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História Verdades Secretas - Descobertas


Escrita por: tripletfriends , Deborajosy e bcrdso

Notas do Autor


Já virou rotina começar as notas com pedidos de desculpas pela demora, né? Mas estamos trabalhando para que isso mude kkkkk
Esperamos que gostem do capítulo!

Capítulo 29 - Descobertas


Fanfic / Fanfiction Verdades Secretas - Descobertas

POV Jennifer

9hrs10min da manhã – Rio de Janeiro, Brasil.

 

O peso no coração e a sensação de estar com falta de ar continuou durante os três dias seguintes. Eu estava ansiosa e aflita, com medo e receosa, mas determinada a chegar ao fim da missão. Segundo Lana, isso era simplesmente estresse, mas Ginnifer, por sua vez, estava se sentindo tão mal quanto eu, então meio que entendia o que eu falava ou sentia.

Assim que aterrissamos o avião em solo brasileiro, no domingo de manhã, demos as ordens a alguns agentes que vieram conosco e seguimos direto para o hotel onde ficaríamos. O hotel era muito bem conceituado e frequentado. De acordo com minhas pesquisas, diversas celebridades já estiveram por lá e eu me peguei imaginando a possibilidade de me hospedar no mesmo quarto em que a Beyoncé ou a Rihanna ficaram quando vieram. Com certeza seria o meu sonho!

– Caramba! Esse lugar é muito mais bonito do que imaginei! – Lana exclamou, assim que entramos em nossa suíte. – Olhem essa vista!

Com toda a certeza, esse é um dos lugares mais bonitos em que já tivemos a oportunidade de estar. Paris, Londres e Los Angeles são cidades lindas, mas nada se comparava àquela praia a nossa frente. O calor demasiado me incomodava bastante, mas eu não estava disposta a reclamar de absolutamente nada diante daquele paraíso. O céu azul contava apenas com algumas poucas nuvens, deixando o dia ainda mais bonito. O Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos da cidade, estava bem à nossa direita a uma distância considerável. Eu queria muito ir até lá e conhecer o famoso Cristo Redentor, não poderia ir embora sem fazer isso. Era possível ver o quanto a praia de Ipanema estava lotada e o quanto a avenida abaixo de nós era movimentada, me fazendo chegar à conclusão de que nos locomover de carro por aqui seria uma perda de tempo.

– Eu não sei vocês, mas estou indo colocar o meu biquíni agora mesmo – Lana disse outra vez, saindo da varanda da suíte e voltando para a mesma. – Tenho poucos dias aqui e pretendo aproveitar o máximo que eu puder.

Por mais que estivesse cansada e quisesse muito dormir, acabei indo fazer o mesmo que ela. Dois dias não seriam suficientes para fazer o que queríamos, principalmente se eu perdesse o meu tempo dormindo.

Só quando voltei para dentro novamente é que observei o nosso apartamento. Havia tanta coisa, que mal consigo descrever aquele lugar. Além da varanda em que estávamos antes, tinha uma sala de estar e um bar privativo. O chão era de tábua corrida, e cadeiras e espelhos complementavam a decoração. A cama king-size foi estrategicamente posicionada paralela ao horizonte, nos dando o privilégio de desfrutar daquela vista até mesmo quando formos nos deitar. Tudo perfeito. Eu me lembraria de agradecer ao Jerry por isso, com certeza.

– Só mesmo esse lugar para me fazer esquecer de tudo. Eu estou mesmo precisando disso – Ginny falou, enquanto procurava algo em sua mala.

– Acho que todas nós estamos – concordei.

– Podem parar, vocês duas – Lana voltou do banheiro, já trajando um biquini azul marinho e um short jeans. – Não quero saber de bad hoje!

– Sim, senhora, Lana Parilla – Ginny bateu continência e foi se vestir.

Nos últimos meses, o Brasil esteve bastante presente na minha vida, e tudo começou quando precisei ler aquele livro daqui para o trabalho da faculdade. Gostei tanto que acabei pesquisando muito sobre o país e aprendendo muitas coisas, como por exemplo: a praia a qual iríamos agora, era a de Ipanema, uma das mais conhecidas da cidade e cenário principal de uma das músicas mais famosas do mundo, Garota de Ipanema. Obrigada, Google!

Depois de prontas, deixamos o hotel e seguimos para a praia, que era ainda mais bonita do que vista lá de cima. Nos organizamos e sentamos na areia branca.

– Aqui é lindo, perfeito e tudo mais, mas pelo amor de Deus, que calor é esse, gente? – Ginnifer disse. – Eu prefiro Los Angeles no quesito clima.

Acabei rindo da sua fala, pois me sentia da mesma forma.

Um homem sarado e bronzeado, usando apenas uma sunga, passou por nós. Olhei de soslaio para Lana e a vi abaixar um pouco os óculos escuros e inclinar o corpo para não perder o rapaz de vista.

– Ôh, e que calor... – Lana se abanou com as próprias mãos.

– Não é desse seu calor que estou falando, sua tarada. Aliás, o que Sean acharia disso, hein?

Ela bufou e revirou os olhos.

– Eu só estou olhando. Olhar não tira pedaço – deu de ombros.

– Aposto que se ele olhasse para alguma mulher, você tiraria muitos pedaços dele. – Lana calou a boca e Ginnifer sorriu.

– Então quer dizer que você e Sean voltaram mesmo... – falei, olhando para Lana.

– Oh, Jen, se você tivesse visto o que eu vi, não teria duvidas quanto a isso... – Ginny soou maliciosa e provocativa.

Dar o troco em Lana de vez em quando era muito, muito bom.

– Ginnifer, você está muito atrevidinha pro meu gosto – Lana falou, com as bochechas coradas. – Acho que vou dar um mergulho, o mar me parece ótimo.

Ela se levantou e foi até a água. Resolvi me deitar um pouco na areia, afinal, eu estava no Brasil e não poderia sair daqui sem pelo menos uma mínima marquinha de biquíni. Ginnifer fez o mesmo, se deitando ao meu lado.

– Ginny... – a chamei, e ela murmurou um "oi". – Lana me contou que você tem ido atrás de Josh. – ela suspirou. – Você quer conversar sobre isso?

– Não tem muito o que conversar... Na primeira vez que fui até a casa dele, foi para encontrar respostas para as milhares perguntas que estavam na minha cabeça, mas depois disso, se tornou meio que um vício ir até lá.

– E você encontrou alguma coisa?

– Sim, mas não o que eu queria. – eu podia perceber a decepção na sua voz. – Na última vez em que fui lá, eu vi a Helen na casa dele. E ela estava bastante à vontade, como se estivesse em sua própria casa. Não sei se ela está morando, ou se os dois têm alguma coisa... Só sei que vê-la lá foi horrível.

Abri e fechei a boca milhares de vezes tentando falar algo que pudesse conforta-la, mas eu não conseguia pensar em nada. Helen continuava arruinando nossas vidas e me surpreendendo a cada ato que praticava. Garota detestável!

– Você não precisa dizer nada – falou. – Isso tudo vai passar e, assim como Lana, não quero tristeza nos dias em que estivermos aqui. Deixe isso para lá.

Eu apenas sorri e concordei com ela. Nada poderia atrapalhar a nossa viagem e a missão.

***

Acordei e vi que Ginnifer e Lana não estavam mais na cama. Sabia que precisava levantar também, mas a preguiça parecia ter possuído o meu corpo inteiro naquela manhã.

Depois de um dia inteiro de passeio, voltamos ao hotel completamente exaustas, mas muito felizes. Conseguimos conhecer algumas das partes principais da cidade e o Cristo, que é literalmente uma das maravilhas do mundo. Sem palavras para descrever aquele lugar.

Assim que finalmente me deitei, dormi imediatamente e só acordei agora.

Lutando contra a preguiça, me levantei da cama e fui até a sala da suíte. Ginnifer estava sentada no chão, ainda de pijama, organizando as câmeras e escutas que seriam colocadas na casa de eventos no dia seguinte.

– Bom dia – falei, me sentando ao lado dela. – Onde está Lana?

– Foi buscar nosso café da manhã.

– Ué, mas não é só ligar que eles trazem aqui? – perguntei, franzindo a testa.

– Mas você já viu os hóspedes desse hotel? – Ginny me encarou. – Segundo ela, é um mais gato que o outro, principalmente os que ficam lá na piscina – revirou os olhos. – Claro que ela teria uma desculpa para ir lá olhar.

Neguei com a cabeça e bocejei, enquanto pegava alguns papéis e começava a organizar as posições dos outros agentes que nos acompanhariam mais tarde.

A porta da suíte foi aberta e uma Lana sorridente – e de mãos vazias – entrou.

– Cadê o nosso café? – perguntei.

– Que café? É só ligar que... – ao entender o que estava acontecendo, parou de falar e abriu um sorriso amarelo. – Eu acabei me distraindo, me desculpem. Vocês deveriam ir na área da piscina, a vista é ainda mais linda que aqui de cima.

– Posso imaginar – Ginnifer murmurou, sem parar o que estava fazendo.

Lana se juntou a nós depois de finalmente pedir o tal café da manhã, e se pôs a nos ajudar com os equipamentos.

Depois de tudo feito, completamente esgotada, verifiquei pela milésima vez as armas e apetrechos que usaríamos no dia seguinte. Tudo precisava estar em perfeita ordem para que nada desse errado. Ouvi o toque de “Moves Like Jagger” no meu celular e sorri involuntariamente, pois já sabia exatamente quem estava me ligando. Corri até o criado mudo e atendi sem excitar.

"Oi, amor." Ouvi a voz calorosa do meu namorado e sorri novamente feito uma boba.

– Oi! Acordou agora? – Olhei para o relógio e percebi que ia dar 12 horas em Los Angeles.

"Eu mal dormi. Não consigo dormir muito bem desde ontem."

– Por quê? Esta se sentindo mal? – me preocupei.

"A cama parece tão vazia sem você." o ouvi dar um suspiro. Caminhei até a cama e me deitei. "Dois dias e eu já estou morrendo de saudades. Me pergunto o que você fez comigo, Jennifer"

– Eu não fiz nada. – Sorri alto. – E minha cama também esta ridiculamente vazia.

"Você está deitada?"

– Sim.

"Vestindo o que?" Sua voz diminuiu umas oitavas, e eu sabia exatamente onde essa conversa ia parar.

– Um pijama de seda preto... – alisei o tecido.

"Hmmmm, isso está ficando interessante, continue...".

– Com renda branca perto do peito e incrivelmente curto, você ia adorar. – Sorri e umedeci os lábios.

"Ahh, tenho certeza que adoraria". Sussurrou. "Mas sabe o que mais eu adoraria fazer com ele?"

Quando fecho os olhos posso imagina-lo deitado na cama, enquanto uma das mãos está mexendo no seu cabelo rebelde.

– O que?

Meu coração já estava assumindo um ritmo descontrolado.

"Arranca-lo do seu corpo."

– Quanta agressividade. – gargalhei e o ouvi sorrir também.

"Você trás o pior de mim."

– Estou começando a achar que não fazemos bem um pro outro.

"Está brincando? Nós definitivamente fomos feitos um para o outro." Senti meu corpo se acender de desejo assim que ouvi sua voz rouca. Ele não deveria falar esse tipo de coisas estando tão longe. "A forma como reagimos um ao outro e como nossos corpos se encaixam perfeitamente é sobrenatural. Isso nunca foi e nunca será apenas atração." Fiquei alguns segundos em silêncio absorvendo o que ele havia dito até que ele voltou a falar. "Jen?"

– Estou aqui.

"No momento estou tendo visões não muito apropriadas de você em cima de mim enquanto beijo todo o seu corpo."

– Isso com certeza seria ótimo agora. – senti uma pulsação estranha entre minhas pernas e decidi ignorar o fato.

Me levantei da cama e fui até a varanda, decidida a tomar um ar fresco para aplacar o calor que me consumia no momento, mas infelizmente não ajudou muito. Eu precisava mesmo era de um banho frio. Bem frio. Quase congelante.

– Prometo ser uma ótima namorada e te recompensar de diferentes formas por ter que viajar assim. – Entrei no seu jogo de provocações. Já que eu estava completamente excitada ele também ficaria. Eu não sofreria sozinha.

"Ah, é? Conte-me mais sobre o que pretende fazer comigo quando voltar" Ele pigarreou e eu o ouvi se mexendo na cama.

– Surpresa. Agora pare de me imaginar nua e vá fazer algo útil. – abanei meu rosto. – Céus! Acho que preciso de um banho.

"Isso não ajudou muito, Jen. Agora meu subconsciente vai me enviar várias imagens suas no banho. Acho que preciso de um terapeuta, por que se minha namorada continuar me torturando dessa maneira não sobrará nada de mim."

– Você é um safado. – gargalhei. – Estarei aí antes do que você imagina.

"Acho bom." murmurou fingindo estar indignado.

Conversamos por mais umas duas horas, até Colin precisar desligar. Ele teria de viajar na manhã seguinte para o tal evento beneficente que a empresa foi convidada, e tinha algumas coisas para organizar. Mas disse que não demoraria e, quando eu voltasse para Los Angeles, estaria em casa me esperando.

– Jennifer tem conversas eróticas pelo telefone, e eu sou julgada por ter feito sexo no sofá – Lana apareceu, com Ginny atrás dela. – Que injustiça.

Senti minhas bochechas queimarem de vergonha. Elas tinham ouvido tudo...

– Eu não...

– Vai negar? – Ginny pergunto, com uma sobrancelha erguida.

– Nós ouvimos tudo, querida. "Estou com um pijama curtíssimo, você iria adorar" – Lana imitou horrivelmente a minha voz e sorriu com malícia. – Não conhecia esse seu lado...

Me levantei da cama e segui na direção do banheiro.

– Vai tomar o tal banho? Tome gelado!

Sem me virar, mostrei o dedo do meio para as duas e fui tomar o meu banho.

***

Passamos a segunda-feira inteira por conta da missão. O evento seria apenas no dia seguinte, mas ainda havia muito o que fazer, por isso, não pudemos mais aproveitar o Rio de Janeiro. Mas as horas passaram muito rápido, tanto que quando me dei conta, já estava me arrumando para o baile de máscaras.

Primeiro coloquei um suporte de adagas na minha coxa esquerda e um suporte para minha arma na coxa direita, ela era pequena e fina, para casos de emergência, então não daria para vê-la pelo vestido. Coloquei a cinta modeladora a prova de balas e vesti meu vestido preto. Com um tecido leve, ele era básico, mas possuía um decote profundo e uma fenda na perna direita, pouco abaixo do suporte que coloquei. A maquiagem dos olhos estava delicada, porém minha boca estava marcada com um batom vermelho bordo intenso. Optei por deixar meus cabelos presos num coque frouxo, mas elegante.

Peguei minha bolsa carteira, que continha mais uma arma, e calcei as sandálias de salto. Estava pronta. Olhei meu celular e constatei que já eram quase nove e meia da noite. O evento estava previsto para começar às dez.

– Já está pronta? – ouvi Ginny.

– Sim. – olhei para ela, e a vi pronta, com seu vestido verde-água. – Só falta Lana, como sempre.

– Não falta. Já estou aqui. – se aproximou de nós. – Estou me achando tão linda, que eu seria capaz de beijar a mim mesma – ela colocou as mãos na cintura e se olhou no espelho grande que ficava na parede. Ela estava com um coque alto perfeito, sem um fio sequer fora do lugar. Seu vestido vermelho possuía um só ombro e era completamente justo até os joelhos, onde ficava mais solto, numa modelagem tipo sereia. – E a vocês também!

– Desculpe, Lana, mas você não faz o meu tipo – brinquei.

– E eu não curto beijar mulheres, então... – Ginny também fez graça.

Lana fez um bico, fingindo estar frustrada. Ginnifer foi até uma de nossas maletas e trouxe as nossas joias.

Eu recebi um brinco de diamantes que se prendia em três pontos da minha orelha e um colar fino e delicado com uma pequena pedrinha no meio. Comunicador e microfone. Jerry era o gênio dos apetrechos.

Lana recebeu uma gargantilha também de diamantes e um brinco pequeno, enquanto Ginny ficou com um brinco grande cheio de detalhes que pareciam ter sido feitos à mão, e um fino, e quase imperceptível, colar.

Assim que colocamos as joias, foi a vez de colocar as lentes de contato infravermelho e guardar os demais apetrechos pequenos na bolsa de mão.

– Prontas? – perguntei.

– Vamos abalar as estruturas desse evento. – Lana sorriu.

– Literalmente. – Ginny falou animada.

Peguei a pequena caixa que estava em cima da mesa e abri, analisando o conteúdo. Passei os dedos sobre a minha máscara e em seguida a coloquei no rosto, ela só cobria os meus olhos, mas mesmo assim ficava um pouco difícil de me reconhecer com ela. Ótimo, esse era mesmo o objetivo.

As meninas também colocaram as delas, e então fomos em direção ao elevador. Agora, sim, estávamos prontas para prender alguns bandidos milionários.

***

O local do evento era paradisíaco e sofisticado. Ficava próximo à Pedra da Gávea, entre a montanha e o mar. Além do salão de festas, a área externa possuía um deque molhado com bangalôs, espaço lounge, piscina e bar. Como de praxe nesse lugar, a paisagem era belíssima.

Entregamos os convites que Jerry tinha conseguido e seguimos para o salão. Em uma noite como esta, é comum que famílias importantes de todo o mundo estejam presentes, então tínhamos que ser sociáveis, simpáticas e fingir que já estamos bastante acostumadas com aquele tipo de ambiente.

Antes de qualquer coisa, me certifiquei com os outros agentes de que as câmeras já estavam em seus devidos lugares.

– Tudo certo. Vamos nos separar. – sussurrei perto das meninas. – Ginny, preciso de você em um local estratégico que possa monitorar tudo. Quando identificar Marshall, me avise.

Ela concordou e saiu pelo salão.

– Lana, fique atenta e veja se encontra Nikolai e, consequentemente, o chip com os arquivos roubados. – Alisei meu vestido e ajeitei a postura. – Vou andar pelo salão e tentar encontrar alguma informação.

– Por que você sempre fica com a parte divertida? – fez um bico, frustrada.

– Por que você é capaz de se encantar por um jovem milionário e se esquecer da missão.

– Que tipo de profissional você acha que eu sou? – me fitou. – Ou melhor, que tipo de namorada você acha que eu sou?

– Quer mesmo que eu responda? – sorri.

Eu tinha certeza de que Lana não trairia Sean, mas nada a impedia de fazer o que mais gostava: seduzir os homens e deixa-los de quatro por ela.

– Não. – revirou os olhos.

Passei por ela e me concentrei em andar pelo local e analisar cada pessoa ali presente. Tinha bastante gente, todas elas com roupas e joias finíssimas, o que é bastante comum nesses eventos de gala. Dei várias voltas pelo lugar, mas, por conta das máscaras, não pude reconhecer ninguém. Era impossível.

Me aproximei do bar e ativei o comunicador.

– Alguma informação?

"Acabei de ver uma pessoa muito interessante no reconhecimento facial." Ginnifer falou.

– Quem? – me interessei de imediato.

"Meghan. Nossa querida colega de faculdade." Ginny surgiu ao meu lado e olhou em direção às escadas. – Ela acabou de subir para o segundo andar acompanhada de um homem e, se observar com atenção, outras pessoas também estão indo "disfarçadamente".

– Então está na hora de agirmos. – falei.

– Estou indo para o local que instalamos as câmeras e já aviso à Lana sobre Meghan.

Concordei com a cabeça e ela se afastou. Tratei de ir até as escadas. A música ainda tocava baixo e pessoas circulavam por todo o salão. Subi as escadas e segui dois homens jovens e altos, e eles me levaram até uma porta dupla de madeira.

– Acho que alguma coisa está conhecendo aí dentro. – Sussurrei para Ginny pelo comunicador. – Você pode ver pelas câmeras?

"Jennifer..." Sua voz saiu com vários chiados. "Jen, alguém está... no sinal... Está me ouvindo?"

– Ginnifer!

"É ele..." ela quase gritou do outro lado. "Ele... está aqui"

– Ele quem?

"Eu acho que vi Josh"

– O que?! – tentei perguntar, mas tudo que eu ouvia eram chiados intermináveis.

Quando algo pode dar errado, vai dar. Murphy não poderia estar mais certo em sua teoria.

O corredor parecia ter ficado significativamente mais movimentado enquanto eu tentava falar com Ginny. Foi olhando ao meu redor que eu vi o meu alvo. Marshall Volg vestia um smoking com corte perfeito e de alta costura, mas antes que eu pudesse ir em sua direção meu corpo foi atingido de supetão por algo. Ou melhor, alguém.

O homem não disse uma palavra, porém seus olhos azuis me fitaram com intensidade, e seu rosto estava coberto por uma máscara. Em questão de segundos estávamos todos cercados no corredor.

O rapaz foi até Marshall em posição protetora, e antes mesmo que eu pensasse em pegar minha arma ou ele cogitasse fugir, uma mulher ruiva se pôs atrás dele e um outro homem atrás de mim. Pelo jeito em que o homem que esbarrou em mim se colocava entre Marshall e todas as armas, imaginei que ele fosse o guardião que vimos pelas imagens da câmera

– Oh, droga! – Murmurei irritada e pensei em Jerry falando para que fossemos discretas.

– Fim da linha, Wholdinov. – A mulher ruiva falou com prepotência e minha cabeça deu um giro.

Ele era um Wholdinov. Eu estava na frente de dois dos meus alvos mais procurados e cercada por mais duas pessoas armadas.

– Eu acho que não. – O filho de Nikolai falou com uma voz grossa e atacou a mulher com ferocidade.

Ela se esquivava e deferia socos com muita habilidade, assim como ele.

Em instantes, Ginnifer saiu correndo de um dos corredores com uma arma empunhada e o rosto coberto por sua máscara. Peguei minha arma rapidamente e percebi que o homem que estava atrás de mim já estava perto da mulher ruiva.

– Parados! – gritei.– Esses dois são meus.

– E quem você pensa que é, loirinha? – A ruiva me encarou de cima em baixo e depois olhou para o homem que estava com ela. – Eu fico com as duas panacas aqui. – Falou e veio em minha direção.

Suas mãos voaram para os meus ombros, mas antes que sua cabeça fosse de encontro com a minha, eu virei meu corpo e atingi sua barriga com meu pé. Antes que ela atingisse o chão, Ginnifer agarrou seu pescoço e a prensou contra a parede.

– Você não deveria ter me chamado de panaca. – falou. – Olhei para o lado e vi que o acompanhante da ruiva havia desviado sua atenção do filho de Nikolai e olhava para ela com preocupação. Mas antes que pudesse ajudá-la, ele foi atingido por uma sequência de golpes certeiros e sido jogado também contra uma parede. – Faz dias que quero bater em alguém. Então minha amiga antingiu a ruiva com alguns golpes e depois a jogou para mim, que a acertei com um soco no rosto, fazendo-a cair no chão.

– Agente Madder – O homem gritou e disparou um tiro. Ele agora estava de pé e com alguns cortes no seu terno, mas o que me atingiu não foi o seu tiro, mas, sim, sua voz.

Meu coração já estava totalmente descontrolado e minha respiração ofegante.

Essa voz.

– Jennifer – Lana apareceu no corredor com a arma em mãos e com os olhos arregalados. Ela não usava mais sua máscara e assim que o homem mascarado a viu, a arma dele foi de encontro ao chão.

Tudo ao nosso redor parecia ter perdido o foco. Ginnifer saiu correndo para tentar alcançar o filho de Nikolai, porém minhas pernas não obedeciam mais aos meu comandos, e a cada instante que se passava, elas perdiiam cada vez mais sua sustentação.

O homem tirou a máscara e andou devagar até mim, mas meus olhos se recusavam a acreditar no que estavam vendo. Eu os fechei e depois abri novamente, mas tudo que eu continuava vendo era a imagem do meu namorado com um corte acima da sobrancelha e uma fina linha de sangue escorrendo, enquanto seu olhos azuis me fitavam com intensidade e cheios de dúvidas.

– C-Colin... – senti meus olhos marejarem.

– Jennifer... – ele parecia tão confuso quanto eu. – Como você... quem...?

Olhei por cima dos seus ombros e não vi mais Lana atrás dele. Presumi que ela tivesse ido atrás de Ginny. Reassumi o controle do meu corpo e enrijeci os ombros. Peguei a arma e adaga que estavam na minha coxa, as apoiei perfeitamente e apontei para o Colin.

 

 

 

– Quem é você? – Perguntei séria, porém, por mais que tentasse segurar, algumas lágrimas teimosas escorreram pelo meu rosto. Eu conhecia aquele rosto, sabia qual era o sabor dos daqueles lábios e até mesmo ousava dizer que o conhecia, mas naquele momento ele não passava de um desconhecido para mim. E aquilo estava me destruindo. – Quem realmente é você?


Notas Finais


OPAAAAA! Quem realmente é Colin??? Façam as suas apostas kkkk
Até o próximo!!! ❤❤


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