Residencial Zoro - Zoro POV'S ON
Que ótimo! A última coisa que esperava hoje era ter que ajudar uma pessoa que caiu de uma árvore! Aliás, que mal me pergunte: O QUE DIABOS ELA FAZIA LÁ EM CIMA?!
Algumas pessoas no parque chamaram a emergência e eu a acompanhei até o hospital. Ela acordou assustada, chorando tanto que chegava a doer. Não disse seu nome, na verdade, ela não disse nada porque simplesmente não entendia o que falávamos.
Legal, uma estrangeira perdida e provavelmente, sozinha... Parabéns pra mim! (Lê-se com ironia aqui).
Quando a encontrei, ela só usava um vestido branco que agora, estava que nem pano de chão graças a queda.
. . .
Ao chegarmos na minha casa, a primeira coisa que fiz foi ligar para minhas irmãs, que não demoraram a aparecer.
— Tá legal, ou isso é um tipo de filme ou isso é alguma brincadeira de mal gosto. -elas disseram pensativas-
Ah, sim, deixa-me explicar. Meus pais têm três filhos, as gêmeas, Kuina e Tashigi, e eu. As gêmeas são o tipo de pessoa que você pode adorar de primeira, ou odiar de primeira. Ás vezes podem ser assustadoras, mas são boas irmãs.
— Então, ela não sabe quem é, de onde veio, por que estava na árvore e como caiu? -Tashigi me olhou e olhou para ela, fiquei pasmo quando vi os olhos daquela mulher de tão azuis e fortes que são.
— Sim, os médicos disseram para eu ajudá-la porque no fim, só havia machucados leves por conta da queda na árvore.
— Entendi.
— Hm... -kuina analisava-a de cima abaixo com uma careta estranha- Quer dizer que ela não nos entende, né?... Hm... pensou- Tive uma ideia!
. . .
Eu moro num complexo de apartamentos, daqueles que são dois por andar. A minha casa é grande até demais para eu morar sozinho, mas é um espaço que gosto de gastar comigo mesmo.
Eu tenho uma vizinha no andar de baixo que tem uma filha de dois anos, ás vezes eu cuido dela, então alguns de seus brinquedos ficaram na minha casa.
Kuina pegara uma dessas caixas com brinquedos e espalhara várias letras do alfabeto romano no tapete da sala; escrevera seu próprio nome e ficara de frente pra mulher da árvore, que até o momento, nos encarava inocentemente e confusa.
— O que vai fazer, nee-chan? -Tashigi indagou.
— Espere e verá, nee-chan. -elas se chamam assim desde sempre, já que ninguém sabe qual delas nasceu primeiro-
Seu sorriso ficou grande, olhou a mulher da árvore com atenção. — Eu... -apontou para si- Kuina... -apontou para seu nome escrito com as letras- Entendeu?
Ela apenas tombou a cabeça pro lado, parecendo mais confusa que o normal. Bufei, isso não vai dar certo. — Você realmente não me entende, não é?
— Zoro, por que não tenta? -Tashigi disse tão mais curiosa que a gêmea.
— Ah, está bem... -revirei os olhos, não tinha mais opção mesmo;
Peguei as letras do meu nome e as fiz no tapete, depois a encarei, estava muito espantado em como ela é bonita, corei de leve, mas não foi o suficiente para perceber (jamais que deixaria minhas irmãs notarem)! - Eu... -apontei para mim- Zoro. Você... -apenas esperei uma reação, ela me encarava fixamente.
— Zo... ro...
. . .
Foi o que disse. E para mim, bastou isso para saber que sua voz é muito doce. — Zoro... -repetiu curiosa, tombando a cabeça pro outro lado- Zoro...
— Poxa, ela aprende rápido! -as meninas olharam num sorriso estranho-
— Eu, Zoro... -repeti, fazendo-a prestar atenção- Você...?
Sua feição era mais confusa ainda, fiquei realmente pasmo. Ela não sabe o próprio nome?
— Não me diga que... -Tashigi suspirou- Ela está com perda de memória?!
— É possível?
— Talvez. Considerando que a queda dela foi relativamente alta.
— O pior é que ela não estava com nenhum tipo de documento ou identificação. -arfei pensativo- Não tem como saber de onde ela é.
— Hm... -a mulher da árvore resmungou, mexendo nos brinquedos que estavam mais próximos de si;
Observamos aquilo; ela passou a mexer nas letras romanas e daí, escrevera algo.
Era um nome, talvez fosse seu nome ou talvez, fosse algo aleatório que ela escreveu sem saber.
— Robin?... -indaguei-lhe- Seu nome é Robin?
— Zoro... -foi o que respondeu-
Ela realmente parece com uma criança de poucos meses de vida (detalhe: ela não sabe andar, tive que trazê-la nas costas até em casa). Não sabe falar, não sabe andar, provavelmente não sabe fazer quase nada além de chorar quando está assustada.
— Ok, então... -Kuina bufou- Pelo que você nos disse até agora, ela caiu de uma árvore, acordou assustada, não sabia falar com ninguém, não sabe andar e até agora, só conseguiu escrever esse nome.
— Sinto como se estivesse cometendo um crime. -falei olhando o nome dela-
— Tsc, ajudar um estranho não é um crime, irmãozinho.
— Mas as coisas mudam de ponto de vista quando se trata de uma mulher, ainda mais se ela não fala, não anda e não sabe nem de onde é!
— É só deixá-la em casa até que ela consiga se comunicar devidamente.
— Como se fosse fácil falar! -eu me irritei e logo ouvimos o choro da Robin-
Vi seu corpo se encolher para trás e suas mãos cobrirem seu rosto.
— Idiota, você está assustando ela! -Tashigi me dera sermão, se aproximando da mesma, lhe esfregando o topo da cabeça e abraçando, como se fosse uma criança mesmo. — Hey, não precisa ficar assim, os humanos se irritam fácil!
Não sei por quê, mas ver ela chorando me deixa agoniado.
*
*
*
— Próxima etapa: roupas! -as gêmeas encaravam-na ainda sentada no tapete branco e felpudo da sala de TV- Ela não pode ficar usando isso pra sempre e também, não pode andar nua por aí.
— Coloquem roupas decentes nela! -franzi o cenho, não confio muito nelas no quesito vestimenta-
— Bom, já que ela escreveu aquele nome, acho justo que se chame Robin, e até que combina com ela. -Tashigi olhou-a melhor- A aparência dela é coisa de outro mundo! Olhem só o tamanho deste cabelo!
— Wau... -Kuina o esticara com cuidado. Robin estava sentada no chão, à frente do sofá, que fica de costas para uma das paredes.
Ela o esticou até chegar no corredor principal e ainda sobrava um pouco dele no chão. — Caramba! Deve ter uns dois metros de cabelo!
— Nossa, como é que ela consegue aguentar esse peso todo?
— É uma boa pergunta... -suspirei ainda mais curioso sobre a Robin-
Ela estava começando a ficar meio azul, a respiração estava ficando ofegante, quando notei isso, sua cabeça pareceu ficar dando voltas e voltas- O-oe, o que você tem?!
— Ela vai...
Esqueci de alimentá-la, uma das primeiras coisas a se fazer quando uma pessoa está perdida.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.