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História Veleidade - Lucy


Escrita por: rx_ARTEMIS_rx

Notas do Autor


Minha primeira história gente.
Espero que gostem!

Capítulo 1 - Lucy


Fanfic / Fanfiction Veleidade - Lucy

"Matar um homem é algo infernal, você tira tudo o que ele tem e o que ele poderia ter"


-Os imperdoáveis.


***


*gravação*


Primeiremente, se você tem uma criatura mística desconhecida em sua cabeça NÃO tente descobrir o que é.
Sério! Péssima idéia. Você pode morrer,ou pior, pode ficar louca.

"Precisamos definir certas prioridades."

Essa é a biruta, também conhecida por divindade alada, mas os íntimos chamam de Artemis.

"Os?"

Vou começar novamente.
Olá esse é um arquivo do futuro enviado ao passado e que estou fazendo no presente. *pausa*...meu presente.

Ah, quer saber? Vou contar a história, então é bom sentar.

"E para quem tem uma criatura mística dentro de sua cabeça: Estamos indo atrás de você."

***


Meu nome é Lucy e tudo começou quando matei meus pais.


Noite de domingo, jantar em família, natal, o que poderia dar  errado?

'por que não estamos nos divertindo?'

"seu primo, Elizandro"

Meu primo Elizandro tinha 15 anos, 5 a mais do que eu, mas isso nunca o impedia de brincar comigo no natal, eramos as únicas crianças da família, mas dessa vez foi diferente, ele não estava sozinho.

__O que você está fazendo?

__Ahn?

__Faz cinco minutos que olha fixamente para a árvore de natal.

__Eu gosto das luzes__ respondi ainda sem olha-lo.

"Você precisa disfarçar."

'Nós precisamos, certo?'

"Errado! Você já devia ter percebido que não somos a mesma pessoa"

'Você é meu subconsciente, o papai disse'

"Ele não entende e não sabe de nada, mas você é especial, juntas somos mais fortes!"

__Lu, a ceia está servida, você não vem?

__É Lucy, mamãe. Já estou indo.

A mesa estava repleta dos mais variados tipos de comida, minha mãe sentava ao lado do meu tio Bel e da minha tia Lisandra, meu primo cochichava com o amigo dele do outro lado da mesa enquanto olhavam pra mim.

Me sentei na cabeceira da mesa e minha mãe me olhou intrigada.

__Filha aí é o lugar do papai,por que não senta com o Eli e o Luca?

Como esperando sua deixa, meu pai entrou na cozinha cambaleando, estava visivelmente bêbado.

__Liizz, minha cunhada maisss linda do uni__ soluçou__ universo.

Meu pai a abraçou desajeitadamente e veio em minha direção. Rapidamente me levantei e sentei ao lado do Eli.

Minha mãe abaixou a cabeça com vergonha, aquela cena era tipica do papai, nem falar com o irmão, ou com ela, ele só me olhou porque eu estava no lugar dele. 

'Não sei por que ele se dá o trabalho de aparecer'

__Hum...Kyu, podemos conversar? __ Meu tio perguntou hesitante.

Meu pai o olhou sorrindo e respondeu enquanto bebia mais um gole de whisky.

__Claro! conversem entre si__ disse apontando do meu tio para minha mãe.

Aquele comentário sarcástico já era esperado, sempre acontecia, me sentia até em uma cena de déjà-vu.

Comemos a ceia em silencio, exceto pelas eventuais risadinhas entre meu primo e seu amigo, Luca.

Depois da ceia eu recusei a sobremesa e subi para o meu quarto alegando cansaço.

Estava tarde sim, mas não tinha sono, sofria com pesadelos todas as noites, então dormia o minimo possível.

Me sentei na cama e peguei um livro do mundo antigo que tinha na minha prateleira, meu livro preferido, falava de deuses e de seus poderes, criaturas diversas, mitologias e humanos valentes e heróis. 

Eu lia esses livros para ter forças e continuar em frente, via cada passado sombrio que criava os heróis mais honrados e dignos e isso me fazia acreditar que eu poderia ser uma deles, poderia ser forte.

Ouvi meus tios se despedindo e suspirei, sempre do mesmo jeito: eles dormiam em um hotel e deixava meu primo passar a noite na minha casa, para que pudéssemos brincar mais, uma unica diferença este ano, não brincamos.

Estava distraída lendo e não ouvi a porta se abrir e nem eles se aproximarem, foi tão rápido que não pude fazer nada.

Meu primo entrou no meu quarto e amarrou um pano na minha boca, ele deitou-me na cama, segurou meus braços por cima da minha cabeça e subiu em mim.

A porta do meu quarto abriu de novo e meu pai entrou e ao ver aquela cena, apenas sorriu e disse ''Divirtam-se crianças".

As lagrimas vieram no mesmo momento, eu não poderia fazer nada. Me debatia na tentativa inútil de me soltar. Meu primo e seu amigo apenas riam de mim.

Eu pude ouvir minha mãe gritar e meu desespero aumentou. Meu pai não só me abandonou naquela situação como poderia estar fazendo o mesmo com minha mãe, ou pior.

Eu fechei os olhos esperando ser mais um pesadelo, já não ouvia mais os gritos da minha mãe, apenas as risadas de meus agressores.

Dor. Foi o que me fez perceber que era real, aquilo doía muito, meus gritos eram sufocados pelo pano na minha boca, eu não tinha mais forças e me entreguei ao inconsciente.

~~~


Estava tudo escuro, mas eu sentia que não estava sozinha.Então pude ouvir uma voz suave, eu a conhecia, mas não me lembrava de onde, não conseguia me lembrar de nada.

"Lucilia, deixe-me ajuda-la"

'Me ajudar?'

"Sim, eu desejo te salvar, só deixe que eu saia daqui e..."

'Aqui é sua casa?'

"Sim"

'Eu gostei, é um bom lugar'

"O que acha de você morar aqui então?"

'Eu já tenho uma casa'

"Você não quer ficar?"

'Quero! Poderíamos brincar!'

"Sim! vamos brincar, mas eu preciso avisar seus pais que você vai ficar aqui por um tempo, ok?"

'Ok. Vamos brincar de esconde, esconde'

E ela foi embora rindo alto.

Uma TV apareceu na minha frente, mesmo com o brilho eu só podia ver a escuridão em minha volta.

Minha mãe sempre me repreendeu dizendo para não assistir TV, porque só aparecia tragédia. Ela nem tinha ideia de como estava certa. 

Comecei a saltitar em meio as densas sombras até me esquecer da TV.

'Nada de tragédia. Hoje só quero brincar'

~~~


Abri os olhos e respirei fundo, demorei um tempo para entender o que estava acontecendo.

Prendi a respiração, meus joelhos fraquejavam eu caí no chão. Não entendia, minha mão estava repleta de sangue, a voz na minha cabeça tentava explicar algo e dizia que não conseguia manter por mais tempo e que eu era mais forte que o esperado.

Eu não entendia, minha mãe estava deitada na cama olhando pra mim, mas seus olhos estavam vidrados e ela não piscava e não respirava.

Meu pai também estava morto, mas eu sentia um estranho prazer nisso. Seus peito estava cheio de marcas e seu pescoço estava rasgado.

Estávamos no jardim, eu pedi para colocar uma cama ali, porque gostava dos  cheiros das flores e de olhar as estrelas, minha mãe aceitou e disse "você pode tudo, meu amor".

Eu fiz aquilo, a verdade  me atingiu como uma adaga envenenada.

"Fuja" 

Eu ouvi, ainda sem entender, por que ou como, eu me levantei.

Esse dia me modificou, não podia ser a heroína, se eu matei meus pais...me tornei vilã.

E pela primeira de muitas vezes, eu fugi.


Notas Finais


Qualquer erro me informe por favor.


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