Parece que foi ontem que eu tinha seu corpo sobre o meu, fazendo-me seu, que eu tinha sua boca pintada em vermelho sangue contra minha pele, manchando-me da cor do pecado. Porque ela era o Diabo.
Mas hoje não nos falamos mais, não nos tocamos mais. Ela passa por mim em seu vestido branco marfim e eu me sinto diminuído, porque ha alguns meses atrás se ela passasse por mim com um vestido olharia em meus olhos e sorriria, com carinho, com amor, com promiscuidade, com desejo e posse, por saber que eu o pertencia.
Eu queria conseguir ser como ela, queria poder arranjar um outro alguém, queria que ela fosse substituível, mas Min Yoongi era tudo menos substituível, ela cravava suas unhas postiças pintadas de vermelho em cada parte de mim, e como garras, me prendia a si, prendia a qualquer um que ousasse se deixar levar por aquele sorriso e aquela boca vermelha.
Não nos tocamos mais, porque agora ela tem um outro alguém, ela toca outro, ela beija um outro alguém que não sou eu, ela “ama” um outrem que eu não podia ser.
Não nos beijamos mais, porque tua boca não me pertence e nem nunca pertenceu, porque Yoongi se cansou da minha, porque ao contrário dela, acho que sempre fui substituível, talvez uma conveniência.
Nós não nos falamos mais, porque eu não consegui fazer com que ela ficasse na minha vida por muito tempo, não nos falamos mais porque Yoongi detestava ex-namorados.
Se beleza machuca, Min Yoongi comete homicídio todas as vezes que passa pela vida de alguém.
E eu fui mais uma vítima que termina olhando-a de longe naqueles vestidos, com aquele batom, as unhas pintadas e um novo alguém, sendo esquecido, sendo trocado, sendo apenas mais um.
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