No verão,
Ele nasceu junto ao seu pai
No verão,
Ele quase se pôs duas vezes.
Amável e amado crescia
Sonhando se haveria meio melhor
De salvar o mundo em que vivia
Se não com aquele mesmo amor.
Bons foram os anos
Ensolarados anos de brilho
Mas chegaram tempos profanos
Trevas separaram o pai do filho.
“Filho, não temas, estou contigo
Vou estar sempre, serei teu abrigo.
Não deixe que te ceguem de ver
O que você pode fazer ser. ”
A noite, que o cobriu, era fria.
Negra como nunca esqueceria.
Consumido pelo horror e medo insano
Tornara-se quebrantador e leviano.
Corrompido e derrotado, pensavam
Enquanto as estrelas esperança choravam
Purgando seu espirito
Cumprindo o destino desde o berço escrito
No entanto, o mesmo já não era mais.
Sentia-se sozinho, sem alegria e paz.
Seu sol no céu perdeu seu lugar
Reinava trevas e eterno luar.
“Pai, eu não consigo sem ti.
Tudo que era belo e bom eu perdi.
Não há mais onde eu possa me agarrar
E nesse terror não quero me afogar. “
Sua oração foi escutada
E sua alma abrasada.
Destinado desde o nascimento
A viver aquilo naquele momento.
Com a espada de mármore na mão
E a essência de seu pai no peito
A lua sucumbiu ao seu coração
E retornou ao seu fúnebre leito.
Mais uma vez nascia, renascia
O sol, voltava a todos banhar.
Pai e filho novamente se via
Em sua completude, um se tornar.
Ele não foi idolatrado, nem ao menos lembrado,
Era apenas uma criança sonhando em mudar o mundo.
Um filho do sol, correndo até seu pai,
Deixando o exemplo àquele que vem ou àquele que vai.
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