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História Vestígios - VKook - Taekook - A Megera Domada


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Nossa, eu estava MUITO ansiosa pra postar esse capítulo! Terminei ele ontem e quase postei sem capinha nem correção nenhuma, estou louca pra ver seus comentários sobre ele. Tive que me segurar.
Me diverti muito escrevendo-o, espero sinceramente que gostem!

Boa leitura!

Capítulo 11 - A Megera Domada


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - A Megera Domada

- Obrigada por aceitar me encontrar em cima da hora, advogado Hwa. Trago boas notícias. – A Sra. Kim foi direto ao assunto. Não tinha tempo para perder com formalidades. – Quando Taehyung foi se encontrar com você, acabou se envolvendo em um acidente de ônibus na volta.

- Logo depois de falar comigo? – Surpreendeu-se o advogado, sem entender como aquela poderia ser uma boa notícia. A mulher contraiu os lábios de forma severa, irritada por ter sido interrompida.

- Sim. Ele está bem, mas como consequência perdeu a memória dos últimos dois anos e meio, aproximadamente. Desde antes de conhecer aquele garoto.

- Então ele não sabe...?

- Taehyung não faz ideia que abriu mão da herança e saiu do testamento naquele dia. Eu vi o garoto e aparentemente ele também não sabe de nada. Já tinha me conformado que perdera meu filho para aquele menino, e estava disposta a deserda-lo e deixar o assunto para lá, mas agora que ele não se lembra da estupidez que fez, estou determinada a mudar o rumo das coisas. Acho que você deveria ficar avisado.

O Sr. Hwa apenas confirmou com a cabeça. Não tinha sentido tentar argumentar com aquela mulher.

- Talvez Taehyung volte para o testamento, – Ela continuou – mas não quero que ele descubra que um dia chegou a abrir mão dele. Seria melhor que tratássemos disso com discrição, somente nós dois.

- E o Sr. Kim está a par desse assunto? – Atreveu-se a perguntar.

- O pai de Taehyung trabalha demais e não tem tempo para se envolver nessas bobagens. Ele deixou tudo que concerne a Taehyung em minhas mãos.

- Entendo. Acho que podemos fazer isso de forma discreta, caso seu filho realmente retorne ao testamento.

O advogado Hwa sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao encarar o sorriso traiçoeiro que surgiu nos lábios da mulher.

- Ele vai.


Capítulo 11 – A Megera Domada

TAEHYUNG

Olha, já não estava muito bom, mas quando se é Kim Taehyung as coisas podem piorar. Sim, podem.

Não me bastasse perder a memória dos últimos três anos, acordar meio careca e com um braço quebrado, descobrir que sou gay, – ou bi, sei lá – descobrir que namoro há mais de um ano com um garoto que eu nunca vi antes na minha vida – na verdade vi mas não me lembro, né – e aí descobrir que ele é o responsável pelo meu plano de saúde e se recusa a sair do meu lado, trancando a faculdade por mim, dormindo comigo no quarto de hospital tentando trocar minhas roupas e me apresentando pra mãe dele. Não, não me bastava nada disso. Deus disse: É tu mesmo Kim Taehyung! Tua é a alma que eu escolhi pra atazanar.

Francamente.

Quando eu finalmente me apeguei ao garoto... Me apeguei mesmo, Jungkook é uma gracinha. Sério, não tenho nada de ruim pra falar sobre ele. Daí me aparece do nada o estorvo que eu estive tentando evitar durante a minha vida inteira, desde que eu saí de dentro daquela coisa que prefiro não nomear, já chorando porque precisava urgentemente me afastar logo daquela mulher surtada. Vulgo, mamãe.

Pois é. Minha mãe aparece e resolve me trazer para esse inferno que chamam de Mansão Kim, me deixar por inúmeros dias sem celular, sem internet e sem motivos pra viver.

Eu nunca fui muito fã da minha mãe, mas sempre soube como me aproveitar dela. Ganhar dinheiro, presentes caros e certos benefícios, como ter um dormitório só pra mim na universidade. – O que aparentemente não durou muito, já que eu dividia o quarto com o Jungkook – Só que agora eu não queria chegar perto dela nem pra me aproveitar. Depois de conhecer a Sra. Jeon, aquela criatura maravilhosa com mãos moldadas por anjos que faz o melhor hambúrguer da face da terra, minha mãe parecia ainda mais intragável e eu trocaria todas as vantagens que tive na vida, uma a uma, por hambúrgueres artesanais. Juro!

Este lugar é uma prisão. Mesmo grande e confortável, com empregados que fazem tudo o que você mandar, continua sendo uma prisão. Ou seja, não dá pra sair. Se meu pai estivesse aqui eu tenho certeza de que ele aliviaria a minha barra, mas ele estava na Europa e com a Sra. Kim não tem discussão.

Mas, ás vezes, tem negociação.

Na minha família tudo funciona assim, na base da chantagem e do suborno. Mas a verdade é que eu precisava pensar sobre o assunto, porque não tinha muita coisa para oferecer em troca da minha almejada liberdade.

Depois que ela me arrastou para fora da casa do Jungkook, carinhosamente me humilhando na frente dos meus amigos – estou sendo irônico – eu passei o caminho todo, até chegarmos em casa, aos prantos feito um bebezinho. Enquanto eu chorava, minha amada progenitora berrou na minha orelha durante o longo trajeto sobre como aquele garoto acabara com a minha vida, sobre como o garoto só queria se aproveitar de mim e do meu dinheiro, que o garoto não me merece, que o garoto não era de boa família, e sobre como o garoto era um falso, um mentiroso que só estava me iludindo.

Mas na verdade estava mais que óbvio que o principal problema está justamente no fato de ele ser um garoto.

Ela podia pelo menos ser mais sincera ao invés de ficar arrumando desculpas esfarrapadas para não gostar de Jungkook.

Não sei por que, mas já estou com saudades daquele coelhinho simpático de cabelos pretos e olhos grandes. E sei menos ainda porque estou me sentindo tão arrependido por não tê-lo beijado. Sério, infernos, por que eu não beijei o Jungkook? Sou muito burro mesmo.

Depois de chegar em casa, me trancar no meu quarto e chorar sozinho por mais um tempo, eu percebi que não havia moeda de troca nenhuma que eu pudesse dar à minha mãe pela minha liberdade. A única coisa que eu tinha para oferecer era a promessa de que eu ficaria na mansão de bom grado, sem reclamar, e faria o que ela mandasse. Mas ela não me devolveria Jungkook nem em troca da minha submissão, então eu resolvi pedir só o meu celular de volta e o privilégio de encontrar com ele uma última vez para resolver as coisas, sob a desculpa de que “sou um homem que não deixa nada pela metade”.

E deu certo.

Sim, eu prometi minha prisão voluntária em troca de um celular e um encontro.

E não foi nada fácil, longe disso! Ela gritou um bocado e disse que me levaria para a Europa, coisa com a qual eu concordei, dizendo que estava morrendo de saudades de Paris e adoraria dar um passeio. Ela ficou mais tranquila e deu pra ver na sua cara como ela tinha achado minha amnésia uma benção.

É claro que eu não sou idiota, e não vou pra Europa nem arrastado. Mas eu precisava do celular para dar início ao meu plano de fuga. Agora, o encontro com Jungkook... Isso foi só porque eu quis mesmo.

Jungkook morre de medo da minha mãe e é tão óbvio que quase dá pra sentir o cheiro. Eu o entendo e não o culpo. Imagino que todas as coisas horríveis que ela me disse sobre ele não devem ter sido nem metade do que o próprio Jungkook já ouviu saindo da boca dela. Eu, por outro lado, não tenho medo nenhum da minha mãe porque aprendi desde cedo como lidar com a fera. No entanto, em um momento específico da nossa negociação eu quase parti para a ignorância.

Falar as coisas mais absurdas sobre Jungkook, isso eu já esperava dela. Minha mãe pode ser uma criatura muito convincente quando ela quer, mas eu já estou treinado em deixar todas as suas lorotas entrarem por um ouvido e saírem pelo outro. Eu já estava preparado para a enxurrada de xingamentos e até entendo os motivos dela – que não são nada certos – mas fazem sentido conhecendo a pessoa vazia que ela é.

Isso é uma coisa. Agora, no momento em que ela disse que ele era só “filho de uma cozinheira imunda”...

Filho. De. Uma. Cozinheira. Imunda.

Confesso que eu me segurei para não partir logo pro ataque e arrancar aquele coque cor de bosta do topo da cabeça dela, deixando-a careca. Talvez eu seja a única pessoa nesse mundo que defenda a sogra, mas senti meu sangue se esquentar e subir à cabeça quando ela disse aquilo da Sra. Jeon, uma criatura perfeita e inocente que não tem nada a ver com o caso. Juntei todas as forças que tinha para me controlar e não jogar meu plano todo pela janela, mas por fim acabei mordendo a própria língua e ignorando-a solenemente.

Foi pelo bem maior.

Assim que eu recuperei meu celular e recarreguei-o – já que ele ficou por três dias sob a posse da progenitora – ele começou a apitar freneticamente, por culpa de Jeon Jungkook, que deve ter mandado pelo menos umas novecentas mensagens.

Meu coração começou a bater de forma descontrolada e até mesmo um pouco incômoda. Respirei fundo tentando controlar as palpitações aceleradas, mas foi em vão, e eu apenas me conformei com o efeito estranho que Jungkook tinha sobre mim, mesmo por mensagens de texto. Resisti ao ímpeto de abrir logo a conversa e ler tudo o que ele tinha escrito, e decidi deixar para respondê-lo mais tarde. Afinal, eu era um homem com um objetivo. E um plano.

Tá, meio plano.

Abri a conversa com a Dahyun e sorri ao ver suas mensagens.

“TaeTae, você está bem? Quer conversar? Não acredito que a tia fez isso!”

“Oppa, quero ir te ver! A tia está brava comigo? Eu sei que ela me viu na casa do Kookie.”

“KIM TAEHYUNG FAÇA O FAVOR DE APARECER OU EU VOU ATÉ AÍ PUXAR OS CABELOS QUE AINDA TE RESTAM!!!!”

“Taehyung, estou falando sério! Eu tô muito preocupada, mas não é nem tanto com você não, é com o Jungkook mesmo. Ele veio me mandar mensagem, não está nada bem, pelo amor da santa manteiguinha, dê um sinal de vida!”

Ignorei a pontada que senti no estômago ao ler que Jungkook não estava bem e me concentrei em responder a Dahyun.

“Querida ex-namorada, ‘a tia’ tomou meu celular e me deixou incomunicável. Consegui ele de volta em troca de prisão perpétua voluntária, mas só porque eu tenho um plano e ele envolve você. Você foi meu tíquete de liberdade uma vez e espero que possa ser de novo, Dahyun. Desculpa te usar.”

“Ah, tô vivo.”

Visualizada. Kim Dahyun está digitando... – Li.

Ela é rápida.

“AMÉM, finalmente você apareceu! Querido TaeTae, mentes brilhantes pensam parecido e eu estou treinando meu discurso pra quando encontrar sua mãe desde que você sumiu. Você vai ficar impressionado, acho que melhorei nas minhas habilidades teatrais.”

“E o sinal de vida era pro Jungkook, não pra mim.”

Sorri ao ver sua resposta. Sabia que Dahyun não me deixaria na mão. A lista de coisas que ela já havia feito por mim era quilométrica e eu devo ter olhado para o céu pelo menos umas mil vezes agradecendo por aquele encontro arranjado em que eu a conheci.

“Confio em você! Então, já que você está ensaiada... Amanhã?” – Enviei.

“Confirmado, apareço depois do almoço.”

“Oppa, agora vai tranquilizar o Jungkook antes que o menino acabe num hospital!”

Deitado confortavelmente em minha cama, soltei um suspiro pesado antes de finalmente abrir as mensagens de Jungkook.


Notas Finais


E então, o que acharam?? Surpresinha! Capítulo especial narrado pelo nosso mozão TaeTae.
A data foi perfeita pra postar ele porque alcançamos os 100 favoritos!!!! YEY xD
Tentei mudar um pouco o estilo de escrita, pqe né, o Taehyung não narra do mesmo jeito que o Jungkook... Então me digam o que acharam, se está estranho, se tá bom, sei lá. DIGAM ALGO PLMRDDS.

Obrigada todo mundo que comentou, favoritou ou só leu <3 E comentem porque eu só funciono à base de comentários!

Beijocas amoras,
~BtsNoona


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