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História VENDETTA! VENDETTA! (Uma história sobre amor e vingança) - Borboleta


Escrita por: LyWildBay

Notas do Autor


Oieeeeeee. Tô de volta. E o que eu faço agora? EU não sei, mas espero que você goste do que tem aí.

Beijão 😘
É boa leitura!

Capítulo 31 - Borboleta


De olhos fechados, Ester aproveitava o carinho que Peter fazia em sua mão. A respiração calma dele causava arrepios suaves, quando chegavam ao seu pescoço. Deitados ali, abraçados e trocando carinhos, parecia que o mundo havia parado, e tudo parecia tranquilo e feliz.

- Acho melhor eu ir agora. - sussurrou Ester, ainda de olhos fechados. - Já é quase meia noite, e eu pretendo chegar cedo ao instituto, amanhã.

- Você quer ir amanhã cedo, mesmo? - perguntou Peter, entrelaçando seus dedos aos dela. Ester apenas balançou a cabeça em um “sim” constrangido, e ele a abraçou mais forte. - Por que não dorme aqui? - soltou, devagar. Ester abriu os olhos e o olhou de lado. - O quê? A gente pode sair junto daqui, e poupar tempo. Prometo não tocar em você. - ele completou ao ver a expressão de dúvida dela.

Ester sorriu, compreensiva.

- Nos filmes, os caras costumam dizer que não farão “nada que elas não queiram”. - ela rebateu, imitando algum tipo de interpretação Hollywoodiana. Eles riram. - Por que não vamos, agora, para a minha casa? Pela manhã só pegamos o carro e seguimos.

- Você tem certeza? - pergunta Peter, com as sobrancelhas arqueadas. - Eu não tenho pressa.

- Eu tenho. - ela respondeu, acariciando seu rosto.


A casa de Ester estava bem arrumada. Na verdade, parecia mais organizada do que antes, quando saiu para vê-lo. Ela ficou um tempo se perguntando por quê tinha essa impressão. Tudo, aparentemente, estava no mesmo lugar, mas parecia diferente, de alguma forma. Até que se deu conta de que não havia tirado quase nada do lugar no último ano. Não se importava nem dava atenção à nada. Agora, Ester não se sentia mais cansada como antes, nem tão focada; agora estava leve, tranquila com sigo mesma e com todo o resto.

- Onde eu vou dormir, essa noite? - perguntou Peter, espantando seus pensamentos. - Eu posso ficar no sofá, parece confortável.

- Para você, tenho certeza que ficar pendurado por uma teia, de cabeça para baixo, pareceria confortável. - ela disse, sorrindo para ele. - Acho que um super-herói tão diferente merece coisa melhor que um sofá velho. Não concorda, garoto-aranha? 

Peter sorriu para ela e baixou a cabeça. Enfiou as mãos nos bolsos do moletom e deu um passo à frente.

- Se você diz… - ele falou, tão baixo quanto um sussurro, mas Ester pôde ouví-lo perfeitamente.

- Meu quarto é ali. - ela disse, apontando para a porta, do outro lado da cozinha. Quando olhou para Peter ele estava acenando com a cabeça. Ela pegou sua mão esquerda e o puxou em direção à porta. Ao se próxima, ela se lembrou de um pequeno detalhe, que quase esqueceu quando sentiu a respiração quente e pesada em sua nuca, mas tinha que se concentrar. - Espera, Peter. - ela falou, girando seu corpo para ficar de frente para ele. - Aqui não. Tem outro quarto, no corredor, do outro lado. É bem menor, mas é melhor, também.

- Por que? - ele indagou, confuso. - Não que eu ache que seja uma coisa ruim - continuou, apressado -, é só curiosidade mesmo. Mas se você não quiser falar sobre isso não tem problema. Não mesmo. Eu entendo. Tudo o que você quiser.

Ester começou a rir compulsivamente, fazendo um gesto com as mãos par que Peter parasse de falar.

- Calma, cabeça de teia, relaxa um pouco. - ela conseguiu dizer, depois de respirar fundo algumas vezes. - É o Scott.

- Quem é Scott? - ele perguntou, a testa franzida.

-  Esse quadro era do David. - ela começou a explicar. - Está cheio de computadores e câmeras que ele usava para registrar seus experimentos. Você sabe como é essa coisa de cientista. Acontece que o David montou uma rede de computadores bastante complexa com um servidor superinteligente e deu a ele o nome de Scott. - ela fez uma pausa rápida e Peter assentiu. Ela continuou: - O problema é que o Scott registra tudo o que acontece nesse quarto e guarda tudo na memória do computador. E, apesar de eu confiar nele e em toda a criptografia que o David montou, eu sei que tem gente capaz de hackear isso tudo. Principalmente se esse hacker for seu amigo Stark. E eu não quero que ele veja isso. - ela finalizou sua explicação com uma expressão contrariada, como se aquilo fosse constrangedor demais até de se imaginar.

Peter não disse nada, apenas segurou sua mão e a beijou. Ester o olhou e sorriu, levando-o até o outro quarto.

- Esse era o meu. - disse ela, abrindo a porta. - Fique a vontade.

Peter entrou no quarto logo depois, olhou em volta e caminhou pelo espaço amplo enquanto Ester ajeitava os lençóis sobre a cama. Peter parou de frente para o painel preso à parede e encarou as fotos. Olhava para cada uma delas com atenção, admirando o sorriso grande de uma garotinha de cinco anos, abraçada ao irmão, diante da roda-gigante de um parque de diversões. Outra foto mostrava os mesmos dois, um pouco mais velhos, parados ao lado de um dragão feito de tecido, papel e ferro, em Chinatown; outra na praia, em roupas de banho e de óculos escuros. Sempre sorrindo, felizes e, antes de qualquer coisa, estavam juntos. Parecia ter sido em outra vida. A pessoa que ele conheceu cometendo atos diabólicos de vingança era completamente diferente da menina sorridente nas fotos. Mas ao olhar para ela de novo, viu que, aos poucos, a garota alegre e feliz voltava a surgir, quebrando, tijolo por tijolo, o muro que a cercava. Instantaneamente Peter lembrou de uma borboleta, que nasce como uma lagarta, depois envolve-se em seu casulo até se transformar em uma borboleta, colorida e bela; Ester era uma garota simples, do Brooklyn, feliz e delicada, que fora obrigada, pelo destino, a se envolver em uma crisálida de dor e tristeza, para, no fim, se tornar uma mulher independente, forte, segura, e deliciosamente temperamental.

Peter se virou e observou enquanto ela terminava de organizar as coisas, foi quando percebeu que ela estava cantando. Na verdade, ela cantarolava um “la-la-la“ ritmado. Sorrindo sem perceber, ele foi até ela e a abraçou por trás, pegando-a de surpresa. Ester se virou para ele, sorrindo, e o beijou. Tudo estava tão bom que parecia fora da realidade.

- Estou com medo. - ela disse, com a cabeça baixa e uma expressão conturbada.

- Medo do quê? - perguntou Peter, com a voz suave contra seu ouvido.

- Medo do que pode acontecer amanhã. - ela disse, olhando em seus olhos. - Eles podem me expulsar do país, se quiserem. Eu cometi crimes horríveis e nunca fiz nada de bom. Nunca salvei ninguém de uma queda mortal, nem salvei uma criança de um prédio em chamas, tampouco salvei minha cidade de um ataque alienígena.

- Isso eu também nunca fiz. - Peter brincou, rindo.

- Eu nunca fiz nada de bom para ninguém e tenho certeza absoluta que se as pessoas soubessem quem eu sou iriam me odiar.

- Lembra do dia em que nos conhecemos? - perguntou, com a voz distante. - No Empire State? Eu achei que você estava tentando jogar aquele homem lá de cima, mas, na verdade, você estava ajudando ele. Tentava impedir que ele se matasse. Ele mesmo me disse isso, assim que você foi embora. Você pode até não ter feito muita coisa, ainda, mas seu coração é bom. Eu posso ver.

- Não é tão simples. - ela disse, com a testa franzida. Foi até o painel cheio de fotos e tirou uma de lá, bem do meio, e trouxe para mostrar a Peter. - Olha essa foto. Sabe onde foi tirada?

- Ilha de Manhattan. - ele respondeu, rápido. Na foto, Ester estava do outro lado da ponte, usando um vestido florido, com um sorriso enorme e as mãos na cintura, mas nessa foto, estava sozinha. - O que tem? É Manhattan, nada que nunca tenha visto antes.     - Eu sei disso, mas essa foto foi há três anos. David tirou essa foto. Meu irmão era melhor pessoa do mundo, mas tinha certas regras bem rígidas. Ele não queria que eu saísse por aí sozinha, e depois desse dia ele não confiou mais em em mim durante muito tempo. Na época, eu tinha dezesseis anos e tudo o que eu mais queria era quebrar essas regras, então eu saí de fininho quando ele estava distraído. Eu andei, distraida, por aí só pra ver as coisas sozinha, sem ninguém, só eu. Mas aí, todo mundo começou a correr. Todos juntos, indo na mesma direção, gritando e desesperados. Foi quando eu ouvi a primeira bomba. Na hora eu achei que fosse um ataque terrorista, mas quando eu olhei para cima vi um bicho horrível voando. Era como um homem fantasiado, e eu lembrei que já tinha visto antes, no noticiário. O famoso Duende Verde estava destruindo a avenida principal e todo mundo estava fugindo fugindo dele. Ninguém queria morrer ali, muito menos eu. Mas quando eu tentei correr eu fui derrubada, e no momento em que eu achei, realmente, que fosse morrer, você me tirou de lá.

“Hoje eu sei que, provavelmente, eu não teria morrido com aquela bomba mas, naquele dia, eu fiquei muito grata a você por ter me tirado de lá e salvado minha vida. Nesse dia eu pude ver um décimo do que é um herói e fiquei encantada com isso. Mas eu nunca fiz isso. Nunca fui assim. Nunca trouxe esperança para ninguém, só medo. Eu quero ser diferente. Por isso eu estou indo à essa escola, mas eu tenho medo.“

- Não fica com medo. - Peter disse, abraçado à ela. - Eu vou estar lá com você, e vou te ajudar, igual nesse dia em Manhattan.

Ester sorriu para ele, aquele sorriso de confiança, e o beijou. Subiu as mãos pelas costas dele e puxou sua camisa sobre a cabeça. Peter a ajudou a se livrar dos sapatos pesados enquanto ala tirava a blusa. Peter olhou para ela, com os olhos arregalados e a boca aberta.

- O que foi? Tá calor. - ela disse, rindo, e abraçou sua cintura.

Ester o puxou para outro beijo, agora suave e delicado, agarrando seus cabelos e o abraçando com firmeza. Peter a segurou pela cintura e a tirou do chão, grudando seus corpos. Ele a levou até a beira da cama a se deitou sobre ela, tão suavemente que que fez Ester sentir como se fosse uma boneca de porcelana, tão delicada que qualquer movimento mais brusco poderia fazê-la quebrar.

- Você me faz sentir uma pessoa melhor, Peter. - ela disse, devagar, olhando no fundo de seus olhos. - Me faz acreditar que eu posso ser melhor. - acrescentou e sorriu para ele, que sorriu de volta com os olhos brilhando. - E é por isso que eu te amo. 


Notas Finais


Contém pra mim o que acham. Pelo amor de Deus. Eu nem sei se vocês estão gostando ou não.

Então, no próximo capítulo vão acontecer coisas muito importantes, para mim. Uma delas eu esperei desde o começo de ficar pra fazer acontecer, então, espero memo que gostem tanto quanto eu.
Até a próxima.
Xau.


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