Há vagas
Entre o silêncio e o desespero
Entre todo esse vazio
Que me preenche de “mas”
E me tortura com seu jogo sagaz
Remorso apanha esquecidos mil momentos
Saudade bate da paz de outros tempos
Há vagas
E é bom se apressar
Cada vaga será preenchida
Por uma lagrima que rasgar
Esta alma tão abatida
Que hoje se vende
Para chamar algo de vida.
Há vagas
E mais vagas se necessário for
Pois já não me sobrou nada
Nem nenhum motivo para me impor
Faça bom proveito das madrugadas
Do amanhecer e demais horas
Desse jovem iluminado, outrora.
Haverá vagas
Para todo aquele que
Vaidade, prazer e fingimento
Vier a quem vos fala oferecer
Para estancar este sofrimento
Parando as batidas da oração
Para começar a orquestra de uma ilusão
Há vagas
Entre meus rascunhos
Quem dera tais fossem
Ocupadas por doce testemunho
E viessem a reanimar
Essa alma que tanto pecou
E não soube se perdoar
Havia vagas
E elas um dia virão a acabar
Nesse dia frio e escuro
Já não saberei o que prosear
Entre o que era bom e puro
Sei que esquecerei de deixar
Meu coração ferido e duro
Para O amor, enfim, consertar
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