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História Vênus - Six


Escrita por: ParkGoJeon

Notas do Autor


Hey!
Faz tempo que eu não passo aqui!
Desculpem a demora, mas ai está.
Aproveitem e me digam oque estão achando.
Bjs de unicórnio 😘

Capítulo 6 - Six


Arqueei as costas e apertei seus cabelos em minhas mãos. Seus lábios começaram a beijar meu pescoço e colo ,me deixando necessitada pela sua boca.
- Lanna! Ruby ! - a voz de Tricia conseguiu me alcançar meio segundo antes de poder vê-la.
Tentei avisar Ruby, mas ela parecia não ouvir. Tricia então nos viu. Seus olhos se arregalaram ao se encontrarem com os meus. Então eu senti Ruby me invadir com seus dedos. Um após o outro. Não existia mais Tricia.
Nem ninguém.
Não sei quando eu levei as mãos aos seios. Mas quando percebi já deveriam ter se passado minutos.
Ruby começou a descer . sua mão subiu mais minha saia e minha calcinha simplesmente sumiu. Sua língua experiente me sugava e acariciava . Agarrei seus cabelos entre os dedos e os puxei com força. Ouvi um palavrão escapar por minha boca ao sentir seus dedos procurarem meu ponto G sem nenhuma pressa. Abaixei minha blusa tentando me afastar do calor – descobri que era impossível.
Puxei Ruby para cima desesperada e ocupei sua boca com a minha.
Suas mãos grandes tocaram meus seios e eu gemi.
- Vou te mostrar oque sou capaz.
Sussurrei com dificuldade. Só piorou quando ela gemeu em resposta. Mas de uma coisa eu estava certa, eu assim como suas tatuagens havia sido tatuada em seu corpo.
Arrisco dizer que até em sua alma.

Cambaleei pelos corredores da pousada. Ruby estava apoiada em mim e ria com qualquer sinal de vida – assim como eu. Nos dirigimos para o meu quarto, mas logo depois me lembrei de Lila e Nath.
- que tal irmos para o seu quarto-  ela me lançou um sorriso malicioso e assentiu com a cabeça.
- qual o número do seu quarto-  perguntei Assim que a coloquei no elevador. Ela balbuciou alguma coisa que eu não entendi e eu suspirei derrotada.
Demorou vinte minutos para encontrar o quarto. Joguei Ruby dentro da banheira e voltei para o quarto. Tirei o resto de maquiagem e me despi da blusa.
Ruby saiu alguns minutos depois, com um roupão folgado envolvendo o corpo. Seus olhos analisaram meu busto agora cobertos apenas pelo sutiã de renda. Sua língua deslizou pelo lábio e seus olhos me comeram viva.
- acho melhor tirar uma foto, Rose.
Brinquei e ela aumentou seu sorriso malicioso, ficando a cada segundo mais tentadora.
- seria um prazer, darling.
Ela piscou e eu ri.
- Pode ir tomar banho. Vou pegar uma roupa para você.
- obrigada. – agradeci e fui até o banheiro.
Me despi por completo, eliminando toda aquela roupa grudenta cheirando a álcool.
Me enfiei de baixo do chuveiro em uma velocidade que eu desconhecia ter. Soltei um gritinho ao sentir a água passar pelo meu corpo.
- Lanna ? Está tudo bem?
A voz de Ruby me alcançou. Ela estava do outro lado da porta e parecia preocupada.
- por enquanto ? Sim.
Ouvi seus passos e me concentrei na água. Eu poderia muito bem ter mudado a temperatura, mas sabia que água quente não seria tão bem vinda assim para o meu corpo.
Tomei meu banho e o prolonguei até um pouquinho. Os flashes de horas atrás começaram a aparecer na minha cabeça.
Fazia muito tempo que eu não me divertia daquele jeito. Sorri.
Eu me dei um tiro com o passar do tempo – sem nem mesmo perceber. Justin era como uma faca de duas pontas. E ambas as pontas me machucaram, tão repentinamente quanto uma flecha. Mas ,com os meses e anos a se passar a ferida se curou. Eu ainda podia ser feliz.
Pelo menos por uma noite.
Desliguei o chuveiro e me  enrolei no roupão.  Sai do quarto e vi Ruby procurando alguma coisa no guarda-roupa gigantesco.
- Vai ter que vestir uma roupa minha, tudo bem ?
- hã-hã
Ruby a olhou pelo canto do olho e o arregalou.
- está tudo bem ,Rose ?
A provoquei e ela sorriu.
- faz tempo as coisas não vão bem.
Me aproximei e peguei o conjuntinho desajeitado. Uma regata comprida e uma calcinha box.
- Diria que desde que tu vi, naquela noite nos balcão as coisas mudaram.
- você nunca esteve tão certa.
Tudo, a cada momento parecia mais certo, mais encaixado. Toquei seu rosto com carinho. Acho que nunca soube me expressar com palavras, e quando tentava saiam um puro desastre. Mas com Ruby eu não precisava de palavras.
Era como se falássemos  línguas diferentes. – oque de certo modo era verdade.
Demonstrámos oque sentíamos com pequenos toques e gestos.
Sem nem mesmo perceber adentrei sua vida ,sem nem sequer pedir permissão. Foi a melhor burrada que eu já havia feito.

Me vesti e sinto que se me clonassem exatamente como eu estava, eu me pegava. Olhei para Ruby.
Estávamos deitadas. Eu estava de bruços com a cabeça apoiada nos braços,   Ruby estava virada completamente para mim. Com os cabelos curtos esparramados no travesseiros ,  o rosto tranquilo e o corpo esguio perfeito a meu ver. Seu braço – oque a cabeça estava apoiada – se estendeu e começar a tocar meu cabelo.
- macio – ela ronronou, como um gatinho.
- acho que ainda está bêbada, Rose. – seus olhos brilharam ao ouvir seu nome e um sorriso discreto apareceu em seu rosto.
- estou completamente sóbria, posso te mostrar, se quiser,  é claro.
Ela brincou e eu ri . olhei seus olhos verdes, nada em todo aquele um ano de ensaios fotográficos me fizeram tão bem como Ruby Rose fez.
Ela é engraçada, tinha um humor parecido com o meu, e, bem, era apenas oque ela queria ser. Era como se ao pronunciar seu nome todas suas qualidades vinhecem junto.
Toquei em seu rosto o acariciando. Seu corpo se aproximou mais e seus lábios se encostaram nos meus. Foi um selinho rápido e doce, aqueles que você dá em um amigo próximo ou até mesmo em alguém da sua família. Sempre foi meio bobo para mim ,até eu conhecer Adele que me mostrou o carinho novamente e Ruby estava me lembrando como era mais uma vez.
Vinhemos acordar  novamente em torno do meio dia. Ambos os telefones cheios de mensagens e ligações perdidas. Me levantei com um pouco de dor de cabeça ,não tinha bebido muito, um café forte seria o suficiente para me sentir bem de novo. Agora, não posso dizer o mesmo de Ruby. Segundo ela sua cabeça latejava e sentia algumas partes do corpo doloridas e dormentes. Liguei para a recepção e pedi algumas aspirinas. Amarrei meu cabelo com impaciência, ele estava um caos! 
Liguei pela centésima vez para Lila, mas acabei parando quando percebi oque eu estava fazendo. Eu tinha 21 anos ! Sou de maior e mando em mim mesma, sei que talvez ela esteja preocupada,  mas eu sei me virar sozinha. Eu tenho que ser independente, como eu vou poder ir para a Suíça se nem fingir que sou independente eu consigo?
- está tudo bem ? – Ruby perguntou, preocupada.
Acenei com a cabeça positivamente e soltei um longo suspiro.
- sim, estou bem. – afirmei mais uma vez  derrotada com meus pensamentos.
- já estou pronta. Podemos passar no seu quarto e depois tomamos café, tudo bem se for assim ?
- porque eu sinto que você está sendo gentil demais?  Seja você mesma.
Um arrepio me correu a espinha. Aquela frase,  eu já tinha ouvido ela, Adele tinha me dito uma vez. Na nossa primeira vez.
Respirei fundo e continuei minha vida. Eu sabia que eu não esqueceria Adele. Poderíamos nos encontrar em algum momento ou não. Mas para mim tanto faz. Tivemos bastante historia, um relacionamento bom e um fim drástico, eu ainda poderia dizer que a amava, que ocupava um espaço do meu coração e mente, mas as coisas mudam e nada continua o mesmo. 
Assim como o nosso falso amor.
Me vesti e olhei para trás. Ruby estava esparramada na minha cama, a cabeça apoiada nos braços e as pernas uma no norte e a outra no sul.  De seus lábios uma melodia suave escapava.
- não sabia que cantava.
- as vezes canto, é muito raro. Sou melhor sendo DJ em boates. – Ruby falou, com felicidade . Podia notar se reparasse um pouco o como aquilo era importante para ela. Era uma verdadeira paixão
- não sabia que tocava. Do jeito que você fala parece como se fosse um sonho.
- E é. Eu me desligo de tudo quando estou lá em cima. É nostálgico, é um dos meus melhores momentos.
Sorrimos. Me sentei ao seu lado e a olhei. Quanto eu não sabia sobre ela ? Éramos próximas e ao mesmo tempo distantes. Sabíamos nome e sobrenome, coisas que gostávamos de fazer e relacionamentos que um dia tivemos. Ainda não era o suficiente para mim. A cada coisa que eu descobria dela era como se tudo se expandisse mais e mais. E eu queria descobrir mais.
Comemos juntas. Tinha mandado uma mensagem para Lila a poucos minutos, iríamos nos encontrar daqui a duas horas. Também tinha recebido a noticia de que Nath tinha ido embora, mas voltaria quando os ensaios acabassem. Me decepcionou um pouco, mas eu devia ter imaginado, devia ter posto os pés no chão, ele nunca ficaria muito tempo.
Limpei a boca com o guardanapo e me despedi de Ruby. Daquela vez eu não subi para o quarto como costumava acontecer, sai da pousada e fui para o jardim.
As flores e a grama estavam completamente congeladas, era uma visão bonita. Me sentei em um banquinho que não estava afetado e olhei para a beleza a minha frente. Uma mensagem também tinha chegado naquela manhã, meu voo já tinha sido agendado. E por algum motivo a sensação que eu senti foi diferente do esperado. Tinha ficado satisfeita por Adam ter comprido sua palavra, mas ao mesmo tempo me senti um pouco distante. Era meu sonho que estava naquela viagem, faria minha faculdade e ficaria mais perto de Justin. Ficaria mais perto de mim mesma.
Lembro de quando era pequena ouvi minha tia falando para uma prima que devemos esquecer os mortos, deveríamos deixa-los em paz. Jamais poderia fazer aquilo com Justin. Ele era parte de mim, era meu gémeo, oque faria um gémeo sem o outro?
Mas Justin era apenas um dos detalhes. Eu queria fugir do compromisso, queria fugir de Miranda e da faixada que ela criou em cima de mim.
Naquele momento eu tinha muitos pensamentos e coisas para dizer, e havia uma pessoa que podia me ajudar quanto a isso.
Peguei o celular do bolso e risquei seu número.

_ alô?
_ Preciso da minha amiga comigo, Ru!
_Estou a caminho, sashay.
Desliguei a ligação e olhei para a minha roupa. Não estava muito apresentável, estava casual demais, iria subir e me trocar.
As portas do elevador se abriram e eu passei o cartão na porta.
O quarto estava um completo caos. As almofadas no chão e os lençóis amassados e rasgados. Alguns livros ou detalhes da decoração cobriam boa parte do chão, que caralhas tinha acontecido ali ?!
Peguei o telefone e disquei o número de Nath, mas o motivo que me fez ligar me fez desligar a ouvir sua voz. Aquilo era entre eles, eu não tinha nado com o que meter. 
Joguei o celular na cama e me enfiei pela bagunça interminável da arara de roupas. Peguei um conjunto, um vestido longo azul e um casaco pesado de peles extravagante.
Troquei de roupa e joguei os cabelos sobre os ombros. Mandei uma mensagem para Lila, avisando que iria de táxi e que nos encontraríamos mais tarde .
Pegar um táxi foi fácil, difícil foi me esquivar de Ruby. Gostava dela, de um jeito estranho e não especifico, queria ficar com ela, não minto nesse quesito, mas eu estava uma pilha.
O táxi demorou mais do que necessário. Foi tempo o suficiente para me fazer criar histórias estranhas na cabeça, era um dos meus passatempos favoritos, ler e escutar música não ficava atrás, depois de mim eram meus únicos e verdadeiros amores.
Paguei o taxista e andei uns cinco minutos em direção a casa. Todos estavam como eu imaginava , péssimos. Max tinha faltado, segundo Ophi ,deveria ter vomitado as tripas na madrugada. Por falar em Ophi, era a única  sóbria da ressaca. Me dava um pouco de raiva, ela ficava cantando e falando alto o tempo todo em forma de nos provocar. E minha dor de cabeça que eu achava que tinha ido estava começando a voltar. Abri a bolsa e peguei dois comprimidos, minha vida as vezes parecia rodar em torno de aspirinas, eu sempre tinha dor de cabeça já era normal, não dormia o suficiente, então minha bolsa estar cheia de aspirinas já não era novidade. Elas eram como balas que você pega escondida e depois volta para pegar a seguinte, era um ciclo vicioso.
- Aqui -  Lila me ofereceu. Era um café, um grande copo de café. Outro dos meus vícios. O tinha pegado ainda pequena entre os 12 ou 13 anos ,Miranda e minha tia May bebiam café como se fosse água, e eu acabei pegando  a mania. 
Estávamos sem ideias naquela tarde então fomos dispensados mais sedo .Ru tinha me mandado uma mensagem, estava me esperando em um café, Knight, era de uma franquia grande a três anos, todos conheciam o dono ,Gaye Marchal.
Olhei para o lado encontrando Ruby me olhando com uma cara perguntando se estava tudo bem ,respondi que sim e mais uma vez entrei em um táxi, não queria ir com Lila.
Rupal  foi como um pai e uma mãe para mim, nos conhecemos a 5 anos atrás, em um programa de TV. Seu nome era famoso, era o apresentador de Rupal's Drag Race, meu reality show favorito. Ficamos amigos e entre um intervalo de bastidores fazíamos nossas festas. Lembro de certa vez de ter aparecido bêbada, dizendo que o céu ser azul era uma injustiça, para mim ele devia ser colorido. Ru ficou furioso, mas me ajudou, me empurrou um copo de café forte e quando me viu sóbria me atacou, dizendo que eu tinha um nome a zelar e que não me queria bebendo ou me afundando como eu fazia quando bebia, fiquei com raiva, mas depois percebi, não era o meu sobrenome que ele se referia ou ao novo nome que minha mãe tinha colocado em meu registro recentemente, ele estava falando de mim, estava falando de Alanna . Foi o meu melhor momento e o mais próximo que eu tive de uma família.
E lá estava ele. Meu pai e mãe. A cabeça careca brilhando e seu terninho  colorido chamativo , seus olhos estavam escondidos por um grande óculos de sol e eu sabia que por trás daquele óculos escuros toneladas de maquiagem se acumulavam.   Assim que me viu ele se levantou e me abraçou.
- Querida, oque foi?
Me abracei ao seu corpo esguio. Tudo e nada, mas o motivo dele estar ali era só aquele abraço, era só sua presença reconfortante.
Arrastamos algumas cadeiras e fizemos uma “cama” improvisada, Ru sentou em apenas uma enquanto eu me encolhia entre as outras, com a cabeça apoiada em seu colo. Fiquei olhando para sua mão enquanto ela mexia no meu cabelo, já era gasta e um pouco enrugada, mas o esmalte azul cintilante nas unhas apagava os outros detalhes.
Contei para ele basicamente tudo que tinha acontecido na semana. Não fazia muito tempo que nos falávamos, então não era muita coisa a se colocar na mesa.
- Eu não sei oque faço da minha vida, sei...
Ru me interrompeu.
- Eu não quero ouvir suas desculpas de merda, Alanna!
Paralisei, assustada.
- você tem tudo ,sua garota estúpida! Amigos que te amam, dinheiro para sobreviver e uma vida. E Justin, o esqueça! Acha que ele gostaria de vê-la assim ?! Enterre o em seu coração, Lanna! Não consegue entender isso? ! Acabou, Justin ,morreu! Não precisa mais de você, nunca precisou.
Me encolhi no banco enquanto as palavras me atingiam, uma de cada vez ,como punhais sendo afiados em minha própria pele.
- Quero que você viva, querida. E você não está.
- então aonde eu estou? Oque eu estou fazendo?! – respondi alterada.
- entre a vida e a morte. Assim como Justin também, você tem que deixar ele ir do seu coração, tem que deixar ele se elevar. Você esta ficando doente por isso, Alanna, está ficando doente de um amor não correspondido.
- Justin me amava! – gritei e me levantei.
- não do jeito que você o ama agora.
Ele falou calmamente e eu saí.
As lágrimas caíram no primeiro passo que eu dei ao virar a esquina.
Era claro que Justin me amava! Como Ru pode dizer aquilo? Era claro que Justin me amava.



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