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História Vestida Para Matar - Festa Anual da Soul's - Parte 2


Escrita por: AnneVit

Notas do Autor


Desculpem o horário.
Espero que gostem! ❤

Capítulo 10 - Festa Anual da Soul's - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Vestida Para Matar - Festa Anual da Soul's - Parte 2

- Então, Emma, suponho que você já tenha visto as fotos no site da Soul’s. – Bradley falou, ele estava sentado em sua cadeira como um verdadeiro magnata metido e folgado, com os braços estendidos nas costas da cadeira.

- Ainda não tive ânimo. – Ela fingiu um bocejo, e pegou a taça de vinho, dando um gole longo.

- As fotos estão maravilhosas, pena que tivemos que substituir você de última hora. – Bradley leva o copo baixo de boca larga com Whisky e gelo até os lábios, e bebe um curto gole do líquido.

- Não se preocupe bebê, eu irei lhe fazer companhia na próxima edição. – Emma fala para Mike, dando uma risada sexy, olhando-o em uma tentativa de sedução, mas Mike parecia pouco se importar com as provocações dela.

Eu estava quieta em meu canto apenas observando a cena, que me dava ânsia de vômito. Aquela garota parecia ser convencida demais.

- Infelizmente, você passou mal, não é mesmo?! – Mike ironizou.

- Pois é, eu acordei com meu cabelo em um estado horrível e... – ela falou, completamente dramática.

- Espera aí, você disse que estava muito mal. – Bradley interviu.

- E eu estava. Tive um bad hair day horrível. Chorei durante horas, mas graças a minha boa santa dos cabelos, a minha cabeleireira estava à disposição para acabar com meu sofrimento. – Segurei uma risada, fingindo ter tossido.

- Pelo menos a Chelsea fez um ótimo trabalho te substituindo. – Mike disse, olhando para mim com um sorriso galante.

- Quem? – Emma rosnou.

- Eu, Chelsea King, modelo nova da Soul’s Magazine. – Sorrio, estendendo minha mão para um cumprimento, que é ignorado, então recuo. – E você linda, quem é? – Provoco-a, e ela solta uma gargalhada, enquanto eu estampo um sorriso cínico no rosto.

- Como assim, você não sabe quem sou? – Percebo o quanto ela é antipática. – Sou a Emma Parker Campbell, a modelo principal, – ela deu ênfase – da Soul’s Magazine. Você... – pensou por uns milésimos de segundos – bem, você é apenas uma mera coadjuvante do meu show. – Riu, debochada. Mike revirou os olhos.

- Posso até ser coadjuvante, mas pelo menos não sou tão convencida quanto você. – Sorri cínica, enquanto eu observava a tal Emma-sei-lá-do-quê se enfurecer e quase explodir de raiva.

- Olha coisinha... – Ela começou, mas Bradley babaca não lhe deixou terminar, a interrompendo.

- Hey meninas, não briguem, tem espaço pra todas. E você, Senhorita Emma, contenha-se, pois você não é tanto assim. – Percebo Mike engolir as risadas junto com o champanhe que ele tomava.

O clima se acalmou, e Bradley olhava bastante para mim, e sem que ninguém percebesse, conversávamos através dos olhares. Decidi dar um passo a frente, e insinuo a ele que eu queria sair dali e ir para um lugar mais reservado. Apesar de eu não querer encostar meus lábios nos dele novamente – não só porque eu o odeio, mas também por causa das memórias terríveis que ele me fez relembrar – mas eu tinha que fazê-lo. Algumas coisas na vida nós temos que suportar passar por elas.

- Vou ao banheiro. – Digo, levantando-me.

Ouço a voz de Emma a seguir:

- Espere aí, querida, irei com você. – Dou um sorriso forçado, revirando o estômago.

Merda! Merda! Merda! Justo agora essa convencida tinha que me seguir?! Eu não aguento mais ouvir a voz fina dela, perfura meus tímpanos e é quase perturbador.

Vou ao banheiro em passos largos, mas ao entrar no mesmo, Emma já tinha me alcançado e me empurrou para a parede, segurando meu braço.

- Escute aqui, sua garota escrota. Quem você pensa que é para mal entrar na empresa e vir roubando meu posto e meu homem?! Eu sou a rainha naquele lugar e não quero te ver nem perto do meu Mike, ok?! – Soltei uma gargalhada.

- Engraçado... se ele é seu homem por que ele estava me beijando agora a pouco? – Provoquei, vendo ela revirar os olhos de fúria. – Acho que ele não é tão seu assim. – Ela se virou de costas e respirou fundo.

- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. – Ela contou dando voltas em torno de si mesma e estalando os dedos a cada passo que dava. Eu observei aquilo com cara de tédio. – Eu tô falando sério, garota. – Ela apontou o dedo em meu nariz, pressionando-o, e aquilo sim me irritou.

Senti uma sensação de ódio percorrer meu corpo, tentei me conter, mas quase não era possível. Eu já odiava aquela garota apenas pelo fato dela existir, e ter uma personalidade tão horrível.

- Eu não quero “seu homem” ou “sua empresa”, – faço gestos com os dedos para expressar as aspas – estou pouco me lixando para isso, mas é meu trabalho e cumpro com meus deveres. O Mike é inteiramente seu, não preciso dele. – Arrumo o cabelo. – Se ele me agarrou, e me beijou, foi porque ele quis, e não porque eu pedi. – Tirei o dedo dela da minha face, apertando o pulso dela com força, fazendo-a quase se contorcer de dor. – Agora, me deixe em paz! Você não sabe o que eu tenho coragem de fazer com você, garota.

- O que você tem coragem de fazer, góticazinha? Está indo para um enterro com essa roupinha toda preta? – Ela debochou, dando uma risada cínica, apesar de estar estampado em seu rosto que meus dedos ao redor do pulso dela estavam machucando-a.

Solto o pulso dela e ela aperta meu braço novamente, eu apenas a empurro contra a parede, e a mão dela solta meu braço involuntariamente.

- Não brinque com fogo, menina. Não sabe com quem está mexendo. – Aponto meu dedo no rosto dela.

- Você quebrou minha unha, sua nojenta, e vai ter que pagar por que foi muito caro. – Ela mostrou a lasquinha de unha que eu havia, sem querer, arrancado.

- Não vou pagar nada, foi você quem começou com toda essa infantilidade, sua garota mimada e arrogante. – Saio em passos largos, e no caminho tento retomar a postura. Cerca de dois minutos depois, Emma chega e se senta conosco como se nada tivesse acontecido.

- Vocês demoraram... – Mike disse.

- Eu estava retocando a maquiagem. – Emma falou, dando um sorriso, e ajeitando seu decote.

- E você, Chelsea? – Mike chamou minha atenção, já que eu estava tomando um gole de vinho completamente desligada do resto do mundo.

- Lembra do que conversamos? – Perguntei, fitando-o com um sorriso irônico.

- Já conversamos tantas coisas... – Ele me olhou, malicioso.

- Não devo satisfações, sou uma mulher independente. – Mike sempre sorria quando eu era grossa com ele, parece que ele gostava quando eu fazia isso.

Emma riu, como se debochasse o fato de eu ter dado uma má resposta para Mike.

- Mike, vem dançar comigo. – Emma pediu, se levantando e indo até ele, que olhou para mim como se pedisse uma aprovação daquele ato, dei de ombros e ele foi dançar com ela, que já o puxava.

- Finalmente sozinhos. – Bradley babaca disse, ao olhar para Mike e Emma na pista de dança, enquanto Emma tentava beijá-lo a todo momento, mas sem sucesso, pois mesmo de longe ele não parava de me olhar.

- Talvez nem tanto. – Indiquei Mike me olhando a todo momento. – Mas, o que você quer dizer com isso?

- Talvez você quem devesse me explicar. – Ele alisou o cabelo com a mão, e eu descobri de quem o filho havia pego a mania. – Os olhares significativos... o que queriam dizer?

- Isso é você quem decide. – Bebi do meu vinho e ele riu, mordendo o lábio inferior de uma maneira que, se eu fosse outra pessoa acharia sexy, mas para mim tudo aquilo era muito nojento.

Ele se levantou, e pôs-se ao meu lado estendendo a mão para que me levantasse. Então, ele a segurou, e me levou até um jardim nos fundos.

- Emma atrapalhou nossa primeira chance – disse, passando a mão no cabelo. – Mas agora que estamos aqui sozinhos, podemos fazer o que quisermos.

- E o que quer dizer com isso? – Sorrio, maliciosa (e ao mesmo tempo, com nojo por dentro), arrumo a gravata dele em seu corpo. Ele passa o polegar em meu rosto e o acaricia, sorrindo.

- Eu te acho linda, Chelsea. – Ele suspira. – E seria impossível eu não me sentir atraído por você. – Rio, pois aquilo tudo era realmente muito engraçado.

- Impressionante, em uma semana o pai e o filho já estão dando em cima de mim? – Solto uma gargalhada, me afastando dele. – Para, isso tudo é muito engraçado. Vocês fizeram alguma aposta? Por que se for, me retirem dos seus joguinhos. – Digo, séria.

- Como? – Revirei os olhos, e ele cerrou os punhos.

- O Mike me beijou, agora você. – Senti suas mãos me puxarem pela cintura, me agarrando com força.

- Eu posso fazer melhor. – Ele passou suas mãos em meu rosto, tentei afastá-lo de mim, empurrando seu peito, mas ele me agarrou mais forte.

Meu coração se acelerou, e eu fiquei cada vez mais enojada com a situação. Meu desprazer era enorme, e aquilo me fez juntar forças para afastar Bradley de mim, empurrando-o para longe. Dei passos largos e expirei aliviada.

- Sério? – Bradley bufou.

- É – falei. – Não quero, respeita. – Saí em passos largos e voltei para o salão, ele parecia me xingar com sussurros enquanto vinha atrás de mim.

Nos sentamos na mesa, sem falar nada. Mike e Emma já estavam lá, enquanto Mike me procurava com olhar passando por tudo quanto é centímetro quadrado do local.

- Saíram sem nos avisar... – Emma falou.

- O importante é que não estamos mortos. – Bradley falou, revirando os olhos.

- Ai, nossa. – Emma suspirou, e tomou um gole de sua bebida. – Por que estão tão rudes comigo hoje? – Ela fez uma voz manhosa.

- Ninguém tá rude, você que é muito sensível. – Mike falou, e eu o olhei.

É estranho eu quere-lo novamente?

- Mike, vamos pegar algo bem forte para beber? – Cochichei ao ouvido dele, e ele assentiu, se levantou e agarrou minha mão.

Demos passos largos, com os olhares de Bradley e Emma sobre nós.

- Duas doses de Vodca, por favor. – Eu e ele estávamos sentados nos bancos do bar, e ele fez o pedido ao garçom.

- Se eu não estiver consciente, me leve até sua casa e não me use. – Ele caiu na gargalhada ao me ver falando aquilo.

- Eu vou tentar não ficar chapado também. – Ele sussurrou em meu ouvido, me olhando sexy. – Não sou do tipo que abusa das pessoas. – Senti um arrepio percorrer o meu corpo. – E, você não acha estranho ir para minha casa sem ao menos me conhecer direito?

- Eu estou pouco me fodendo para isso.

O garçom colocou as doses de Vodca no balcão, e nós viramos tudo de uma vez, senti aquilo descer pela minha garganta fazendo tudo arder.

- Quero mais. – Falei, e ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu não quero que você morra de overdose alcoólica – ele fez piada. – Espera o negócio se estabilizar em você, pelo menos.

- E o que nós vamos fazer enquanto isso? – Perguntei, cruzando os braços abaixo dos seios.

- Temos uma pista de dança alguns metros daqui. – Ele sugeriu e estendeu a mão para mim.

- Vamos lá então.

Dançávamos feito loucos, com os corpos colados, e eu já havia tomado cerca de 5 doses de Vodca. Fiz Mike me prometer que pararia na primeira e ficaria consciente para me levar para casa, pois eu não queria ficar solta por aí. Eu estava me sentindo mais livre e viva do que nunca, mas eu não sabia distinguir se era por causa das doses de vodca, ou se era por algum outro motivo.

Mike me puxou para perto de si, para que pudesse sussurrar ao meu ouvido.

- Já são três da manhã... – ele beijou meu pescoço e eu ri. Já estava praticamente bêbada, então, estava sentindo-me anestesiada. – Você quer ir?

- Vamos ficar mais um pouquinho. – Sussurrei ao ouvido dele.

- Lá nos poderíamos fazer o que quiser – seu tom de voz era malicioso. – Tem mais bebidas por lá, se quiser.

- Então vamos. – Segurei em sua mão, e ele me levou até seu carro.

- Agora você precisa de ajuda pra entrar? – Ele perguntou quando estávamos no estacionamento, ao lado de seu carro, assenti.

Eu não me importava com o que ele poderia fazer, eu não me importava para onde ele poderia me levar, eu só queria curtir o momento. Ser como uma adolescente imatura e despreocupada com as coisas da vida. Eu só quero libertar alguém que estivera presa por tanto tempo.

- Preciso de ajuda, não quero bater a cabeça. – Pedi. Ele me ajudou a entrar, e se sentou no banco do motorista.

Ele dirigiu até sua casa, e ao estacionar na garagem, impedi que ele saísse.

- A gente pode ficar um pouco aqui. – Peguei sua mão e a pus sobre minha coxa.

- Como quiser. – Ele assentiu, olhando perverso para mim.

Tirei o salto e fui para o banco de trás.

- Chega aqui, é mais espaçoso. – Sugeri. Mike tirou seus sapatos e foi para o banco de trás logo após.

- Realmente. – Ele falou.

Deitei sobre o banco do carro e o puxei para cima de mim, selando nossos lábios e iniciando um beijo ardente. Senti Mike descer suas mãos pela minha cintura, e colocá-la por dentro da abertura da minha saia. Arfei após o ato, e ele descolou nossos lábios.

- Não sei se aqui seria o melhor lugar para fazer isso. – Ele riu.

- Nem aqui nem no seu quarto. – Pousei minhas mãos na cintura dele, como se eu o equilibrasse em mim.

- Eu não sei se na piscina, ou na sala é um lugar melhor do que meu quarto. – Rimos.

- Não, tolinho. – Bufei. – O que eu quero dizer é que não estou afim.

- Entendi. – Ele mordeu o lábio inferior. – Mas, de qualquer jeito, aqui dentro está muito apertado, vamos para meu quarto.

- Se a gente conseguir sair daqui eu vou sim.

Mike passou para o banco da frente, pegou meu par de saltos altos e abriu a porta para mim. Subimos até o segundo andar da casa que eu conhecia muito bem – e que por sinal, não havia mudado em nada. Entramos no quarto de Mike, e eu me joguei em sua cama.

- Me dá qualquer coisa pra beber. – Pedi, e Mike dava gargalhadas com a minha situação de pinguça.

- Você já está cheirando a álcool, não acha melhor parar?

- Eu acho melhor eu decidir quando devo parar.

Mike assentiu, pegou duas garrafas pequenas de Heineken em seu mini-frízer, e as abriu.

- Você vai acabar passando mal. – Ele me entregou uma das garrafas.

- Hm, então eu prometo que essa será a última. – Me sentei na cama e o olhei.

Bebi um gole enquanto o olhava fixamente. Rimos e ele suspirou.

- Meu Deus. – Mike mordeu o lábio inferior.

- Que é? – Perguntei.

- Nada. – Ele olhou para o além, e eu me levantei.

Peguei a garrafa de Mike de sua mão, e coloquei a minha e a dele sobre a sua mesa de cabeceira.

- Por quê? – Ele perguntou.

- Não quero mais beber. – Me joguei na cama novamente.

- Mas eu quero. – Ele revirou os olhos. – Pode me dar, por favor?

- Nossa, como você é apressado. – Ri. É óbvio que eu levei no duplo sentido.

- Não é no duplo sentido. – Ele revirou os olhos e bufou. – A menos que você queira. – Soltei uma gargalhada alta.

- Vamos dormir? – Pedi.

- Não estou com sono. – Ele bufou e revirou os olhos.

- Então o que você sugere? – Ele mordeu o lábio inferior, pensativo.

- O que você acha de dar um pulo na piscina?

Umedeci os lábios com a língua e ri. Levantei-me da cama, e me pus em frente a Mike.

- Eu acho que seria legal. – Ele sorriu, se levantou da cama e me fitou com seus grandes olhos azuis.

Isso tudo é muito inesperado e estranho.

Ele é legal comigo, mesmo eu sendo grossa às vezes.

Eu gosto do Mike.


Notas Finais


O que acharam da Emma? haha
Comentem! ❤


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