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História Vênus - Para sempre


Escrita por: ParkGoJeon

Notas do Autor


Leiam as notas finais.

Capítulo 8 - Para sempre


Justin! Oque acha ! – Lanna apontou a boate para o irmão que sorriu amarelo.

- vamos entrar – falou enquanto segurava a sua mão. – Nath! Lila! Vamos logo!

Ele falou por cima do ombro.
Então o sonho mudou.

Lanna andava na frente com Lila ao seu lado, sorrindo e gargalhando alto. Lanna estava prestes a chamar Justin quando o viu segurar as mãos de Nath, deixando ele desconfortável.

- Justin!

Lanna chamou e ele soltou sua mão.

Tudo estava escuro, cheia de bebida dando voltas no carro Lanna se sentia extasiada, ria e pulava para o banco da frente enquanto segurava um cigarro de ervas que dividia com seu irmão. Lanna pulou no banco da frente novamente, no colo de Lila que a abraçou forte.

- oque está fazendo sua idiota?

- me divertindo – a pequena Lanna a puxou para um beijo e quando acabou gargalhou olhando para Nath e Justin chocados, mas foi nesse momento, o momento em que Nath tirou os olhos da estrada e tudo pareceu clarear inundando Lanna de medo e horror.

Então tudo apagou.
Lanna abriu os olhos e começou a procurar em pânico.

- Justin!
Ele não respondeu, muito menos estava no carro. Tudo pareceu girar para Lanna. Ela o havia perdido?

Lanna estava deitada, na cama imobilizada quando o medico veio dar a noticia.

- onde está meu irmão, onde está Justin.

- sinto muito. Seu irmão morreu na hora, seu corpo saiu do carro atingindo nove metros. Sua mãe reconheceu o corpo essa manha. Sinto muito, mas não pudemos fazer nada.

Tudo havia acabado ali.

Acordei em uma sala que eu não conhecia, com vozes ao meu lado e uma mão segurando a minha firmemente. Eu não queria abrir os olhos, queria dizer, pensar que aquilo que eu tinha visto não passava de uma mentira em minha cabeça.

- Alanna – sua voz chamou, aveludada. Me causando pela primeira vez na vida repulsa. – Abra os olhos. Sei que está acordada.

Não abri.

- deixe-a em paz.

Era Ruby, me aliviei, então percebi, pelo o anel que usava ,a mão que eu segurava era a sua. Ela estava ali.

- saia você.

Ele falou frio, demorou cerca de um segundo então ela me largou ,não! Por favor! Eu quis falar, mas eu não tinha forças, minha voz tinha se perdido em algum lugar.

- abra os olhos, Alanna. Irei embora se não o fizer.

Não respondi. Havia algo  diferente em mim, raiva, repulsa e ódio, ele estava vivo, ele me deixou e me fez pensar que o tinha perdido e agora aparecia na minha frente. Senti ele se aproximar, me encolhi me afastando o máximo. Não conseguiria olhar para ele nem por um segundo.

- não entendo porque está assim. Eu voltei, Alanna. Vim te buscar.

Me sentei no sofá e de cabeça baixa eu encontrei minha voz.

- onde você esteve?

Ele hesitou.

- Veneza, Paris, Inglaterra, Japão, China estive por todos os lugares. Todos os lugares que queríamos visitar, realizei todos os nossos sonhos.

Sua mão se aproximou tocando meu ombro. A tirei de perto de mim e me levantei.

- nossos? Não, jamais foram meus ,sempre foram seus ,sempre foi você. Você me deixou por 2 anos, me fazendo acreditar que estava morto! Que tinha me deixado, me fazendo me sentir culpada por pensar que quem causou aquilo foi eu. Eu te amei durante todo o tempo, eu acreditei que minha mãe estava louca, eu me destruí por você Justin! E simplesmente você aparece e quer me levar? – me levantei ainda tonta me apoiando na parede ,então eu levantei o rosto e o olhei. O rosto era quase o mesmo, os cabelos escuros estavam compridos e lisos, o rosto ,a parte cheia de cicatrizes mostrava um sorriso, e a outra apenas uma fina linha do que restou do que era o meu irmão.

- eles fizeram o mesmo com você o mesmo que tentaram fazer comigo. Tentaram me transformar em uma marionete, mas não conseguiram, eu desapareci antes que Miranda conseguisse – um sorriso sombrio apareceu em seu rosto – não foi tão difícil desaparecer, o acidente só facilitou as coisas. Agradeça ao Nathaniel por mim.

- seu monstro! 

Ele negou com a cabeça e se aproximou me encurralando na parede.

- eu fiz para me salvar e para em um futuro próximo vir te buscar. Eu estou aqui ,agora, oque você decide?

Olhei seus olhos, os olhos iguais aos meus, eram as únicas coisas intactas as únicas que mostravam que aquele ainda era Justin, olhei para todo o seu rosto, mas não era o meu Justin. Era um monstro, um demónio que se apossou ,mas não meu irmão. 

Encarei seus olhos com raiva o deixando assustado, surpreso.

- se passaram 2 anos, não me diga que esperava que eu dissesse um sim? Voce me largou só! Me deixou sem nada, sem ninguém! Eu cresci. E a sua criança, a sua irmã, já não existe mais, ela morreu, assim como você deveria ter morrido!

Vi as palavras lhe atingirem e o afastarem de mim, o fio que nos conectava, o que estava se partindo quebrou naquele momento. Ele me olhou mais uma vez.

- deixarei você pensar. Tem 4 dias antes que eu parta. Me de uma resposta até lá. Nathaniel sabe o endereço.

E então ele saiu. Deixando apenas seu perfume no ar e a lembrança dolorosa que ele um dia esteve lá. Cai no chão sem forças chorando baixinho e tremendo de dor interna. Até que me lembrei de uma coisa. Peguei o celular e liguei para a última pessoa que esperava.

- estou indo está noite.

- ainda não cumpriu o contrato, irmãzinha.

Pausa.

- eu voltarei.

Eram poucas horas de voo,  mesmo assim eu preferi dormir. Tinha deixado a festa escondida, mas antes passei na pousada e deixei um recado para Ruby. Esperava que entendesse e soubesse que a amava. E que  voltaria ,voltaria unicamente para ela.

- senhorita.

A aeromoça me chamou e eu percebi do que se tratava, olhei para a comida em sua bandeja e assenti com a cabeça. Olhei em volta, com a cabeça apoiada na mão. Era um dos jatinhos de Adam. O menor no caso, em outro momento diria que era implicância, mas preparar um jatinho em meia hora também não foi fácil. Olhei para o sanduíche a minha frente juntamente com um copo de refrigerante , eu estava sem fome, tinha perdido a horas, mas sabia que tinha que colocar alguma coisa para dentro, mesmo que fizesse em situações normais minha mãe me matar.

Comi o mais devagar que pude, pedacinho por pedacinho foram se tornando pesados em meu corpo, tomei o restante do guaraná e olhei para a janela. Eu precisava ir em um lugar, precisava fazer direito. Porque naquela noite eu enterraria Justin para sempre no meu coração .

A casa da vovó Gemma não era longe do aeroporto, então eu apenas peguei um táxi. Já era 5 horas da manhã e tinha certeza que ela estava aacordada.

Foi ao sair do táxi, com uma mochila nas costas que eu percebi o quanto eu sentia falta de todo aquele lugar, o lugar onde eu morei até os meus 5 anos. E lá estava ela, na varanda com os olhinhos fechados. Era um semblante fraco, tinha os cabelos presos em um coque e usava um vestido florido. Me aproximei devagar esperando que ela ouvisse meus passos. A senhora estava sentada na cadeira.

- quem é? Não conheço seus passos.

- sou eu vovó – me aproximei mais e me ajoelhei diante sua cadeira – Alanna.

- Alanna ? – suas mãos buscaram meu rosto o traçando com seus dedos finos e pálidos – ah ,querida. Como senti sua falta.

Meu rosto se inundou de lágrimas e eu me joguei em seu colo como fazia quando ainda não passava de uma criança. Suas mãos me acolheram e afagaram  meus cabelos.

- você o viu não foi ? Viu seu irmão.

-Sim.  – Respondi, amargamente. – infelizmente eu o vi.

- venha aqui Alanna – ela me convidou para os seus braços – quero lhe contar uma história. A historia de um amor que nunca deve esquecer.

Me sentei em seu colo e encostei a cabeça em seu peito.

- A alguns anos atrás um casal apareceu na vila. Estavam se escondendo do mundo com uma criança na mão. Achei no começo que tinham roubado a criança. Então certo dia a mulher me disse que era filho dela e que o pai da criança era seu irmão. Na hora fiquei horrorizada, mas ao ver como eles se olhavam eu percebi o tamanho do amor que eles nutriam. Eles passaram por muita coisa, foram amaldiçoados desde o nascimento e a vida os apedrejaram a cada passo.   A menina nunca ligou para os mortos, assim como seu irmão e marido. Ela dizia que eles a tinham feito muito mal e que preferia não se lembrar, mas também percebi que para ela os vivos também estavam mortos.    Oque quero dizer querida é que não importa oque você escolha você vai sofrer. A decisão que seu irmão tomou também teve seu preço, e a que veio escolher, a escolha que fizer quando sair daqui também terá. Eu lhe peço Alanna que não feche os olhos para os vivos, e pense que oque fizer hoje mudará a sua vida.

Demorou algumas horas para eu tomar minha decisão, nesse meio tempo apenas fiquei sentada em uma cadeira ao lado de vovó Gemma, olhando para o além. Eu amava Justin, era algo que talvez nunca mudasse, mas nesses 2 anos eu estive sozinha, e pessoas surgiram e me ajudaram, me levantaram entendendo suas mãos. Porém Justin não estava lá, e enquanto ele me deixou em um canto e saiu eu cresci. Amadureci e criei o meu próprio destino, me fortaleci como deveria ter feito a tempos. E enfim pela primeira vez eu pude enxergar, eu pude ver que amava, amava pela primeira vez e era Ruby, a única pessoa que  fazia eu me sentir em casa , a pessoa que eu queria ao meu lado e nada mais. Enterrei o rosto nas mãos e sorri.

Eu já tinha tomado minha decisão a tempos, mas porque eu ainda estava ali?

Andei entre os túmulos, procurando oque deveria ser o seu. Não muito longe eu vi, Justin Daniels De Martel , me abaixei e olhei cuidadosamente sua lápide, você deveria estar aqui. Foi nisso que eu acreditei, coloquei o buquê em cima de sua lápide e comecei a traçar letra por letra.

- moça. – Olhei para baixo, uma menininha ruiva estava abaixada e olhava desconfiada para os lados. Me abaixei a sua altura.

- você se perdeu? – falei, preocupada. Ela negou com a cabeça.

- não, eu estou brincando com meu irmão de pega se esconder. Ele é meio idiota, vai demorar para me achar.

Ri e me sentei ao seu lado.
- qual o seu nome moça?

- Lanna e o seu?
- Clarissa – Ela falou com um sorriso depois olhou para mim tristonha. – a senhora está bem? Parece triste.

- estou bem. É que hoje eu vim me despedir de uma pessoa para sempre.

Ela riu e pulou no meu colo me deixando surpresa.

- minha mãe fala que sempre é muito tempo, e que nunca devemos acreditar que é para sempre.

- ela está certa.

Ela virou o rosto para mim e sorriu. Ouvimos passos e um menino saiu de trás de uma lápide.
- há ! Achei você! – ele falou vitorioso.

Coloquei Clarissa em pé e ajeitei seu vestido.

- isso não vale Romeu! Vou contar para mama.

Ela falou triste ele a abraçou então olhou para mim.

- obrigada por cuidar da minha irmã , e que ideia foi essa de entrar em um cemitério sozinha?

Sorri, eles eram tão fofos juntos, um protegendo o outro. Isso me lembrava  alguém.

Me levantei e passei a mão pela roupa suja de terra.

Romeu segurou Clarissa pela mão e a puxou para andar.

- eu vi a moça entrando, ela parecia triste e mama sempre diz que eu faço os outros rirem então eu pensei...

Ele sorriu para ela e depois olhou para mim.

- a senhora é a neta da vovó Gemma? – assentir.

- você a conhece?

- ela é amiga dos nossos pais. Os ajudou quando eles chegaram na vila.

As peças começaram a encaixar , aquele era a criança? Já deveriam ter se passado anos então.

- bem temos que ir.

Ele falou assim que estávamos na porta do cemitério, puxou a pequena Clarissa na mão e correu.

- tchau moça!

Ela falou de longe ,acenando. Olhei para trás vendo o buquê, a única cor naquele mar de escuridão. Aquele era um adeus.

Para todo o meu passado.

Fui pegar o jatinho já a noite, me despedi da vovó Gemma com uma pequena dor no coração, mas o sorriso que ela me deu antes de ir me aliviou, eu tinha ido para o lugar certo.

O voo pareceu demorar mais do que o necessário, meu coração batia acelerado. Estava ansiosa para ver seu rosto, só tinha se passado um dia e eu já sentia falta de tudo nela.

Quando o helicóptero  estava prestes a pousar meus olhos se arregalaram, respirei fundo e sorri. Embaixo ,com os cabelos esvoaçando e com um sorriso no rosto estava Ruby. Usava uma blusa branca, uma calça skinny e um casaco pesado camuflado. Abri aporta do jatinho e a olhei, meus olhos se encheram de lágrimas, seus braços se estenderam.
- pule! – ela gritou, sorridente. Fiquei receosa – garanto que não vou deixar você cair.

Olhei para dentro do helicóptero e comecei a contar regressivamente.

- vamos Lanna!

Abri meus braços e pulei, caindo em seus braços. Seu corpo me segurou firme e nos manteve em pé. Levantei o rosto e toquei o seu, ela estava ali. Lhe puxei pelo casaco, juntando seus lábios nos meus.  Me separei e fitei seus olhos com malícia.

- estou com muitas coisas na cabeça que pretendo fazer com você. Porque não agora?

- uma ótima ideia. -  e dessa vez foi ela que me puxou para o beijo.

Me vesti vagarosamente, tentando não fazer movimentos bruscos para não acordar Ruby. Seu corpo estava coberto por partes do lençol, o cabelo bagunçado, a pele um pouco vermelha e o rosto tranquilo. Dei um beijo rápido em seus lábios e acariciei seu rosto.

- eu volto logo. Prometo.

Já fazia um ano que eu não ia ali. Eu estava certa em não ir  todo esse tempo. Olhei a mansão novamente criando coragem.

- poderia me esperar aqui? Eu volto logo – me referi ao taxista.

- claro.

Abri a porta e assim que o porteiro me viu abriu o portão.

Vai ser a última vez que eu pisarei aqui.

Os empregados abriram a porta, todos em fila vestidos em uniformes azul turquesa.

- onde está Adam?

- no escritório do segundo andar senhorita – uma das empregadas falou.

Apertei o casaco contra o meu corpo em andei em direção a escada. Odiava aquele lugar com toda alma. Parei na frente da porta do escritório, sabia que Adam estava sozinho ali. Lucian não entrava naquele lugar, era o escritório que um dia pertenceu a o filho morto Aaron. Abri a porta chamando a atenção de Adam. Seus olhos se levantaram dos papeis e suas mãos finas tiraram o óculos do rosto.

- oque está fazendo aqui?

- vim agradecer pela viagem.

Seus olhos se estreitaram.

- poderia ter feito isso pelo celular.

- sim, poderia. Mas não é apenas isso que eu vim tratar. – respirei fundo, é agora – onde está o contrato? O verdadeiro.

Seus olhos me avaliaram e sua mão se estenderam para uma gaveta da mesa puxando uma pasta.

- me dê.

Suas mãos estenderam o papel para mim o olhei, uma ultima vez e fiz oque deveria ter feito a tempos, o rasguei.

- não quero mais nada que venha dessa família. Está livre de mim Adam. O jogo acabou. – rasguei mais uma vez e o que sobrou coloquei sobre sua mesa – prometo que será a ultima vez que vai me ver, irmãozinho.

Pisquei e sai deixando Adam para trás, chocado. Minha alegria não durou muito ao ver Justin em frente a porta.
- eu tenho sua resposta. – falei, séria.

- e qual é?  - ele falou, sorridente. Acho melhor guardar esse sorriso.

- não. Eu não vou com você a lugar nenhum. O tempo Justin, o seu tempo passou. Você ainda pode ter o meu sangue, mas não é minha familia, e muito menos outra coisa. Está na hora do jogo se inverter, está na hora de eu ser feliz, e você – sorri e me aproximei do seu ouvido – não está nos meus planos.

Dei um beijo em sua bochecha, de despedida.

Para sempre.

minha mãe fala que sempre é muito tempo, e que nunca devemos acreditar que é para sempre.

Ou talvez não.

Sai pela porta da frente sem olhar para trás, não se olha para o passado, oque aconteceu simplesmente aconteceu, foi isso que eu aprendi.

Naquele momento eu resolvi fazer algo ,peguei o telefone e liguei para o meu advogado.

- senhorita Alanna. Oque deseja?

- quero abrir um processo, quero mudar meu nome.

-estou curioso, qual seria?

Pausa.

- Lanna Styles Danté. Faça o mais rápido possível.

- lhe dou uma resposta ainda hoje.

Desliguei a ligação e sorri, oque você vai achar Rose?

Quando subi no quarto estava com uma bandeja de café da manhã  nas mãos. Coloquei  sobre a mesa de cabeceira e me troquei rapidamente. Puxei a bandeja e coloquei perto do seu corpo.

- Ruby Rose Langenheim, está na hora de acordar.

- hum – ela resmungou e se virou quase batendo na bandeja. – oque é isso?

- o nosso café da manha.

Seus lábios se estreitaram em um sorriso e seus lábios se juntaram com os meus. Estávamos no meio do café quando resolvi soltar a noticia.

- vou mudar meu nome. Oque acha?

Ela parou de comer e me olhou.

- sério, para qual?

- agora oficialmente, eu sou Lanna Styles Danté.

- acho que você vai ter que pedir para mudarem de novo.

Franzi a testa.

- como assim?

Suas mãos agarraram a minha e seus olhos penetraram a minha alma.

- eu ia pedir isso no dia do baile – ela se levantou da cama e abriu uma das gavetas da escrivaninha, meus olhos se arregalaram e se inundaram de lágrimas. Ela engatinhou até mim com uma pequena caixinha de veludo na mão. – Lanna, aceita se casar comigo? Aceita ter o nome Langenheim para o resto da vida?

Minhas mãos tremeram e meu coração pareceu sair pela boca.

- sim! Sim! – me joguei em seus braços. Seus braços me afastaram e colocaram o anel em meu dedo.

- Lanna Langenheim Danté,  combina não acha?

- sim.

Esse era meu nome agora, o nome certo, oque sempre deveria ter sido.

Entramos de mãos dadas no nosso último ensaio espalhando a  notícia para todos. Então longe eu vi uma grande amiga.

– Lila- chamei e seu rosto virou com um sorriso.
- sua idiota oque foi que fez, sua viagem para a Suíça, seu contrato com Adam...

- está desfeito. Eu escolhi o amor – olhei par trás vendo Ruby que conversava com Max e Nina. – e ninguém vai me fazer mudar.

Olhei para ela novamente estava sorrindo.

- aconteceu muitas coisas quando você esteve fora. Arrumei um novo patrocinador para você. Eles estão na lista dos mais ricos do mundo. Já devem estar chegando, ah olha eles ali.

Assim que ela falou isso eu me virei. Eram dois. Um homem e uma mulher, com o rosto um tanto familiar. A mulher tinha os cabelos loiros e compridos, os olhos azuis e usava um vestido preto comprido com um casaco de peles pesado e segurando sua mão estava o homem. Era alto, mais alto do que a mulher, pareciam gigantes. Gigantes graciosos. O homem tinha os cabelos loiros e um pouco compridos, usava um terno e um casaco pesado. A aparência de ambos era séria até que duas crianças saíram de trás deles. O menino era mais velho do que a menina, deveria ter 8 a 9 anos,  tinha os cabelos loiros e os olhos verdes e ao seu lado, perto da mãe, uma menininha de cabelos ruivos sorriu para mim.

- moça! Mama essa é a moça que eu te falei!

Ela apontou para mim enquanto corria e pulava em meus braços. Os pais a olhavam com amor e serenidade.

O homem segurou o menininho e o colocou em seus braços.

- você deve ser Alanna – a mulher falou, agora olhando de perto eu podia ver, era jovem, apenas alguns anos mais velha do que eu.

- agora é Lanna. Oficialmente. – ela sorriu e estendeu a mão.

- prazer meu nome é Lilith, Lilith Hell. Acho  que não deve se lembrar de mim, crescemos na mesma casa por um curto período de tempo, quando me mudei você deveria ter uns 7 anos. Embora eu tenha sido um pouco antissocial  na época – ela falou coçando a nuca um pouco envergonhada – ah ,me deixe apresentar. Esse é meu marido, Cruel Hell e, esses são meus filhos, Romeu e Clarissa, os conheceu outro dia.

Olhei para a pequena Clarissa e assenti. Eu lembrava deles, sozinhos e solitários, nunca deixaram ninguém se aproximar, mas parece que até mesmo eles o destino mudou.

-soube essa manhã  que Adam não estará  mais patrocinando depois do ensaio. – sua voz aumentou um pouco o tom ,para que todos ouvissem – tenho uma agencia de modelos, e vamos fazer um desfile, e precisamos de pessoal para fotos, maquiagem, gráficos, cabelo, figurinos e até mesmo modelos, e fiquei sabendo que podia encontrar tudo isso aqui.  Oque acham de se juntar a mim?

Olhei para Lila.

- aceita ser minha empresaria por mais tempo?

Ela sorriu ,me  virei para Lilith.

- onde eu assino?

Tínhamos acabado tudo, as fotos, nossas últimas, fotos, estávamos todos sentados na escada de saída, cada um com alguma bebida na mão. Os Hell tinham ido logo depois de assinarmos o contrato. Agora tudo, todas as fotos, momentos, risadas e brincadeiras se transformaria em lembrança, a melhor lembrança. Segurei a mão de Ruby e me inclinei colocando a cabeça em seu ombro.

- vou sentir falta dessa época.

Sussurrei e ela deu um beijo na minha cabeça.

- oque vamos fazer agora?

Acariciei sua mão e depositei um beijo na mesma.

- ainda temos dois dias de lazer. Os passaremos juntas e o resto também, até o fim dos nossos dias.

Ela me envolveu com um braço e eu olhei para o sol que já ia. Aquele era o fim da temporada e o começo de outra, de uma nova vida, de uma nova Lanna. E pela primeira vez na minha vida, eu sabia, seria feliz para sempre.
               
               FIM


Notas Finais


Meu coração se despedaçou com essa fanfic. Eu só quero agradecer a todos que leram, favoritaram e comentaram, foi muito importante para mim. Tudo isso foi, eu agora me vejo dar adeus para meus personagens favoritos, todos esses meses criando sempre é doloroso quando acaba, mas agora não tanto porque eu sei que esse adeus não é para sempre.
Os personagens: Lilith, Cruel e Romeu (Clarissa ainda não tinha nascido) são da minha outra historia Irmãos Hell.
Espero que tenham gostado.


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