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História Vermelho - Tão profundo em mim


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Nosso primeiro PDV centrado nesse casal lindo *o* eu sou o Hizashi e a Yee ficou com a cobra, digo, Chye. Se quiser entrar no ritmo do capitulo, escute Sway (versão da Sooyoung – SNSD) e You're in me (Yenny - Wonder Girls)

Boa leitura!

Capítulo 15 - Tão profundo em mim


Chye PDV

 

Entrei em casa e estanquei. Eu poderia dizer a mim mesma que aquele era meu cunhado, mas ele não ficaria no meu sofá, com um kimono simples e uma faixa na cabeça, cobrindo o que nós, da Bouke tínhamos na testa. Aquele só podia ser…

 

Meu Hizashi.

 

Hizashi PDV

 

Olhei a minha mulher, parada perto da porta de correr como se tivesse visto um fantasma. Talvez, eu seria o fantasma? Era uma boa teoria.

 

Levantei-me e andei firmemente em direção à mulher tremula à minha frente.

 

Chye PDV

 

Olhei meu marido, meu marido? Andar em minha direção, eu não podia conter os tremores. Me concentrei neles e esqueci meu coração que batia desenfreado.

 

Eu deixei meus pensamentos vagarem nos adjetivos que costumava usar quando Neji era apenas um bebê aprendendo a andar, sendo treinado à surdina pelo pai e pelo avô – que mesmo que não quisesse admitir, meu menino era mais talentoso que a deficiente e doce Hinata – e mesmo todo esse trabalho e estresse não lhe garantiu um lugar seguro na casa de Hiashi. Claro, ele poderia adotá-lo como filho, eu não faria nenhuma objeção, mas ele não quis admitir que o que saia dele não era tão bom quanto o que saia do seu irmão.

 

Meu filho… meu menino que havia morrido por algo que nem valia à pena. Minha mente ficou branca quando olhei aqueles olhos, tantos anos depois, eu soube que nem tudo estava perdido.

 

− Hizashi…

 

− Pensando em nosso menino? – ele disse lendo meus olhos facilmente.

 

− Ele se foi! – eu disse e caí nos braços do homem, matando a saudade do corpo e amenizando a dor da alma.

 

Acordei suada. Ultimamente esses sonhos estavam ficando mais freqüentes do que nunca. Ainda mais agora que meu filho iria se casar e eu não aprovava a noiva. Nenhuma das duas seria suficientemente boa para o meu Neji.

 

Tenten PDV

 

Aproveitando um tempo que eu tinha para treinar um pouco. Quando ouço a porta do dojo se abrir, devia ser Neji. Me virei para cumprimentá-lo mas dei de cara com um dos estudantes de Neji.

 

− Ohayo. – cumprimentei – Você vai usar o dojo? Eu saio, não há problema. – lhe respondi, me abaixando para pegar uma das kunais que havia caído.

 

− Pensei em treinar com a senhorita. – ele me respondeu, ouvi um “Q” diferente na voz, mas deixei passar.

 

− Hum… certo, então. Pronto? – perguntei em posição.

 

− Claro. – ele respondeu, tentou vir para cima, mas eu o ataquei e parei com duas kunais. Uma chegou muito perto do rosto dele.

 

− Tudo bem? – perguntei preocupada, indo para onde ele estava, ele fez uma careta de dor e eu tirei a mão dele do ferimento e examinei. Era só um arranhão, não devia estar doendo tanto. Eu pensei em me afastar, mas ele me girou e jogou no chão.

 

− Me solta! – disse-lhe e ele não me ouviu, tentando me beijar, coloquei minhas pernas dobradas, no osso da cintura dele e o empurrei. Quando me levantei ele já estava vindo a mim outra vez, deixei chegar perto e agarrando o ante-braço dele, o joguei para fora do dojo.

 

− Não se atreva a se aproximar novamente! – eu disse-lhe ofegante, pisando duro, pronta para descer a porrada nele.

 

− Neji-san! – ele disse se ponto de pé e saindo correndo.

 

− Tudo bem? – Neji me perguntou.

 

− É claro! – respondi-lhe, ele estava estranho. Mais do que o normal, quer dizer. – O que foi?

 

− Nada. Quer ir jantar aqui ou num restaurante? – ele me perguntou e senti o tom forçado.

 

Chie PDV

 

Acordei suada, no meio da noite. Olhei o lado em que ele devia estar deitado, mas ele não estava.

 

Procurei pela casa e nada do homem. Eu sabia que ele devia estar no dojo, então peguei o meu casaco mais grosso, coloquei por cima da yukata fina que usava e andei até o dojo.

 

E não é que ele estava aqui mesmo?

 

Hizashi PDV

 

Ouvi a porta do dojo abrir e por um momento eu pensei que pudesse ser o meu filho, mas não. Era a minha quase adorável esposa que poderia ser assemelhada a uma leoa. Boa amante, mas uma fera quando se mexe com a cria dela. Coitada da Tenten.

 

− Não consegue dormir, esposa?

 

Chye PDV

 

Essa era uma pergunta camuflando outra.

 

− Aonde você foi? – gritei exaltada, era muito cedo e acordar sem o seu marido do lado, é um tanto estranho, ainda mais um que gosta de te ter assim que o dia amanhece.

 

− Estava com Tenten. – ele soltou um suspiro pesado.

 

− Ah claro! A oferecida! Como se atreve? – voei nele com toda a minha raiva. Maldito!

 

− Você sabe que só estou seguindo ordens. – ele repetiu segurando os meus braços.

 

− Ah claro! Ordens, hump! – desdenhei. – Deve estar adorando essas ordens de pegar uma mulher muito mais nova com a autorização do clã! Eu virei motivo de piada entre os jovens e a culpa é sua! – voltei a gritar.

 

− Chye você já está bem velha para ciúmes, não está não? Vamos conversar como pessoas civilizadas…

 

− Eu não estou com ciúmes! – gritei de volta.

 

− Chye… não minta. – ele mandou me soltando.

 

− Eu não estou mentindo! – respondi, voltando ao meu tom normal. – Mas falando no assunto, porque não me tocou mais? Está guardando fogo para ela?

 

− Você quer que eu a toque? – ele disse se aproximando. Safado!

 

− Eu quero que me respeite.

 

Foi a ultima coisa que disse antes de me entregar ao homem que eu amei desde menina.

 

− Acordei e dei por sua falta. – me sentei ao seu lado – Preocupado com algo, marido?

 

− Nada demais. Estava me perguntando quanto tempo Neji levará para voltar e quanto tempo levará para termos mais netos. Cho é um amor, mais gostaria que ela fosse filha do nosso filho.

 

− Você sabe que há uma possibilidade, não sabe? – contradisse-o.

 

Hizashi PDV

 

− Sei, assim como você sabe que ela pode ser filha de outro qualquer.

 

− Marido… não diga isso à Neji, ele parece feliz com ela… ainda que a menina seja demente como Hinata era.

 

− Ela não é demente, apenas sensível, como eu avisei meu irmão, que Hinata era. Com incentivo, ela evolui muito. Ainda bem que temos Tenten para nos ajudar. Se dependesse de Aiko…

 

Chye PDV

 

− Que graças à Kami-sama não está mais por aqui. – cortei-o. Falar de Tenten ainda me causava náusea. Estava orgulhosa de ela ter recusado meu marido quando pôde e tenho certeza que ele usou tudo que pôde para conseguir cumprir o que o clã estava exigindo, mas a menina não é tão boba e obtusa quanto aparenta. Mesmo assim, me causava náusea, saber que ela tinha quase deixado o meu marido louco, como só eu o deixaria e que em breve seria o meu filho a conhecer as vantagens do casamento.

 

Hizashi PDV

 

− Você ouviu o que o Naruto disse a Hinata mais cedo? Estão só esperando Neji e Tenten terem as duas semanas de lua-de-mel pedidas pelo Hiashi para começarem a procurar por ela. Então não fique muito feliz. – a mulher bufou. Eu me levantei e ofereci a mão para ela.

 

− Pode ficar em casa hoje? Gostaria de ter um tempo com você.

 

− Tudo bem. – ela me respondeu, eu sabia exatamente onde iria dar o nosso tempo. Parece que finalmente as coisas voltam à normalidade.

 

Alguns dias depois…

 

Chye PDV

 

− Tenten, você deve segurar a respiração, isso. – aprovei, apertando o máximo que podia a faixa do kimono. Ela resmungou algo incompreensível com o aperto. Excelente.

 

− Porque… ai… porque tão apertado? – ela ofegou.

 

− Para que o seu marido te ajude a tirar, obvio. – respondi sem me atentar ao fato de Cho estar na sala.

 

− Mamãe, a senhora não consegue tirar a roupa sozinha? Eu posso ajudar também! – ela perguntou, adaptando o sufixo desde que Aiko sumira, que chamava Tenten de mamãe. Quem visse, não duvidaria. As duas eram bem parecidas.

 

− É que seu pai ficará entediado, querida. – ela disse bufando e tropeçou dois passos quando a soltei. Só faltava o cabelo e os sapatos. A maquiagem já estava pronta e ela começava a parecer uma moça decente.

 

− Hina, arrume o cabelo dela, enquanto eu arrumo a nossa Cho que já está toda torta! – disse, a chamando para o pódio onde ela poderia subir para ser arrumada.

 

− Vovó, a senhora não põe apertado não viu? – ela me avisou e eu sorri, menina esperta essa.

 

− Tá, a vovó promete arrumar folgado.

 

Alguns minutos se passaram e eu pedi para Hinata levar Cho porque eu queria falar a sós com Tenten.

 

− Escuta aqui projeto de ninja. – disse séria, deixando cair mexas propositais do coque – Se o meu filho tiver o disparate de tocar em você, permita. Não sei se a sua mãe teve tempo de ensinar essas coisas básicas a você. Ele é seu marido a partir de hoje e diferente de como você estava agindo, como uma concubina sem qualquer valor, trocável, barata e…

 

− Se a senhora vai ficar me ofendendo, pode enfiar o que acha no r*bo. – ela começou se livrando da minha mão, e colocando um brinco na orelha. – Eu… imagino que deva deixar ele me tocar, certo? Ou o clã, sei lá, pira?

 

− Exato. Meu filho é um bom menino, será fácil lidar com ele. – garanti, depois do susto, voltando ao cabelo dela.

 

− Bom menino onde? – ela comentou e suspirou – Não se preocupe, não serei um peso.

 

− Não estou preocupada com isso. Diga-me Tenten, o que a fez quase ter relações com meu marido? – perguntei o que queria perguntar desde que Hizashi aceitou a proposta indecente de Hiashi e meu sogro.

 

− O dever. – ela me respondeu e eu quase ouvi as palavras de Hizashi.

 

− E o seus deveres? – ele me perguntou, éramos tão novos e inexperientes.

 

− O que eu devo fazer, Hizashi-sama? – perguntei respeitosamente.

 

− Eu vou te guiar. Esqueça o -sama, sou seu marido agora, pode chamar de -kun ou de marido. – ele me respondeu e nunca mais eu o chamei de Hizashi-sama, somente quanto estava irritada. Agora era só marido. Exibindo o meu homem.

 

− Foi o que ele te disse?

 

− Não era a verdade? – ela perguntou, me olhando e soprando o cabelo do olho.

 

− Era. – concluí naquele momento o que eu já deveria ter entendido à muito tempo. Eram apenas deveres. – Muito bom! – aprovei o visual. – Vista isso, quando for tomar banho, provavelmente. – entreguei-lhe uma yukata que eu mesma bordei para a ocasião. Ela poderia não ser a minha escolha de noiva para o meu filhinho, mas ele parecia feliz com isso e eu não iria deixar de cumprir o meu dever de sogra.

 

− Eu posso ver? – ela disse animada.

 

− Abra. – respondi, me sentando no sofá onde Cho estivera vários minutos antes.

 

O rosto dela se iluminou quando ela levantou a peça fina.

 

− Eu não acho que deva usar algo tão…

 

− Fino? Deve. É presente, além do mais, você será muito próxima da família principal. É quase um prêmio. Use para ir passear com Neji. Suponho que ele lhe informou do passeio que farão?

 

− Sim, disse que eu devia separar uma capa de frio para mim e uma para Cho.

 

− Correto. Mas Cho não irá, ele ainda não entendeu que lua-de-mel é lua-de-mel. – disse-lhe levantando, já era hora de descermos e ela se casar.

 

− É para a minha lua-de-mel? – ela perguntou agitada, quase amedrontada.

 

− Com certeza! – respondi-lhe. – A cabana para onde irão foi feita para vocês, mas só irão morar lá quando o perigo passar. Ela é muito afastada para ser totalmente segura. De qualquer forma, espero que aproveitem. Tudo o que supomos que precisarão, está lá.

 

Descemos e me sentei ao lado do meu marido.

 

− A instruiu foi? – ele disse, quando percebeu a agitação dela. Gai a levava ao altar com um sorriso tão grande que poderia engolir todos que estavam na capela sem problemas.

 

− É claro! – respondi – Não sei o quanto a mãe dela a deixou preparada, mas quero que o nosso filho tenha o melhor, mesmo que seja com alguém… argh… como ela. – respondi, mas eu não poderia ignorar o olhar orgulhoso e apaixonado que eu vi no meu menino. Talvez, apenas talvez, ela pudesse ser boa para ele também.

 

[…]

 

− Vovó, quando eu vou poder sair de casa? Eu to de castigo? – Cho me perguntou, me tirando dos meus devaneios.

 

− Quando seus olhos sararem. E não, não é castigo, é cuidado.

 

− Eu atrapalhei a lua com mel do papai e da mamãe? – ela perguntou confusa no nome que com certeza ouvira em algum lugar, soava preocupada.

 

− Um filho nunca atrapalha. Acho até que… hm… que ajudou os dois! – respondi e ela parecia mais feliz. É claro que não podia imaginar como havia ajudado.

 

− Como? O que eu fiz?

 

− Ahn… querida, porque não volta a jogar? Esse assunto é de gente grande.

 

To be continued…


Notas Finais


N//A: Ohayo! Tivemos a idéia de ter um especial do Hizashi com a Chye, mas aí acabou encaixando na trama *-*
É claro que não dava pra dizer na cara: sabemos que a tua mãe não deu pra outro e você é filha do Neji-gostosão.
Espero que tenham gostado e amanhã tem mais *-*


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