História Versos de um crime - Capítulo 10

No dia seguinte, eu acordei um pouco nervoso, hoje iríamos interrogar o prefeito, e não é todo dia que isso acontece, então tomei um banho rápido enquanto Derek dormia elegantemente em minha cama, vesti um blaser preto,uma calça social da mesma cor e um sapato social, arrumei meus cabelos e saí do quarto, Lyds estava preparando um café.

-Bom dia, lindo. A noite foi boa?

-Não quero falar sobre isso, e a sua noite?

-Ótima, mas o que houve? 

-É complicado, mas deixa pra lá.

-Depois falamos disso, ansioso com o prefeito?

-Muito.

Olhamos para a porta e tivemos a visão mais linda do mundo, Derek estava todo arrumado, usava até uma gravata lilás, deus olhos estavam mais verdes do que nunca e assim que nos viu, caminhou em nossa direção com um sorriso torto no rosto e deu um abraço apertado em Lyds antes de se virar para mim e sorrir com vontade.

-Bom dia, gostosão.-falou Lydia.

-Bom dia, linda. Vamos, Stiles? 

-Claro.

Entramos no carro dele e fomos em silêncio até o gabinete do prefeito que ficava em Connecticut, era uma casa bem menor do que a casa branca mas no mesmo estilo, descemos do carro e fomos até a recepção toda revestida em mármore, poucos minutos depois uma moça ruiva de cabelo Chanel aparece e nos acompanha até a sala do prefeito, onde somos recebidos com muito entusiasmo, apesar de tudo.

A sala era toda e madeira com uma estante de cerca de dois metros de altura cheia de livros, uma mesa de madeira no centro onde ele estava sentado e então ele se levanta e nos cumprimenta com um aperto de mãos exageradamente firme.

-Bom dia Sr. Jenkins, como vai?

-Olá, Stiles, nem acredito que se tornou esse rapaz bonito.

-Pois é, esse é meu colega, Derek.

Os dois trocaram um aceno e nos sentamos, Leonard era um senhor de 60 anos e calvo, sua pele branca ficava vermelha nessa época do ano, por causa do calor, deus pequenos olhos castanhos expressavam cansaço extremo, muitas rugas e linhas de expressão embaixo dos olhos, era barrigudo e de estatura mediana.

-A que devo essa visita?-perguntou.

-Bem, o senhor já deve estar sabendo do assassinato de sua funcionária.-falei.

-Ah sim, Leslie era uma ótima pessoa, é uma pena.

-O curioso é que ela recebeu um presente muito estranho antes de morrer.-falou Derek.

-É mesmo?

-Sim. Um Walkie Talkie, com um bilhete bem específico.-completei.

-Ah claro, mas só quem pode te responder isso é o seu chefe, Peter.

-O que, como assim?

-Existe tanta coisa que você não sabe, meu querido. -falou olhando diretamente para Derek.

-Tá, obrigado pela ajuda, Sr.

Eu precisava sair logo dali, aquilo estava me irritando, Derek e Leonard se encaravam com tanta frieza que eu não sabia de onde vinha mas fui obrigado a puxa-lo pela camisa e nos arrastar para fora dali.

Já na rua e respirando as fresco, Derek estava calado e ele tremia um pouco, estressado, me virei para ele e o encarei com seriedade.

-Que merda foi aquela?

-Não sei.

-Ah claro.

Entrei no carro, muito puto e fomos em direção a delegacia, Derek desligou o carro e respirou fundo antes de falar.

-Posso te pedir uma coisa?

-O que?

-Fique no carro, se me obedecer, eu te ajudo com o caso do Anthony.

-Só tem um problema.

-Qual?

-Eu não obedeço nem o meu pai.-falei já saindo do carro.