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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - O Velho e O Troll


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


Boa leitura. ;)

Capítulo 12 - O Velho e O Troll


Fanfic / Fanfiction VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - O Velho e O Troll


- É você, não é? - disse Peter, mal se mexendo - Vendetta?
     - Na verdade, - disse ela - meu nome é Ester. De onde você tirou essa história de "vendetta"? Se for por causa do carimbo, pode esquecer. Que nome horrível!
     - É assim que Nova York te chama.
     - Bom, você não precisa mais me chamar assim. - disse ela, sentando na beira da cama.
     - Por que está aqui? Não vai tentar me matar, vai?
     - Não. - respondeu, com um sorriso - Claro que não. Só quero... Hum... Conversar com você.
     - Conversar? Comigo? - indagou ele, incrédulo - Sobre o quê, exatamente?
     - Não quero que pense que eu devo ficar presa em uma sela acolchoada, porque não consigo ver ninguém na minha frente sem querer matar. Não sou assim, e só vim te dizer isso.
     - Por que? - perguntou ele, sentando ao lado dela - Para quê?
     - Para você não ficar no meu camnho. - respondeu, olhando para ele - Eu sei que você quer... "salvar todo mundo", ou algo assim, mas eu ainda tenho muito o que fazer. Então, só me deixa terminar isso em paz. Okay?
     - Terminar o quê? O que de tão ruim fizeram a você, para chegar a esse ponto.
     - Me torturaram. - disse, olhando para a frente. Se tinha algo que ela odiava, era lembrar do que aconteceu naquele dia - E mataram meu irmão. Na minha frente. E isso porque meu irmão não quis fazer armas para eles. Isso parece justo para você?
     - Quem são " eles"? Você devia ter denunciado, não sair matando desse jeito.
     - Por acaso, você viu quem são as pessoas que eu estou matando? Me responda: em que mundo, uma pessoa como eu denuncia um cara desses de assassinato e ganha alguma coisa no fim?
     - Não sei. Só não me parece certo.
     - Não importa - disse ela levantando e olhando para ele - se você acha ou não que é certo, só fica longe disso. Por favor. - ela então virou de costas e foi embora.

     Depois de se passarem cinco semanas, o inverno estava quase no fim. Vinte e três membros da Alta Sociedade de Nova York foram encontrados mortos, com o peito rabiscado com a palavra "vendetta", no último mês, de formas tão cruéis que quase fazia-se lembrar da Inquisição. Cabeças arrancadas; membros amputados; estacas, longas de madeira, atrvessando os corpos ao meio; pés queimados; peles de rostos, arrancadas; pregos embaixo das unhas; no fim, todos os corpos rasgados com perfurações de facas e garras. Boa parte da cidade estava apavorada com os ataques. Os jornais anunciavam que a polícia havia jurado perseguir o assassino até achá-lo, que o povo teria justiça. Mas nunca era o suficiente. Até o Aranha tinha deixado que ela seguisse sua missão em paz, mesmo não tendo prometido nada.
     Ester sentia-se em um constante frenesi, não conseguia parar, os assassinatos tinham se tornado um hobby. Cada nome na Lista era um objetivo diário, do qual ela não cansava nem parava, até que o alcançasse. Dia após dia sendo tomada por pensamentos assassinos.
     Por um momento, Ester pensou estar ficando louca. Com isso, foi em busca da pessoa que, por mais estranho que parecesse ser, era justo, nobre, sábio; Ester era incapaz de palpitar sua idade, mas ele sempre estava pronto para um discurso animador-crítico-construtivo; era Iru, "o velho doido da casinha" como seus antigos colegas o chamavam.
     Iru era a pessoa de quem Ester ouvia as histórias fabulosas mais criativas e inspiradoras; era a pessoa que explicava, miraculosamente, - não sem um fundo de verdade - fatos simples na vida dela, como quando ela tinha doze anos e ouvia uma cacofonia de pancadas e arranhões do outro lado da parede de seu quarto, todas as noites quando ia dormir. Quando ela contou ao velho sobre os acontecimentos, ele lhe disse que eram pequenos trolls, que queriam invadir seu quarto para dar uma festa, mas que ela não gostaria da festa dos trolls, pois no fim, seu quarto seria impregnado pelos dejetos orgânicos nem um puoco agradáveis daquelas criaturas. No fim, eram só um bando de ratos que queriam habitar os aposentos da garota. Ester, tomada pelo divertimento da explicação fantástica de Iru, disse a ele o quanto estava enganado. Iru, por sua vez, tomou-a de surpresa ao dizer que, de onde viera, ratos não eram animais de muita honra, eram ladrões, trapasseiros, e eram chamados "trollers",  - "troll" no singular - por tanto, ele não errara nem mentira para ela, porque ele sabia. Ele sempre sabia, de tudo.
     Antes que pudesse perceber, a porta já estava aberta à sua frente, e um velho, baixinho e meio corcunda, de olhos extremamente azuis, a fitava com um sorriso.
     - Olá, menina Terr. - disse o homem, com sua voz aguda e arrastada - Quanto tempo.
     - Oi, Velho.
     - Entre. Temos muito o que conversar.
     Ester entrou e se sentou em ma pequena poltrona de frete para a lareira. A casa de Iru parecia uma passagem atemporal, fora de Nova York. Era como a toca de um hobbit.
     - Preciso saber por que é todo tão complicado pra mim.
     - Se está se referindo ao seu fraco por vingança contra homens que acham que são superprotegidos, - disse ele, sério - só é a sua forma de lidar com a depressão.
     - Acha que estou em depressão?
     - Talvez.
     - Espera. Como você sabe disso? - indagou ela, com um pouco mais que surpresa na voz - Como sabe que sou eu?
     - Eu sei de tudo. Lembra? - disse Iru, sentando-se à frente dela - Não precisa se preoculpar, eu conheço você e entendo o que faz. Mas, menina Terr, sua cabeça está cheia de preocupação, você precisa de um tempo para esvaziar a mente, relaxar, na paz, em um lugar tranquilo; mais que só um fim de semana. Saia com alguns amigos, para esfriar a cabeça.
     - Não tenho amigos, Velho. Você sabe disso.
     - Certo. O James, que era amigo do menino Cookie...
     - É Cook. - corrigiu ela.
     - ...ele é seu amigo. - disse Iru, completando a frase - Mesmo que você duvide, ele é seu amigo. Pense niso, mmenina Terr.
     Ester pensou, e de fato, James era seu amigo, o único, na verdade. Depois da perda de David, ele ficou ao seu lado, mesmo depois de tanto tempo distante. Quando James passou o dia inteiro com ela, - o que parecia ter sido à séculos, mesmo sendo à pouco mais de um mês - Ester sentiu que finalmente podia respirar. Foi um dia bom, em meio a um momento ruim.
      - Quero te dar uma coisa. - disse ele.
     - O quê?
     - Uma coisa. - disse, e se lenvantou, entrando para a escuridão do cômodo ao lado - Vou pegar para você.


Notas Finais


Espero que gostem. Bjos!


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