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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - Essa Tal Beleza Suicida


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


Boa leitura. <3

Capítulo 10 - Essa Tal Beleza Suicida



O festival, que comemorava a chegada do Ano do Macaco de Fogo, estava no auge em China Town. A rua estava lotada de gente, luzes e fogos de artifício por toda parte, e Ester se sentia mais que sozinha. David era quem vinha com ela, comemorar o ano novo chinês da forma mais novaiorquina que podiam. Agora, sem ele, estava sozinha, no terraço de um prédio qualquer, olhando o mundo abaixo.
     Estava escondida nas sombras em um lugar onde as luzes da rua não a alcançavam e a lua não a iluminava. Tinha cometido seus oitavo e nono assassinatos naquele dia.
     O resto da semana, após Murray, fora cheia de tensão; sufocou, imobilizou, e jogou Robert Cusack da ponte do Brooklyn, na terça; arrancou a cabeça de Sirius Lang, embrulhou como um presente e deixou na porta da NYPD, o resto do corpo preso na parede ao lado, na quarta; os membros picotados de Lucas Wells, espalhados pela cama, na quinta; na sexta, Mark Bale levou facadas nas costas e foi jogado em uma terta morta, ainda vivo, para ser comido pelos corvos e abutres.
     Ester não se sentiu nem um pouco mal. Na verdade, sentia-se mais leve, cada dia mais. Na noite do sábado, ela foi tomar uma cerveja, em um bar próximo. Provavelmente, o fato de gostar de cerveja também era herança genética, visto que David odiava.
     - Eu vejo com meus olhinhos... Uma coisa que brilha. - disse uma voz feminina, atrás de Ester. Estava tão distraída consigo que não percebeu um trio de amigos se aproximando do parapeito, há poucos metros dela. Eram dois garotos altos e bonitos, um loiro e o outro, ruivo, vestiam ternos chineses, característicos. A garota, que tinha acabado de falar, era tão alta quanto os meninos, era loira e estava vestida como uma gueixa.
     - China Town? - disse o garoto ruivo.
     - Errado. - respondou a menina.
     - Sou eu. - disse o loiro. - Claro que sou eu. Nada aqui brilha mais que eu.
     - Errado também. - disse a garota, rindo.
     - O que é, então? - perguntou o ruivo.
     - Seus olhos. - disse ela, olhando para o garoto ruivo, com um sorrisinho.
     Ester não conseguia se lembrar de algum momento na vida em que tivesse se divertido com amigos. Era sempre ela e David, e, esporadicamente, os amigos dele.
     Mais cedo, tinha encontrado ele, Peter Loss, apesar de que, há alguns meses, tinha dito ser Coulson Phillip. Certeza que era ele. Assim que Scott mostrou a imagem de quem era Peter Loss ela soube que era ele; os mesmos buracos negros que eram seus olhos; não eram só pretos como os dela, eram profundos, vazios e sem brilho. Não era diferente agora. Ela reconheceu o lugar imediatamente. O lugar onde fora torturada, envenenada; o lugar onde vira o irmão morrer. O lugar parecia intacto, atemporal, os pilares com as correntes, no mesmo lugar. E ele estava ali, no meio da sala, conversando com outros dois homens.
     - ...esse cara já pegou sete dos nossos. - dizia ele. - No começo não dei muita importância mas, agora, está bem claro que ele quer matar toda a 'Potens'. Já se foram sete e a pergunta é: quem será o próximo?
     - Não temos como saber. - disse outro - Ele não segue uma ordem, é tudo muito aleatório.
     Ester estava sentada em uma pequena janela, alta na parede. Mas eles não a viam.
     - Não podemos permitir que mais alguém morra. - dizia o terceiro - Temos que dobrar  quantidade de seguranças, para manter esse cara longe. Pelo menos até descobrir quem... - foi interrompido. Uma adaga curta estava alojada entre seus olhos. O segundo homem procurava de onde tinha vindo o tiro quando outra adaga voou, parando na garganta deste. Peter virou de costas no mesmo momento em que Ester saltou da janela.
     - Peter Loss. - disse, caminhando até ele - Interessante. Da última vez pensei que fosse Coulson Phillip. Mentiu pra mim... Que coisa feia!
     - Não é possível. Como você...
     - A tá. Você achou mesmo que aquilo iria funcionar?
     - Veneno... - balbuciou ele - Como você pode ser imune à veneno? É impossível. Tinha dois corpos lá.
     - Blá, blá, blá. Não pode me matar. E os dois corpos... Bom, suponho que não deva ter se preocupado em colocar um vigia muito eficiente para guardar cadáveres, levando em conta que, quem o matou foi uma adolescente moribunda.
     - Você sobreviveu, então. - disse ele - O que pretende fazer agora? Besta um bip e a sala estará cheia de seguranças, e você será presa aqui.
     - Primeiro: - falou, aproximando-se dele - não vai adiantar; e, segundo: não vai dar tempo. - e ela o chutou no lado da cabeça. Ele desmaiou.

     Um balde de água e gelo o acordou.
     - Lindo. - disse Ester. Ele estava acorrentado, onde outrora ela estava, sem roupas, de frente para seus amigos mortos, nus, presos à parede. - Ross Smith e Rodney Rosthencholwski. Dois por um. Que divertido.
     - Por que está fazendo isso? - perguntou Loss - Só por causa do seu irmão, é isso? Por que matamos ele?
     - Não é só pelo David. Vocês mataram vários antes dele, eu sei, e, se continuarem, haverão mais mortes depois. Mataram meu irmão porque ele não quis ajudá-los a criar armas biológicas. Pelo amor de Deus.
    - Tola. Tire-me daqui. Agora!
    - Mesmo que eu quisesse, não poderia. Sabe as chaves que você levava, da porta, das correntes? Então, joguei pela janela. No momento, elas estão no fundo do rio. E você... Tchauzinho. - disse e saiu pela janela.

     Tinha começado uma chuva fraca na cidade. Ester decidiu que era hora de voltar para casa. No caminho entre China Town e Brooklyn, Ester viu um homem, pendurando-se no parapeito de um prédio, trinta andares, pronto para pular. Ela, então, foi até ele.
     - Não faça isso. - disse ela, com a voz calma e pacífica, aproximando-se, lentamente. Fechou o sobretudo, escondendo as armas; não queria assustá-lo mais - Por favor.
     - Saia daqui. - disse ele - Tenho que fazer isso. Nem tente me impedir.
     - Não ia fazer isso. Só queria saber o porquê de estar fazendo isso.
     - Minha vida é uma merda.
     - Imagino. - disse ela, indiferente.
     - Minha esposa pediu o divórcio só porque o trabalho não está indo muito bem, e meus filhos, estão com ela, e me odeiam só porque acham que vou falir.
     Ester parou de frente para ele, com o capuz levantado por causa da chuva. Estava determinada a não deixar o homem se suicidar por um motivo tão idiota.
     - É isso? Vai se matar por... Isso? - disse, fazendo um gesto de "qualquer coisa" com a mão. - Só pra contar, não existe beleza nem honra no suicídio, okay?! Deixa eu te dizer uma coisa; eu passei minha vida inteira com apenas uma pessoa que amava e que me amava, e essa pessoa foi tirada de mim. Não tenho mais família, nem amigos, nem ninguém, e eu só tenho18 anos. Acha que é fácil pra mim continuar vivendo desse jeito? Bem, não é. Mas, nem por isso eu tentei me suicidar. - ela estendeu a mão para ele - Dixa eu te ajudar a sair daí. Vamos conversar direito. Vem... - foi interrompida no meio da frase.
     Algo a derrubou para o terraço do prédio, com força, e o corpo pesado caiu sobre ela, prendendo-a no chão.
     - Não vai matar mais ninguém, Vendetta! - disse ele, encarando-a através da máscara; ele, vestido de vermelho e azul; ele, o Homem-Aranha.


Notas Finais


Espero que gostem. Bjos!


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