História Vermelho - Amizade

Tenten PDV

‒ E porque você acha que devemos aceitar o que o Uchiha disse? – questionei minha irmã.

‒ Porque ele não mentiria. Com que proposito? Me deixar mal? Ele nem nos incitou a lutar ou algo do tipo.

‒ Ainda acho improvável. Ninguém sabia desse bebê. O que acha, Neji?

‒ Talvez.

‒ Talvez o que? – perguntei-lhe em dúvida.

‒ Talvez. – ele respondeu, olhando o céu perto da janela. – Bem, agora que você já viu sua irmã – ele se voltou para mim – Nós deveríamos deixa-la a sós com o noivo. Eles tem muito a falar ainda.

Bufei mas segui meu marido. Ele tinha que aprender a ser menos objetivo, sinceramente.

‒ Neji, você deveria estar pelo menos demonstrando…

‒ Compaixão? Sua irmã não precisa disso no momento. – ele respondeu como se a conhecesse, eu me enfureci.

‒ Do que está falando? Você tem agido com os sentimentos de uma pedra congelada!

‒ Eu?

‒ Não a sua avó! É claro que é você, cegueta! Pode pelo menos fingir que se importa com o bem da minha irmã?

‒ Eu me importo. Mais do que parece. – ele me respondeu muito baixo, um sinal de perigo.

‒ Não, você não o faz!

‒ É claro que o faço! Se não me importasse, a deixaria a mercê de seu próprio destino. Não julgue coisas que desconhece, mulher.

O tom usado foi o que me fez parar de falar. Ele dizia tudo com pesar demais para quem deveria estar com a consciência limpa.

‒ Neji…

‒ Só vamos para casa, tudo bem?

Concordando, andamos mais rápido do que nunca. Não demorou mais que cinco minutos para chegarmos ao clã. Algo estava mudado, eu podia sentir. Foi só quando Cho correu para nós com seus novos olhos brilhantes e sorrindo que eu entendi. Ela havia voltado.

Hanabi PDV

‒ E porque ninguém me disse? Estou indo no hospital. – informei me dirigindo à porta.

‒ Nada disso, mocinha. – minha mãe me contrariou, ela estava gostando de fazer muito isso ultimamente.

‒ E porque não? Eu posso saber? – perguntei insolente.

‒ Primeiro porque sua cunhada está aqui, segundo porque nós não queremos ninguém correndo risco desnecessário e terceiro, Taeyeon deve voltar hoje ou amanhã, pelo que Sakura nos disse ontem, não há com o que se preocupar.

‒ Mas eu não quero saber amanhã, eu quero saber hoje! Eu quero dar o meu apoio!

‒ Ela não precisa disso agora, além do mais… ‒ mamãe parou para ouvir a concubina do meu pai, Umi. – Verdade? Mande ela para a casa de Chie.

‒ Quem? – perguntei, só agora me virando para Mi-Young. – E você? Que faz aqui?

‒ Eu vim ver se precisava de ajuda no casamento. Não queria incomodar.

‒ Então não tivesse vindo! – gracejei. – Enfim, mãe o que quer que eu faça?

‒ Que tal mostrar a propriedade? É um bom costume.

‒ Claro, claro. – respondi desgostosa.

‒ Escute – ela começou e paramos nos estábulos. – Sei que você deve estar odiando se casar com Masaki-kun mas ele é bom, escuta a gente, não é machista como o Kiro-kun. Quer dizer, o Kiro-kun é bom também, mas ele é meio teimoso, sabe como é? Então eu… bem, nós vamos estar bem próximas e por isso eu…

‒ Desembucha! – disse irritada, ela ficava só mexendo no cabelo e nada de falar, até que…:

‒ Eu te dou noticias secretas da Taeyeon se você me responder uma coisa.

‒ Você tá brincando né?

‒ Não. – ela me respondeu muito mais séria do que eu pensei que alguém como ela pudesse ficar.

‒ Feito. – apertei a mão dela selando um contrato.

Mi-Young PDV

Faziam algumas horas desde que havia deixado a propriedade dos Hyuuga, tendo prometido dar noticias de Taeyeon secretamente à Hanabi. Ela havia me prometido procurar saber também se havia um ninja espião, já que não sabia nada sobre o ocorrido, o que não era de se admirar, vendo que ela tinha voltado a pouco mais do que um mês.

Sentei na minha cama, suspirando. Eu ia no hospital ou ligava para Kiro?

Antes de decidir, ouvi uma agitação sem sentido no clã e me levantei da cama indo à porta, antes que eu a tocasse, porem, meu irmão, Masaki a abriu violentamente.

‒ O que está havendo? – eu perguntei.

‒ Venha, que te conto no caminho.

Nós começamos a correr em direção à propriedade dos Hyuuga, o mais silenciosamente possível e meu irmão sussurrou para mim, não que fosse preciso, com Naruto gritando descabelado atrás de dois ninjas:

‒ Ele é meu, devolve!

‒ Yoshihiro foi sequestrado. – foi o sussurro do meu irmão a ultima coisa que ouvi antes de ser atingida.

To be continued…