História Very Gay, Ok? - Capítulo II. - Cabaré só presta se for grande

– P-pare com isso já ! Você.... Realmente vai? – arfei ao sentir as mãos sobre meu corpo. 

– Se eu estou aqui, e cheguei a este ponto contigo, desistir agora é que não vou, agora me deixe Chanyeol! – a voz do loiro saiu mais sexy que o normal. 

Kris era um poço de mau caminho, e eu queria me afundar nesse poço, assim como queria que ele se afundasse em mim – só que em outro sentido de afundar.

Suas mãos apertaram minhas coxas e pude sentir minha respiração começar a ficar descompassada, mas afinal quem não queria ter a respiração assim por Wu Yifan?

Eu quase não raciocinava mais, quando ele me jogou com força, me atirando na cama e depois se despindo devagar na minha frente a minha sanidade foi embora. Ele era tão sexy, tão rude e ao mesmo tempo tão adorável, suas bochechas coradas, sua cueca marcada, seus toques fortes, ele era tão perfeito, ele era tão Yifan. Acho que nunca vou cansar de repetir o nome dele, ou o quanto ele é ‘fodidamente lindo. Dessa vez, tomei a iniciativa para um beijo, o puxando pela pequena gravata que ainda usava, afinal, poucos momentos atrás estávamos em uma festa, e nunca imaginei que por minhas brincadeiras bobas acabaria nessa situação com o mais alto.

Suas mãos desciam para a borda da minha calça, abrindo o zíper devagarinho, e massageando o volume que ali havia, o que obviamente me fazia arfar durante o nosso beijo.

Quando finalmente nos separamos, ele terminou de me despir e trilhou beijos pelo meu corpo até chegar a minha intimidade, virei a cabeça para o lado tentando não manter contato visual, eu estava envergonhado demais para isso. Mas sua mão direcionou minha cabeça para que fosse capaz de o ver beijar minhas coxas, e mesmo que de leve, o meu pênis. Quando Kris ia começar a me pagar um boquete...

– Mas que inferno Chanyeol, você morreu foi desgraça? – o grito do meu amigo me desperta de meus devaneios. 

Olho para os lados atordoado ao pensar no sonho que tive e me envergonho ao ver que o outro me fitava como se quisesse uma resposta pelo “Por que que você ‘tá morrendo de vergonha sendo que acabou de acordar?”. 

– Não seu porra, ‘tô lindo ainda. – disse jogando as cobertas encima de Baekhyun. 

– Mas eu perguntei se você ‘tava vivo, não lindo! – respondeu tentando se desenrolar. 

– Como você já viu que vivo eu ‘tô não custa te lembrar que sou lindo, não é mesmo? – ri indo ao banheiro. 

– Se já começou com as piadinhas é porquê 'tá bem! – sorriu saindo devagar – Não se esqueça de descer, hoje vamos comer fora... Mais tarde! – disse pensativo. 

Apenas concordei com a cabeça e terminei de fazer minhas higienes, me trocando e indo para a sala depois. Lá Zitao brigava com Xiao pelo controle da televisão, Junmyeon gritava com Minseok pois o mais velho estava ouvindo músicas no fone, Sehun e Jongin se comiam – com os olhos é claro, bem...por enquanto – e enquanto a Yixing, Baekhyun, KyungSoo estes estavam folheando uma revista onde tínhamos aparecido, já os outros dois que faltavam supostamente estariam em seus quartos.

– Caralho, ninguém colabora comigo aqui, sou eu pra acordar menino, escolher roupa, marcar horário, arrumar o dormitório e tudo! – reclama o moreno. 

– Mas e essa boquinha aí, só reclama ou também beija? – falei sentando-me ao banco e o fazendo girar um pouco. 

– Bom dia pra você também Chanyeol! – o Kim segurou o banco, o fazendo parar e me olhando com uma cara daqueles bandido que passa no jornal. 

– Ele acordou com Satanás hoje, não toca nele, ‘tá todo perigoso! – riu o chinês do outro lado da sala. 

– 'Tá com uns rolos com o diabo e nem me conta? Que coisa feia Suho! – finjo parecer irritado. 

– Antes com ele do que com você! – riu, todo dangerous ele. 

– Hahaha. Se  tivesse um coração ele estaria partido agora! – ironizei virando-me para os outros na sala – Hey, Tao, porquê não usa essa sua energia toda comigo, lá encima, na minha cama, hein? – sorri galanteador, mas logo tive que me abaixar para desviar da chinela que me foi lançada. 

– Park Chanyeol, se você tentar alguma gracinha, te bato! – disse virando-se para mim. 

– Que ótimo! Adoro um sexo violento! – depois de dizer isso todos começaram a rir, menos Zitao, que mandou eu ir me foder, e então chamei ele pra vir junto, mas o mesmo recusou, triste porém é aquele ditado “vamo fazer o que?”. 

– Que tal vocês pararem de flertar e irem se arrumar para nós irmos almoçar, porque como os bonitinhos aí devem ter esquecido, já são 12:30! – ouvimos Junmyeon gritar do corredor. 

E como ninguém queria ficar com fome, todos nós fomos ao banheiro na maior correria, juro que se estivéssemos na estrada, já poderiam deixar de usar carros em velozes e furiosos, e nos chamarem para exercer esta função.

O banheiro principal da casa; o que ficava no corredor, era o que tinha a água mais quente, e naquele dia, fazia um frio do céu, porquê não faria sentido ser frio do inferno, né não?

[...]

– Olá senhores, o que vão pedir? – a garçom sorridente nos perguntou. 

– Tem como ser você? Sabe, faz tempo que não como algo assim tão bem feito! – disse e ele riu – Prazer, Chanyeol! – Ergui minha mão para segurar a dele e beijar-lhe as costas da mão alheia. 

– Prazer só na cama, Jimin. – sorriu o baixinho para mim – Mas agora é sério, o que irão querer? – perguntou novamente. 

– Bem... – Jongdae olhou sugestivo para o Kim mais velho, era sempre ele que fazia nossos pedidos – O que vamos querer Junmyeon? – sorriu, como sempre. 

– ‘Tô com cara do seu estômago pra saber o que você quer comer? Vamos, se virem aí sem mim! – jogou o cardápio sobre a mesa e deixou a mesma em seguida, indo ao banheiro. 

– Acho que satanás fodeu ele muito pouco ontem, isso é falta de coito! – Baekhyun cochichou ao meu ouvido, me fazendo rir disfarçado. 

– Bem, pode ser a maior pizza que você tiver aí, vocês querem comer pizza ou querem cada um fazer seu pedido individual? – perguntou Yifan. 

– Eu comendo 'tá valendo! – comentou Sehun. 

– Foda-se! – foi a vez de Baekhyun. 

– 'Tá, 'tá bem, uma pizza mesmo, de? – Luhan indagou. 

– Calabresa! – fui o primeiro a me mencionar. 

– Quatro queijos! – foi Jongin agora.

– Só falta um sabor, qual vai ser? – o loirinho perguntou anotando coisas na pequena caderneta. 

– Que tal frango?, eu gosto de frango! – sugeriu o mais novo entre nós. 

– Claro que gosta, afinal, galinhas foram criadas pra isso! – provocou KyungSoo. 

Antes que o menor pudesse mandar o outro ir se foder o garçom se retirou, colocando o pedido sobre o balcão. Outro homem pegou em seguida, o levando mais para dentro do estabelecimento.

– Você é um pau no cu Do KyungSoo! – ouvi o maknae sussurrar. 

[...]

Depois de muita maionese voando, brigas e quase uma mesa derrubada pra ver quem ficava com o último pedaço da pizza, um Junmyeon reclamão e mal fodido, um Sehun se engasgando e sendo obrigado a vomitar encima do banco, um Zitao com medo de uns insetos que apareceram encima do vômito do menor, um Yifan fazendo cara de quem ia comer nossos orifícios anais por o fazer passar vergonha – nada contra, se quiser amigo, só vem – e um Jongdae dando um high note no restaurante, todo esse comportamento de gente normal, nós vinhemos de volta para “casa”.

Kyungsoo e Baekhyun foram pra cozinha, provavelmente foram fuxicar, os demais foram para os seus quartos, mas e o que eu fiz? Isso mesmo, fui ferrar minha vida mais um pouquinho.

Lá estava eu, atrás da porta da cozinha, ouvindo a conversa dos meus amigos, porquê sou desses mesmo. Byun e Do aparentavam estar falando de Jisoo; e como queria saber o motivo deles terem tanta raiva dela era minha oportunidade perfeita.

Eles estavam dizendo algo sobre estudarem com ela no fundamental e na faculdade, e que Jisoo era só mais uma daquelas pessoas super populares que gostava de humilhar os outros, e que estes outros, eram Baekhyun e Kyungsoo naquele tempo.

Que engraçado, parece que o mundo dá voltas né?

Eu não sou intrometido, imagina, só sou bem informado.

Acabamos de chegar do restaurante e  estava lembrando da festa de Natal – isso mesmo, bem aleatório – e como sempre tem aquelas pessoas que me perguntam sobre os namoradinhos.

Minhas respostas? Só as melhores claro.

"Meu único namoradinho é a solidão."

"‘Tô mais solto que tua pele, olha essa tua cara cheia de ruga, usa um monange amor."

"Aqueles onze ali, e que eles ainda não sabem."

Foi isso o meu natal.

'Tava todo mundo ali, menos a minha felicidade, sinceramente aquele dia foi muito ruim pra mim.

Por que? Não sei, só sei que gosto muito de ficar triste sem motivo, e se você faz isso – com certeza você faz – eu faço, até porquê vale lembrar que eu sou eu.

Ah, também teve as cantadas, vou falar algumas pra vocês, vai que cola né – mentira, a única coisa que tá precisando colar aqui é o meu corpo no de alguém.

Agora vamos começar.

(leia isto como se fosse uma musica do bonde do tigrão, caso você nunca tenha ouvido, estude e fique inteligente, depois crie uma máquina do tempo e volte ao passado, aí você escuta isto e recupera a sua infância.)

QUER PEGAR, QUER PEGAR, VEM QUE O CHANYEOL VAI TE ENSINAR!

Ai desculpa gente, as vezes fico pensando quem é mais trouxa, eu, ou vocês, mas aí chego a conclusão de que são vocês, porquê além de sofrer por outras coisas, vocês ainda sofrem por mim, risos.

Suponhamos que o (a) gato(a) chegue assim, perguntando seu nome, eis o que dirão:

Nossa, me senti Moisés agora.

" – Ei, como é seu nome?"

" – Meu nome é Arlindo(a), mas pode chamar só de ar, porquê o(a) lindo(a) aqui é você!"

Se não consegue com esta não desanime, o que tenho é cantada pra dar – mas na verdade queria dar outra coisa.

Caso você esteja tentando fazer um bom discurso de ano novo, desista, e diga apenas isto.

"– Te desejo muitas coisas boas, inclusive eu. "

Caso você seja rico e esteja afim do filho do bancário, vai que é tua:

"– Não sou itaú, mas fui feito(a) pra você."

Caso você tenha vida e faça algo de útil nela, parabéns!

É só isso mesmo, sem a cantada.

Por que não sou Thank you!

E também porquê eu acho que esqueci de mencionar que o Baekkie me viu escutando a conversa deles e agora 'tá correndo atrás de mim querendo me matar.

– Olha, tenta não me matar e me faz um favor, hm?

– O quê?

– Me empresta um beijo, juro que devolvo. 

Disse isso sim, e completei o dia, porquê todo mundo tinha vandalizado, todo mundo tinha dado o louco, menos eu, então dei o louco também, pois se tem uma coisa que os bêbados lá da rua me ensinaram é que:

(Insira aqui o título do capítulo)