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História Vem pro Meu Mundo! - Banho? O que é isso?


Escrita por: HQueenElla

Capítulo 4 - Banho? O que é isso?


Residencial Zoro - Zoro POV'S ON

Eu estava passando por uma situação constrangedora no momento. 

— Zoro... -Robin dizia inquieta sentada no banco do lavatório, eu evitava lhe olhar ao máximo, aquilo era muita tensão para um homem só. 

— Apenas se acalme, Robin. -Quem estou enganando? Eu estava mais nervoso que qualquer pessoa dentro daquele banheiro. 

— Zoro, não deixe ela se mexer! -Kuina dizia concentrada no que fazia. 

— Fácil falar, não é você que está sustentando todo o peso dela! 

. . .

Eu estava de pé, segurando Robin pelos braços, mesmo assim sua coluna é mole, não sabe sustentar seu corpo direito, até mesmo quando engatinha, tem dificuldade. 

Suas mãos agarravam minhas costas com força, já que ela tendia a cair caso não segurasse em algo. 

O problema é que seus seios estavam comprimidos contra minhas pernas, bem no lugar que não deveriam! 

Isso não vai prestar! 

Kuina estava lavando suas costas enquanto Tashigi terminava de lavar o cabelo gigantesco de Robin. 

— Prontinho, cabelo lavado! 

— Bom, e agora? -perguntei meio incomodado com o aperto da morena em minhas pernas- 

— Terminei as costas! -Kuina sorriu- Agora que já lavamos seu corpo, é só colocá-la na banheira. O resto você pode fazer sozinho, Zoro? 

— Tsc, por que não tô surpreso? -ironizei irritado;


*

*

*


As gêmeas voltaram pra casa e eu fiquei no banheiro, sozinho com a Robin. As meninas prenderam seu cabelo para que não molhasse de novo enquanto estivesse na banheira. 

Fiquei a encarando interagir com uma esponja amarela. 

— De onde será que você veio?... -perguntei alto, mas eu sabia que ela não me responderia- 

Olhei os arranhões que haviam em seu braços, eles pareciam não incomoda-la. — Seus machucados não estão doendo? Você caiu feio de cima daquela cerejeira... 

— Zoro... -ela me olhou num sorriso meigo, acabei sorrindo de volta sem perceber. 

Ela agarrou a esponja e me mostrara. —Batata... 

— O quê? 

— Batata... 

— Batata?... -pensei- Espera, você sabe o que é uma batata?! 

— Batata... -ela colocou a esponja na boca, tirei de imediato, estava repleta de sabão;

— Não coma isso! 


*

*

*


— Ah, então você estava com fome... -bufei cansado, nunca imaginei que seria tão trabalhoso cuidar de um adulto-

Mostrei uma batata de verdade pra Robin e ela colocou na boca de novo, dessa vez fazendo careta de nojo, visto que ela estava inteira e não estava cozida. Ri de canto. — É claro que está ruim, não cozinhei e nem temperei, sua boba... 

Ela balançou a cabeça de forma negativa ainda fazendo carinha de nojo. Robin menina devolveu a batata e em troca, lhe dei uma bacia com batatinhas prontas. — Essa você pode comer. 

— Ahhhhh... -Sério isso? Quer que eu te alimente? 

— Tsc... Está bem, mas saiba que batatas você pode comer com a mão, sua preguiçosa! 

Robin gostou de batata (não crua, óbvio), ainda não entendo o que a fez dizer o nome do tubérculo e nem o que a fez querer lembrar disso, mas é bom. 

Talvez ela esteja recuperando suas memórias. Olhei em seus olhos enquanto comia: como é linda... 

Tenho 25 anos e seu comportamento está fazendo eu me sentir com cinco. É isso o que acho de crianças... São pequenas, inocentes, puras e lindas (principalmente quando não falam). 

Robin é uma criança com tamanho de adulto, mas é uma criança, a mais linda que já vi. Mesmo que demore para ela aprender tudo o que é necessário, não tem problema, já que me responsabilizei por ela, farei com que aprenda tudo e mais um pouco. 

. . .

Na metade da bacia, a vi esfregar os olhos e bocejar delicadamente. — Está com sono? 

— Zoro... 

— Venha... - eu lhe peguei no colo- Você precisa dormir. 

Caminhei até o quarto de visita e lhe coloquei na cama, deixei que dormisse com o panda de pelúcia, porém invés dela dormir, apenas agarrou minha roupa com força, fazendo cara de choro e resmungando. Não acredito nisso; ela não gosta de dormir sozinha? —Hey, eu preciso tomar banho também, então precisa dormir logo. 

— Zoro... 

— Você não gosta do escuro? Eu deixo as luzes acesas... 

Não adiantava, Robin agarrou-me de novo, como fez no banho. Bufei. 


*

*

*


Eu estava na banheira e ela estava sentada ao lado da cerâmica, encarando a água quente com bolhas de espuma por todo canto. Robin sorriu contente por isso. 

— Prometo que não demoro pra sair daqui, mas você precisa prometer que não vai ficar me encarando desse jeito. 

— Zoro... -sua primeira palavra é o meu nome, Robin só sabe isso, praticamente-

— Então agora você sabe quem eu sou? -encarava com atenção, um pouco afastado da borda- 

— Zoro... -ela me sorriu um pouco cansada, eu sabia que seu sono estava agindo, mas sua teimosia em ficar acordada era enorme;

— Robin... -chamei seu nome, ela me olhava fixamente- Robin... -falei de novo- Seu nome é diferente. 

— Robin... -repetira- 

— É, você se chama Robin. 

— Robin... -a vi apontar para si própria, ela finalmente gravou seu nome-

— Isso mesmo! Você é a Robin! 

— Robin... -ainda apontava para si- Zoro?... -apontou para mim, me deixando perplexo, ela aprende muito rápido;

— É! Eu sou o Zoro, você é a Robin.

— Zo... ro... -bocejou pela quinta vez-

— Vamos lá, vamos dormir. 

Eu saí da banheira e fui até o chuveiro para tirar aquele sabão todo do corpo, mesmo estando de cueca, era difícil tomar banho com uma pessoa me observando (ainda que ela não entenda nada da situação). 

Quando terminei, me enrolei num roupão e peguei Robin no colo, carregando-a até o quarto, de novo.


*

*

*


Era uma e meia da manhã, mesmo depois de tanto tentar, Robin apavorou-se em dormir sozinha, resultado: Ela dormindo na minha cama, nesse exato momento. 

. . .

Eu observava sua cabeleira espalhada pelos travesseiros e em boa parte do meu tapete. Não acho que ela deixaria cortá-los. Mas tanto faz, lhe acho bonita do jeito que é. 

Tsc, no que estou pensando a essa hora?... Isso é suspeito até pra mim! 

Bocejei em sono, antes de me deitar, troquei o roupão por um pijama azul, acho que de todo trabalho do banho na Robin, o mais difícil foi vesti-la; ela tem um corpo malditamente exuberante, foi muito constrangedor lhe botar num pijama, ainda mais sabendo que era branco e era o único pijama decente que tinha entre as roupas que as gêmeas entregaram! 

O problema maior é que Robin não usa nenhuma calcinha ou sutiã, visto que são roupas íntimas, nas quais não se emprestam para outra pessoa. 

Bom, enfim...

Eu me deitei e antes de pegar no sono (seria meio chato dormir com a luminária acesa), admirei o rosto dela, notando seu cílios carregados e longos contraírem para cima e para baixo, junto de sua respiração calma. 

Os lábios vermelhos estavam entreabertos, deixando um fio de ar entrar e sair por ali... O cenho estava franzido em calma, agora mesmo é que se parece ainda mais com um bebê recém-nascido. Todo despreocupado do mundo e da vida. 

O Panda voltou pra minha cama, agora ficando de escanteio, na parede.

Fechei meus olhos e apaguei no mesmo instante. 


*

*

*


No dia seguinte, acordei sentindo-me tão calmo que até me assustei. Olhei pro lado e Robin não estava lá, sentei na cama em desespero e encarei o quarto, estava do mesmo jeito que deixei na noite passada. 

— Robin! -chamei e logo notei uma "anaconda" de cabelo pelo chão... 

Cerrei os olhos e olhei pra baixo.

Lá estava ela, caída, com as cobertas enroladas nas pernas e dormindo de cabeça para baixo, com o panda em cima de sua cara. — Tsc, só pode estar me zoando... 


*

*

*


Café da manhã. Robin ainda não aprendeu a andar, mas teve um progresso: aprendeu a sentar. 

Sendo assim, agora ela consegue manter o equilíbrio mais fácil, realmente ela aprende muito rápido. Em um dia já conseguiu associar os nomes que aprendera, com as pessoas, aprendeu inclusive, a consolar com o gesto de Tashigi. 

— Muito bem, o que faremos hoje? 

— Zoro... -ela falava enquanto lhe alimentava- 

— Não pode falar com a boca cheia, Robin, isso é feio. -eu lhe dava pão de melão, ela gostou tanto que já estava no quinto-

O telefone tocou, fazendo-a se assustar e cair do puff... Juro que não consigo entender como alguém pode se assustar tão fácil. Levantei e fui atender, ela me encarava curiosa. 

— Ah, Luffy... 

— Zoro, quer vir na minha casa hoje? É dia de jogar! 

— Não posso, Luffy, estou ocupado com uma coisa. -olhei Robin ainda curiosa sobre o telefone- 

— Isso é sujeira, Zoro! Você prometeu que viria! 

— Eu sei, mas infelizmente terei que quebrar a promessa, foi mal, cara. 

— Seu idiota! 

— Vou te compensar por isso. 

— Hunf! 

E desligou. 

Suspirei, era verdade que eu odiava quebrar promessas, mas com a Robin aqui, fica impossível sair de casa. Ela mal sabe o próprio nome, não posso nem mesmo deixá-la sozinha. 

. . .

A esta hora minhas irmãs já haviam ido trabalhar (detalhe: elas trabalham com o papai). 

Espera... 

Gêmeas... O papai... Trabalho... 

— CARALHO! ELAS VÃO CONTAR PRA ELE! -gritei desesperado-

— Caralho?... -ouvi Robin repetir o palavrão, JUSTAMENTE O PALAVRÃO;

— Não fale essa palavra! -coloquei minha mão à frente de sua boca- Essa palavra é ruim! Não pode dizer isso de novo! 

— Hm... -eu lhe deixei respirar e bufei vencido, conhecendo minhas irmãs como conheço, vão fazer tudo virar de ponta cabeça;

— Ah, que droga... 

— Caralho... -ela disse de novo-

— Pare com isso! 

 



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