História Versos de um crime - Capítulo 32

Acordo de manhã com muita dor de cabeça, não estou conseguindo processar tudo o que Derek me contou na noite passada, me levanto e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal, o mesmo ainda está dormindo e resolvo não incomoda-lo, vou até o guarda-roupa e visto uma roupa casual, preparo meu café, pois pelo visto meu dia será longo.

Pouco tempo depois, Derek aparece na sala somente de cueca e me analisa por um instante, sorrio para mostrar que está tudo bem e ele se aproxima.

Como se fosse proposital, a campainha toca e eu congelo, Derek me olha e sussurra em meu ouvido.

-Vai ficar tudo bem, eu estou com você e sempre estarei, vou apenas vestir uma roupa e já volto. 

Não disse nada, apenas assenti e o observei sumir de vista, estava prendendo a respiração e minhas mãos estavam suando, assim que ele voltou, me levantei e fui até a porta, segurei a maçaneta por um instante antes de abrir.

Uma mulher de longos cabelos ondulados e olhos âmbar apareceu diante de mim com uma calça jeans e um cardigã preto, me olhou através dos óculos escuros e esboçou um leve sorriso.

-Olá Stiles.

Eu estava paralisado, por isso, levei um susto quando Derek colocou as mãos em meus ombros me trazendo de volta à realidade.

-Cláudia. -falou cordialmente.

-Derek, quanto tempo não o vejo.

Ela entrou dentro de minha casa como se tivesse total liberdade para isso e se sentou no sofá de pernas cruzadas, me arrastei até ficar ao lado de Derek e ele entrelaçou nossas mãos.

-Eu não sei se confundiu as coisas, mas eu pedi para que ficasse de olho nele, não para transar. 

-Eu amo seu filho, Cláudia e mesmo assim fiz meu trabalho.

-Estou vendo, como tem passado, filho?

-Olha, se você puder não se dirigir a mim enquanto estiver aqui, eu agradeceria.-falei.

-Me respeite, eu sou sua mãe.

Como se ela pudesse exigir algo de mim a essa altura.

-Minha mãe morreu quando eu era pequeno, você é apenas um fantasma que resolveu me assombrar. -cuspi.

-Olha, isso vem muito antes de você nascer, mas não vem ao caso agora, Derek, você já sabe o que fazer e dizer, estou aqui apenas para apresentar as provas.

-E como vai ser?- perguntou ele.

-Será uma sessão fechada, eu, você, o juiz, o promotor, suas irmãs, algumas testemunhas e o juri.

-Stiles pode estar lá?-perguntou.

-Sim, ele é policial, não é?

-John estará lá?

-Sim Derek, como provarei sua inocencia sem ter alguém para acusar? - riu.

-Como pode estar brincando com uma coisa dessas?- falei.

-Stiles, eu sei o que estou fazendo, estou estudando esse caso à mais de 10 anos, então por favor, respeite meu trabalho.

-Espero que esteja certa.- ameacei.

-A conversa está boa mas eu preciso descansar, e tenho certeza de que não me quer aqui.

A mesma saiu pela porta sem dizer mais nada, bati a porta com a maior força que pude e Derek me abraça por trás, só então percebi o quanto estou tenso, me viro para ele inspiro seu perfume delicioso.

-Vai ficar tudo bem, Sti.

-E se você for preso?-perguntei.

-Não vou. Pode não querer acreditar mas ela é boa.

-Assim espero.

-Mas eu queria te perguntar uma coisa?

-O que?

-Depois que tudo isso acabar, vamos fazer uma viagem só nós dois?

-Claro.  Adorei a ideia, mas para onde vamos?

Derek se aproximou da minha orelha e sussurrou fazendo com que ele mordesse meu lóbulo de vez em quando.

-Vamos para o Alasca, mas eu acho bom você poupar suas energias.

Não precisou dizer mais nada e todo meu corpo se acendeu, agora só nos  resta esperar o julgamento.