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História Vermelho e Violeta - Falar sem ouvir não é um diálogo


Escrita por: LavenderFrost

Notas do Autor


Eu sempre fui horrível com diálogos, em como pessoas "normais" conversam, então me desafiei a criar um capítulo inteiro assim, para ver se conseguia. Ficou menor do que eu esperava, mas gostei.

Aproveitem

Capítulo 9 - Falar sem ouvir não é um diálogo


 - Senta, quer algo para beber? - Era uma casa grande demais para uma pessoa, também estava vazia demais. Eu disse que não queria pensar demais e já estou pensando se isso tem algum significado escondido.

- Alguma coisa com álcool, por favor. - Ele me olha estranhando. - Até parece que nunca viu um ômega beber. - Até minhas risadas saem falsas.

- Nunca achei que você fosse beber.

- Coisas acontecem, pessoas mudam. - Dou de ombros.

- Que coisas?

- Não foi por isso que me chamou para conversar. - Droga, eu já estava acuado e nem a porcaria do álcool aquele imbecil tinha me entregado ainda.

- Mas agora é. - Ele chega perto demais. Eu que estava no sofá praticamente pulo e vou para trás, o usando como escudo. - Ariel, para de fugir!

- Não precisa ficar tão perto assim para conversar! Você está querendo me encurralar, isso sim! - Controla a voz, não o deixe perceber como te afeta.

- Gatinho... - O interrompo.

- Não me chame assim. - Minha voz sai tão fria que me assusta. - Eu tenho um nome.

- Mas... - ela ia tentar argumentar, mas eu não deixaria ele com o controle da situação.

- Olha, eu estou cansado, trabalhei a semana inteira, meu corpo ainda dói um pouco pelo... - Por que estava me explicando? - Enfim, não me enrola. - Ele parece respirar fundo antes de começar.

- Por que está morando aqui? - Essa tudo bem.

- Eu não conseguia mais ficar naquela cidade depois de tudo o que aconteceu.

- Sinto muito por sua avó. Não a conheci, mas se você gostava dela, com certeza era uma boa pessoa. - Ele estava se acalmando aos poucos. Não sei se isso é bom ou ruim.

- Demorei um pouco para aceitar. - Basicamente me encheram de remédios por dias. - Mas agora está tudo bem.

- Certo. Por que nunca me procurou? Eu poderia fazer alguma coisa. - Falar ou não falar? Mentir ou omitir? Não era a pergunta que realmente estava em minha cabeça. Eu o machucaria ou não?

- Você não pode resolver tudo, Lucas. - Suspiro cansado. - Além disso, eu não tinha motivos para te procurar. Seu pai tinha me expulsado e me obrigado a nunca mais te ver.

- Ele não podia fazer isso, você é meu e ele... - Lá vai ele de novo.

- Se o dinheiro era dele, ele podia fazer o que quiser com ele.

- Mas o dinheiro era meu! - Ele tinha dezesseis anos, não era possível ter tanto dinheiro sobrando assim com dezesseis! - Meu avô não gostava do meu pai, então deixou tudo para mim e Daniel. - Herança, claro. Minha cabeça já queria começar a doer e eu nem tinha bebido ainda. Escondo parte do rosto com uma das mãos.

- Eu ainda estou esperando a bebida. - Ele se levanta correndo e eu deito minha cabeça no estofado do sofá. Já começava a me arrepender de ter vindo. Sinto seu cheiro se aproximando e abro os olhos, nem percebendo que os tinha fechado. - Obrigado. - Era uma taça de vinho, seguida da garrafa na mesa e uma taça para si. Rio um pouco. - Vinho? Você?

- Presente de aniversário do cunhado. - Ele parece rir também. - Estou ficando velho.

- Eu também. Quando vi aqueles dois, gigantes como estão e lembrando que conseguia segurar no meu colo. Foi estranho. - Ele não me encarava, mas não tirava o olho de mim, procurando alguma brecha ou coisa assim.

- E para mim, ver meu irmão marcado por aquele...

- Sem ciúmes, Lucas... - Droga, não era para ter deixado no automático. Encho novamente minha taça, me dando tempo de voltar ao controle.

- Onde se viram? Dani não tinha me falado sobre ter te encontrado. - Onde, não quando. Inteligente, mas óbvio demais.

- Fui eu que pedi. - Evito a primeira, mas ele não parece se importar.

- Por que?

- Para evitar o que está acontecendo agora. - E não deu certo. Mas eu mato aqueles dois quando chegar em casa.

- Evitar? Acha que fez algo errado para ter que fugir assim?

- Digamos que eu sei que não fiz a melhor coisa, mas fiz a melhor que conseguia no momento. - Era verdade.

- Você desapareceu, fez sua amiga mentir para mim por quase três anos e diz que fez o melhor? Ou você acha que eu sou burro demais, ou você ficou burro. - Não te acho burro. Imbecil, babaca sim, mas burro não.

- Sinta-se à vontade para falar outra solução. Está um pouco tarde para isso, mas nem por isso é menos válido. - Sarcasmo é uma ótima forma de defesa, te deixa mais calmo ao ver o “adversário” mais nervoso.

- Não vai admitir o erro?

- Querido – A voz volta a se fria. - Eu sei que eu errei, até porque não conseguia pensar direito. Mas entre tomar um tiro na cabeça ou no pé, preferi o último. - Ele parecia se controlar para não partir para cima de mim.

- Eu tomaria esse tiro por você. - Ele estava magoado, muito magoado. Era de se esperar, mas ainda assim fui pego de surpresa pela... intensidade.

- Nã-não fale besteiras, Lucas. Estamos conversando sério aqui. - Droga cabeça, funciona direito, prometo não beber depois dessa conversa!

- Mas eu estou falando sério! Gatinho, eu te... - Ele chega perto demais, não poderia deixá-lo falar!

- Não! Não termine. - Uso minhas duas mãos para cobrir sua boca, senão tenho certeza que minha voz se perderia. Ele solta facilmente minhas mãos, as deixando entre as suas.

- Por que? - Eu sabia a que ele se referia.

- Porque se você falar, vai ficar real. E eu não conseguiria me afastar de você assim.

- Então fica comigo!

- Não posso... - Ele não entende nada, esse alfa imbecil. Ele limpa as lágrimas de meu rosto, mas isso só faz piorar.

- Se você não falar, eu não vou entender. - Como ele conseguia ficar calmo? Era eu quem devia estar calmo. - Por favor, gatinho.

- Por que você quer saber? Depois de tanto tempo não faz diferença!

- Eu não sei, mas eu preciso. - Sinto o tremer em meu corpo, tendo que respirar fundo para conseguir controlar a voz.

- Depois que seu pai me expulsou, tive meu primeiro cio e mal ele tinha terminado, teve... a operação da vovó. Quando ela morreu, eu meio que surtei. Fiquei uns dias internado, tomando tanto remédio que eu mal conseguia ficar acordado. Quando voltei a realidade, eu não tinha mais onde ficar. Tanto em casa quanto com Bia eram muitas memórias, eu tinha que sair. - Eu só olhava para baixo, isso ajudava no controle um pouco.

- Por que não falou comigo? Eu daria um jeito.

- Por isso mesmo não falei. - Seu olhar certamente era confuso agora. - Não tinha muito o que fazer. Se você falasse comigo, seu pai brigaria com você. Eu sabia que você queria que ele se orgulhasse de você. - Eu não conseguia falar dele sem olhar seus olhos, confusos. - Ele nunca mais falaria com você ou te expulsaria, descontaria toda a frustração no Dani. Eu destruiria toda sua família, eu não aguentaria isso. Eu já tinha destruído a minha, não queria que algo assim acontecesse de novo.

- Você nunca fez nada de ruim. - Minha risada quase consegue afastar o alfa sozinha.

- Meu pai tentou me matar porque minha mãe morreu no parto. - Agora eu não conseguiria parar. - Vovó adorava ele, pelas histórias que me contava. Ela praticamente fugiu uma noite comigo. Largou tudo o que tinha, por mim. Ela fez tudo isso por mim, mesmo eu tendo culpa de ter matado a filha dela.

- Você não tem culpa disso!

- EU SEI, TÁ BOM? Eu sei. Mas sempre tem aquela vozinha chata, sabe, aquela me perguntando se eu não tivesse nascido ou se tivesse sido eu e não minha mãe que tivesse morrido. A vida de todo mundo seria melhor. Vovó teria seus amigos e sua filha, Bia não teria brigado com meia escola por minha culpa, seu pai não teria brigado com você por ter me comprado. Tudo estaria melhor.

- Eu não estaria.

- Você não sabe.

- Nem você.

- Lucas...

- Não, Ariel, me escuta. Se não fosse você, eu ainda seria um babaca que se acha melhor que os outros, que não se apegava a nada nem ninguém a não ser o Dani. Quando você sumiu aquele dia, depois do que fiz contra você, doeu tanto. Eu... não sabia que eu podia gostar de alguém tanto assim, alguém que não fosse da minha família. A única vez que senti vontade de bater no Dani foi quando ele disse que tinha um amigo meu, ômega, no meu quarto. Gatinho, por favor, deixa eu dizer.

- Eu não quero te machucar mais.

- Então fica comigo, porque eu não vou conseguir ficar longe, agora que te reencontrei.

- Eu não posso.

- Por que não? Me fala, eu faço qualquer coisa!

- Porque eu te amo...

- Isso... - Ele parecia em choque. - Isso não é um problema.

- Não foi você quem disse que eu fugi sem motivos?

- Sim, mas...

- Eu podia ter ficado.

- Mas sua avó...

- Eu podia ter te passado meu número.

- Sim, mas...

- Eu podia ter voltado e te procurado quando já me sentisse melhor.

- Gatinho, deixa eu...

- Infernos, eu até pedi para o seu irmão, que te ama, esconder que tinha me visto! Que tipo de pessoa que ama faz isso? Será que você não entende que eu não presto? Você merece alguém melhor, Lucas, alguém bem melhor que eu. Tudo o que eu te traria seria desgosto ou sofrimento. Prefiro levar isso comigo que compartilhar com você. - Ele me olha atônito. Finalmente deve ter visto a verdade. Levando e vou em direção a porta. - É hora de...

- Eu te amo, porra, porque é tão difícil de entender isso!? - Eu tinha que fazer algo, pensar em algo, falar algo. Vamos, cérebro infeliz, trabalha! - Como você consegue ser tão burro as vezes!? Eu quero você, só isso!

- Mas Lucas...

- Mas Lucas porra nenhuma. Você ficou aí, com toda sua lenga-lenga de que eu mereço alguém melhor. Será que não pensou que você é o melhor para mim? Será que nunca pensou que eu também tenho medo de não ser bom o suficiente para você, de não te merecer? Caralho gatinho, eu já te bati! Como você acha que eu mereço alguém melhor que você se eu tenho certeza que não te mereço?

- Lucas... Não chora.

- É fácil falar, não é você que... se você estiver chorando para me imitar, eu vou ficar bravo. - O riso corta nosso choro.

- Bobo. - Vou até ficar a sua frente. Limpo as lágrimas com cuidado, finalmente prestando atenção. O rosto agora tinha algo que ele devia pensar ser barba, bem curta e não cobria nada do rosto, só o deixava pinicando. Ele ainda era gordinho, cresceu em todas as direções. Não era mais o garoto que eu conheci, já era um homem.

- Quero te abraçar. - Eu abro os braços, mas sou puxado e acabo com cada perna ao lado de seu corpo. Ia reclamar, mas ele realmente me abraça, encostado em meu peito. Envolvo sua cabeça em um abraço frouxo, o sentindo se aconchegar mais contra mim. Ele era um alfa imbecil, tarado e babaca, mas era meu alfa.

- Me beija. - Sussurro em seu ouvido, logo tendo meu desejo atendido. Seus olhos encaravam os meus, brilhando. Acho que eu não odeio mais tanto assim o vermelho.

- Dorme comigo hoje? - Por um segundo eu achei que ele queria outra coisa que não apenas dormir, mas a forma desesperada que seus braços me apertavam não me deixavam dúvidas.

- Medo de dormir sozinho? - Eu não devia ficar provocando, ainda mais depois de tanto tempo longe dele.

- Quero acordar sentindo seu cheiro, vendo seu rosto. - Tá, eu nunca irei ganhar dele nisso. Eu sentia a vergonha tomar conta de mim, mas não continuaria o jogo por receio de ficar menos casto.

- Senti falta dos seus abraços... - Era verdade, eles me faziam bem.

- Só deles? - Carentinho.

- Do dono deles também, muito. - O beijo é profundo, eu sentia suas mãos querendo algo mais intenso, mas eu não achava certo. - Lucas, não...

- Só estou matando a saudade, não farei nada. - Não era o que parecia. Trocamos mais um beijo antes dele continuar. - Vamos pro quarto?

- Vamos. - Eu senti um frio na espinha quando ele disse isso, mas se ele disse que não faria nada, eu acredito. O quarto era bem menor e bem mais organizado que seu antigo. Sou surpreendido pelo alfa me abraçando por trás, fazendo-me lembrar. - Você fez a mesma coisa quando entrei pela primeira vez no seu antigo quarto.

- Não fiz não. Eu estava pelado e tirei sua roupa. Hoje eu pelo menos estou de cueca. - Filho da...

- Ah, mas não vai mesmo!

- E você vai dormir de jeans?

- Vou. - Minha voz me trai um pouco, mas termina firma.

- Eu só quero sentir sua pele contra minha, eu prometo. - Viro um pouco minha cabeça, vendo um sorriso calmo em seu rosto. Suspiro derrotado.

- Tudo bem, mas eu consigo fazer isso sozinho. - Eu ri pelo bico formado por seus lábios. Beijo desajeitadamente, mas suficiente para lhe trazer um sorriso.

- Chato.

- Bobo. - Ele ainda me abraçava, o que não me permitia nada. - Não consigo fazer nada com você aí atrás...

- Eu te ajudo então. - Eu ia negar, mas o beijo em meu ombro foi mais rápido e me fez suspirar. Ele puxa minha camiseta. - Levanta os braços. - Sussurra em meu ouvido, arrepiando os poucos pelos de meu corpo. A peça é atirada em qualquer lugar, mas eu não me importaria com isso agora. Ele desabotoa meu jeans e desce o zíper. - Esse aqui é com você. - Seu riso baixo me faz rir também.

- Pensei que fosse me ajudar. - Tiro os tênis com os pés, mantendo suas mãos presas entre as minhas e minha cueca. Elas continuam ali mesmo depois de livres. Seguro o jeans com as mãos, me inclinando para frente, mas sem dobrar os joelhos. Eu o sentia endurecer. Um pouco feliz por saber que ainda tinha esse “poder” sobre ele, um pouco receoso que ele pense mal de mim. A peça sai. - Vamos deitar?

- Va-vamos. - Ele parecia entretido demais com outras coisas e demora a entender o que acontecia. Estava um pouco frio, mas o quarto, por algum motivo, estava quente. Nos escondemos entre as cobertas e aproveito e jogo as meias próximas ao tênis. Ele novamente se encaixa atrás de mim. - Bem melhor agora. - Ele respira fundo em meu pescoço, fazendo respirar com alguma dificuldade para me acalmar.

- Sem gracinhas, viu?

- Fala o ômega que estava se esfregando em mim agora pouco.

- Fala o alfa que estava tirando minhas roupas.

- Eu só queria ajudar.

- Sei, sei. - Droga, como eu senti falta da risada dele.

- Nem uma brincadeirinha? - Sua mão entra na lateral da minha cueca, mas não se move após isso. - Bem levezinha? - A mão ameaça descer para minha virilha. Eu estava ficando excitado com isso e, pelo que sentia atrás de mim, ele também.

- E o que seria essa brincadeirinha? - Inferno, eu não devia ceder assim tão fácil! Mas estava tão bom...

- Primeiro eu rasgaria sua roupa, depois eu iria beijar, lamber, morder e chupar todo seu corpo, principalmente aqui - Ele envolve meu pênis e aperta, quase tirando um gemido meu. - e aqui, - A mão me solta, descendo para entre as pernas, apenas tocando onde queria me invadir. Dessa vez o gemido sai. - até você gozar.

- Parece uma ótima brincadeirinha. O que mais? - Ele morde meu pescoço.

- Quer mais, é? Gatinho gostoso. Eu te prepararia com carinho, fazendo você gemer alto para que todo mundo saiba que você é meu. - Acaricio seu rosto com uma das mãos. - Depois eu entraria aqui – Ele empurra seu quadril contra o meu. - bem fundo, te enchendo com meu amor. - Eu quase gemo de antecipação com o duplo sentido.- Faria você gozar nem precisar se tocar. Gostou? Vai querer brincar comigo? - Gemer rouco em meu ouvido é maldade, droga.

- Eu quero, mas quero participar também.

- Não, meu amor, da próxima vez eu deixo. - Sinto meu rosto envergonhar. Ele me chamou de “amor”. Não resisto e de alguma forma tomo seus lábios. - Hoje é só para você.

- Assim eu vou ficar mal acostumado, amor. - Eu fiz de propósito, mas pareceu natural. Gemi a última palavra e senti o alfa se animar mais atrás de mim. - Mas se quiser começar... Nada contra.

- Meu gatinho lindo. - Ele morde meu ombro – Não vou deixar você dormir hoje. - Mordo meu lábio inferior em antecipação.

- Me faça não pensar em nada além de você.

- Amor, eu vou te foder tão forte que você não vai conseguir pensar. - Ele se esfrega contra mim, fazendo-me sentir sua ereção quase rasgando os tecidos.

- Vai é? Muita força? - Eu falava gemendo, só para deixar o alfa mais desejoso.

- Você não vai andar amanhã. - Ele morde meu pescoço com força, tirando-me o ar.

- Hmmm, gostei disso. - Viro-me em seu abraço, segurando seu rosto com minhas mãos. Beijo-o, mordendo leve e puxando seu lábio inferior. - Vem amor, eu quero você. - Duas coisas eram verdadeiras: a falta que senti de ficar entre seus braços e o fato de eu realmente não conseguir andar direito no domingo.


Notas Finais


Eu sei, eu sei, tudo se resolveu fácil demais, mas, na minha cabeça, era assim que eles reagiriam em um reencontro. Sei também que eu ter criado todo um início/contexto para uma segunda parte da história deu uma impressão que essa reconciliação seria difícil, e eu também queria que fosse, mas eu não queria forçar algo que não fosse real para eles em minha cabeça.


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