História Versos de um crime - Capítulo 2

Na madrugada seguinte, sou acordado pelo som irritante do meu telefone, acendo o abajur e pego meu celular, é Peter e para ele ligar a essa hora, só pode ter ocorrido um assassinato.

-Alô. -falo rouco.

-Preciso de vocês aqui no centro.

-Já estamos indo.

Desligo o telefone e me levanto em um pulo da cama, visto uma calça jeans, uma blusa de lã preta e um sobretudo da mesma cor, essa época do ano eram bem frias, deve estar fazendo uns 10 graus lá fora, vou até o banheiro, escovo meus dentes e arrumo meu cabelo.

Lydia está na sala com um sobretudo preto, uma calça jeans colada e notas pretas de salto alto, seus cabelos estão livres e caem até o final de suas costas, está usando maquiagem para esconder o cansaço. 

Entramos no meu carro e eu dirigi até o local indicado, nunca conversávamos quando o chefe ligava, era sempre tenso demais, afinal alguém havia morrido. 

Descemos do carro e fomos andando até a cena do crime, a tão famosa fita amarela que vemos mos filmes estava interditando parte da rua, alguns detetives, curiosos e legistas estavam presentes.

Uma mulher estava cai da no chão e seu pescoço, braços e pernas estavam quebrados já que cada um estava para um lado, ela era morena, olhos azuis e magra, deus olhos estavam arregalados como se estivesse apavorada, seu corpo estava coberto de sangue e seu fêmur esquerdo estava exposto, haviam marcas estranhas em seus pulsos.

-Olá Stiles, eu queria te apresentar uma pessoa.- falou Peter.

Então um homem alto de mais ou menos 1,78 surgiu do além e parou ao lado dele, usava um sobretudo preto e notas da mesma cor, seu rosto estava impassível, possuía uma barba grossa mas bem alinhada, nariz simétrico e pontudo, olhos verdes como aqueles oceanos em lugares paradisíacos e cílios longos, seus cabelos lisos formavam um pequeno topete, estava com as duas mãos nos bolsos e me olhava com um ar de superioridade, já não gostei desse cara.

-Então, quem é esse?- perguntei.

-Ele é o novo parceiro de vocês. 

-O que?- perguntei incrédulo. 

-É melhor assim, não fica tão sobrecarregado. 

-Desculpe, Sr. Mas eu já tenho a Lydia e nos viramos bem.

Lydia assim que chegamos no local, foi conversar com Malia que cuidava da perícia, agora era tudo mais complicado para elas já que elas andaram brigando, eu estava ali de cara feia diante daquele homem estranho que em nenhum momento se pronunciou quando ela apareceu ao meu lado e disse:

-Qual é Sti, vai ser mais fácil para nós de qualquer maneira.

-Não preciso de uma sombra.-rebati.

-Stiles, não é porque eu conheço seu pai a anos que pode me desobedecer, isso é uma ordem.

-Sim senhor.

-Só mais uma coisa, será que ele poderia ficar com vocês por um tempo, até que ele arrume um lugar?

Antes que eu pudesse protestar e desejar que alguém desde um tiro no meu chefe, a ruiva tocou meu braço e falou:

-Claro, será um prazer.

Já que as investigações só começariam pela manhã e agora Malia a levaria para o IML, fui batendo os pés até meu jipe e pude perceber que Lyds e minha nova sombra estavam me seguindo, revirei os olhos e entrei no carro, o homem se sentou no banco do carona é seguimos para casa.

Ainda não estava acreditando que estava levando um estranho para morar conosco, entramos dentro de casa e eu fui obrigado à ser cordial. 

-Bem, fique a vontade,  o lugar é pequeno mas é limpo. E por enquanto você vai ter que dormir no sofá, qualquer coisa é só chamar.

Esperei algum tipo de resposta mas não aconteceu, me amaldiçoei e fui até meu quarto pegar algumas roupas de cama e cobertores, a final estava bem frio.

Deixei as coisas no sofá de couro preto e ele ainda continuava na mesma posição, assim como Lydia que nos observava atentamente, virei as costas e comecei a caminhar em direção ao quarto quando uma voz máscula e viril ecoa por meus ouvidos fazendo com que eu estremeça dos pés a cabeça. 

-Derek.-fala.

-O-O que?- pergunto me virando para ele.

-Meu nome é Derek, e obrigado por me deixarem ficar.

-Sem problemas. -falei antes de ir para o quarto.