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História Vende-se Um Véu de Noiva - A Garotinha do Papai.


Escrita por: SnillyHayffie

Notas do Autor


Enfim, qualquer erro, sugestão, ideia, elogio, crítica construtiva, dúvida, opinião, etc., podem deixar nos comentários. Livro de visitas e Inbox sempre abertos, EXCETO para divulgação.

Boa leitura <3

Capítulo 8 - A Garotinha do Papai.


Fanfic / Fanfiction Vende-se Um Véu de Noiva - A Garotinha do Papai.

 

(...)

 

Tempos depois

 

Em um dia particularmente atarefado na recepção do St. Mungus, um homem de meia idade levemente vesgo e que possuía longos cabelos já habitualmente grisalhos, com textura de algodão-doce, despontou naquele local de forma um tanto quanto retraída e estando minimamente confuso.

 

Ele se dirigiu ao balcão da recepcionista, a qual estava cheia de trabalho, e chegou lá no mesmo instante em que ela dispensava um outro senhor que parecia altamente incomodado com uma de suas mãos transfigurada em colmeia de abelha.

 

— Sinto muito, no entanto o responsável por esse tipo de operação de transfiguração está de férias. Volte outra hora, por favor!

 

— Por isso que ninguém vem mais nesta espelunca! — devolveu o homem, impaciente e desgostoso. — Nunca tem ninguém trabalhando! — depois disso, ele virou e foi embora, recebendo como resposta um gesto da recepcionista para que se afastasse mais rápido e também uma expressão de indignação. Por fim, a mulher apenas se voltou para o recém-chegado.

 

— Seja bem-vindo ao St. Mungus, sou Aurell, o que deseja ou em que posso ajudar?

 

— Ah, eu vim fazer uma visita... — respondeu, receoso.

 

— Qual o nome do paciente?

 

— Luna Lovegood.

 

Ao ouvir aquilo, ela passou a olhá-lo com certa ressalva.

 

— Curioso... Ela não costuma receber muitas visitas. Só de um outro homem, que tenta entrar mesmo tendo perdido a permissão para vê-la. Ele está possesso por conta disso...

 

— Rolf Scamander? — o homem questionou, curioso e levemente preocupado.

 

— Sim... — Aurell o olhou por mais alguns segundos e depois virou-se para procurar algo em um caderno grosso de anotações. Quando voltou, trouxe-o junto consigo e foi logo dizendo: — Quarto andar, enfermaria Jano Thickey. Escreva seu nome e assine aqui. — indicou onde deveria ir a assinatura e passou-lhe uma pena.

 

Ele fez isso e, quando Aurell conferiu o que havia sido escrito, ficou espantada.

 

— Xenofílio Lovegood?! Eu desconfiava, entretanto, os boatos que se espalhavam era de que você nem viria ou de que, se viesse, não seria tão cedo.

 

— É, menina, acontece que o tempo passa, o mundo e gira e coisas mudam. Você disse quarto andar, não é?

 

— Isso.

 

Xenofílio assentiu e seguiu andando com os olhares da recepcionista o perseguindo.

 

Não demorou muito para que alcançasse o espaço em que a filha se encontrava. Foi logo entrando sem pedir qualquer tipo de permissão a ninguém — e também ele não achou quem o impedisse. Quando já estava lá dentro, encontrou Luna a uma distância considerável da porta, debruçada sobre a janela e ficou observando-a, estático, por alguns minutos.

 

Por fim, aquele momento de contemplação foi interrompido por Luna, que disse com ar de pouca importância:

 

— Finalmente lembrou que tem uma filha, é?

 

Xenofílio, saindo do transe em que estava, aproximou-se mais um pouco.

 

— Nunca esqueci, na verdade,

 

— Quem te escuta assim até acreditaria — ela retorquiu, indiferente, virando-se para olhá-lo de frente.

 

Ao vê-la ali, Xenofílio não resistiu e correu para abraçá-la. Ele a envolveu fortemente, apertando-a o máximo que podia enquanto Luna apenas ficava imóvel.

 

— Quando eu ouvi a moça da recepção dizendo que aquele canalha continuou tentando entrar aqui mesmo depois dos boatos de que foi ele quem te trancafiou neste pardieiro, eu quase tive vontade de ir procura-lo para ensinar a ele umas boas lições.

 

Luna se desvencilhou dele no mesmo instante em que Xenofílio terminava de falar.

 

— Não foram boatos, foram verdades, pode parar de tentar amenizar as coisas — afirmou taxativamente. — Não vai mudar ou resolver nada.

 

— Se você soubesse o quanto eu me arrependo... — ele insistiu.

 

— Não sei, mas sei o que acabou me trazendo aqui, não é mesmo? — ela se afastou ainda mais, com o pai quase à sua cola.

 

— Luna, O Pasquim é a minha vida, porém é claro que você é mais importante! Eu nunca disse o contrário...

 

— Praticamente vender a própria filha para ela se casar, tentando salvar o próprio negócio das dívidas, não é a melhor forma de mostrar a ela o quanto é importante — concluiu Luna. — A sua sorte foi eu ter gostado do Rolf também naquela época.

 

— Se eu conhecesse o caráter dele, eu nunca teria permitido...

 

Já sem paciência, ela falou na tentativa de botar um fim àquela conversa:

 

— Olha, pai, o que passou, passou. Deixa para lá.

 

— Bem, saiba que eu ainda vou fazer tudo que for possível para tirar você daqui. — comentou Xenofílio, vendo que a conversa com a filha não ia render muita coisa.

 

Neste momento, Luna voltou-se para ele, assustada.

 

— Não, não! Eu quero ficar aqui, já me acostumei com o lugar. Quando for o momento, irei sair...

 

Ele pareceu ficar confuso, perguntando:

 

— Você quer mesmo ficar aqui? Não imaginei isso...

 

— E eu realmente não queria — explicou Luna. —, no entanto, sabe quando a mamãe morreu e você passou a fazer de tudo, até mesmo ficar me iludindo sobre animais fantásticos fantasioso — ele fez uma cara desgostosa de culpa. —, para que eu ficasse tão imaginativa, criativa e corajosa quanto ela e você pudesse se sentir mais próximo dela? Então, estou fazendo algo similar.

 

Xenofílio a olhou profundamente e depois assentiu, compassivo.

 

— Claro, entendo, querida — ele olhou o relógio e continuou: — Preciso ir, mas eu volto para te ver sempre que puder. Espero que você fique bem e sabe que pode tentar me escrever sempre que quiser ou precisar...

 

Luna apenas assentiu, tão fria quanto poderia estar, fazendo com que Xenofílio suspirasse e se virasse para sair. Quando ele estava quase cruzando a porta, ela o chamou:

 

— Papai.

 

Xenofílio se posicionou para olhá-la, sorridente, enquanto Luna corria para abraçá-lo.

 

— Eu perdoo você.

 

— É a melhor coisa que eu poderia ter ouvido hoje.

 

Quando se afastaram, Luna aproveitou para se expressar num ar brincalhão:

 

— Venda os chifres de Erumpente, hein?

 

— Como sabe que estou com eles? — retorquiu ele, sem graça.

 

— Porque eu te conheço.

 

Os dois riram mais um pouco e Xenofílio foi embora.

 

   (Continua...)

 


Notas Finais


Obrigada por ler até aqui <3


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