Olhos verde-esmeralda. Desesperados. Lindos.
Ele corria, sua pele amorenada estava úmida; suor. Mesmo com minha mania de limpeza, não me importei quando ele se jogou, e as gotículas que escorriam de seu corpo respingaram em mim.
Corações descompassados; medo; angústia.
Sangue.
Respingos daquele liquido vermelho em meu rosto, roupa e alma. O sangue de Eren sobre mim. Por quê?
“Corre, Levi... Corre!”
Eu não obedeci. Apenas fiquei paralisado. Ele teria morrido qualquer que fosse minha decisão?
Corri. Pessoas chegaram. Bombeiros. Vermelho. Sangue.
Eren teria morrido em vão. Por que... Ele morreu por mim. Morreu para que eu vivesse. Pena que para mim, não há vida sem Eren Jaeger.
“Três meses depois do atentado a Escola Estadual de Sina, o Professor, Levi Ackerman, foi encontrado morto em sua casa com uma corda presa em seu pescoço. O jovem dependia de antidepressivos e estabilizadores de humor. De acordo com amigos, ele estava agindo estranho já algum tempo”.
Ele olhava pela janela, o sol radiante, o céu limpo; sem nuvens. Os ares úmidos e joviais do verão lembravam a Eren Jaeger. O verão combinava perfeitamente com ele. Ele tinha aquele ar feliz, sempre sorridente. Aqueles olhos verde-esmeralda, mas, que vez ou outra, pareciam azuis, aquilo remetia ao verão. Quente, úmido, feliz; Eren. Levi não via mais a beleza do verão.
O Verão nunca fora o mesmo. Sem Eren, o sol parecia mais opaco, o azul do céu não era mais o mesmo, ou talvez, fosse tão igual à antes, tão igual à Eren, que Levi preferia não se lembrar de que para outros nada mudou. O verão continua o mesmo.
A alegria de Eren aquecia Levi; que era como o inverno. Frio, inexpressivo, misterioso. Com a morte de seu amado, Levi acabou hipotérmico. Não tinha mais seu sol, seu verão, seu amor.
E foi neste dia quente e úmido que Levi Ackerman findou-se.
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