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História Vermelho - Deve encontrar a cor vermelha


Escrita por: junmicao

Notas do Autor


OLÁ
Entao, sabem a minha outra fic do sistar? A da primeira etapa do concurso? Fiquei em quarto lugar e aqui estou pra segunda etapa ♡
Como andei lendo as outras fics iaheuajkdhs nao to naquelaaaa confiança com a minha mas gostei um tanto ♡

Enfim, essa fic é inspirada em Alice no País das Maravilhas, e no geral tudo que acontece aqui é pura invenção, poucas das cenas acontecem mesmo no filme, ate porque eu nao devo copiar o filme ne? iajdiakdnak

Espero que gostem ♡

Capítulo 1 - Deve encontrar a cor vermelha


Fanfic / Fanfiction Vermelho - Deve encontrar a cor vermelha

“No decorrer da viagem, Alice encontra muitos caminhos que seguiam em várias direções. Em dado momento, ela perguntou a um gato sentado numa árvore:
- Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?”

— Jihyun, não tema. Olhe, olhe no fundo dos meus olhos. Sou sua mãe, lembra-se?

— Desculpe… Não acredito que ela realmente queira ter essa conversa.

Elas diziam como se eu não estivesse ali, talvez eu não estivesse totalmente. Talvez parte de mim ainda estivesse afundada naquilo que eles nomearam como loucura. Mas, eu realmente estava louca? Eram apenas sonhos, eu nunca jurei ter realmente caído num buraco, eram apenas sonhos. Eu também queria me livrar dos sonhos.

— Está tentando decidir por ela? — senti minha mãe aumentar o tom de sua voz, exagerada como nunca antes foi — Não é porque é você a terapeuta que pode querer me convencer de que ela não quer falar comigo, não pode!

Agora ela já derramava lágrimas que pelo meu ver eram mais de raiva que tristeza.

— Você precisa respirar, queira se retirar. Por favor.

Realmente me desagradava tudo aquilo, quando contei para minha mãe os sonhos que eu havia tendo, esperava que no máximo ela tentasse me acalmar, mas me disse coisas do tipo: “Loucos não assumem quando estão realmente pirando”, “Você precisa de tratamento, e logo”.

Eu já estou adulta, já sei cuidar dos meus próprios problemas, mas desde pequena mamãe me tratava como uma boba criança, e assim ela fez novamente, me levando àquela clínica. Pelo menos, diferente de minha mãe, quem lá me atendia, sabia me acalmar.

Não me interessou o que mais aconteceria. Encarei pela milésima vez o teto da sala branca e calma onde eu ia toda a semana e fechei meus olhos. Onde será que está o Senhor Coelho? Será que ele está se divertindo? Deve ser interessante me fazer ter sonhos estranhos. Eu queria dormir, realmente queria, mas não queria sonhar com a Rainha novamente, ela me trazia medo. Gostaria de ver talvez a Lagarta Azul, ela me acalmava. Ou melhor ainda, o Chapeleiro, aquele que mudava tanto de humor mas fazia daquele ambiente estranho, um lugar amigável.

— Jihyun? Abra os olhos, por favor, é melhor não dormir agora.

Seu crachá dizia Kim Hyo Jung, eu gostava do seu nome, era tão bonito… Seu sorriso também. Ela era tão risonha. Talvez eu gostasse ainda mais de ver Hyojung que a Lagarta Azul.

— Desculpe… É que ultimamente minha mãe me causa cansaço.

— Oh, não.. Não precisa se desculpar, só vamos conversar, tudo bem?

— Hyo, nós sempre conversamos, não precisa me avisar sobre isso. — Falei e a vi sorrir mais uma vez. Certa vez ela me contou que gostava quando eu contava as coisas pra ela, que parecia que eu não tinha mais medo de me abrir, que se sentia como se fosse meu refúgio, e de certa forma era.

— Tudo bem, — ela segurou minha mão — se quer dormir, quando acordar deve me contar tudo o que aconteceu.

Movi minha cabeça concordando.

— E lembre, se alguém te chamar de louca, replique, todos aqui somos loucos, todos temos nossa loucura, isso não é de forma alguma uma coisa ruim, as melhores pessoas possuem as melhores loucuras. Agora feche os olhos, e não esqueça nada do que ouvir por lá. Certo?

Então, eu dormi, mais rápido que o normal, mais profundamente que o comum.

                                       ~

— Soyou! Você voltou. — disse aquele que se nomeava como Chapeleiro

— Não me chame assim, já disse a você, esse não é meu nome.

— Soyou… — disse agora largando seu tom de voz animado. — Mas combina tanto com você… Venha! — mudando de novo sua maneira de falar, já estava animado novamente — está na hora do chá.

Segurou minha mão e correu me levando até seu local favorito daquele lugar confuso, onde numa mesa comprida tomávamos chá.

— Chapeleiro… Eu gostaria de parar de sonhar com tudo isso. Você sabe como eu faço?

Ele me encarou com certa curiosidade, mas ainda mais que isso, com certa tristeza. Sacudiu a cabeça, talvez querendo me responder sem envolver sentimentalismo, mesmo ele não sendo muito bom nisso.

— Você deveria perguntar ao Gato Risonho, talvez ele confunda sua cabeça Soyou, desculpe-me, Jihyun. Talvez confunda, mas deve usar sua inteligência para decifrar aquilo que o Gato brincalhão lhe disser. Mas… — voltou a bebericar o chá — Quem lhe disse que isso é um sonho? Jihyun… Me deixa com medo pensar assim, e se realmente for? E se eu estiver num sonho eterno? — Sua expressão mudava a cada frase, estava entrando em desespero por pensar que tudo aquilo fosse um sonho. E era exatamente assim que eu me sentia, a diferença é que ele estava eternamente preso lá. Porém, pensava comigo mesma, o próprio Chapeleiro era criação da minha mente, o Chapeleiro era um sonho com medo de estar sonhando. — Jihyun! Acha que estou ficando louco?

— Ah, pobre Chapeleiro… Está aflito? Não fique… Não fique, ouça-me, todos aqui somos loucos, todos temos nossa loucura, isso não é de forma alguma uma coisa ruim, afinal, querido, as melhores pessoas possuem as melhores loucuras.

Sorriu, com certa compreensão.

— Agora corra! Corra Jihyun, encontre o Gato Risonho.

                                      ~

— Oh, há alguém perdida pela floresta.

Senti calafrios quando atrás de mim ouvi uma voz calma, mas característica. Ao me virar, nada vi, o que piorou minhas sensações de medo.

— É você. Não é? O Gato Risonho. Chapeleiro me falou de você. — Falava girando em torno do meu próprio eixo, vezes ou outra engatando meus pés em raízes espalhadas pelo chão da floresta.

— Sente-se íntima para me chamar assim? — Algo surgia num galho de uma das grandes árvores que ali haviam. Algo parecido com um sorriso, um grande sorriso. Logo Hyojung veio em minha mente, lembrei do seu sorriso tão aberto quanto o do gato, e me acalmei da pressão que a fala da criatura risonha me causara.

— Então… Como devo lhe chamar?

— Não chame.

Estranhei, este que chamou minha atenção, mandou que eu não o chamasse. Oh Chapeleiro, bem que disse, ele realmente me confundiu.

Agora além do sorriso, já via seu rosto todo, logo seguido de um rabo surgindo aos poucos na escuridão da floresta e por fim seu corpo todo, listrado de rosa e roxo, mas estranhamente mudando para o verde e cinza, e assim continuou, mostrando as mais belas cores.

— Deseja algo de mim? Suba, venha, suba até aqui, podemos conversar.

Encarei de baixo até o topo da árvore, queria pedir com sinceridade que ao menos fosse uma árvore mais baixa, mas naquele mundo, eu não havia direito de pedir. Por mais que aquele mundo fosse criado por mim. Ou pelo menos era nisso que eu acreditava.

Caminhei até a árvore, sempre levando meus olhos até o Gato, querendo ter certeza de que ele ainda permanecia lá.

Como vestido não era meu tipo favorito de roupa, mesmo o sonho insistindo em me levar até lá vestindo esses longos vestidos azuis, não me importei em sujá-los ao subir o tronco envelhecido da árvore.

Aconcheguei-me no galho da árvore — se é que realmente é possível se aconchegar nisso — e encarei a imagem estranha do Gato. Mesmo estranho, ainda assim era bonito.Talvez sua estranheza o deixasse ainda mais bonito.

— Vou direto ao ponto, sabe como é, não gosto de enrolar.

— Diga-me menina, parece bastante ansiosa pela resposta.

— Eu quero sair…

— Sair… Mas sair de onde?

— Daqui! Eu não gosto daqui.

— Se o problema é este lugar, ora, então desça.

Confundia-me ainda mais.

— Não digo o galho de árvore, Gato. Digo os sonhos. Digo esse lugar subterrâneo onde me trazem toda vez que fecho meus olhos.

Ele riu. Agora diferente de como ria antes, de como ria o tempo todo. Dessa vez o Gato Risonho pareceu realmente ter achado graça em minhas palavras.

— Se quer acordar, abra os olhos então.

— Estão abertos!

— Já experimentou fechar os olhos aqui no país das maravilhas?

“Maravilha” para quem? Nunca havia visitado lugar mais complicado de se existir.

Sacudi a cabeça, negando.

— Feche-o então. Feche os olhos e me escute.

Em minha mente apenas ocorriam inúmeras questões. Pensava demais no que ele possivelmente faria. Mas então me lembrei, era exatamente assim que Hyojung fazia quando eu ia visitá-la. Mandava que fechasse meus olhos e ouvisse o que ela falaria, e jamais saí de lá com sensações ruins, pelo contrário, aquilo me acalmava.

Por fim, obedeci ao Gato que ri.

— Mas tome cuidado para não perder o equilíbrio…

Dito isso, caí.

Como acontecia em quase todos os sonhos, me vi caindo pelo buraco escuro, mas dessa vez não via nada dos objetos que sempre quase me atingiam. Dessa vez tudo estava numa imensa escuridão.

— O que vê? Ou melhor, que cor vê?

Precisei de verdade me esforçar para ouvir a voz que vinha distante até mim.

— Preto… Está tudo escuro.

— Não! Mude seus pensamentos! Preto pode lhe trazer coisas ruins… Não pense, apenas não pense em preto!

Não era como se realmente fosse fácil decidir aquilo que eu via. E como se o Gato fosse capaz de ler meus pensamentos, continuou dizendo:

— Confie em si mesma. Você pode mudar o que vê.

Então olhei para cima, e quis ver o teto branco da sala de Hyojung. Então tudo se transformou num belo azul céu.

— Sua expressão mudou… Está mais calma. Vê o branco?

— Não… Tudo está azul.

— Bom, realmente bom. Azul lhe acalmará. Mas tome cuidado para não pensar em azul demais. Pode lhe causar sono. Não quer dormir para sempre, quer?

— Gato, me perdoe. Mas não está me ajudando!

— Jihyun, já devo dizer que conheço seu nome, certo? Ouça-me. Você viu o preto, aquele que representa medo. O preto lembra a solidão, e de maneira mais dramática… a morte. Você precisa encontrar outra cor, o azul não lhe serve, você precisa de uma cor que mudará tudo isso que percorre sua mente.

— O azul está se transformando em roxo… Estou com medo que escureça ainda mais, Gato! Me ajude, não quero voltar ao preto! Talvez eu esteja destinada a isso? Talvez o preto seja a única cor cuja eu consiga viver ao redor…

— Não diga isso! Ninguém nasce somente para sentir um único aroma, ou para visitar um único lugar. Muito menos para experimentar apenas o doce ou o salgado. Você é capaz de mudar isso, acredite.

— Me diga, por favor… Que cor devo encontrar?

— O vermelho.

Não ouvi o que mais ele falava, apenas me concentrei, foquei todo o meu pensamento no que mais pudesse ser vermelho em minha vida.

— Jihyun! Eu disse que devia ouvir o que eu lhe falo, não tente encontrar essa cor sozinha. Ela é a mais importante das cores. Pode lembrar o poder ou a sensualidade. Mas acima de tudo isso, doce menina, o vermelho é aquele que traz o amor. Não deve encontrar ela sozinha, e sim a pessoa que trará o verdadeiro vermelho até ti.

Então tudo em minha mente começou a se confundir, eu só queria pensar em coisas que eu amava mas tudo estava extremamente confuso. Me irritava o fato de eu não parar mais de cair, o roxo estava escurecendo, meu estado estava quase voltando ao preto, quando lembrei, consegui buscar em minha mente bagunçada e lembrar: “Talvez ele confunda sua cabeça… Talvez confunda, mas deve usar sua inteligência para decifrar aquilo que o Gato brincalhão lhe disser.“

Mesmo lembrando do Chapeleiro, não consegui enxergar vermelho algum, mas lembrando do que ele me disse, lembrando de todas as vezes que ele me manteve ao seu lado, fazendo com que eu pudesse me acalmar dos sonhos mais amedrontadores, me vi inundada por um laranja. O Chapeleiro me trazia alegria.

— Não sei se sou capaz de encontrar essa cor… Desculpe-me. — Por um segundo senti que fosse começar a chorar.

— Terá certeza de que é capaz quando acordar… Não se esqueça de nada que eu lhe disse! Nem mesmo uma única palavra. Agora… abra os olhos. Tratarei de falar ao Chapeleiro que você sentirá a sua falta.



A sensação de estar caindo chegou ao fim. Senti um aroma agradável e conhecido. E além disso, um teto extremamente conhecido.

— Ah! Já está de volta. Então… O que viu?

E quando ouvi aquela voz, aquela mesma voz que sempre me atingia os ouvidos com certa calmaria mas num tom extremamente acolhedor. Quando movi meus olhos até o sorriso completamente perfeito de Hyojung, eu fui atingida por um imenso vermelho.


Notas Finais


Gente caso tenha ficado estranho, a Soyou nao era uma criança assim como a Alice ta? scrr ela ja tinha sua idade adulta oakekakdkd

Lembrando que Soyou nao estava com realmente nenhum problema psicológico, ela apenas sonhava com seu subconsciente mandando ela encontrar o amor, coisa que ela nao sentia a tempos
AI ENFIM É ISSO
PAZ


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