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História Versos de um crime - Capítulo 22


Escrita por: Stydia2608

Capítulo 22 - Capítulo 22


Semanas se passaram e ninguém mais falou em Derek ou Anthony Hale, Lydia era a que mais insistia para que eu falasse, mas eu me fingia de surdo, fiquei só com os casos da delegacia, por conta do meu envolvimento com o acusado, Peter estava preso, aparentemente o réu estava sendo delator e entregando todo mundo, Boyd estava em seu lugar, e pelo que eu pude perceber, era o melhor amigo de Derek, pois não saía da minha cola ou deixava de perguntar se eu estava bem.

Cansado de tudo isso, resolvo ir para a casa mais cedo, tomo um banho rápido e coloco uma roupa qualquer, vou até meu guarda-roupa e pego o arquivo que eu sempre guardei com tanto carinho, estava decidido a esquecer qualquer rastro dele.

Quando estava perto de tacar no lixo e colocar fogo, um papel aleatório cai e eu me abaixo para pegar e vejo uma frase que me faz revirar os olhos.

"Sweet dreams are made of this

(Doces sonhos são feitos disso)

Who am I to disagree?

(Quem sou eu para discordar?)

Hold your head up

(Mantenha sua cabeça erguida)

Keep your head up (movin' on)

(Mantenha sua cabeça erguida, seguindo em frente)

Se está lendo está carta, é porque eu estou preso, fique com raiva de mim, faça o que for, mas não venha atrás de mim, se isso acontecer pode ser muito perigoso para ambos, as vezes temos que fazer sacrifícios por quem a gente ama. Se cuida.

You've got a hold of me

(Você me tem nas mãos)

Don't even know your power

(Nem sabe o tamanho do seu poder)

I stand a hundred feet

(Eu estou a cem pés)

But I fall when I'm around you

(Mas eu caio quando estou perto de você)"

Ler tudo aquilo, só me deu mais raiva, mas se ele faz tudo o que faz por alguém que ama, é porque suas irmãs devem estar em perigo, e como policial, eu não podia deixar isso acontecer, então esperei Lyds chegar em casa para colocar meu plano em prática, mostrei o bilhete para ela e pude jurar que ela esboçou um pequeno sorriso.

-Como você pode ver, acho que as irmãs dele estão em perigo, só que eu não posso ser visto na penitenciária, mas você pode.

-Tudo bem, Sti. Estou indo para lá agora mesmo.

                                       ***

Haviam se passado mais de quatro horas desde que ela saiu e eu estava começando a ficar preocupado, ela não atendia o celular, então fui até o quarto pegar meu casaco, algo havia acontecido, então escuto a maçaneta da porta girar, vou correndo até a sala e me assusto.

Lydia está com a cara vermelha e inchada, seus olhos estavam dilatadas o que indicava que ela havia chorado, assim que me viu, correu para meus braços e me abraçou antes de começar a chorar novamente.

-O que foi, amor? Está machucada?

-Sinto muito, Sti. 

-Por que? O que houve?

-Derek.

-O que tem ele?

-Ele está...morto.

Não faltava mais nada, eu fiquei sem palavras, o buraco que se abriu em meu peito e a falta de ar que eu senti foi tamanha, minhas mãos estavam frias e eu estava tremendo dos pés a cabeça, mas me controlei, afinal, sou um policial.

-Como assim morto? Como isso aconteceu, Lyds?

-Parece que alguém da corporação que estavam os investigando estava infiltrado dentro do presídio.

-Meu Deus. E as irmãs dele?

-Eu já avisei, elas estão vindo para cá.

Foi a última coisa que eu ouvi, peguei a chá do meu carro e fui em direção ao IML, ele não poderia estar morto, ela era indestrutível, não morreria assim tão inutilmente.

Estava chovendo e eu me sentia enjoado, desci do carro e expliquei parte da situação para a moça da recepção, a mesma me encaminhou para a sala 33 e pediu para que eu aguardasse.

O lugar era frio e silencioso, cruzei meus braços e minha cabeça começou a girar, procurei a primeira lata de lixo e vomitei, o gosto amargo na minha boca ainda me deixava mal mas não havia nada no meu estômago.

A porta se abriu e um homem da minha altura e gordo olhou para mim através dos óculos e falou:

-Pode entrar.



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