1. Spirit Fanfics >
  2. Vestígios - VKook - Taekook >
  3. Preso na garganta

História Vestígios - VKook - Taekook - Preso na garganta


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Eu nem ia postar hoje, mas fiquei ansiosa - como sempre - e aqui estou.
Nem preciso falar que não está revisado então por favor avisem em caso de erros!
Pra que não sabe/não notou, a Dahyun da história é a Dahyun do Twice porque é minha bias linda e eu quis. hahaha, esqueci de colocar isso nos primeiros capítulos, mas vocês ainda verão bastante do personagem dela!

Boa leitura! <3

Capítulo 10 - Preso na garganta


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Preso na garganta

- Por acaso se esqueceu de mim também, Taehyung?

- Hã? – Taehyung estava desnorteado, olhava para trás e podia ver Jungkook seguindo-o, uma sombra correndo pela paisagem obscura.

Tirou rapidamente o celular do bolso, com a intenção de ligar para o mais novo, mas a mulher tomou o aparelho de sua mão antes que ele pudesse fazê-lo.

- Nada de celular pra você. – A Sra. Kim guardou o aparelho na bolsa de marca – Não vai chegar perto desse garoto. Nunca mais.

Taehyung ainda olhava para a imagem de Jungkook ao longe, pela janela traseira do carro. O garoto de cabelos negros estava cada vez mais distante.

Nunca mais?

Sentiu lágrimas brotarem involuntariamente e escorrerem sobre suas bochechas. A imagem de Jungkook ficava menor a cada segundo, eventualmente desaparecendo no meio da noite escura.

 

Capítulo 10 – Preso na garganta

Tudo aconteceu muito rápido. A mãe do Taehyung chegou na cozinha, interrompendo nossa reunião e puxando o filho pelo pulso, para que ele se levantasse. Ela nem prestou atenção aos outros ocupantes do cômodo e Dahyun tentou interceder em vão. Taehyung ficou tão surpreso que mal teve reação e ficou encarando-a com olhos arregalados enquanto ela dizia mil vezes que o levaria para casa, que ele era um péssimo filho e já passara da hora de começar a levar uma vida direita.

Não é o que se espera que mães digam depois de um longo tempo longe de seus filhos. Principalmente aqueles que haviam passado por algum acidente, mas a mãe de Taehyung não é uma mãe qualquer. Minha sogra é um exemplo de mulher poderosa e controladora, e quer que o filho realize todos os seus próprios desejos. E apesar de ela ter colocado no mundo a pessoa que eu mais amo e admiro, a realidade é que eu não gosto dela. Nem um pouco.

Senti ânsia de vômito ao vê-la arrastar um Taehyung mudo para fora da cozinha. As lágrimas já desciam descontroladamente pelo meu rosto e minha vontade era agarrar o braço dela e fazê-la soltá-lo, mas eu nem conseguia me mover. Taehyung me olhou com um misto de preocupação e desespero, e vi que ele estava com medo. Medo dela, da própria mãe.

- Jungkook-ah. – Ele chamou ao ser puxado para fora da casa, e eu senti meus músculos acordarem e meu cérebro voltar à realidade.

Ela realmente estava levando-o embora, à força.

Era exatamente o que ela planejara no passado, quando a família de Taehyung se mudou para a Europa, e aquilo não me surpreendeu nem um pouco.

Assim que consegui tirar meus pés do chão, corri porta afora, a tempo de ver a Sra. Kim empurrando Taehyung para dentro do carro ainda ligado e entrando em seguida. Dei um tapa forte no vidro do carro antes que o motorista conseguisse dar a partida e depois corri. Corri sabendo que não conseguiria alcança-los e sabendo que não traria Taehyung de volta. Corri em prantos e levemente alcoolizado, a sensação de impotência reverberando em meus músculos, o som da voz de Taehyung chamando por mim ainda gritante em meus ouvidos.

E eu não pude fazer nada. Apenas deixei que ele fosse.

Quando eu voltei para casa, quase uma hora mais tarde, já não chorava mais. Dei de cara com meus amigos e desejei que eles não estivessem lá. Não queria ter de encarar seus olhares piedosos, por mais que eu soubesse que eles tinham boas intenções. Mas ao mesmo tempo, não queria ficar sozinho.

Por sorte, acho que eles perceberam. Antes de irem embora, Namjoon me deu dois tapas no ombro e disse que ficaria tudo bem. Seokjin bagunçou meus cabelos carinhosamente, Jimin e Hoseok lançaram-me seus sorrisos reconfortantes, e Dahyun garantiu-me em uma voz esganiçada que iria consertar tudo e trazer Taehyung de volta. E Yoongi, ficou.

- Você não precisava ter ficado, hyung – Disse após fechar a porta, mas estava feliz em não ter que ficar sozinho num lugar onde tudo me lembra Taehyung.

- Eu não deixaria meu dongsaeng sozinho num momento assim. O que quer fazer? Quer conversar?

- Ainda tem cerveja? – Perguntei, e Yoongi sorriu de canto.

- Tem. – Eu me joguei no sofá e Yoongi foi até a cozinha, voltando com uma lata de cerveja e jogando-a em minha direção. – Vou te deixar beber hoje porque você merece, mas não vem querer afogar suas mágoas na bebida. Vai acabar virando alcoólatra.

Dei um longo gole e o líquido gelado me tranquilizou de certa forma.

- O que diabos ela está fazendo aqui? Devia estar na Europa!

Eu não fazia ideia de como a Sra. Kim descobriu que Taehyung estava doente nem onde era a minha casa. Nem sabia que ela estava na Coréia, mas a mulher tinha seus métodos. E muito, muito dinheiro.

Ficamos por algum tempo em silencio e eu sabia que Yoongi estava esperando que eu me manifestasse quando me sentisse confortável. Assim como eu, Yoongi não é muito de puxar assunto e eu fiquei aliviado por esse traço de personalidade dele. Ainda não me sentia preparado, apesar de saber que era melhor tirar tudo do meu peito de uma vez. Desde a última vez que eu havia encontrado a Sra. Kim, não havia contado a ninguém sobre a nossa conversa, nem mesmo para Taehyung, e já remoía aquilo por tempo demais.

O álcool me ajudou a relaxar e soltar logo aquilo que estava preso na minha garganta.

- Ela disse que eu sou egoísta – Comecei, e mesmo que mirasse minhas próprias mãos, pude sentir o olhar de Yoongi sobre mim. – Da última vez que nos encontramos, quando Taehyung não estava por perto. Ela veio atrás de mim para tentar me fazer desistir dele, e eu me senti em uma daquelas cenas clichês de dorama em que a mãe rica te oferece dinheiro para que você se afaste do filho precioso dela e não destrua seu futuro brilhante.

- Você é a pessoa menos egoísta que eu conheço. – Yoongi garantiu, tentando me reconfortar – Ela deveria se sentir sortuda por Taehyung ficar com alguém como você.

Um sorriso triste escapuliu de meus lábios ao pensar no quão inverossímil seria aquilo. Ela nunca iria me aceitar.

- Depois que ela percebeu que dinheiro não resolveria o problema, resolveu argumentar. – Continuei – Essa parte foi bem mais eficiente. Ela disse que eu estava estragando a vida de Taehyung apenas por um capricho meu. Que eu só pensava no meu próprio umbigo, porque se realmente o amasse iria me afastar dele e deixa-lo viver a vida que ele nasceu para viver. – Senti meus olhos lacrimejarem e percebi que agora que havia começado, não tinha como parar. Precisava contar tudo. – Disse que graças a mim Taehyung viveria uma vida medíocre, quando estava destinado a ter uma vida gloriosa. A Sra. Kim me chamou de estorvo e disse que eu não poderia ajuda-lo em nada, que eu só servia para atrapalhá-lo. Hyung, isso me feriu tanto. Ainda me fere e não passa nem um dia em que eu não me lembre das palavras dela. Uma vozinha na minha cabeça fica me dizendo que no fundo ela tem razão, mas eu não consigo abrir mão de Taehyung.

- Não seja estúpido, Jungkook – Yoongi foi ríspido, e talvez fosse exatamente o que eu precisava. – O problema não é você, é ela. Como ela tem coragem de te dizer isso tudo se eu tenho certeza que ela nunca perguntou para o próprio filho o que ele acha? Ela não sabe o que Taehyung quer, o que pensa e muito menos do que ele precisa.

- Na época eu pensei em desistir dele. – Proferi, e vi Yoongi revirando os olhos. Sabia que ele me achava bonzinho demais e fiquei feliz em estar contando aquilo tudo especificamente para ele. Meu hyung não tinha papas na língua e não se segurava para dizer algumas verdades. – As palavras dela não saíam da minha cabeça e pensei que talvez fosse melhor que ficássemos separados, talvez ele fosse mais feliz. – Suspirei, limpando com a manga da camisa algumas lágrimas que escapavam e esperando a resposta negativa de Yoongi, mas ele ficou em silencio – Mas quando ele apareceu na porta da minha casa dizendo que tinha fugido, o que eu ia fazer? Estava cego de felicidade e apenas agradeci aos céus por terem me devolvido o amor da minha vida, sem que eu precisasse fazer nada. A mãe dele não saiu da minha cabeça, mas guardei as coisas dolorosas que ela me disse em uma gaveta bem escondida do meu cérebro porque para mim, se Taehyung havia voltado era porque eu o fazia mais feliz do que aquele mundo à que ele pertence. E depois nós nunca mais tocamos no assunto, mas eu sempre soube que isso acabaria voltando para nos assombrar.

- Ou seja, você agiu covardemente, mas no final deu certo. Taehyung voltou para você porque ele foi corajoso. – Yoongi concluiu, fazendo-me sentir pequeno – Mas você não pode esperar que volte a acontecer, Jungkook. Você precisa parar de ser covarde. Você tem que ir atrás dele.

Ri fracamente. Ele estava certo, mas mesmo que eu resolvesse enfrentar a Sra. Kim e ir atrás de Taehyung eu sabia que seria uma luta em vão.

- É impossível me deixarem entrar naquela fortaleza que eles chamam de casa. Não consigo chegar nem na porta.

- Mas a Dahyun consegue. – Yoongi lembrou, fazendo uma careta – A luta começa de dentro pra fora e você vai precisar de ajuda. Você não pode deixar essa mulher entrar na sua cabeça, Jungkook.

Lembrei-me de Taehyung me contando como conheceu a Dahyun. Ela também é uma herdeira e havia sido escolhida a dedo pelos seus pais. Os dois foram obrigados a ir num encontro arranjado, que não foi o primeiro nem o segundo para ambas as partes. Ele me disse que já no primeiro encontro os dois perceberam que tinham muito em comum e acabaram confessando que não queriam estar ali, o que os fez se tornar amigos. Acabaram encontrando comodidade um no outro, segundo Taehyung, já que ao saírem juntos conseguiam diminuir a pressão exercida por seus pais e encontraram uma forma de extinguir os encontros arranjados ao começarem a namorar.

- A Dahyun... – Suspirei, criando coragem para o que estava prestes a falar – É perfeita para o Tae. Talvez devessem ficar juntos, e saber que ele está com alguém legal seria uma forma de consolo.

- PÁRA de ser covarde, Jeon Jungkook! – Yoongi se levantou do sofá e eu me alarmei com seu movimento brusco e voz alterada. Pensei que talvez ele fosse me bater. – Você sabe que o Taehyung quer ficar com você então pare de se fazer de vítima, está me dando dores físicas!

- Mas, hyung, o que a Dahyun pode fazer? – Perguntei ao vê-lo se jogar novamente no sofá, com o que devia ser a décima latinha de cerveja em mãos.

- Você ouviu o que ela disse, não ouviu? Ela saiu daqui dizendo que iria arrumar um jeito de trazê-lo de volta. A Dahyun por parecer bem bobinha, mas na verdade é muito esperta. Tenho certeza que ela tem um plano. – Ele deu um longo gole, amassando a latinha vazia e colocando-a na mesa de centro. – Confia na maluca.

Suspirei cansado.

O futuro do meu relacionamento estava nas mãos de Kim Dahyun.


Notas Finais


Eu sei, não me matem!
Capítulo sem ação e só de conversinha, porém muito importante para o enredo. Espero ter explicado porque o Jungkook ficou paralisado quando viu a mãe do Taehyung e não conseguiu crescer pra cima dela. Tadinho.

Vou postar com menos frequência esses dias porque sexta viajo e só volto segunda. Vou ver se consigo deixar pelo menos uns dois capítulos prontos pra postar em dias alternados e não deixar vocês sem fic. Mas vocês tem que prometer que não vão me deixar sem AMOR hein? QUERO COMENTÁRIOS, SÃO MEU COMBUSTÍVEL PRA ESCREVER. Sério!
Pior que acho que nesse capítulo vocês não vão me dar muito amor não, estou esperando as broncas que vou levar!
Se você leu essas notas finais imensas até o fim, meus parabéns. Comente "eu tô é loka". Ou não.

Beijos gente, eu amo vocês. <3
~BtsNoona


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...