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História Vende-se Um Véu de Noiva - O Negócio


Escrita por: SnillyHayffie

Notas do Autor


Olá, galerípede

Como eu falei, a liberação de capítulos vai ser, de certa forma, mais regular. Eu ia liberar esse aqui sexta-feira, como eu fiz com os dois primeiros, mas o que acontece é que eu não consigo ficar com capítulo pronto arquivado muito tempo (e nesse caso meu muito tempo foi uma semana). Bem, espero que vocês gostem (PESSOAL QUE ACOMPANHA AS OUTRAS FICS: EU JURO QUE EU NÃO ESQUECI DELAS \0/) <3

Qualquer erro, sugestão, ideia, elogio, crítica construtiva, dúvida, opinião, etc., podem deixar nos comentários. Livro de visitas e Inbox sempre abertos, EXCETO para divulgação.

Até o próximo,
Beijão
Adoro vcs, flws <3

Capítulo 3 - O Negócio


Fanfic / Fanfiction Vende-se Um Véu de Noiva - O Negócio

 

(...)

 

Alguns dias depois

 

Rolf estava sentado em frente à escrivaninha desocupada de uma sala amadeirada — majoritariamente decorada com móveis rústicos detalhadamente entalhados, os quais davam um toque de extrema classe ao ambiente e com uma fraca iluminação externa abafada por graciosas cortinas azuis —, observando-a e esperando alguém que aparentemente demorava para chegar e lhe causava impaciência.

 

Algum tempo depois, foi pego de surpresa pela porta que foi escancarada de repente e pelo homem grisalho, gorducho, ocludo e de jaleco branco que entrou como um foguete, aparentando estar extremamente atarefado.

 

— Senhor Scamander! — tratou de ir logo exclamando sem perder muito tempo, estendendo-lhe a mão quando tomou seu lugar atrás da escrivaninha. — Quanta honra em receber tão ilustre presença, um nome de tanto peso, em meu escritório! Desculpe pela demora, mas os cabeças ocas que eu sou obrigado a chamar de curandeiros realmente resolveram tirar o dia para me deixar sem paciência e, por causa disso, só poderei lhe ceder uma pequena parte do meu tempo. Então, peço para que seja breve.

 

Rolf o cumprimentou de volta e aproveitou para dizer em um tom solícito:

 

— Não se preocupe, doutor Leath, é mais do que o necessário para lhe dizer porque o procurei aqui no St. Mungus.

 

— Sendo assim, prossiga. — pediu o homem, acompanhando a fala de um gesto ágil com as mãos.

 

— Bem, eu vim até aqui porque sei do seu renome como medibruxo e necessito do auxílio de alguém com a sua experiência para resolver... digamos... um problema, um pequeno contratempo, que tem me incomodado bastante nos últimos dias.

 

— E qual seria esse problema clínico que o senhor possui? — o medibruxo quis saber, olhando o outro à sua frente com a sobrancelha arqueada de curiosidade.

 

— O senhor falou corretamente. É um problema clínico, mas não sou eu quem o possui — corrigiu-o Rolf. — É a minha esposa, doutor. Ela realmente não está bem.

 

— Assim sendo, senhor Scamander, podemos marcar uma avaliação para analisá-la, nos certificarmos de qual é o quadro e decidir qual... — doutor Leath começou a dar sua sugestão em um tom explicativo, mas foi interrompido bem na metade.

 

— Doutor Leath, eu vim procurar o responsável por esta enfermaria, que no caso é o senhor, porque a situação dela já é cabível de internação! Não é sem motivo ou por algo fútil que eu vim buscar ajuda. — retorquiu como se não fosse mudar de ideia.

 

A expressão desconfiada do homem surgiu como uma resposta imediata.

 

— O que você pretende, rapaz?

 

— Ah, doutor Leath, não é segredo para ninguém que eu sempre quis continuar o trabalho do meu avô na Magizoologia, sempre quis levar a parceira que eu conseguisse junto comigo. Acontece que não dá para fazer isso com uma esposa potencialmente problemática necessitando de tratamento. Tira toda a glória que eu estou almejando conquistar.

 

— Rapaz, aqui na enfermaria Jano Thickey nós não aceitamos paciente deliberadamente — informou o medibruxo com um aspecto de quem não poderia estar mais ofendido. — Trabalhamos com um tipo bem específico de ética, assim como todo o resto do Hospital St. Mungus.

 

Rolf o observou de um modo indistinto por alguns segundos antes de trocar o olhar que vinha trazendo até aquele momento por outro perigosamente malicioso.

 

— Ora, o senhor não me venha com falsos moralismos — afirmou taxativamente. — Aqui entre nós, o mais bonzinho mata os pais para poder ir no baile de órfão. Nem um dos dois é santo... ou você acha que eu não sei do valor galáctico em galeões que anda circulando pelas mãos dos repórteres do Profeta Diário e aquele Pasquim falido para encobrir seus casos de negligência médica e outras coisas que ocorrem aqui nesta enfermaria que “trabalha com um tipo bem específico de ética”.

 

— Rolf, isso é sórdido, frio, calculista... — doutor Leath comentou, intrigado.

 

— O senhor não quer mesmo que seu nome vá parar em alguma seção de investigação do Ministério, não é?

 

Doutor Leath refletiu um pouco, suspirou e, após isso, fez um gesto para que ele prosseguisse, falando num tom de quem claramente iria se arrepender do que estava fazendo, porém correria o risco mesmo assim:

 

— E o que eu ganharia com isso?

 

— Doutor Leath, eu vou mover o senhor à base do único combustível que você conhece — Rolf caçoou do homem atrás da escrivaninha com um ar mesclado de brincadeira, sarcasmo, zombaria e cinismo. — Os galeões que o senhor irá querer chegarão ao seu cofre no Gringotes sem nenhum atraso. As posses que minha família obteve ao longo dos anos e meu esforço irreparável em mantê-las serão garantia disso. Faça seu preço!

 

— E eu deveria internar sua mulher exatamente pelo quê, se não posso avaliá-la? — continuou doutor Leath.

 

— Esquizofrenia, doutor. Isso já basta e já é suficiente.

 

— Certo...

 

— Ótimo! — Rolf exclamou, animado, estendendo a mão para firmar o acordo de uma maneira mais formal. — Entro em contato depois para combinar como vamos nos comunicar sem levantar suspeitas, quanto o senhor vai receber e como vai funcionar o esquema. Foi muito vantajoso fazer negócio com o senhor, doutor Leath.

 

— Igualmente. — o medibruxo respondeu com um feitio indiferente.

 

— Até mais ver.

 

— Até.

 

Rolf dirigiu-se de prontidão para a saída, enquanto doutor Leath ficou ali por mais algum tempo, comentando para si próprio:

 

— Mais uma história de caso perdido lucrativo que vem me procurar.

 

Deu de ombros e, então, saiu também.

 

(Continua...)

 


Notas Finais


Obrigadíssima por ler até aqui <3


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