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História Vestida Para Matar - De Volta Ao Inferno


Escrita por: AnneVit

Notas do Autor


Espero que não tenham achado que iria sumir, pois estou aqui! Bem, esperei chegar essa hora pra que todos pudessem ler na mesma - ou quase - hora. Na verdade, meu propósito, eram pra seis da tarde... mas eu tô aqui e é o que importa. Haha <3
Espero que gostem!

Capítulo 2 - De Volta Ao Inferno


Fanfic / Fanfiction Vestida Para Matar - De Volta Ao Inferno

Respiro fundo e me levanto da cama, visto meu casaco preto e subo para as colinas gélidas de Fireland, para me concentrar e me preparar física e psicologicamente para os próximos dias, que estarei iniciando uma vingança contra Bradley Clark.

Medito por algum tempo, até sentir um vento frio passar por mim, como eram quase três da manhã, abri meus olhos de imediato e observei o lugar com cautela. Vejo um vulto passar por minha frente correndo, ele formava uma silhueta humana. Novamente, o vulto corre, mas, desta vez, sinto-o passar por trás de mim, nocauteio-o e ouço uma voz masculina gemer com dor. Começo a rir, olho para trás e vejo David se contorcer no chão.

David é meu único e melhor amigo, ele e sua mãe adotiva que me acolheram e me trouxeram para Fireland. A mãe biológica de David havia desaparecido assim que lhe deu à luz, ele foi deixado sob a guarda do pai, que faleceu por problemas cardíacos. David foi abandonado aos 8 anos de idade pela madrasta, pois a mesma dissera que odeia crianças e que não iria prender-se ao filho do seu falecido marido. Ele foi encontrado por uma moça, (sua mãe adotiva) que o levou para Fireland, e a mesma cuidou dele até ele completar dezoito anos (agora ele está com 25). A mãe adotiva dele se chama Amy, e saiu de Fireland após uma briga entre os dois, ela nunca mais voltou. David é muito esperançoso e crê que ela ainda esteja viva, em algum lugar fora da cidade. “Eu a muito, e algo me diz que ainda irei reencontrá-la” É o que ele sempre diz, quando acidentalmente tocamos no assunto, e isso, na maioria das vezes, faz surgir uma lágrima de tristeza em seus olhos, e ele a limpa rapidamente para que eu não veja. Mas, eu sempre vejo.

- Porra, May! Por que você fez isso? – Perguntou, entre gemidos de dor.

- Eu já te disse que não quero que me incomode quando eu estiver meditando, você sabe que isso é importante para mim. Não sabe?! – Fixo-o, esperando uma resposta. – Me desculpe. Onde te acertei? – Acaricio seu rosto.

- Você acertou minha canela, que está doendo muito. – A canela dele estava com uma enorme marca vermelha. Rio da situação. – Isso não tem graça, Marilyn Clark! – David me repreende.

Eu dava gargalhadas intermináveis, e ele me olhava de canto dos olhos, aparentemente com raiva.

- Você não costuma vir aqui... – Respiro fundo para conter a risada. – Não teve ninguém para foder com você hoje enquanto eu estou fora?

- Eu só quis vir ver você hoje. – Ele se arrasta até mim, com a mão na canela. – Mas, já que você não quer, eu consigo alguém que queira. – Reviro os olhos e bufo.

David é o tipo de cara pegador, ele conquista as mulheres com uma facilidade impressionante, no mesmo dia, consegue levá-las para cama. E ele costuma fazer isso quando saio para treinar. Da primeira vez que ele levou alguém para casa em que moramos juntos sem me avisar, não consegui dormir, porque a garota gemia igual à uma gata parindo, e aquilo me irritou de uma maneira terrível. Então, eu me submeti a mudar meu horário de treino para a madrugada, só para manter David e suas garotas gemendo bem longe de mim. Eu o expliquei o horário que saio e que volto, e ele concordou. Às vezes quando ele não está afim ou não acha ninguém, vem me ver, treinamos juntos e na maioria das vezes ele é quem leva uma surra.

- David, não é que porque eu não queira, já conversamos sobre isso.

- Então você quer? – Ele sorri para mim, malicioso. Reviro os olhos.

Realmente, a pergunta dele faz muito sentido, se eu quero por que não? Talvez seja porque eu não gosto de ser usada.

- Eu não sou igual chiclete, que você mastiga depois cospe e joga fora.

- E eu também já expliquei que com você seria diferente. – Argumentou.

- Quem me garante? – Bufo, revirando os olhos. Já estou começando a ficar indignada com a inúmera quantidade de perguntas e insistências dele.

- Eu garanto. – Solto uma gargalhada irônica assim que ele termina a frase.

- Da última vez que você me garantiu alguma coisa, quase acabamos do jeito que você queria.

- Vai me dizer que não gostou, hm? – Ele ri.

- Talvez. – Digo, me lembrando da vez em que David me levou para o lugar preferido dele pela primeira vez. Este, fica em algum lugar das montanhas de Fireland, e como só ele sabia de sua existência, tornamos-lhe nosso quando ele foi comigo até lá, já que fui a primeira pessoa para quem ele o mostrou. Nomeamos o lugar de “D&M”, que é a sigla para “David & Marilyn” e que está marcada na única árvore que há por lá. – Mas eu tinha dezesseis anos, e você vinte. Já faz muito tempo...

- Você não quer tentar de novo então? – Ele apoia a mão em minha bochecha e sorri. Dou um tapa na mão dele, para que a tire do meu rosto.

- Hm.. Não. Amo muito você, só que não te quero desse jeito. – Levanto-me e respiro fundo. – Levanta aí, vamos ver se dessa vez você vai conseguir me derrubar. – Estendo a mão para ajudá-lo a se erguer.

- Eu vou apanhar de novo, principalmente por que eu acabei de levar um soco na canela. – Rimos. Ele serra os punhos contra a face, em posição de defesa. Faço o mesmo, e começamos a treinar.

Com menos de dez minutos ele já estava no chão.

 (***)

“ – MAMÃE! – Grito de felicidade ao vê-la. Ela me abraça e me dá a notícia de que terá que viajar a trabalho.

De repente, tudo fica escuro, vejo seu carro bater contra uma parede de pedra. Tudo se escurece novamente, há sangue e peças de carro espalhados pela estrada, vejo uma pessoa em pé, observar minha mãe deitada no chão.

- Ela está morta. – A pessoa de costas diz. ”

Acordo assustada e suada. Tomo meus calmantes que estão ao lado da cama junto à uma garrafa d’água, em cima da minha mesa de cabeceira.

Venho tendo estes pesadelos há alguns meses e ainda não sei como lidar com eles, todas as noites acordo do mesmo jeito, e desde então, minhas noites vem sendo sempre assim.

Como se já não bastasse lidar com a morte da minha mãe, eu tenho que lidar também com o fato de que talvez tenha sido um assassinato planejado, e não um acidente, como todos acreditam que tenha sido. E eu tenho quase certeza de que tenha sido um assassinato..., mas, quem a teria matado? Quem iria querer vê-la morta? São perguntas que nunca saem da minha cabeça.

(***)

Vou até o quarto de David, são 07:35 da manhã.

- Ei, David, acorda! – Ele abre um de seus olhos e me olha ainda com sono.

- Que horas são, May? – Resmunga.

- 7:35 da manhã, mas isso não importa. Onde estão os documentos falsos que pedi você para fazer para mim? – Vamos supor que David “trabalhe” com isso, afinal, não é uma coisa digna, mas ele cumpre com os deveres muito bem e eu acabo me aproveitando de seu ‘talento’.

- Estão todos em uma pastinha, na segunda gaveta do meu guarda-roupa, pode levar a pasta também, se quiser. – Sigo as indicações dele e encontro a pasta.

- Obrigada, Dav. – Lhe dou um beijo no rosto.

- Posso dormir agora? – Pergunta, pressionando o travesseiro contra o rosto.

- Ah sim, desculpe. – Saio do quarto e fecho a porta.

Vou para o banheiro do meu quarto. Tomo banho e visto um vestido, meia calça, chapéu e um creeper, todos pretos. Minha cor preferida é preta, e não é à toa que noventa por cento do meu guarda-roupa tenha essa cor. Por sorte, Bradley acha muito sedutoras mulheres que se vestem completamente com essa cor, o que facilita meu plano de vingança, tendo menos probabilidades de ele falhar.

Vou para a Soul’s Magazine, que é a tal renomada empresa na qual Bradley é o dono – esta, também é uma revista conhecida e cobiçada por todo o país, ambas são pertencentes de Bradley. Se ele tivesse me tratado de maneira adequada no passado, talvez, hoje em dia eu não teria que passar por isso e teria orgulho dele, mas ele preferiu me perder, e fazer o que fez...

Subo de elevador até o 15° andar, que é o andar em que fica o escritório de Bradley.

- Oi, avise para Sr. Clark que quero conversar com ele. – Peço para a secretária dele. Ela era uma moça alta, com cabelos loiros presos em um coque. O seu lindo par de olhos castanhos era coberto por um delineador fino e um óculos de grau. Ela usava uma blusa florida com uma jaqueta preta, uma saia da mesma cor, e um salto bege. Algo me chamou a atenção nela, para mim, eu a conheço de algum lugar. Não sei, isto é esquisito.

- A senhora tem horário marcado? – Ela pergunta.

- Tenho sim. Me chamo Chelsea King, e marquei horário com ele para as 9:30hrs de hoje, que é exatamente agora. – Digo, conferindo no relógio. Chelsea King, é o nome falso que usarei a partir de agora.

A moça não diz mais nada, apenas avisa para ele por telefone que estou indo para sua sala. Então, ela me leva até lá.

- Sente-se, Srta. King. – Bradley diz, ao me ver entrar na sala, e sua secretária fecha a porta.

Meu corpo se encheu de ódio ao ouvir a voz dele, Bradley estava com a mesma aparência de sempre, porém mais velho. Sua voz e seu olhar me davam nojo, me contive para não ir até lá e bater nele como eu estava com vontade, mas isso estragaria meu esquema. Apenas me sentei na cadeira giratória em frente à sua mesa e o encarei, como uma pessoa madura, séria e boa atriz, que sou.

- Vim aqui para me inscrever na vaga de modelo, Sr. Clark. – Abro a pasta e estendo a mão para dar-lhe meus documentos, ele pega-os, dá uma olhada rápida e me fita por um instante.

- Acho que não será necessário concorrer a esta vaga, Srta. Chelsea. – Ele sorri.

- Por que não? Há algo de errado comigo? – Digo rápida e eufórica. Bradley se levanta de sua cadeira e anda ao meu redor.

- Olhe só para você! É exatamente o tipo de modelo que estamos procurando. Algo que reflita a juventude atual, com suas cores de cabelo diferentes, e piercings. – Abro um sorriso vitorioso. – Nenhuma das garotas que entrevistamos é como você, a maioria era muito... padronizada. – Ele pausa e volta a se sentar. – Srta. King, a vaga é sua, basta apenas você aceitar.

- Mas é claro que eu aceito. – Abro um largo sorriso. Nada nunca foi tão fácil assim antes.

- Assine este contrato e você poderá começar amanhã mesmo. – Peguei a folha de papel em sua mão e logo a assino. Entrego para ele, com o sorriso ainda estampado no rosto.

- Não irá ler antes? – Sugeriu.

- Acho que não preciso. – Sorrio.

- Meus parabéns. – Ele estende a mão para um cumprimento.

Se eu o cumprimentei?! Apenas por educação, se eu pudesse, matava-o ali mesmo.

- Vejo-a amanhã às nove e trinta da manhã, não vá se atrasar. – Ele sorri, e seus olhos verdes me fitavam de uma maneira que me deixaria constrangida, se eu não tivesse repulsa dele. – Gostaria que você aparecesse em minha sala amanhã quando chegar. Vou deixar marcado com a minha secretária, para que não haja confusões.

- Pode deixar, Sr. Clark. – Me direciono até a porta, onde chego, olho para trás. – Aliás eu também sou padronizada. – Falei, saindo da sala, e voltando para meu lar em Fireland.

 

P.O.V Bradley Clark

Quando Chelsea entrou em minha sala, algo em seu rosto me chamou muito a atenção. Alguma coisa nela, me fez focá-la com olhares encantados, mesmo que eu ache que foram passados completamente despercebidos dela. Seus grandes olhos azuis nada cobertos por maquiagem, e seu sorriso vitorioso ao ter sido contratada eram encantadores. E isso despertou algo diferente em mim. Se eu guardasse na memória cada olhar que vejo, eu com certeza saberia quem é ela. Mas aquilo foi tão estranho; era como se eu a conhecesse de vários anos e um período de longa data.

Tive que mentir para ela sobre a contratação como modelo porquê ela ia achar que sou paranoico, se eu dissesse que eu quero apenas mantê-la por perto pois quero descobrir de onde ela é. Se eu dissesse que a conheço, com certeza ela iria negar pois ela vem de outra cidade, e não sei se seria capaz de termos nos encontrado em alguma esquina por aí... e mesmo se tivéssemos, eu não ficaria tão chocado assim, como estou agora.

Para mim, Chelsea é familiar, e eu não vou descansar até descobrir de onde nos conhecemos e quem ela realmente é.

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Comentem! <3


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