História Vendida. - Capítulo 15

Depois do que quase aconteceu entre eu e o Max, tento me manter o mais longe possível dele. Eu não posso me entregar a esse homem, por mais tentador que ele seja. Eu também não vou ser hipócrita de falar que o homem não me desperta uma certa chama ou algo do tipo. Mas eu não posso cair em tentação. -Licença senhorita.- Um homem de meia idade entra no quarto. -Olá. -O senhor Levy lhe espera, ele está no escritório.- O homem diz e vai embora, sem me dá o direito de resposta. Agora me pergunto o que o pai de Max quer comigo. Vou até seu escritório rapidamente para matar a curiosidade. Entro sem bater e boto a mão na cintura. Levy se vira e me analisa. Fico parada no meio do escritório esperando ele falar. -O que você quer com meu filho? Não acha que sou idiota né?- Ele pergunta e eu tento pensar sobre o que ele está falando. -Seja mais claro por favor.- Digo com um toque de sarcasmo. -Eu sei que vocês não são noivos coisa nenhuma, então gostaria de saber o que você quer com meu filho.- Ele diz e me fuzila com o olhar. Óbvio que ele não seria tão idiota pra cair nessa desculpa ridícula de noivado, só a mulher dele mesmo para acreditar nisso. Agora me pergunto se o Max sabe que o pai dele, tem conhecimento do nosso noivado de fachada. Tendo em vista a sinceridade, me apoio na escrivaninha com as duas mãos. -Eu quero vingança. Não do seu filho mas sim do Lincoln.- Digo olhando dentro dos seus olhos. -E o que meu filho tem com isso? -Eu fugi no carro dele, disse que se ele me entregasse pro Lincoln eu contaria ao crápula de quem ele é filho, e sei muito bem que vocês também querem se vingar do homem.- Ele me olha como se não acreditasse em minhas palavras. Acho que agora ele me odeia mais ainda. -Você é uma grande vadia.- Abro um sorriso. -Sempre soube. Como eu sei que vocês querem se vingar do desgraçado eu resolvi me juntar a vocês. Eu quero matar o Lincoln e toda aquela corja que trabalha pra ele.- Digo entre dentes. Só em pensar naqueles homens malditos uma raiva incontrolável me sobe, eu quero vê o sangue deles e principalmente do homem que um dia eu chamei de pai. -Tudo bem.- Ele diz e sorri, eu sei que não acabou por aí, então espero ele concluir. -Mas você vai se casar com meu filho. Se não fizer isso, você não vai ter a sua vingança.- Oi? Agora quem não está entendo sou eu, achei que ele me odiasse. -Me explica. -Você vai casar com meu filho, e ser a mulher mais maravilhosa que um homem pode ter. Ele vai ser meu herdeiro e no nosso meio, um homem poderoso tem sempre uma mulher ao lado. Depois da morte da mãe de Sophie, filha dele. Max não quis saber mais de casamento ou algo relacionado, você é a primeira mulher que vejo com ele, e eu sei que meu filho quer algo de você. Agora é pegar ou largar.- Ele diz e estende a mão pra mim, tento processar rapidamente tudo que o homem acabou de dizer. E depois disso aperto a mão dele. Depois da minha vingança e de todos mortos, eu peço o divórcio. E volto a viver minha vida de antes. Simples assim. Max narrando. Eu estava a mais de um hora sentado, ouvindo os lamentos de alguns mafiosos miserentos que só sabem reclamar da vida. Meu pai estava com problemas de saúde, então eu tive que vir no lugar dele pois sou herdeiro então... Era obrigado a ficar aqui ouvindo essas baboseiras. -Você estará presente Max?- Um dos sócios diz e eu não consigo entender do que se trata, estava muito ligado na tela do meu celular. -Onde?- Ele respira fundo. -Na festa que irei da no final de semana, quero todos os meus sócios. -Ah claro.- Digo sem muito interesse, não tinha saco pra essas festas. Nada de produtivo saíam delas, as mulheres sempre ficavam agarradas ao meu pescoço pois eu era o único solteiro. No meio dos mafiosos um homem para ser poderoso precisava de uma mulher ao lado. Não se enganem, eles só usavam as mulheres para serem suas submissas e seus capachos. -Pra que convidar esse homem? Ele nunca vai aos eventos.- Um outro sócio diz. Como eu disse antes essas festas eram uma porcaria, então muitas das vezes eu não me importava em ir. -Pois eu vou, tenho que apresentar minha noiva a todos vocês.- Digo e observo suas expressões de espanto. -Noiva? Uau, agora sim estamos evoluindo. -Pois é Gastão, no sábado todos vocês irão conhecer a minha mais nova e deslumbrante noiva. Agora se me dão licença, preciso me retirar.- Digo e aperto a mão de todos antes de sair da sala. Graças a Deus liberdade. Afrouxo a gravata e sigo em direção ao meu carro. Louco para chegar em casa. Quando chego em casa, Savannah está sentada na mesa acompanhada do meu pai e de minha mãe. -Boa tarde meu amor.- Minha mãe diz, eu dou um beijo em sua testa. -Boa tarde... Gastão está programando uma festa pro final de semana.- Digo e me sento ao lado de Savannah que como sempre está calada. -Oh, eu estava mesmo precisando de uma festa.- Diz meu pai animado. -Pois é. Agora se me dão licença preciso de um banho.- Digo e sigo até meu quarto.. Estou morrendo de saudades do meu apartamento, não vejo a hora de exterminar Lincoln e poder viver sem esse peso novamente. Tomo um banho super relaxante e aparo minha barba que está um pouco maior que o normal, eu gosto da barba pois me da um ar mais sinistro e sério. Quando saio do banho, Savannah está sentada no tapete olhando além da janela. -Tudo bem?- Pergunto enquanto passo a toalha pelo cabelo molhado. -Sim. -Então eu gostaria que você fosse comprar algum vestido e sapatos com minha mãe para a festa no final de semana.- Ela respira fundo e me olha. -É mesmo necessário que eu vá? -Sim, você é o elemento mais importante dessa festa. Mas se não quiser ir.. -Tudo bem eu vou, estou louca para sair desse lugar horrível.- Ela diz e me dá as costas, balanço a cabeça e troco de roupa. Que menina difícil. -O seu pai sabe que esse noivado é tudo fachada.- Óbvio que ele sabe, meu pai é o homem mais esperto que conheço, não sei como ele não me confrontou sobre isso. -Ele quer que a gente se case.- Me aproximo dela e levanto uma sobrancelha. -O quê? -Pois é, ele disse que você precisa de uma mulher ao lado. Engraçado não acha? Vocês humilham todas as mulheres, mas precisam de nós para ser um homem com verdadeiro prestígio e poder. Que hipocrisia.- Ela diz ríspida e balança a cabeça. O meu pai não podia falar nada com ela, ele tinha que me conversar comigo primeiro. Ele está sempre se metendo nos meus assuntos. -Pois se é assim, vamos nos casar. Você vai ser a mulher mais feliz do mundo.- Digo sarcástico e saio do quarto. Preciso falar com meu pai sobre isso. -Você não podia ser meter na minha vida pai.- Digo assim que entro em seu escritório, ele me olha com um ar autoritário. -Só estava lhe ajudando. Essa menina quer vingança, ela é um perigo. Mas é de grande utilidade.- Ele diz e sorri. -Mesmo assim, eu vou da a ela a vingança que tanto procura.- Digo e passo a mão pelo cabelo. -Mas você não pode se meter assim. -Você precisa de uma mulher, precisa está casado Max. -Eu sei disso, mas deixar que eu cuido disso pode ser?- Pergunto e ele acena com a cabeça. -O que você pretende fazer depois com essa menina?- Olho dentro dos olhos do homem que me botou no mundo. -Eu pretendo acabar com ela.