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História Vem pro Meu Mundo! - Andar é difícil!


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 3 - Andar é difícil!


Fanfic / Fanfiction Vem pro Meu Mundo! - Andar é difícil!

Residencial Zoro - Zoro POV'S ON

Quando Robin acordou do desmaio, ficou assustada. Estava deitada na minha cama, e olhava tudo com desespero. 

Eu entendia, afinal, não era sua casa e ela provavelmente, está com perda de memória, não deve se lembrar nem de como andar (porque isso ela não sabe mesmo). 

— Hey, tudo bem, você só desmaiou. -mantive a calma, teria de ser muito paciente com ela-

Levei outro susto;

Robin também não sabe sentar direito. Ela não aprendeu a sustentar o peso do corpo. 

Quando ela me encarou, teve dificuldade em se ajeitar na cama, caiu para um lado e depois, para o outro ao tentar sentar de forma ereta. — Ah, você é um bebê em forma de adulto por acaso?! -bufei confuso, eu juro que não consigo entender as mulheres, ainda mais esta mulher-

Minhas irmãs estavam na cozinha, preparando o almoço, então eu apenas me comprometi a levar a Robin até a sala quando acordasse. Ah sim, enquanto ela estava desmaiada, as gêmeas fizeram o favor de lhe banhar e trocar suas roupas. 

Robin estava agora com um vestido marrom bem largo lhe cobrindo o corpo, seus cabelos são lisos de forma que caem em seu rosto, são volumosos e muito brilhantes. Ainda não acredito que tenham dois metros de comprimento... 

— Zoro... -ela disse com sua voz tímida e doce, fazendo uma careta fofa-

Droga, não faça essa cara pra mim! 

— V-você precisa comer... -corei de leve- Venha... -puxei as cobertas pra longe e a fiz me dar suas mãos, queria fazê-la ficar em pé;

Robin estava assustada, suas pernas tremiam tanto quanto as de um quadrupede recém-nascido. Ela resmungava preocupada. — Tudo bem, não vou te soltar. 

. . .

Só depois de vê-la em pé é que pude admitir minha insignificância perante a existência dela: que mulher alta! Eu devo ser uns dez centímetros mais baixo, então, suponho que ela tenha por volta de 1,90 cm. 

Senti o constrangimento na cara quando seu corpo ficou tão perto do meu. O vestido era largo, mas largo o suficiente para mostrar parte de suas curvas quando ela se mexia. Seus seios são enormes! 

As mangas da roupa caíam por seus ombros e suas pernas grossas continuavam a tremer incessantemente. Engoli seco e me acalmei. — Olhe só, você precisa aprender a andar, então apenas tente me seguir, ok? 

Robin não me entendeu, obviamente, mas quando puxei seu braço devagar em minha direção, ela deu um passo pequeno, no passo seguinte, caiu. — Ah, tudo bem, não acho que seja boa ideia te fazer andar agora, você não comeu nada. -suspirei- Sua pressão deve estar lá embaixo. 


*

*

*


— Wau... -fiquei admirado com tanta comida na mesa- Quando foi que fizeram tudo isso? 

— Tsc, não duvide das mulheres, irmãozinho! -as gêmeas sorriram orgulhosas de seu trabalho- Bom, será que ela sabe o que é comida? -olharam Robin sentada à mesa, tentando ficar equilibrada num puff que coloquei ao lado da cadeira da ponta;

Como ela não sabe sentar direito, seria um sacrifício mantê-la sentada na cadeira (ela provavelmente iria escorregar o tempo todo). Até o momento, Robin se interava com um Panda de pelúcia que tirei do meu quarto. 

— Eu não sei, mas acho que ela não sabe comer sozinha. É como se ela tivesse acabado de nascer; não sabe andar, nem ao menos, ficar sentada sem ajuda. 

— Pois é, olha pra ela agora. -Tashigi admirou-a com atenção- Robin está interagindo de forma tão infantil com o panda que nem parece ser uma adulta. É como se... 

— Alguém tivesse a abandonado em qualquer lugar e por isso, ela não sabe nada sobre o mundo... -Kuina arfou- isso é triste... 

— Só o que podemos fazer agora é alimentá-la, não quero ver a Robin desmaiando de novo. -fiz as gêmeas se apressarem para sentar, até eu estava com fome-

Assim que nos sentamos, nossa convidada encarou a mesa de jeito curioso, seu olhar era o mais delicado e engraçado possível. — Robin, isso é comida. 

— Robin... -ela repetiu timidamente, colocando a pelúcia no chão-

— Olha só, ela aprendeu o próprio nome. -Kuina riu de canto- Agora só falta aprender a falar direitinho. 

Peguei uma tigela com arroz e lhe mostrei, sua cabeça tombou para o lado. 

— Isso se chama arroz. -com os hashis, comi uma goma dele, fazendo-a se assustar em surpresa- É, arroz a gente come.

— Zoro... 

— Ah, vai demorar até você entender tudo... -bufei vencido- Ok, faça isso... -abri minha boca e a esperei imitar o gesto, o resultado disso foi mais arroz na minha boca, quase engasguei;

— Hey, hey, com calma! -Kuina riu da situação enquanto eu tossia- Desse jeito ela não vai mesmo entender! 

— Robin -Tashigi saíra de seu lugar, com a tigela de arroz em sua mão e os hashis na outra, sorriu delicada- Ahhhhh... -abriu a boca e pegara uma goma de arroz. - Ahhhhhh...

— Ah? -assim que ela imitara minha irmã, recebeu a goma de arroz na boca-

Ela levou um tempo mastigando, porém engoliu e ficou encarando o arroz como se ele fosse um Deus. 

— Ahhh... -Tashigi  fez de novo, repetindo o processo várias vezes com toda calma do mundo, até o arroz acabar. 

Fez a Robin comer folhas verdes e até peixe, mas ao ver o animal todo grelhado, fez uma careta engraçada. 

— Bau! 

— Hein? 

— Bau! 

— "Bau"? O que é isso? -nos encaramos confusos e ela repetia a palavra várias vezes- 

— Bau! 

— Ela está falando alguma coisa? -olhei Tashigi ainda concentrada no que fazia- 

— Eu não sei, pode ser o nome de qualquer coisa. -a camiseta branca e o short rosa dela quase sofreram um acidente assim que Robin engasgou- Ops, esqueci de esperá-la terminar de engolir. 

— Vai matá-la antes mesmo de ajudar! 

— Relaxa e goza, irmãozinho, eu sou ótima com crianças! Bem diferente de você! 

— Tsc... -rangi os dentes enquanto a via cuidar da estranha mulher que veio de uma árvore-


*

*

*


Depois de comermos, as gêmeas ficaram dando atenção pra Robin enquanto eu lavava a louça (o mínimo de obrigação, já que elas fizeram a comida), fiquei pensando que tipo de ajuda a mais eu posso oferecer para esta mulher. Eu não sei quem ela é e nem por que ela está aqui, mas sei que ela não me entende e precisa muito aprender a se comunicar. 

. . .

Assim que terminei de lavar a louça, sequei as mãos e caminhei até a sala; uma bagunça de brinquedos apareceu do nada.

— Zoro, venha cá! -Kuina me chamou num sorriso- Eu encontrei esse tapete do alfabeto romano, acho que ele ajudará em muito na questão de conversa com ela. 

— Como? 

— Vamos ensiná-la desde o início. 

— Está falando sério? -bufei em tédio; ela só pode estar me gozando;

— Eu sempre falo sério. 

— Zoro... -ouvimos Robin dizer enquanto encarava o Panda, em cima do sofá- 

Ela engatinhou de mal jeito e pegara a pelúcia grande, esfregando seu rosto nele. — Zoro... 

— Uh... Ela te acha fofinho, que nem o Panda... -Tashigi disse maliciosa e eu lhe dei um tapa na cabeça- Ai, isso dói! 

— Babaca! -falei bravo- Isso não é hora de fazer piada! 

— Zoro... -Robin disse agora fazendo uma careta triste, engatinhou até Tashigi e lhe puxou para perto, acariciando sua cabeça enquanto lhe abraçava. 

Prestei atenção naquela cena da mesma forma que Kuina. 

— Ela... Reagiu ao tapa que você deu? 

— Ela está imitando o mesmo gesto que a Tashigi fizera antes do almoço... -pensei mais surpreso que nunca- Então a Robin consegue memorizar as reações dos outros com mais facilidade que as palavras?

— Bom, eu acho que isso é natural até para uma criança, Zoro. 

— Então significa... -a própria Tashigi interveio- Que a Robin entende esse gesto do abraço como forma de consolo, nós podemos ensiná-la melhor com os gestos que fazemos, depois, podemos ensiná-la com palavras. 

— Certo, mas... Como faremos? 

— Bom... -ficamos a pensar, Robin ainda acariciava a cabeça de Tashigi-

— É claro! -Kuina gritou eufórica, seu sorriso foi de ponta à ponta do rosto, me deixando meio assustado- Desenhos! Existe coisa mais fácil para uma criança entender do que desenhos?! Vamos fazê-la assistir desenhos! 

— Hey, hey, não podemos deixá-la assistir qualquer coisa! -adverti- Se for para ensiná-la sobre o mundo, temos que colocar desenhos feitos pra bebês de um ano ou dois. 

— Isso mesmo! Eu até pensei em algo um pouco mais adulto pra ela, tipo... Desenhos da TV a cabo. 

— Ainda assim eles precisarão ser controlados. 

— É o de menos, você tem o resto das férias para ensiná-la. 

— Como é?! 

— Que foi? Robin é responsabilidade sua, foi você quem se meteu a ajudá-la, então faça isso direito! 

— Sua...! -fiquei mais bravo que o possível- 

Por mais que eu odeie admitir, Kuina tem razão; Já que estou ajudando a Robin, preciso fazer da forma correta. 

Todavia eu não sei quase nada sobre crianças! Tashigi desfez-se do abraço com Robin e lhe puxara para cima, logo ela fez careta de choro. — Ela não sabe andar, já não disse? 

— Eu sei, por isso mesmo é que primeiro, devemos ensiná-la a ficar de pé. 

. . .

Robin tremia as pernas de novo, resmungava como se realmente fosse chorar, minha irmã apenas sorriu e lhe abraçou de novo, mas mantendo-a em pé. — Bem, bem... se você chorar vai ser pior, então, não precisa se preocupar... 

— Zoro... 

— Eu não sou o Zoro, mas acho que por enquanto não vou me importar com isso.

 

*

*

*


Acho que nunca tive tanto trabalho com um adulto em um dia quanto tenho em seis meses com 40 crianças! 

Já estava tarde e minhas irmãs precisavam voltar pra casa delas. Mas antes disso, fizeram o favor de deixarem algumas de suas roupas para Robin usar, já que por enquanto, ela está sem nenhuma. 

Não fizemos muito progresso no quesito "andar", então, ainda estou carregando-a de um lado para outro da casa; tive que levá-la até o banheiro... 

— Robin, nós vamos te ensinar a tomar banho! -Kuina sorriu doce, vendo-a tombar a cabeça pro lado- O problema é que seu cabelo é muito grande, não sei como iremos lavá-lo.

— Se dividi-lo em partes menores, será mais fácil, não acha? -indaguei também no banheiro- 

Havia dois metros de cabelo enrolados ao lado da dona, sentada no mesário de pedra de granito. 

— Mesmo assim é muito grande, duas pessoas não dão conta de lavá-lo. 

— Ok, eu ajudo. -revirei os olhos- Bom, e como faremos isso? 

— Ane-ue divide o cabelo dela enquanto preparamos a água da banheira, depois lavamos o cabelo da Robin e aí o resto é mais fácil. 

— Certo, eu tenho que esperar lá fora? 

— Claro que não! Você precisa carregá-la até o chuveiro, né idiota?! 

— Tsc, tanto faz... 

— Zoro... -Robin disse e para nossa surpresa, agora me reconhecia por tal nome; estava puxando minha camiseta com timidez, olhou para cima com vergonha. - Zoro... 

— Robin... -não soube reagir a isso, ela estava fazendo uma cara fofa de novo-

— Hm... -suas pernas se contorceram fortemente, ficamos confusos- Zoro... 

— O que foi? Você está passando mal? 

— Ah... 

— Que foi, Robin? 

— O que ela tem? -Tashigi tentava entender o motivo dela estar se contorcendo tanto, principalmente nas pernas. 

— Ah... -ela começou a fazer uma cara muito estranha e logo o mesário molhou... 

— Ela... ela está... 

— EEEEE?EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEHHH?! 

Robin está sem memória, então é óbvio que ela não vai ter controle da própria bexiga... Não preciso dizer que será um trabalho do cão ensiná-la a usar o banheiro, não é?

 



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