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História Vênus - Justin


Escrita por: ParkGoJeon

Capítulo 7 - Justin


Fanfic / Fanfiction Vênus - Justin

Resolvi andar um pouco antes de voltar, já tinha se passado dois dias desde que tinha falado com Ru, estava mantendo aquela parte no fundo de tudo, preferia não me lembrar, mas as vezes acabava acontecendo. 
Olhei para as vitrines, estávamos sem ideias para a revista, na verdade eu estava pensando em uma coisa, um concurso, no final a campeã poderia participar de algumas secções de fotos, mas ai morava o problema, meus amigos de trabalho pareciam não querer se vestir de Drag Queen ou Drag king, já tinha tentado falar com algumas pessoas da equipe, não tinha dado muito certo.
Olhei todas as botas, tecido, altura do salto e detalhes, faltavam sete dias para os ensaios acabassem, eu veria todos eles novamente?  Não sabia da resposta. 
Achei o salto que eu queria, a roupa da celebração do último dia não combinava com os sapatos que eu tinha, ainda bem que tinha percebido isso rápido. 
Entrei na loja e apontei para a vendedora o salto, comecei a olhar alguns sapatos que estavam em exposição quando vi do outro lado a pessoa mais sexy que eu conhecia, Ruby.
Me aproximei por trás e cobri seus olhos com as mãos. 
- adivinha – sussurrei e mordi seu lóbulo a deixando arrepiada.  Suas mãos que antes estavam calçando os sapatos subiram e me puxaram pela nuca, colocando meu rosto perto dos seus lábios.
- não preciso adivinhar. Posso te reconhecer mesmo de olhos fechados. 
Tirei minha mão do seu rosto, seus olhos estavam inundados de sentimentos, desviei o olhar e vi três caixas de sapato ao seu lado e como se lesse meus pensamentos respondeu:
- precisava de mais uns para a minha coleção –  abri as caixas, uma bota, um ténis e um salto.
- hum.
- e você oque veio fazer aqui ?
- precisava de um sapato para a festa, nenhum dos meus servia.  Precisa ser especial e único. 
- assim como esses dias.
Seus olhos cerraram , cansados, coloquei minha mão sobre a sua e lhe dei um beijo na bochecha, estávamos conversando animadamente quando a atendentes veio me entregar diversas caixas de sapato do mesmo modelo, com números diferentes.
Me sentei ao lado de Ruby e abri a primeira caixa, era um sapato preto com algumas tiras no tornozelo e algumas pedrinhas perto do calcanhar.
Foi necessário provar dois números diferentes para achar meu par, quando o achei me levantei e olhei pelo espelho na minha frente, o salto era um pouco exagerado olhando agora, mas valia a pena, e era confortável.
- gostei.  – Ruby informou. Estava jogada no banco da loja, já tinha pagado os sapatos, que agora estavam em uma sacola luxuosa preta. 
Paguei o sapato, coloquei o óculos de sol no rosto –  - 1 C° e eu usando óculos de sol. 
Peguei a sacola com uma mão e senti os dedos de Ruby se entrelaçarem nos meus, ela sorria, jamais perderia um sorriso seu. 
Eram valiosos demais.
Andamos pelas ruas com olhos a cada passo, caminhávamos apenas as ignorando, olhando para cima, rindo e falando sacanagens.
Paramos em alguns momentos, tirando fotos ,olhando em vitrinas ou comprando lanches, na verdade a última parte fui eu, Ruby ficava só beliscando o que eu comprava.
- sua barriga não tem fundo?
- acho que não. – respondi, com um sorriso. Seus lábios se aproximaram dos meus e com um beijo ela me tirou o ar.
- tinha uma coisinha na sua boca.
- acho que na sua também, só um minuto, posso resolver isso para você. 
A puxei pelo queixo e juntei seus lábios com os meus, sua mão deslizou para a minha cintura e me prensou no seu corpo, a segurei pela nuca – com a mão desocupada – afundei o beijo e me vi um pouco em desvantagem,  ela tinha bons centímetros a mais do que eu . Segurei a pelos seus cabelos negros e a puxei para baixo, não perderia aquela boca de jeito nenhum. 
Um sorriso brincou em seus lábios no meio do beijo ,e eu sem nem mesmo perceber fiz o mesmo. Sua testa encostou na minha, arfantes, coradas pelo calor que nos envolvia, e insaciadas.
Fiz um carinho em sua bochecha e seus dedos afastaram meu cabelo do rosto, estávamos sós ali, no nosso mundinho.
Sorrimos rapidamente e voltamos a andar.
Joguei as sacolas em cima da cama e senti meu celular apitar.
Desbloqueei a tela.
Xx_no veremos em breve_ xX

Olhei a mensagem sem entender, verifiquei o número, anónimo.
Deveria ser engano. Tirei o casaco e passei a mão pelo cabelo, os soltando.
O celular apitou mais uma vez, dessa vez resolvi não ver, deixaria para depois.
Estava indo tomar meu banho quando Lila me ligou.
- você não sabe! – ela falou animada me fazendo rir ,não duvidava que ela estivessem pulando do outro lado da linha.
- não sei oque ?
Me joguei na cama.
- eles diminuíram os dias !
Paralisei.
- como ? – Perguntei, incrédula.
- hoje terá uma festa de despedida, depois de amanhã será o ultimo ensaio! Não é maravilhoso?
Deixei o celular cair, em choque, não conseguia nem mesmo me mexer , não era possível, o celular tocou de novo, a foto de Ruby no contrato fez meu coração apertar, sem nem mesmo pensar me vesti rapidamente e sai do quarto, correndo.
Não, não era possível.
Isso não podia acabar.
Desci as escadas quase tropeçando, empurrando as pessoas na minha frente e abrindo o caminho, já estava no corredor quando Ruby saiu do quarto, e quando me viu correu.
Me joguei em seus braços, pequena para o seu tamanho, naquele momento me senti ainda menor, menor em seus braços.
- você sabe não é ?
Perguntei entre soluços.
- acabei de saber. 
Seus braços me apertaram.
Eu não queria solta-la e sabia que ela também não queria me soltar.
Folguei seus braços de mim e olhei seu rosto, não deveria ter feito aquilo, foi como uma facada no meu coração,  eu sabia que um dia teria que me despedir dela, mas quanto mais eu a olhava mais eu não queria, mais eu queria esquecer Justin.
Seu rosto estava vermelho e a boca em um bico como o de uma criança. Fiquei na ponta do pé e selei seus lábios precisa sentir Ruby.
Precisava te-la para mim.
Precisava sentir seu corpo contra o meu.
A puxei pelo colarinho a trazendo para dentro do quarto. A empurrei contra a cama e rapidamente me desfiz da minha blusa, a prendi entre minhas pernas e comecei a toca-la, parte por parte.
A puxei pelo cabelo enquanto minha boca afundava na sua, passei as mãos por seus seios a desejando a cada minuto, desci minha mão pela sua intimidade, ainda em cima da roupa. Desci o rosto e abocanhei seu seio enquanto massageava e apertava o outro. Seus lábios se abriram e um gemido após outro foram saindo me deixando mais excitada, adentrei sua roupa e a deitei na cama ficando por cima, suas mãos invadiram meu sutiã e me apertaram.
Comecei a suga-la, com pressa e desespero. Suas mãos abandonaram meus seios e me puxaram pelo cabelo, com força. Me deixando mais louca pelo seu corpo, passei para o outro seio o abocanhado com força.
Eu queria vê-la gritar, e conseguiria aquilo até o final da noite.
Minha mão adentrou sua calcinha e sem que esperasse  a penetrei com dois dedos. 
Estava molhada, seus gemidos aumentaram e sua mão me puxou para cima, me fazendo tomar sua boca com força.
Seus gemido aumentaram mais com o beijo e sua cintura começou a se mexer rebolando contra meus dedos. Aumentei o ritmo, ela estava quase lá podia sentir, não demorou muito, ela me apertou, seu corpo tremeu e um gemido falho escapou, seu corpo amoleceu contra mim.
Me retirei de dentro dela e olhei para seu rosto, esperando que ela abrisse seus olhos verdes, não demorou muito tempo, seus olhos se abriram com luxúria, beijei seus lábios delicadamente. Ela se sentou e me puxou para seu colo ,desfazendo de minhas roupas e distribuindo beijos pelo meu corpo.
Passei a mão pelas suas bochechas, seus olhos estavam vidrados em mim, não me soltavam em momento algum.
Era ali que eu queria estar. Ela havia se tornado minha vida.
Me enrolei no lençol e olhei seu corpo completamente exposto, esguio e coberto por tatuagens.
Passei o dedo por cada uma delas, eu podia ver agora, eu podia sentir, eu fiz o que eu menos imaginava ser possível, eu senti oque tinha esquecido que existia.
Eu tinha me apaixonado.
Não doía como deveria, era um sentimento diferente, tranquilizador e anestesiante, ao contrario do que eu tive durante toda a minha vida.
Mas eu sabia, o amor andava com o ódio de mãos dadas, para mim aquilo não me importava, eu jamais conseguiria lhe odiar.
Eu já sabia, sabia desde o momento na-boate, na primeira vez que a beijei, sabia assim que senti seu toque. 
Virei ,ficando de barriga para baixo, o lençol se prendeu e desceu até o começo dos meus quadris, as mãos de Ruby subiam e desciam pelo meu corpo, assim como eu ela queria saber se era real.
Eu fazia isso as vezes, sempre que tinha oportunidade, era tudo bom de mais, meu estômago se revirou, 2 dias e algumas horas, era oque nos sobraram.
Em pouco tempo tudo oque estávamos vivendo iria se quebrar.
Afastei meus pensamentos e a fitei.
Eu iria aproveitar cada segundo.
Passei a mão pelo vestido, preto e comprido com um decote fundo e uma fenda em uma das laterais, calcei meus saltos e arrumei os cabelos.
Estava pronta.
Abri a porta do banheiro.
Ruby estava em frente ao espelho ajeitando o cabelo ,fio por fio, com o rosto concentrado. O terninho vermelho que usava era encantador, realçava as tatuagens que eram no mesmo tom. a olhei por alguns segundos e caminhei em sua direção, seus olhos se iluminaram quando me viram e um sorriso apareceu em ambos os rostos.
Era aquele olhar que eu queria, que eu sempre quis receber.
Admiração, amor e paixão. Tudo em um momento só.
Toquei seu rosto, entretida e extasiada, era engraçado, sabe quando descobrimos o amor, quando descobrimos oque estamos sentindo, tudo parecia aumentar, eu tocava seu rosto, mas eu queria mais, queria sentir seu coração, sentir o como ela ficava quente quando eu a tocava, era um ciclo vicioso, inevitável e insaciável.
Sorri com meus pensamentos, as vezes ao olhar para ela, eu sentia como se fossemos uma mente só, como se ela pudesse ler minha mente, queria que ela pudesse, queria que ela percebesse o quanto eu a amava.
Porque nem palavras seriam o suficiente, acho que deveria ser assim, sentimentos nunca conseguiriam ser expressados apenas por palavras.
Abaixe a cabeça e ri, baixinho ,sentindo seu olhar sobre mim. Deslizei minha mão e a tirei do seu corpo, era o melhor agora.
Levantei a cabeça,  eu precisava falar, tinha algumas coisas que ela precisava saber,  na verdade eu não suspeitava que soubesse, eu tinha um pequeno mal habito, falar enquanto dormia.
Minha boca tremeu e quando eu estava prestes a dizer ela me interrompeu
- acho melhor irmos.
Meu coração murchou, mas eu me recompus, parecia uma menina de 17 anos! Sorri ,peguei minha bolsa, o casaco de peles e segurei sua mão.
      Desta vez era algo mais simples, Lila tinha me dito, me senti feliz por não ter acreditado, eu teria que explicar a Lila um dia desses o que a palavra simples significava.
Alguém tinha que alertar aquela pobre garota!

Entramos chamando atenção, propositalmente, de cabeça erguida, desfilando e de mãos dadas, essa era a melhor parte.
Ruby pegou uma bebida em algum momento de distração meu.
Meu coração se apertou enquanto caminhava a cada passo que dava eu via uma pessoa que sentiria falta, Ophi, Leo, Megan, Fred, Nina e ,talvez até mesmo Max.
Olhei para Ruby, sabia que pensávamos igual, tinha certeza disso.
Várias pessoas desconhecidas preenchiam o local, acionistas, CEOS, modelos, cantoras, apresentadoras e Miranda, marido e filhos postiços.
Eu não queria soltar Ruby, mas quando eu vi Miranda meu coração se apertou e saudades me encheram, já fazia um ano.
Dei um selinho em Ruby e me afastei, caminhando em direção a eles.
Miranda estava elegante, como sempre, os cabelos escuros curtos soltos ao redor do rosto, usava um vestido longo branco com tiras em preto, estava de mãos dadas com Lucian, os cabelos estavam a cada dia mais grisalhos, o rosto estava cansado, mas firme, ainda estava se recuperando da perda do filho, Aaron, embora já tivesse se passado um ano.
Ao lado Adam me fuzilada com o olhar, usava seus óculos de grau e os cabelos negros puxados para trás combinando perfeitamente com seu terno giz, e distante, um pouco mais para trás estava Scott envolvendo duas damas em seus braços, parece que a historia da namorada não era bem verdade.
-  Alanna, querida! – minha mãe falou quando me aproximei, estava com a voz mole ,tinha bebido.
Dei meu molhou sorriso e a abracei. A soltei rapidamente, olhei para Lucian e acenei com a cabeça, nem me preocupei em olhar para Adam.
Então ela começou.
- você não acredita, Alanna seu irmão está aqui -  ela falou, com um sorriso gigantesco no rosto, apenas acenei com a cabeça.
Fiquei mais alguns minutos, mas ainda assim era estranho. Me despedi prometendo que voltaria para conversar em alguns minutos. Me direcionei e me aproximei do pessoal, Ruby não estava lá, mas não demorou muito quando voltou com duas taças de um liquido vermelhões mãos.
- aqui – o peguei.
Estávamos rindo alto, já estava um pouco alterada, não conseguia ficar sóbria com Miranda por perto. Já estava planejando sair quando uma voz encheu o ambiente, no palco Adele se anunciou.
Estava com os cabelos ruivos preso em duas tranças cheias, usava um vestido vermelho cintilante com um decote profundo expondo seus seios fartos, então eu gritei, não por Adele, mas sim pela pessoa que estava ao seu lado, com os cabelos longos até o ombro e o rosto sério cheio de cicatrizes estava Justin.

  



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