História Vegeta e Bulma : O Improvável Amor. - Doce Cançao.

A gravidez corria bem, sem muitos problemas ou alteraçoes . No auge dos meus seis meses, eu me via mais disposta do que nunca a criar modelos novos ,maquinas imbativeis, e tecnologias de cair o queixo. A inspiraçao vinha, e me dava uma vontade louca de me sentar na sala de projetos e sair dali apenas com eles prontos para serem iniciados.

E foi em uma noite quente e abafada que me tranquei no laboratorio, pondo na cabeça que so sairia de la assim que tivesse finalizado minha nova invençao.

As horas se passaram em um piscar de olhos, e tal foi minha surpresa quando o pequeno relogio que me indicava o momento de parar apitou aquela musiquinha irritante.

Bati em seu botao e continuei. Sabia que estava exagerando, que minha barriga ja começava a pesar, mas eu tinha a necessidade de terminar oque havia começado. Eu precisava ter aquele projeto pronto, pra ontem.

Fazia alguns meses que papai assumiu tudo em meu lugar, me pondo mais atoa do que nunca. Eu protestava dizendo que gravidez nao era doença, mas eles ignoravam e ainda pediam ajuda para o idiota do Vegeta, que rosnava e dizia um bando de ladainhas como " Nao me obrigue a te amarrar" " Eu sou o principe dos sayajins" "Como ousa mulher insolente"

Eu esperneava, mas perdia a luta. Sabia que bêbes sayajins exigiam mais do corpo humano, mas nao me sentia inutil.eu queria continuar sendo a Bulma de sempre, mesmo estando gorda.

Vegeta me vigiava de longe, pelo tal ki. Era ate chato o fato dele entrar nos lugares me obrigando a sair porque ja havia me esforçado demais, ou ate mesmo tomado de minha mao diversas vezes os meus cigarros relaxantes.

Por um tempo me senti apenas uma produtora pra perpetuar sua especie, e nao a mae do filho dele.

Aquela hora eu ja sabia que ele saira da sala gravitacional, entao era questao de tempo ele chutar a porta e invadir meu laboratorio, pra me fuzilar com os olhos malvados de sempre.

Dei de ombros, resmungando sozinha. Eu nao saia dali e ai de quem tentasse me tirar.

Dito e feito. Dez minutos depois, o sayajin encapetado adentrou meu escritorio como se estivesse entrando em seu quarto.

- Voce nao aprende mesmo nao é mulher? - gritou, batendo as maos na mesa - Eu ja disse que nao quero voce essa hora aqui!

- Voce disse tanta coisa utimamente que eu me esqueci dessa, Vegeta! - zombei, ainda com os olhos no computador - Vai dormir, me deixa aqui em paz!

- Sua insolente! - rosnou o sayajin - Voce se finge de surda? Nao me provoque!

Revirei os olhos abanando a mao.

-Voce esta me atrapalhando, Vegeta - resmunguei, manuseando o mouse - Saia daqui, por favor. voce nao me vê entrando na sua sala de treinamento!

Vegeta arqueeou as sombrancelhas, os braços cruzados com força.

- Esta bem, eu entro - admiti - Mas idai? la voce so esta treinando eu aqui raciocinio muito! nao posso ser interrompida!

- Oque nao pode acontecer é o meu filho ficar cansado como esta agora! - gesticulou o sayajin, apontando para minha barriga - Voce nao pensa em voce, mas pense nele, Mulher!

Pela primeira vez as palavras de Vegeta me fizeram sentir mal. desesperada, pus as maos na barriga, afagando com carinho e pesar.

- Ele esta cansado, Veggie? - perguntei, culpada - O ki mostra isso, nao é?

Vegeta arfou, aliviando a tensao. parecia tao rigido que poderia ser uma escultura de pedra.

- Voce tambem esta, Bulma - retrucou com a voz branda - Vê se cria limites, mulher. Nao é esgotando todas as suas forças que voce consegue algo!

Levantei a cabeça para olha lo com carinho, mas minha impulsividade e desconfiança quebraram o clima do momento.

- Voce nao esta inventando isso nao ne, Vegeta? - intimei - Eu te mato se voce...

- Arghhh - chiou o principe transtornado - Tudo voce acha que tem algo por tras, mulher! para de fantasias, eu mentiria porque?

Fiz cara de arrependida, ameaçando levantar. foi ai que senti a pontada forte na barriga, tao forte que dei um gritinho de dor.

No mesmo momento, Vegeta literalmente apareceu ao meu lado, agachado com o semblante  confuso e preocupado.

- Oque foi? - perguntou com nervosismo. em outra situaçao eu riria do tremor em sua voz - Bulma?

Sorri para ele, que me olhava totalmente desconcertado. as lagrimas cairam devagar, mansas, ate que Vegeta as contia com as costas da mao, um pouco aspero, ja que nao sabia ser carinhoso tao bem.

Trunks havia chutado. e que chute! Era mesmo um sayajin, quase fiquei sem voz com a dor.

mas dai veio aquela sensacao maravilhosa, de que o ser que esta dentro de voce, esta vivo, esta ali para logo depois preencher sua vida...

Diante do olhar atônito de Vegeta, resolvi me esforçar pra falar em meio as lagrimas.

- O bêbe chutou - balbuciei - E foi muito forte.

Por um segundo, Vegeta mirou na barriga como se quisesse repreende lo. logo depois, olhou novamente para mim, irritado.

- Ele ja chutou antes, mulher! - resmungou - Voce me disse...

Vegeta sempre estava longe nos raros chutes do filho. era primeira vez que estava ali, do lado, e parecia que Trunks sabia, ja que foi o chute mais forte que recebi desde entao.

- Ele sabe que voce esta aqui - sorri, limpando o rosto molhado - Ele quis provar a voce que sera forte.

Vegeta afirmou devagar com a cabeça, parecendo um tanto constrangido.
Puxei sua mao com força para a por encima de minha barriga, mas apesar do olhar reprovador, ele nao recuou.

Sua mao estava quente em contato com minha pele, e me senti leve... Trunks se mexia agitadamente, e por um segundo eu tive certeza que ele sabia exatamente quem estava ali. o proximo chute veio com mais força ainda.

- Pivete mal criado - reclamou o principe, com um sorriso de lado - Esses chutes nao sao de nada!

Arqueei as sombrancelhas, como se o perguntasse se era ele que estava sentindo. Vegeta grunhiu, e eu apertei os olhos de dor devido ao proximo golpe.

- Calma meu amor - sussurrei, passando a mao com carinho no ventre - Seu pai é um imbecil. Nao ligue, aposto como voce sera oito mil vezes mais forte que ele!

Vegeta rosnou, duvidando.

- Esse moleque vai ter que treinar muito para chegar aos meus pés - se vangloriou - E espero mesmo que o nivel dele seja mais de oito mil!

Eu ri, balançando a cabeça negativamente.

- Para de importunar o garoto, Vegeta - repreendi - Aposto como ele tera a minha inteligencia, nao precisara ficar lutando igual um animal!

Se nao fosse tao contrario a expressoes faciais, aposto como Vegeta reviraria os olhos. Sorri, pondo a mao em seu rosto.

- Prometo nao exagerar mais - falei, carinhosa - Nao precisa mais me monitorar.

- Humpf, nao acredito em nada disso! - reclamou o sayajin

- Entao problema seu! - tirei a mao de se rosto cruzando os braços - Lunatico descrente, Eu sou Bulma Brifs !

- E eu o principe dos sayajins! -sibilou Vegeta.

Abri a boca para responde lo mas outro golpe na barriga me fizera ficar sem ar. Sorri mesmo em meio a careta de dor.

- E voce é Trunks - falei, alternando o olhar apaixonado de Vegeta para a barriga - O meu principizinho sayajin, herdeiro de toda a corporaçao capsula.

Fechei os olhos me reencostando na cadeira. era tao maravilhoso sentir todo aquele amor, aquela sensaçao de que o seu coraçao bate em outro corpo, a emoçao de saber que por eles ali , Nao havia nada que eu nao faria.

Senti os braços de Vegeta me rodearem, mesmo sobre a cadeira, se mantendo agachado ao meu lado. Embora sendo rarissimo, o sayajin brutamontes suspirou.
deitou a cabeça devagar e sem força sobre minha barriga, me deixando afagar os seus cabelos.

Eram gestos que apenas eu podia ver em Vegeta. e sinceramente, duvidava se outra pessoa veria algo parecido como isso um dia.

- O coraçao dele esta batendo mais devagar - comentou Vegeta - Ele esta quase dormindo.

- Voce consegue ouvir os batimentos? - sorri, encantada.

- Eu sou um sayajin, nao um humano qualquer - respondeu o principe asperamente.

- Nao vai se levantar dai, majestade? - brinquei, ja que aquilo nunca foi visto por mim e meus olhos ja lacrimejavam.

- Nao - Afirmou Vegeta levantando a cabeça para me dar um sorriso timido - Vou esperar ele dormir. Agora vê se cala a boca!

Mesmo  contrariada com a sua grosseria, retribui com paixao o seu sorriso.

- Entao eu vou cantar uma cançao que mamae costumava cantar para mim  - sussurrei, passando a mao em seus cabelos espetados - Uma cançao de ninar.

Vegeta grunhiu, mas nao se contrapos. Na verdade, eu duvidava que ele soubesse oque era " ninar".

A cançao doce saiu de meus labios com louvor. eu nao era a melhor das cantoras, mas naquela musica eu me dava bem. me remetia a minha infancia, e agora eu cantava para o meu filho...

Era linda.

Cantei os pequenos versos,  cheios de palavras amorosas e doces, sonhos e fantasias.

Era tao maravilhoso sentir o meu sayajin predileto ali, apoiado a mim com muito cuidado, mas ao mesmo tempo confortavel em meu colo.

E ele parecia querer dormir junto com o nosso bêbe.
Talvez por estar cansado dos treinos, ou apenas porque nunca ouvira uma cançao de ninar.

Alias, onde os fortes nascem, a doçura nao tem vez.

A magia do momento era tão rara e contagiante, que me permiti recitar os versos varias vezes.

Na cadeira feita especialmente para o conforto, eu me sentia a pessoa mais sortuda do universo.

Eu tinha duas joias em maos, tao raras, tao finas...

Tao Fortes!

E por mais que o futuro fosse incerto e difuso, ali naquele momento eu nao ligava para isso.

Faria tudo de novo. Dez mil vezes. Em quantas fossem o numero de minha vida. Tudo pelos meus sayajins.