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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - 13 é o Meu Número da Sorte


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


Boa leitura. ;)

Capítulo 13 - 13 é o Meu Número da Sorte


Fanfic / Fanfiction VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - 13 é o Meu Número da Sorte


- Scott? - perguntou Ester, ainda esperava por Iru - Você ainda está aí?
     - Estou sempre aqui, senhorita. - disse Scott, em resposta.
     - Acha que eu posso confiar nele?
     - É estatisticamente comprovado que esse homem é de confiança.
     - Tinha esquecido que você é movido a estatística.
     - Não sou orgânico, senhorita, sou digital; tudo em mim é estatística.
     Ester deu um sorriso irônico com o comentário de Scott, e o telefone dela tocou no bolso da jaqueta, "Beat It" preenchendo o ambiente com a voz de Michael Jackson. Era a seguradora que tinha levado o carro capotado de David para o conserto. O carro devia estar uma bosta pra demorarem seis meses para ligar, pensou ela, e atendeu.
     - Alô? - disse a garota, levando o telefone à orelha.
     - Olá, senhorita Cook, - disse uma voz masculina do outro lado da linha - aqui é da seguradora Porter Seguros e eu gostaria de informar que seu carro já está pronto. Quando gostaria de recebê-lo de volta?
     - Agora mesmo. - respondeu. Alguns minutos depois estava tudo acertado. Ester deu o endereço de Iru para levarem o carro. Logo o velho voltou para a sala, trazendo algo na mão: um colar.
     - Dez anos atrás, - disse ele, sentando no mesmo lugar de antes - um gatoto veio pedir minha ajuda a respeito de uma criança de oito (ou nove) anos que tinha aberto um buraco na parede de concreto com um chute. Era a irmãzinha dele, que tinha ficado brava quando ele a pôs de castigo por ter ido, sozinha, à Nova Jersey. Ela era uma garotinha linda, mas, muito temperamental. Irritava-se fácil, e quando se irritava os olhos mudavam de cor, os músculos ficavam tensos e, se deixasse, ela destruía tudo o que fosse quebrável. Ele me deu isso, - disse ele, mostrando a ela um colar com um pingente de vidro cilíndrico, pequeno, tampado com o que parecia uma rolha de vinho, e uma pequena pena dentro dele; uma pena de coruja, ela sabia - e disse para entregar a você depois que partisse.
     Ester pegou o objeto. Era a mesma pena de coruja que compunha a caneta-tinteiro dela, só que, em tamanho menor. O objeto tinha sido presente de aniversário dado pelo irmão, anos atrás. A explicação era que Ester amava corujas, e David via a paixão dela pelo animal estranha e linda.
     - Não entendo. - disse ela - Por que meu irmão te deu isso? Era uma garantia ou algo assim?
     - Não exatamente.
     - Como assim?
     - Não era uma garantia para ele, era para mim. Eu teria que entregar a você assim que você descobrisse que era mutante. Esse colar era a garantia de que EU não iria embora daqui antes que você estivesse com ele.
     - Está tão óbvio assim, o que eu sou? Como você sabia? É a primeira vez que venho aqui em quase um ano... Espera aí, se você não iria embora antes de me dar isso, agora que me deu você vai embora?
     - 1": não exatamente. 2": eu sei porque tem algo seu aqui e através dele eu sei de muita coisa sobre você. Sou como você, menina Terr, e sou velho, sei das coisas. E 3": vou ficar aqui enquanto você quiser que eu fique.

     - Então, quer dizer que o David queria que você me observasse e... meio que... me "treinasse" e, depois que ele morresse (porque ele sabia que ia morrer) me entregaria isso? - perguntou, apontando para o pingente que Iru havia lhe dado a pouco.
     - Exatamente. - respondeu ele - Todas as vezes que você veio aqui, todas as conversas que tivemos até hoje, foi tudo para que você se adaptasse melhor ao fato de ser mutante. Quanto ao pingente, ele disse que era o segredo de vocês.
     - Como assim "segredo"? Eu não sei de segredo nenhum. Se era nosso, eu também deveria saber, não concorda?
     - Sim, - disse Iru, veemente - concordo. Mas a única coisa que ele me disse sobre isso foi que era um segredo de vocês. Talvez você descubra o significado disso quando for a hora certa, ou, sendo mais realista, seja só algo que aconteceu no passado e você só não se lembra agora. A vida é cheia de segredos, menina, e a vida de um mutante é ainda mais cheia de segredos.

     Depois de uma breve conversa sobre como foi o último ano e de Ester matar a saudade do delicioso bolo de ameixa da Iru, era hora de ir. Ao chegar a porta da pequena casa do Velho, seu carro já estava lá, o clássico Impala-67, pelo qual David tinha um cuidado extremo, e por isso seus amigo não paravam de chamá-los, quase carinhosamente, de "irmãos Winchester".
     O carro estava perfeito, como se fosse novo - agora estava melhor que antes do acidente.
     Ester não queria voltar para casa naquele momento, queria andar por aí, dar voltas pela cidade, ver as luzes de Nova York se acenderem. Ainda era domingo e ela queria relaxar. No dia seguinte voltaria à ativa em mais uma semana de vingança.
     O colar, cujo pingente de pena estava agora entre seus dedos, tornara-se mais uma lembrança da vida feliz - e distante - que tinha com David. Sem mágoa, sem ressentimento, apenas uma paz estranha e feliz. Sentrir nas mãos a testura desse novo amuleto, dava-lhe a sensação de ter mais um pedaço do irmão alí, com ela; um pedaço vivo e cloroso, aquilo de que sentia tanta falta.
     Ester não estava com um pingo de sono, mas ficar a madrugada inteira sem nada para fazer seria muito chato...
     - Qual o propósito do que está fazendo, senhorita? - indagou Scott.
     - Limpeza. - respondeu. Ela estava usando o tempo da madrugada chata para limpar as armas sujas com o sangue das pessoas que tinha matado na última semana. - Meus brinquedos são muito bonitos para ficaram sujos desse jeito. Olha só - disse ela, levando para perto da luz uma adaga longa com uma mancha escura até a metade - que horror. Isso aqui vai dar trabalho para limpar.
     Ester organizava suas armas por ordem de tamanho; e os lenços sujos de sangue, seus espólios, estavam jogados em uma lata ao lado de seus pés.
     - Isso está errado. - Ester pensou alto.
     - O quê está errado? - perguntou Scott.
     - Scott, procure nas suas imagens e me diga onde diabos eu perdi minhas armas. - ordenou ela. - Estão faltando algumas aqui.
     - Não encontrei nada nas imagens que tenho. Quantas estão sobre a mesa, senhorita?
     - Tem treze aqui. Tem certeza de que não as perdi durante nenhum dos assassinatos?
     - Absoluta. - respondeu Scott.
     - Então não importa. Tenho o suficiente.
     - Quantas a senhorita tinha antes? - perguntou ele.
     - Tinha quinze.
     - Minha sugestão é que perca mais uma ou adquira outras.
     - Por que eu faria isso? - indagou a garota.
     - Porque segundo algumas lendas, mitos e a numerologia, dá azar.
     - E desde quando EU acredito nisso?
     - Pelo que sei, - disse Scott - desde nunca, senhorita. Mas achei que deveria informá-la.
     - Não se preoculpa, Scott; 13 é o meu número da sorte.
     - Senhorita, tem algo brilhando em seu pescoço.
     - Brilhando? - indagou Ester, pegando a única coisa que estava em seu pescoço: o pingente de coruja. - É sério? Não, não está... Brilhando?! - gaguejou, olhando atentamente para o pingente.
     Havia algo escrito ali, em baixo relevo ne parte interna do cilindro de vidro. As letras eram traçadas em linhas finas e angulosas, pintada em um leve tom de dourado que refletia aluz da luminária. Ester então leu em voz alta a palavra escrita alí:
     - Morrigan.


Notas Finais


Espero que gostem. Vou ficar uns dias sem internet, então pode ser que eu demore um pouco (de novo) para continuar. Mas eu vou continuar. Juro. Bjos! :*


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