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História Vermelho Fluorescente - Capítulo 3 - Aniversário


Escrita por: mochileirao

Notas do Autor


Desculpa a demora,kerides <3

Capítulo 3 - Capítulo 3 - Aniversário


Catherine vê de longe que a confusão acabou e corre de volta ao local da porrada.
—Chegou a outra burra.—diz Vitor desencravando sua calcinha de pantera.
—Quem são vocês? São amigos da Dandara?—pergunta Catherine.
—Eu sou...eu acho.—responde Júlia.
Vitor revira os olhos e ascende um cigarro.
—Eu tenho uma amiga que pode nos ajudar. Alguém aí tem telefone?—diz Júlia.


Enquanto isso,na residência de Crivella e sua família,ocorria um almoço extremamente chato. Júlia digitava coisas em seu Iphone de última geração. Ao seu lado direito,estava sentado Luizinho,que estava brincando com a comida. Ao lado esquerdo de Júlia estava Isack,seu primo,que puxa do bolso um pote cheio de farofa e joga em cima de seu prato e come. 

—Ei,Jú?—chama Isack.
—Que foi?—responde Júlia sem desviar o olhar do celular.
—Cê quer uma farofinha?—pergunta Isack cuspindo farofa no celular de sua prima.
—Porra,não fala de boca cheia. Sujou tudo aqui. E não,obrigada.
—Ei,relaxa aí,monamour. Cê lançou matéria no jornal hoje cedo,né? Tem um exemplar aí pra nós ler não?—pergunta Isack entalado com a comida.
—Cara,acho que tenho um aqui na bolsa. A matéria foi sobre uma menina que desmaiou ontem na praça por pensar diferente de um moleque. Ele empurrou a mina e ela se machucou,cara! Muito sem noção...eu troxe ela aqui pra casa inclusive,quase me deixou viúva e quase matou o empregado...digo,mordomo.—explica Júlia enfiando o braço todo dentro da bolsa.
Finalmente achou o jornal e deu nas mãos de seu primo,que acabou de dar a última garfada na comida.
—Viúva? Então você e o Luizinho estão...
—Estamos almoçando. Agora cala a boca e lê esse negócio.
Isack enche a boca de guaracamp aguado e abre o jornal. Quando se depara com a imagem de capa cospe tudo em seu tio Crivella.
—Seu maldito! Olha o que você fez!—exclama Crivella.
Isack não dá a mínima para nada neste instante. Reconheceu o rosto da garota desacordada na imagem. Era a linda e encantadora leitora do dia anterior. O que será que aconteceu com ela? Quem havia feito isso com ela? Isack sentiu uma espécie de desespero por ver ela daquele jeito,sentiu ódio de quem tinha feito isto com ela e sentiu tristeza por não poder fazer nada. Leu a matéria inteira de sua prima,mas não conseguiu achar o nome da garota ou do responsável pelo empurrão. 
Furioso e confuso,Isack levanta e puxa pelo braço sua prima,com força, até uma das árvores do jardim.
—Porra! Mas cê tá braba é? Me machucou!—exclama Júlia examinando o próprio braço.
—Quando foi isso aqui?—pergunta Isack apontando para o jornal.
—Foi ontem,já te disse! Eu,hein. Primeiro cuspiu no meu pai,agora me machucou. Baixou o espírito do close errado em você hoje,fofo?
—Qual é o nome dessa menina?
De repente o telefone de Júlia toca e ela atende.
—Alô?
—Oi! Lembra de mim? É a Júlia,a órfã do Pistão...—diz Júlia do outro lado da linha.
—Oi,Jú! Como vai?
—Não muito bem. Estou com uma amiga doente aqui e não sei o que fazer,seu mordomo também é médico,né?
—Sim,o Sr. B. tem curso de primeiros socorros. Eu vou aí agora buscar vocês.
—Obrigada!—agradece Júlia Batista.
Júlia olha para Isack e diz:
—Era ela aqui na linha. Vamos,no caminho eu te explico. Vá chamar o meu...Luizinho para a gente ir.

Júlia Moreira usou uma aplicação em seu telefone que permite localizar quem te ligou. O aplicativo foi desenvolvido por ela mesma,mas ninguém sabe a razão dela ter feito esse aplicativo. 
Não demorou muito para chegarem ao local. O mordomo de Júlia sai do carro já examinando a garota caída.
—Muito obrigada por ter vindo!—exclama Júlia Batista.
—Obrigada você por ter ligado. Já consegui a vaga para você lá na editora,você começa semana que vem. Não vai me apresentar seus amigos?
—Esta aqui é Catherine,ela é...amiga da Danda,que é a nocauteada bem ali.—aponta Júlia.
—Eu sou Vitu,muito prazer. Quer dizer,só "muito",por que o "prazer" é só mais tarde,né non?—responde o menino com roupa extravagante,que em seguida solta uma alta gargalhada.
Júlia Moreira demora para entender a piada e faz uma cara de estranhamento para o jovem carismático. 
—Então,o que houve com esta menina?—pergunta Júlia Moreira com seu bloquinho e caneta em mãos—Pode dar uma ótima matéria.
—Então,pelo que Catherine nos disse...
Júlia Batista então encara o loiro que sai de dentro do carro e se perde em suas palavras. Todos ao redor começam a encarar os dois,que se aproximaram com olhares emocionados.
—Que coincidência,cê num acha?—pergunta Isack.
—Achei que não o veria de novo...—responde Júlia com um enorme sorriso.
—Eca!—dizem Vitor e Catherine ao mesmo tempo.
—Então,Catherine,né? Enquanto os dois ali se lambem,poderia me contar o que aconteceu? Eu sou jornalista e adoraria colocar isso como manchete...
—Ela está bem! Só precisa de uns curativos e um tempinho pra acordar. E precisa também de roupas novas,está toda suja de sangue. Luizinho,pegue com suas mãos enormes o corpo desta garota!—ordena Sr. B, o mordomo. 
—Olha,subam todos vocês no carro. Eu vou levar essa...Dandara lá pra casa e farei os curativos e tudo mais. Vocês me acompanham para dar depoimentos para minha matéria. Sr. B,leve-nos para meu apartamento da VK,pois lá em casa está cheio de gente.
E todos obedeceram. Subiram na limousine de Júlia e foram conversando até o local. Sr. B e Luizinho colocaram a menina na cama e Sr. B fez todos os curativos necessários com todo o cuidado. Todos se sentaram no quarto e esperaram a menina despertar.
—Caralho,essa desgraçada não acorda!—exclama Vitor.
—Não fala assim dela,vai.—diz Catherine deitando-se ao lado da menina desacordada e envolvendo seu braço no pescoço da mesma.
—Na real,eu nem conhecia ela direito,mas ela é uma boa pessoa,sabe. Ela me deu um saco de rosquinhas hoje de manhã só por ter tropeçado em mim.—responde Júlia.
—Que loucura,cara! Isso é mó louco,cês não acham?—pergunta Luizinho.
—O que é louco,gato?—pergunta Vitu.
—A gente aqui reunido esperando uma desconhecida acordar. A gente devia dar uma festa!
—Olha,você é lindo,mas tá viajando demais na maconha. Esperar uma vítima de homofobia acordar não é motivo pra comemorar. Se vamos comemorar alguma coisa,que seja o aniversário da olhuda ali.—diz Vitu apontando para Júlia Batista.
—Mas nem foi homofobia,maluco. Isso nem existe,é papo de esquerdista,doidão.—diz Luizinho.
—Gente! Dandara está acordando!!—exclama Catherine.
Dandara meio grogue abre os olhos lentamente,olha para o lado e leva um susto com o que ve.
—O meu braço!!! Tá branco!—grita a menina espantada.
—É meu braço,Dandara!—diz Catherine retirando seu braço.
Todos os presentes no quarto começam a rir da demência de Dandara.
—Catherine...eu morri...?—pergunta Dandara ainda tonta.
—Não,você sobreviveu graças à Júlia e ao Vitor. E você também aguentou muita porrada também,vamos combinar.—diz Catherine dando um beijo na testa de Dandara—Você foi muito corajosa. 
—Júlia? O meu pai??—pergunta Dandara muito confusa.
—Gente,ela levou muitos socos no rosto e na cabeça,dá um desconto pra coitada.—diz Catherine querendo rir.
—Enfim,Júlia,é seu aniversário mesmo?—pergunta Isack.
—Sim,estou fazendo dezoito anos hoje. E foi um dia e tanto,obrigada, gente!—responde Júlia em tom tímido.
—Mas isso merece uma festa!—diz Luizinho empolgado—Uma rave ou algo assim!
—Mas está ficando tarde...—lembra Catherine.
—Tarde? Meu deus,são que horas?—pergunta Dandara recuperando a consciência.
—São... Sete e quarenta e dois da noite.—responde Catherine.
—Minha mãe vai me matar!—exclama Dandara se levantando rápido da cama.
Dandara fica tonta ao se levantar rápido e acaba caindo em cima do guara-roupa. Catherine vai correndo ver se está tudo bem com sua amiga.
—Jesus, Maria José! Porra,Danda!
—Hm,eu tenho que ir pra cãaasann...—diz Dandara antes de apagar novamente.
Júlia Moreira então pega seu telefone e solicita uma pizza e em seguida coloca uma música pra animar,mas ninguém se movimenta.
—Gente,vamos! Todo mundo já se conhece,vamos dar uma festinha de aniversário legal para a heroína aniversariante do dia!—diz Júlia Moreira animada.
Júlia Moreira então puxa Júlia Batista e as duas começam a dançar. Luizinho,o mais empolgado começa a fazer uma dança muito estranha ao lado das meninas,que começam a rir. Vitu levanta e estica a mão para Sr. B,o mordomo,que não recusa uma boa dança. Catherine ficou ao lado de sua amada aguardando a mesma acordar. Isack olhou para Vitor e o mordomo dançando juntos com nojo. Aquilo ia contra tudo o que Isack aprendeu durante sua vida toda.
—É sério isso aqui?—pergunta Isack apontando para os dois.
—Primo,qual o problema?—pergunta Júlia Moreira sem entender.
—O problema? Olha essas duas bichinhas aí,ó! Pelo amor de Deus! Falta de respeito...
Vitu e Sr. B pararam de dançar e Vitu desligou o som por um minuto. 
—Então,galera,como era de se esperar,tem um babaca entre nós. Héteros,uma raça que devia ser estudada. Eu já vou indo,por que os pontos dessa cidade não se fazem sozinhos e eu preciso ganhar o pau,digo, o pão de cada dia. Esse sujeito aí—diz Vitu apontando para Isack—nem devia ter se dado ao trabalho de vir aqui,esperar que a vítima de homofobia levantasse depois de uma puta de uma surra por ser quem ela é. Esse mundo está uma merda e gente assim só piora tudo,ainda mais agora com esse maluco do caralho no poder. Obrigada por me darem uma tarde divertida,meninas. E Sr. B,me procure se precisar. E ainda vem dizer que homofobia não existe! Sai da sua bolha,aí a gente conversa. Manda um salve pra bela adormecida quando ela acordar. Adeus.
Vitor volta a colocar o som e sai pela porta. Todo mundo agora encara Isack,que fervia de ódio após este esporro. Como um bom taurino cheio de Áries no mapa,o loiro não perde a oportunidade de uma boa briga. Vê que Vitu está descendo pelo elevador,então desce as escadas. Todos que tentaram impedir Isack foram arremessados para longe pelo mesmo. Chegando no primeiro andar,Isack espera Vitu sair e virar a esquina. Vitu não é nem um pouco inocente,então fica alerta aos passos que ouve.
—Seu viadinho de merda,vem aqui agora!—exclama Isack.
Vitor ignora e continua andando.
—Que é,hein? Ficou surdo?—pergunta Isack indo atrás de Vitu.
Isack empurra Vitu,que cai no chão. Vitu levanta e continua andando.
—Pelo amor de Deus! Para de ser uma bicha covarde e vem aqui!—Isack vai atrás de Vitu e puxa seus cabelos.
Isack dá socos no estômago de Vitu,que cai no chão. Isack parte pra cima de Vitu,que dá socos na costela de Isack. Isack pega Vitu e o arremessa contra o muro de uma casa e dá diversos socos no rosto de Vitu. Vitu,exausto,pega do bolso de seu short seu canivete,segura o pescoço de Isack e aponta o objeto para o loiro,que definitivamente não esperava por essa.
—Vitor! Não faz isso!—grita Júlia de longe,que assistia a tudo ao lado dos outros. 
Vitu respira fundo e encara Isack,ainda com o canivete em mãos.


Notas Finais


OQ SERÁ Q ACONTECEU? SEXTA,NO GLOBO REPORTER


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