse e a encarasse. Ele a encarou com os olhos cerrados, enquanto ela o encarava com o sorriso safado nos lábios.

— O que você está fazendo aqui? —  Justin perguntou com espanto e confusão.

— Ah, Jay! — ela resmungou e passou as mãos pelo peito desnudo e molhado de Justin. — eu vim curtir um pouco. — se aproximou mais e ficou nas pontas dos pés, para tentar beijá-lo. Mas ele desviou com sucesso.

— Sai! — exclamou. — você não deveria nem está aqui..— tentou tirar as mãos da garota que estava descendo pelos seu abdômen..

— Tudo que é proibido é melhor. — a garota o encarou e sorriu.

— É melhor ir embora, porque se alguém nos pegar aqui...— tentou afastá-la mais uma vez. — vai ferrar pro meu lado e pro seu.

— Para com isso… nós já fizemos isso antes. — o encarou. — não se lembra dos nossos pegas? — arqueou a sobrancelha e riu.

— Eu não estou de brincadeira, Kimberly. — ele a afastou.

— Qual foi? — ela se afastou. — está me negando por quê?

— Eu tenho namorada e a respeito. — falou com convicção.

Kimberly o encarou e riu. Justin bufou e saiu do box, pegando uma toalha e envolvendo-a em sua cintura.

— Justin, se manca! — ela riu mais  uma vez. — a nerdona te largou.

O garoto a ignorou e foi para seu armário, pegar uma roupa para vestir. Kimberly foi atrás do garoto e alfinetou mais uma vez.

— Todos da escola já sabem que ela te deu um pé na bunda. — Justin bufou e continuou a ignora-la.

— Isso é uma coisa temporária, estamos em crise, todo casal tem crise. — Justin respondeu tirando uma muda de roupa do armário e o fechando com força.

— Ah, sei! Crise. Ela está tão na crise que está ficando com aquele amiguinho dela. — a garota jogou o veneno.

—  Dobre a língua pra falar da Ash. Ela não é como você, e o Malk só é amigo dela, nada mais do que isso. — ele rebateu.

Justin começou a vestir a boxer por debaixo da toalha, ignorando a presença de Kimberly, que o encarava.

— O que você quer aqui? — Justin a encarou.

— Você! — ela foi direta. — quero o que éramos antes. — começou a se aproximar dele.

— Você sempre gostou do que é dos outros, né? —. Justin cuspiu as palavras.

— Não, mas você sempre me pertenceu. — agarrou o pescoço dele. — vai me dizer que não sente falta do meu corpo? — ela roçou nele e gemeu.

— Não! — ele respondeu firme.

— Não foi isso que aconteceu na cozinha do Toddy. — a garota se afastou um pouco e o encarou. — você me pareceu gostar bastante do meu toque.

Sorrateiramente ela desceu suas mãos e desatou a toalha que cobria o corpo de Justin.

— Aquele dia você me pegou embriagado, eu estava vulnerável. — o garoto respondeu.

— Empregado. — riu nasalado. — desde quando o álcool serviu de desculpas para você, Justin? — se afastou para poder encara-lo melhor. — Você estava sedento de sexo, isso sim. Você precisava de uma boa foda, por isso que você me pegou de jeito aquele dia.

— Você é louca! — Justin voltou a vestir suas roupas.

— Louca? Eu? — Kimberly riu debochado. — louca foi a nerdona te deixar sem sexo...

— Já falei pra não chama-la assim. — ele rosnou enquanto abotoava  a calça.

— Hm.. pelo visto transava de meia. Fala sério, Jay, ela não é mulher pra você. Você foi feito pra uma mulher que adora sexo e foda direito. — Kimberly continuava falando.

— Você não tem nada a ver com minha vida conjugal. — Justin rebateu, enquanto vestia a camisa.

— Conjugal! Vejo que a ratinha ampliou seu vocabulário. — riu debochada. — era isso que vocês faziam entre quatro paredes? Engolia dicionários? — riu.

Justin estava se irritando com as provocações de Kimberly. Falar no nome de Ashley já era uma coisa dolorosa, falar do relacionamento dos dois então… as coisas eram muito mais complicadas.

Ele se controlou até onde pode, mas depois da última frase pronunciada por Kimberly, ele explodiu de raiva e partiu pra cima da garota.

— Escuta aqui. — ele virou bruscamente e segurou o pescoço de Kimberly, pegando a garota de surpresa e deixando seu ar rarefeito por conta do susto.

— Isso, Jay! — ela se pronunciou após alguns segundos, que foram necessários para ela recuperar um pouco do fôlego e troca seu semblante para uma expressão sensual. — é disso que eu estou falando…. Pegada selvagem.

As mãos de Kimberly escorreram pelos braços de Justin, que permaneceu imóvel encarando-a. Depois de alguns segundos ele a soltou e deu-lhe as costas.

— Vai embora daqui. — falou. — melhor, eu vou embora daqui. — Justin pegou sua mochila no chão e caminhou em direção a saída, deixando Kimberly sozinha.

 

 

Um dia antes da feira de robótica…

 

( Casa do Chris)

 

 

— Foi isso mesmo que eu te contei. — Justin afirmou mais uma vez. — ela chegou lá no vestiário, nua e querendo dá pra mim. — ele bufou e se despojou mais na poltrona.

Justin estava na casa de Chris e desabafava sobre seu relacionamento com Ashley, o seu sofrimento sem ela e sobre a investida de Kimberly.

— E você a pegou, né? — Chris o encarou.

— É lógico que não. Tá louco? Ash…. — Justin bufou e passou as mãos pelo rosto.

― Você  está sofrendo mesmo, né mano? ― Chris interrogou Justin em um tom de pena, pois via o sofrimento estampado no rosto do amigo.

― Velho, você não sabe o quanto. ― ele esfregou as mãos no rosto inúmeras vezes. ― eu to sentindo uma falta dela. ― encarou o nada. ― aquele cheiro, o sorriso, a boca, aquele corpo. ― só de falar um arrepio subia pelo corpo do garoto. ― mano, e o pior é que, de uns dias para cá Ashley tem exalado em cheiro tão forte. Não sei explicar o que é, só sei que me deixa excitado, da vontade de correr atrás. ― balançou a cabeça negando. ― igual quando cadela tá no cio e os cachorros correm atrás... ― os dois não aquentaram e caíram na risada. ― é serio, meu irmão. ― Justin falou ainda rindo. ― ela me deixa de pau duro só de entrar na sala.

― Bate uma ué. ― Chris deu de ombro.

― E você acha que eu não faço isso? ― Justin o encarou. ― meu velho, eu estou quase deslocando meu pulso de tanta punheta que e bato. ― Chris gargalhou histericamente. ― não ri, o negocio é serio. Meu pau chega a latejar só de lembrar das nossas fodas. ― mordeu os lábios. ― parece que eu tô sentindo o gosto dela na minha boca.

― Então fecha, porque já to vendo baba escorrer. ― o amigo zombou.

―  É porque você não teve um amor de verdade. ― Justin o alertou.

― Ei, Cindy é meu amor. ― Chris falou de forma irônica.

― Para! Você a trai todos os dias, ela só não descobriu ainda porque é tapada demais. ― Justin caçoou.

― É verdade. ― Chris concordou com o amigo. ― Mas mudando de assunto. Você vai à feira de robótica amanhã? Chaz e Ashley vai representar a escola, temos eu ir pra prestigiar.   

― Eu estou fora. ― Justin se ajeitou na cadeira. ― Ashley está evitando ao máximo me ver, se eu for, com certeza vou deixa-la nervosa e isso ela já vai está. ― o garoto bufou. ― eu conheço aquela baixinha. Se já fica toda nervosa para fazer um trabalho em dupla, quem dirá apresentar um projeto, representando a escola, onde terá vários concorrentes  e pessoas importantes. Ash vai está uma pilha de nervos e eu só vou piorar a situação.

― Faz o que você quiser. ― Chris deu de ombro. ― só sei que eu vou.

 

***

 

19 horas e 45 minutos

 

( Casa do Chaz)

 

Ashley e Chaz estavam dando os últimos retoques no robô de precisão. O projeto era apenas um protótipo, pois além de não ter aonde testar, algumas peças eram caras demais, o que encareceria muito o projeto. Mas a preocupação deles não era essa, e sim a explicação, tudo tinha que sair perfeito e claro como água cristalina. Nada poderia dar errado.

― Eu acho melhor nós explicarmos com o que ele é feito e depois a função. ― Ashley sugeriu.

― Perfeito! ― Chaz concordou de imediato. ― eu falo da composição, você explica a função e dá um exemplo e depois eu dou outro. Assim fica bom?

― Fica perfeito. ― a garota concordou. ― Mas agora eu tenho que ir. O tempo passou voando.

― Sim, eu te levo em casa. ― Chaz levantou do banco e foi tirando seu jaleco.

― Muito obrigada. ― Ashley copiou o ato do garoto.

 

Depois de juntar seus pertences  Ashley e Chaz foram para o carro, o garoto assumiu a direção e ela sentou no banco do carona. No caminho para a casa de Ashley a conversa era sobre nada mais e nada menos que a feira de robótica, o assunto estava tão bom que ambos nem percebeu que já estavam próximos da casa da garota. Chaz estacionou e ambos não saíram do carro.

― Ashley, posso falar  uma coisa? ― Chaz virou um pouco o corpo, de modo que ficasse na direção de Ashley.

― Sim. ― a garota concordou, o encarando.

―Qual seria a probabilidade de você reatar com o Justin? ― ele questionou.

Antes de responder ela virou para frente e riu com falso humor.

― Foi ele quem pediu para perguntar? ― ela o encarou.

― Não, eu estou aqui como amigo e curioso. ― Chaz respondeu.

― Pois fique sabendo que as chances são altamente remotas. ― ela cruzou os braços e olhou para frente.

Chaz respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos. Ele já previa uma conversa vã.

― Ele está sentindo sua falta, e posso afirmar que não é pouca. ― o garoto insistiu.

― Pois não parece. ― ela o encarou. ― ele parece está muito bem, está treinando, praticando exercícios físicos, até está mais em forma. ― riu sem humor. ― eles está ótimo sem mim.

― Mas isso não significa que ele não sente sua falta. ― o carro ficou em silencio. ― ele está fazendo isso para não ficar igual o da última vez. Katherine está incentivando a não se deixar entregar. Poxa, o cara não sai, é da escola para o treino e depois disso é casa. E sabe o que ele fica fazendo? Ele fica chorando vendo suas fotos, remoendo lembranças e se culpando  pelo que fez com você. ― Chaz respirou fundo depois do desabafo.

― Bom pra ele. ― a garota deu de ombros.

Chaz a encarou por alguns instantes e balançou a cabeça em sinal de negação.

― Vejo que quem não o merece é você. ― cuspiu as palavras. ― um cara como o Justin, que sempre teve tudo o que quis, se prostrou aos seus pés e te venerava. Você se tornou a religião dele. O cara de adorava e te venerava. Aliais, ele ainda te venera e te adora. Mas você parece que não reconhece isso.

― Não reconhece o que? Eu mudei por ele, eu abri mão de coisas...

― Que coisas? Do seu antigo corpo? ― Chaz a cortou. ― pois eu digo, Justin largou muito mais coisas por você, do que você por ele. ― o garoto concluiu.

― Quer saber, eu não sou obrigada a ouvir esse tipo de coisa. ― com raiva ela abriu a porta e saiu. ― até a manhã e vê se não se atrasa. ― ele bateu a porta do carro com força.

Ignorando totalmente a despedida de Chaz, de dentro do carro, e caminhou a passos firmes até a varanda de sua casa. Antes de colocar suas mãos na maçaneta ela abaixou a cabeça e chorou. O motivo do choro ela não sabia ao certo, talvez fosse por causa das coisas que Chaz acabara de lhe falar, ou também da falta que Justin fazia, do nervosismo que estava. Enfim, ela chorava e chorava muito, a ponto de soluçar.

 

****

 

Dia da feira de robótica...

 

( Local onde a feira ocorria)

 

O salão onde ocorria a feira de robótica estava lotado. O lugar era bastante amplo e bem ventilado, os concorrentes ficavam em estandes com os símbolos  de suas escolas. Varias pessoas importantes da cidade estavam presentes, assim como  professores e diretores das escolas, e os alunos, moradores da cidade,  familiares e amigos dos participantes. Eles passeavam vendo os projetos.

Ashley e Chaz arrumavam os últimos detalhes de seu robô, preparando para coloca-lo em ação. Não demorou muito para pessoas chegaram ao estande e perguntarem sobre para que servia e como funcionavam. Os dois se revessavam nas explicações, e de vez enquanto um saia para visitar os outros estandes.  Os minutos iam se passando, Chris e Ryan já haviam chegado, e claro, foram até o estande dos amigos , para da uma forcinha.

 ― Eai, Brother. ― Ryan cumprimentou Chaz. ― fala aí, Ash.

― Eai, vai explicar o que essa coisinha faz? ― Chris questionou.

― Essa coisinha é um robô de precisão, Chris. ― Ashley  falou.

― Ahh.. e o que ele faz?

―  Como eu já disse ele é de nano precisão. Você pode reparar nessa placa, onde ele está soldando as coisas. Essa é uma daquelas placas de computador, que precisa de bastante precisão, coisa que um ser humano comum não tem, para fazer todos esses ligamentos. ― Ashley explicou.

― Ah, e ele pode auxiliar em cirurgias, pois tem uma precisão incrível quando aperfeiçoado. ― Chaz completou.

― Isso é incrível. ― Ryan elogiou.

― Obrigado! ― Chaz e Ashley responderam ao mesmo tempo.

― Eu achei muito foda, mas eu ainda prefiro os óculos de realidade virtual. ― Chris riu. ― imagina um pornô nesses óculos.

Os quatros começaram a rir.

 

A feira teve continuidade, os jurados passavam em cada estande, avaliando tanto os projetos, quanto a explicação e a utilidade de cada um. Aquele era um momento de tensão para os participantes, os jurados analisavam e anotavam tudo em um bloco de notas, sem falar nenhuma palavra.

― Ai, Chaz, eu estou nervosa. ― Ashley resmungou.

― Ei, calma. ― o garoto passou os braços ao redor dos ombros dela. ― nosso projeto está incrível. Fizemos um bom trabalho.

― Mas e se nós não ganharmos? ― ela questionou.

― Bom, sei que viemos aqui para ganhar, mas se isso não acontecer pelo menos teremos experiência. ― sorriu, tentando transparecer calma e confiança.

― Só você para me passar tranquilidade nessas horas.  ― Ashley o abraçou forte.

 

***

 Eram seis horas e trinta minutos quando os jurados passaram no estande de Ashley e Chaz, ambos nervosos, apresentaram seu projeto, assim como suas explicações. Três dos jurados fizeram perguntas, com o intuito de confundir a dupla, mas os mesmos foram safos e conseguiram responder perfeitamente. Despois que eles foram embora os dois respiraram um pouco mais aliviados, um pouco mesmo. Agora era só esperar o resultado final.

De longe uma pessoa observava toda a movimentação, o entra e sai no estande de nossa querida dupla, as expressões que a pequena Ashley fazia e seu nervosismo. Por um segundo Justin pensou ir até lá e abraça-la, dizer que tudo ficaria bem e que ela era incrível. Mas logo lembrou-se do tratamento gélido que estava ganhando dela. Era melhor observar tudo de longe.

As sete e meia os jurados subiram ao palanque, assim como o apresentador da feira, para anunciar os vencedores. De imediato toda a atenção foi voltada para eles, no salão pairou um quase silencio, só se ouviam alguns múrmuros. 

Um homem que aparentava ter trinta anos de idade, vestido com uma roupa casual, se aproximou do microfone e deu aquelas famosas duas batidinhas para ver se o mesmo estava funcionando bem.

― Boa noite, pessoal. ― ele saudou. ― é chegada a hora mais esperada de toda a feira de robótica. ― ouvem-se os aplausos. ― devo elogiar a todos os participantes, pois saíram projetos incríveis para alunos do nível de vocês. PALMAS PARA OS PARTICIPANTES. ― todos aplaudiram.

O homem vez um breve discurso elogiando os esforço, agradecendo os patrocinadores e as escolas, e blá, blá, blá.

Aquela ladainha toda estava deixando todos os concorrentes ainda mais nervosos.

― Bom, vamos chamar ao palco o projeto que levou o terceiro lugar. ― ele pega um envelope e abre lentamente, lendo o nome logo em seguida. ― E o terceiro lugar vai para os alunos Derek e John, da escola Paradics, com a bengala para cegos com sensor de movimento e vibrações.

Todos começaram a aplaudir, enquanto a dupla anunciada recebia os parabéns de parentes e logo em seguida se direcionaram ao palanque, onde cumprimentaram todos os jurados e receberam uma medalha, juntamente com um troféu. Pausa para a foto com os jurados, prefeito, diretor da escola e etc.

― Ok, agora vamos conferir quem foi os que levaram o segundo lugar. ― novamente ele abriu um envelope e demorou um pouco para ler o nome que estava ali, o que causou mais ansiedade.

― Ai, Chaz... ― Ashley resmungou. ― será que nós não vamos ganhar?

― Ei, calma. ― Chaz segurou firme a mão da garota.

― E quem fica com o segundo lugar é ... o trio Blair, Tonny e Benny, da escola Castle Hill... ― antes que o homem pudesse terminar a comemoração começou. ― com sua incrível cabine de realidade virtual e sensações.  Venham ao palco.

E assim os três foram, e como os outros foram cumprimentados pelos jurados, diretores, prefeito, receberam honraria, tiraram fotos e todo aquele protocolo. Uma das meninas pediu a oportunidade para fazer um breve agradecimento, e assim foi concedido a ela.

Ashley e Chaz estavam cada vez mais nervosos, pois só sobrava o primeiro lugar, era tudo ou nada. A garota começou a ficar impaciente e começou a castigar as mãos de Chaz, de tanto que as apertava. Justin, de onde estava, ajeitou a postura e encarou mais profundamente Ashley, de onde ele estava dava para ver perfeitamente o estande da garota, assim como onde estava nesse exato momento.

― Bom, agora vamos ao grande vencedor dessa noite. ― o apresentador retomou a atenção para ele. ― sei que todos aqui dedicaram o ano, praticamente todo, na elaboração e construção de seus projetos... correram atrás, conseguiram peças, passaram por imprevistos,  venceram etapas dentro de suas respectivas escolas, e chegaram aqui. Mesmo que não sejam os vencedores, lembre-se de que vocês são incríveis e tem um grande caminho pela frente. Vocês são mentes brilhantes e não é esse troféu.. ― apontou para o grande troféu, que brilhava de tão polido. ― que  vai definir o quão incrível você é.. Lembrem-se sempre disso. ―   ajeitou o envelope em suas mãos. ― bom, mas alguém tem que levar esse troféu para casa, e mais esse cheque de cinco mil dólares. ― todos começaram a aplaudir e gritar.   ― e os grandes vencedores são. ― ele abriu o envelope e os encarou por alguns segundos, logo depois direcionou seus olhos para a grande plateia. ― Chaz e Ashley, da escola Tiger high, com um incrível robô de nano precisão.

Ao ouvir tais palavras Ashley e Chaz começaram a vibrar,  assim como todos os alunos, professores, amigos e familiares que ali se encontravam. Justin de onde estava não pode deixar de sorriu e aplaudir vendo a felicidade de sua amada. Ela estava radiante, o sorriso estampado nos seus lábios, os pulinhos de alegria que ela dava, a felicidade era tanta que ele podia sentir dali.

O apresentador  os chamou para subir o palco e receber o troféu, assim como o cheque de cinco mil dólares. Eles subiram radiantes, cumprimentaram os jurados, o diretor da escola e o prefeito. Logo depois foi entregue o troféu, que Chaz pegou, e o cheque  de cinco mil dólares, que foi pego por Ashley. Os dois estavam radiantes, sorriam sem parar. Ashley foi para abraçar Chaz que retribuiu de imediato, só que com a empolgação do momento e a proximidade dos rostos Chaz acabou por cometer um ato totalmente inesperado, que foi o de beijar Ashley. Como a multidão não sabia da relação entre os dois, começaram a aplaudir com fervor e assobiar, pensando que aquilo era o certo.

O beijo  tímido não teve longa duração, para falar a verdade nem língua teve, mas quem via de fora não sabia, muito menos Justin, que assistia tudo decepcionado. O mesmo não ficou para ver o ato seguinte, que foi um olhar totalmente envergonhado entre os dois, e um pedido de desculpas sincero da parte de Chaz. O clima entre a dupla ficou sem graça, mas isso não teve muita duração, pois logo assim os jurados , assim como o diretor e os outros chegaram para tirar as fotos.

Enquanto todos comemoravam Justin seguia até o estacionamento totalmente despedaçado, tendo a certeza de que estava perdendo sua amada aos poucos, e aquele beijo era a prova disso.    

    


Notas Finais


Nossa, jubs está sofrendo né.... ia fazer ele sofrer mais um cadinho, mas não tive coragem.
Os proximos capitulos serão assim, eles separados, mas terá sempre momento dos dois, mesmo que seja em sonho, eles vão começar a sentir necessidade um do outro e isso vai deixar as coisas mais emocionantes. Voces estão vendo o malk? todo lindo agora, então, coisas vão rolar. Sobre Kim, vocês não a odiarão até o final da fic, ela mudará.



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bjs


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