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História Vermelho - O Contrato


Escrita por: AyalaOM e StupidCupcake

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - O Contrato


Fanfic / Fanfiction Vermelho - O Contrato

− Mas que…? – disse olhando de um gêmeo a outro.

− Tenten, esse é o meu oji, Hizashi, pai do…

− Você ta morto! – exclamei sem crer no que meus olhos viam.

− Estava, fui… hm… ressuscitado, Srta. Mitsashi… e você deve ser a namoradinha do Neji, que Hanabi me contou?

− Eu o que? – perguntei olhando a mais nova das Hyuuga – Você disse o que sobre mim, pirralha?

− Hey! – ela reclamou e seu otoosan a cortou.

− Eles não formalizaram nada, Hizashi, mas…

− Mas o que? E o que você quer comigo? Me deixe em paz, entendeu?

− Tenten, quero que venha ao clã, quando você quiser, para conversarmos. Tenho duas propostas e uma delas envolve algo que seu oto fez quando soubemos da Kyuubi…

− Agora vai me cobrar pelo que os outros fizeram? Tudo bem, o que meu pai fez? Te ofendeu?

− Nada disso, é mais importante. Venha a minha casa e conversaremos, todos nós.

[…]

− Então? – perguntei sem delongas. Hinata estava presente também, o que tornava tudo muito sério.

− Gostaria que lecionasse para os nossos aspirantes a ninjas.

− Tudo bem, não me importo. – disse, eu já esperava que ele pedisse, seria como cobrir a falta de Neji.

− E agora… seu oto firmou um contrato conosco. Você tinha pouco mais de um ano quando aconteceu. – Hiashi afirmou. Seu irmão se mexeu desconfortável, enquanto entrava na sala um senhor.

− Um casamento. – Hinata me assegurou, suspeitando que eu não havia chego na conclusão.

− E? – perguntei descontraída.

− O contrato era entre a primogênita dele e do meu primeiro filho homem. Como você sabe, eu não tenho nenhum.

− E daí? Quer me casar com a Hinata agora? – trocei.

− Quero que se case com meu irmão e que produzam um segundo gênio. Meu queixo caiu.

− Lógico que não! – recusei na hora, horrorizada e ofendida. Ele pensa que eu sou o que? Uma concubina?

− Não precisa ser agora. – o velho disse, como se eu não tivesse interrompido. – Você é nova demais para uma gravidez eficaz, talvez daqui a dois ou três anos.

− Nunca! – disse irritada e me levantei irada.

− Tenten!

Sete anos depois…

− Muito bem, eu sei que estão animados com o torneio, mas preciso que levem isso para casa e peçam aos seus pais que assinem. – disse aos meus alunos no clã Hyuuga.

Depois que Neji morreu e que conseguimos vencer a guerra com muitas perdas importantes e algumas coisas desconexas que ainda não faziam muito sentido, recebi uma proposta de Hyuuga Hiashi. Ensinar os Hyuuga a trabalhar com armas tão bem quanto eu. Um talento do meu extinto clã, mas que eu podia compartilhar sem medo.

Infelizmente, alguns desaparecimentos foram computados no hospital, entre eles, a minha irmã e até hoje metade deles ainda não haviam retornado. Nem mesmo sabíamos se eles estavam vivos ou mortos, mas com minha experiência eu sabia que minha irmã já estava morta a muito tempo.

Claro que Hinata acabou se tornando mesmo a sucessora de Hiashi, depois de tudo o que ele viu que ela era capaz, acho que todos sabiam que não ia demorar. Achei a maior gentileza ela me convidar para o casamento dela com o novo Hokage e mais ainda, me chamar para ser madrinha de seu filho, que hoje estava assistindo da janela do dojo, escondido.

− Além disso, é necessário vocês saberem que podem não voltar vivos e que podem ainda, não se tornar chunnin. A primeira etapa da prova é uma prova escrita, por isso, estudem muito a respeito de tudo. A segunda e a terceira eu não tenho permissão para comentar, mas desejo-lhes muita sorte. Então, nós vamos… − um ANBU apareceu no dojo e me entregou um pergaminho. Guardei-o no bolso. – Aonde eu estava? Ah sim, então nós vamos treinar hoje taijutsu ou deseja pessoal, quero duplas…

Abri o pergaminho e comecei a ler: “Hoje, as 18:00 no portão da vila. Traga suas armas, missão do time Gai”.

− Mas o que…? – me perguntei, esquecendo-me da aula. Vi Hiashi da porta, segurando a mão de seu neto, observando os jovens desajeitados. – Algum problema, Hiashi-sama? – perguntei-lhe.

− Nada com o que se preocupar, Tenten-dono. – ele me respondeu – Gostaria que considerasse a minha outra proposta.

Sim havia uma, mas eu não consideraria porra nenhuma!

− Não tenho interesse nela.

− Mesmo 7 anos após a morte dele?

− Mesmo 7 anos depois. Minha resposta ainda é não.

− Você já mora aqui,qual o problema em realizar o meu sonho? O sonho deste clã? – ele perguntou, fazendo menção aos poderes simplórios desses jovens se comparados a Neji em sua idade.

− Eu… eu só aceitei porque a Hokage me obrigou e o senhor sabe, alem do mais, tenho outros planos. Sinto muito, mas ainda é não.

− Do que o ojisan e a obaasan tão falando? – perguntou o menino de 5 anos, filho de Hinata.

− Assunto de gente grande, Hikaru-kun.

− Nunca me falam nada de gente grande! – ele emburrou, igualzinho o pai.

− Quer saber de um segredo, então? – Tenten perguntou na altura do menino. Ele afirmou, feliz – A segunda missão vai ser numa floresta, mas você não pode contar para ninguém! – ela advertiu e ele prometeu de dedinho.

[…]

− A missão era me tirar do clã Hyuuga e me levar ao Ichiraku? – indaguei incrédula.

− Não, Te-chan! – disse-me a namorada do Lee. – Era você ficar para jantar! Você nunca fica!

É, eu não ficava mais. Eu não queria outros laços que me fariam sofrer, o que eu ainda sofria pelo Neji e pela minha irmã. Minha família devastada de uma só vez. Ninguém se recupera disso.

− E qual a novidade? – perguntei, depois de fazermos o pedido.

− Vamos nos casar! – Amaterasu me disse.

− Daqui a duas semanas! Né, Ama?

− Meio rápido não é não? – perguntei estranhando.

− É necessário… e por isso eu quero que você fique bem atenta! Eu não quero que se magoe, mas…

− Queremos que seja madrinha do bebê, já que as irmãs da Ama serão madrinhas de casamento.

− Eu fico…! Poxa, honrada! – disse feliz pelos dois.

− Tenten… quando você vai sair com alguém? – Gai me perguntou, me pegando de surpresa. Mas eu não precisei responder, Anko estava vindo e o sensei ficou de quatro, como sempre, pela esposa.

− Olá, vermes. Oi minha lombriga! – ela disse carinhosamente para o sensei e o beijou, como já estávamos acostumados, voltamos a conversar.

[…]

− Você não é oca. – Hinata me disse, entrando na minha casa lentamente, assim como sua barriga proeminente lhe permitia. Nos últimos dias ela estava me enlouquecendo, provavelmente a mando do pai ou do tio. – Só tem que deixar alguém fazer o seu corpo funcionar! Você nem amava o meu primo! Quer dizer… como homem eu digo… ou amava?

− Hina, eu perdi muita coisa de uma vez só e as pessoas não se recuperam assim de uma coisa dessas. Além do mais, eu não tenho intenção nenhuma de ser a concubina do seu tio.

− É esposa e não concubina. – ele disse, das sombras. Nos últimos anos ele tinha ficado quase como um pai, sempre me espreitando, mas nunca tentando mais do que me proteger. – E é uma idéia louca, eu concordo.

− Tio! – Hinata disse bufando – Eu também acho loucura vocês dois. – ela admitiu – Mas papai estava tão animado com a perspectiva!

− Hina você tem que aprender a não ceder aos desejos do seu Oto. – disse-lhe sinceramente um pouco menos arredia com os dois.

− Hina! Hina! – Hanabi entrou correndo, ofegante – Você não vai acreditar em quem voltou!

− Vamos lá ver então! – Hinata disse, eu me levantaria, mas Hizashi segurou a minha mão e eu fiquei para escutá-lo.

− Você sabe que é linda, certo? Que enlouqueceria qualquer homem? Mesmo um Hyuuga?

− Sei… - respondi sem graça.

− Qual o meu problema então?

Eu não acredito que estou tendo essa conversa com o pai do meu melhor amigo.

− Você foi casado!

− Minha esposa morreu a muitos anos. Quando Neji se foi ela ficou amarga e…

− Eu tenho a mesma idade que seu filho teria se estivesse…!

− E seus deveres?

Mordi o lábio inferior, pensando. Pelo menos tentando. Eu não podia negar que Hizashi era tremendamente lindo, charmoso e respeitoso. Ele me deu 7 anos! E eu nem tinha alguém para usar de desculpa.

− Eu não tenho que cumprir se o Hiashi-sama não tem filhos homens.

− Você ouviu algo do que meu pai te disse nesses 7 anos?

Oh! E como eu tinha ouvido!

− Ouvi, mas…

− Então o que vai fazer?

− Eu não sei! Eu não quero o senhor!

− Não é uma questão de querer, mas sim do que é preciso. – ele respondeu, sério, fitando a parede, longe.

− O que eu devo fazer, Hizashi-sama? – perguntei insegura.

Ele acariciou o meu braço mais próximo dele, que eu nem percebi, estava rígido no sofá. Minha respiração pesou um pouco, me acalmei. Era possível ouvir uma agitação lá fora, mas quando ele tocou a minha bochecha, puxando o meu rosto para si, minha mente ficou branca.

Seus lábios se chocaram contra os meus, ávidos e cheios de algo que não identifiquei, seu corpo não pesou sobre o meu, apenas um pouco e uma de suas mãos queria me puxar ainda mais para ele. Eu não conseguia pensar, então deixei o meu corpo me guiar como em outros momentos de batalha onde ele agia sozinho, como se minha mente não pertencesse ao momento.

Não estávamos deitados, mas a posição era estranha, pensei quando paramos para respirar. Eu me sentia estranha. Eu não me sentia bem ou atraída por este homem, eu só me sentia estranha.

− Algo errado? – ele me perguntou, neguei.

− Faça de novo. – pedi, precisava saber se era porque era o primeiro ou se era porque era ele.

− Ah… o que? – ele perguntou confuso. Bufei envergonhada e eu mesma o beijei. Dessa vez foi muito mais forte, ele meio que me levantou com ele, me puxando para o meu quarto. Paramos na parede, chocamos contra ela, enquanto ouvi um correr de porta, o empurrei na hora, para receber o visitante.

Meus olhos caíram sobre o casal e eu fiquei sem palavras. Por um momento questionei minha sanidade mental.

− Musuko? – ouvi Hizashi perguntar e tudo ficou escuro.

To be continued!


Notas Finais


N//A: Quem será que chegou? Aposto que vocês sabem, são espertos ^^~
PS: Conforme eu vou postando e escrevendo, eu vou fazendo jornais explicando uma coisa ou outra que não foi entendida completamente, se quiserem dar uma checada, ficarei feliz *o*
Dicionário: Oji – Tio/Avô
Dojo – Sala de treino
Taijutsu – Estilo de luta corpo a corpo
Sama/Dono/San/Chan – Designação formal de respeito
Hikaru – Brilhante, luz
Musuko – Filho (forma carinhosa)


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