História Vermelho - O Romantismo De Kiro

Taeyeon PDV

─ Aonde está me levando? – questionei Kiro. Iriamos ter de dançar em breve e ele devia estar conversando com seus amigos ao invés de me puxar pela propriedade. – Você devia estar com seus amigos!

─ Agora não. – ele disse e riu. Parou abruptamente e eu parei batendo no corpo. A roupa pomposa atrasando os meus reflexos.

─ O que eu devia estar vendo? – lhe perguntei enquanto ele soltava a minha mão. Estava completamente escuro, e tudo o que podia ver era muito pouco.

─ Calma. – ele disse na minha orelha. Esperei o que me pareceu uma eternidade, certa de que não havia se passado nem 2 minutos.

─ Vamos, fala! – disse-lhe e ele bufou antes de me mostrar a copa das árvores.

Definitivamente havia uma coisa ali. Uma casinha com um passarinho voando em torno. Não me pareceu especial.

Outro saiu da casinha, mas ficou no pedestal. Ele tinha uma asa quebrada, estava enfaixada, pelo que pude ver. Ambos brancos como neve.

─ Que bonitinho! – exclamei. Ele concordou.

─ Confie em mim, sempre que se machucar, eu vou cuidar ainda mais de você. Só confia. – eu não o olhei para saber que ele estava com os olhos e sentidos atentos. Meu coração ainda não batia forte quando estava perto dele, não como quando estava com Itachi e eu sabia que isso o estava matando por dentro.

─ Eu confio. – lhe disse, mantendo meus olhos nos passarinhos.

─ Então diz olhando pra mim. – o olhei, não exatamente pra ele, mas para perto do rosto dele, não querendo deixa-lo mal. – Talvez um dia. – ele suspirou e me puxou de volta.

Minha irmã acenou enquanto andávamos de volta ao salão, ele me deixou com ela e disse que mais tarde viria me apresentar para algumas irmãs de amigos dele.

Me virei para minha irmã e me sentei na mesa, estava cansada e frustrada. Para piorar, do meu ângulo eu podia ver bem Itachi, que bebia algo olhando na minha direção.

Ele levantou o copo, um convite e me deu um sorriso torto. Olhei em volta me perguntando onde diabos está Mi-Young.

─ Aonde foram? – Neji questionou sentando-se com a esposa.

─ Cho não veio? – questionei me esquivando do assunto.

─ Ela ficaria muito desprotegida. – ele respondeu e desviei meu olhar pra ele. – Não vai beber, Tenten? – ele questionou a esposa.

Minha irmã não parecia muito bem, meio pálida. A bebida quente tinha um cheiro forte, mas nada que fizesse você pálida. Ela levantou e eu fui atrás.

─ Te-chan? – questionei de fora do banheiro. Neji não poderia entrar ou nos ouvir, imagino que seja algo que ele não deva saber pra ela não comentar. – Aconteceu alguma coisa? Você está doente?

─ Eu… ─ ela começou e se olhou no espelho, fez um gargarejo e se virou para mim, com a cor voltando às faces. – Estou grávida. – ela sussurrou. – Não conte à Neji, se ele souber…

─ Você não pode lutar na guerra, certo? Eu entendo. – lhe disse já do lado dela. – Peça alguns chás de sakura, evitam enjoo.

─ Mais alguma dica, doutora Taeyeon? – ela troçou, se olhando no espelho mais uma vez.

─ Que tal um pouco de vergonha na cara? – rimos e saímos do banheiro. Neji nos esperava do lado de fora com uma carranca.

─ Não sabia que estava doente. Já teria ido se soubesse. – ele disse magoado.

─ Não estou, foi só…

─ A bebida! – eu entornei – Nós não somos muito boas com essas bebidas. Sempre nos fazem mal, não é mesmo?

─ Claro! – ela se apressou a confirmar.

─ Mas você nem bebeu…

─ Bebi sim, não viu? – ela o enrolou, ele ficou confuso por um momento enquanto sentávamos na mesa. Ele se levantou e foi se livrar do maldito copo.

Enquanto isso Hanabi vinha em nossa direção, o rosto em chamas.

─ Já soube? Mi-Young e Itachi brigaram de novo! – ela se sentou na cadeira de Neji e se abanou – E para completar papai acha que eu sou uma bailarina, só pode! – ela reclamou e bebeu do copo de Neji, o afastando em seguida – O que diabos ser isso?

Ri da cara dela enquanto minha irmã respondia. Hanabi provavelmente jamais havia bebido algo com álcool.

─ Aí está você! – Masaki disse para a noiva em tom de troça – Engraçado demais fugir e me deixar naquela fria!

─ Eu não fugi, ops… vejo vocês depois! – ela levantou numa velocidade sobre-humana e saiu da vista, instantes depois a mãe e a tia dela estavam aqui.

─ Viram a Hana? – Chyio questionou. Ensaiei um não com a cabeça e ela pareceu me notar – Bem, já que estamos sem Hana, vai ser você mesmo! Venha conosco é claro, se Tenten não se importar!

─ Tudo ok. – ela disse, parecendo enjoada novamente, lhe dei um olhar de caridade enquanto ia com a mãe da Hanna.

Supostamente, era para dançarmos em família. A primeira dança foi com Itachi, que seria da família em breve. Eu não conseguia desviar o olhar do dele e me senti mal por isso.

Mas acima disso, eu não senti meu coração agitar-se no peito, ou as outras coisas. Eu estava esquecendo-o?

A segunda foi com  Masaki, enquanto Hanna voltava para a pista de dança com uma carranca. Logo depois dancei com um amigo de Kiro, alguém de fora, depois foi Kankuro, o irmão do meio do Kage – que estava aqui e era polidamente educado, muito diferente de sua irmã barulhenta – e ele mantinha um sorrisinho bobo que não mentia sobre o aproveitador que ele devia ser.

Finalmente foi minha dança com Kiro. Hanabi e Masaki também estavam na pista. Ele segurou a minha mão e me manteve perto o suficiente, nada demais, nada de menos.

Dessa vez eu consegui manter meus olhos nos seus, eles tinham um tom bonito de verde que combinavam com a pele mais morena. Eu sorri conforme valsávamos.

A música acabou me dando finalmente o ultimato. Depois da dança os noivos se retiram para a casa onde viverão e tem sua noite de núpcias. A concepção fez meu coração bater forte no peito.

Me despedi da minha irmã e da família de Hanabi – sua mãe é tão importante para mim agora, como se fosse a minha própria – e aceitei a mão que meu noivo me oferecia.

─ Finalmente, não é senhorita Mitsashi? Deve estar exausta. – Itachi desdenhou, engoli em seco, mas não me permiti me sentir culpada ou qualquer coisa assim, Kiro era meu futuro e eu seria o dele.

─ Sim eu estou exausta e ansiosa por um belo fuuton onde possa descansar ao lado do meu marido. – ele vincou o nariz bonito, quando fiz a menção do nome, Kiro me olhou com curiosidade.

Itachi parecia irritado, mas saiu do meio para passarmos. Ele podia não se lembrar, mas eu sim, eu me lembro de cada ferroada que ele me deu antes que eu fosse embora.

Foi pensando nisso que eu não hesitei quando toquei a porta externa da casa. Vi Hanabi se aproximar com o marido também, e Oji estava aqui para se despedir.

─ Eu volto pela manhã. – ele começou e segurou as minhas faces entre suas mãos cheias de calos – Agora você é minha filha, e não me importa o que aconteça, você já é da família. Se me chamar se senhor e não de pai vou lhe por sobre meu joelho e lhe dar uma surra entendeu? – ele troçou e deixou um beijo cálido na minha testa. ─ E você, jovem Hyuuga, agora nosso sobrenome e honra estão mesclados com a sua família. Por favor, aceite-nos de braços abertos.

─ Eu estou honrada, senhor Oji. – ela respondeu calmamente.

─ Pai, é pai. – ele recriminou e sorriu. – Meninos, cuidem bem delas. De manhã virei busca-los para que tenham uma boa viagem.

─ Viagem? – questionei Kiro. Ele encolheu os ombros enquanto seu irmão empurrava a porta de correr.

Um frio correu minha espinha, eu sabia que a partir do momento que entrasse no quarto, seria, definitivamente de Kiro. E por algum motivo, eu não queria esperar.

To Be Continued…