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História Vestígios - VKook - Taekook - Reminiscência


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores! Desculpem a demorinha, estava viajando e voltei ontem morta de cansaço, não consegui terminar o capítulo.
Por favor, não fiquem bravos comigo, estou de volta.
Capítulo não revisado porque eu terminei ele nesse segundo.

Boa leitura!

Capítulo 12 - Reminiscência


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Reminiscência

Taehyung ainda estava meio desnorteado quando a doutora Choi realizou os primeiros exames, logo que ele havia acordado. Não entendia o que estava fazendo ali e não conseguia se lembrar do que acontecera consigo.

Ficou calado enquanto deixava a médica fazer o seu trabalho, ainda zonzo pelo efeito dos remédios. Assim que ela terminou, tirou do bolso do jaleco uma fina correntinha de prata e entregou-a ao paciente.

Taehyung analisou atentamente o bonito pingente oval com o desenho de um olho sobre a prata. Não reconheceu o objeto e olhou em duvida para a médica.

- Estava no seu pescoço quando fizemos a cirurgia – Explicou – Achei que deveria te devolver em mãos.

O garoto virou o pingente ao contrário, procurando algum sinal que pudesse esclarecer o que era aquele objeto que com certeza nunca havia visto antes e descobrir porque estava em seu pescoço. Esforçou-se para ler algumas pequeninas letras grafadas em uma caligrafia bonita no verso do pingente.

“Eu encontrei o amor nos seus olhos”

 

Capítulo 12 – Reminiscência

TAEHYUNG

Onde você está? Você está bem? Porque não responde minhas mensagens?

Ela tirou seu celular? O que ela te disse, ela fez você me odiar não fez?

Mesmo que você me odeie, Taehyung, por favor responda se está bem, eu estou preocupado.

Que merda, eu não deveria ter deixado ela te levar daqui! Me desculpe por ser um covarde, eu vou aí te buscar.

Mas você quer que eu te busque?

E essas foram só algumas das milhões de mensagens que eu recebi do Jungkook. Meu coração saltou de alegria ao ver que ele se importa tanto assim comigo. Digo, dava pra perceber no dia a dia, mas quando ele diz dessa forma parece que me afeta ainda mais. Minhas mãos começaram a suar enquanto eu ia lendo as mensagens, e um sorriso bobo escapou dos meus lábios. Me senti uma garotinha de ensino médio sendo notada pelo senpai, mas ao mesmo tempo me doeu tê-lo deixado tão preocupado assim.

Enquanto estávamos no hospital ou na casa de Jungkook eu não pensava muito sobre meus sentimentos por ele. No principio eu achava divertido testá-lo e não tinha entendido o motivo de ter me apaixonado por ele, aparentemente de forma tão intensa que eu até mesmo saí do armário e briguei com a minha família por sua causa. Mas depois de algumas semanas em sua companhia as coisas foram ficando bem claras, e durante esses três dias em casa sem celular eu tive muito tempo para pensar sobre o assunto.

O menino Jungkook é lindo, isso não tem discussão. Ele tem mais ou menos a minha altura, só que é bem mais encorpado que eu, e seus cabelos negros são muito macios. Jungkook disse que eu gostava de fazer cafunés nele e mexer em seu cabelo o tempo todo, e me parece muito plausível. A pele clarinha, os olhos escuros e os lábios cheinhos com aquela maldita pintinha bem embaixo! Devo admitir, é de deixar qualquer um maluco. Por mais que eu tenha descoberto essa coisa de gay há pouco tempo e de forma nada convencional, eu sempre reparei em garotos bonitos. Mas com Jungkook, era a primeira vez que eu achava um cara sexy. Tipo, muito sexy.

Mas nem era isso o que eu achava mais bonito nele. Apesar do corpo perfeito, cabelos lindos e olhar matador, Jungkook me fisgou pelo sorriso.

Quando Jungkook sorri com vontade, é um espetáculo à parte. O mundo parece parar por um segundo só pra ele rir. Não sei se são os dentinhos um pouco maiores que o normal, os olhinhos fechados, o som gostoso de ouvir ou o rosto inteiro dele que se transforma em uma expressão tão doce, tão fofa, tão adorável, que dá vontade de fazer piadas idiotas o dia inteiro só pra poder vê-lo sorrir.

Percebi naquelas semanas que a companhia de Jungkook era fácil e confortável. Ele não era muito de falar, mas gostava de ouvir minhas bobagens e fazia comentários engraçados. Quando ficava empolgado demais, aí sim falava aos montes e era fofo vê-lo se enrolando todo, tamanha a excitação. Ele era atencioso, carinhoso e preocupado. Saía todos os dias pra caminhar comigo e sempre me lembrava a hora de tomar os remédios. Não me deixou dormir sozinho nem uma noite, o que no inicio eu achava uma grande bobagem, mas comecei a gostar.

“Tae, a casa fica tão vazia sem você aqui...”

Borboletas se debateram descontroladamente no meu estômago, deixando difícil a tarefa de respirar. Ele nunca tinha dito umas coisas fofas assim tão diretamente. Acho que queria me dar espaço e agradeço por isso, se Jungkook me falasse algo assim na cara tenho certeza que desmaiava!

“Eu sinto tanto a sua falta! Parece uma eternidade desde que você foi embora”

Depois das mil mensagens preocupadas e desesperadas, as próximas foram ficando mais sentimentais. Parecia que ele estava desabafando, mesmo sabendo que eu poderia nunca chegar à lê-las, e talvez fosse exatamente isso que estava pensando quando as enviou. Talvez estivesse bêbado, ou nostálgico, ou carente.

“Só quero saber se você está bem. Se você estiver feliz aí, pra mim isso basta.”

Jeon Jungkook. Não media esforços pra saber se eu estava bem. Não se sentia confortável até saber se eu estava satisfeito. Tinha vivido com ele 24 horas por dia por mais de um mês, então porque infernos nunca refleti sobre ele nesse tempo?

“Eu estou com tanto medo de nunca mais te ver”

Meus olhos encheram-se d’agua e eu me senti um estúpido. Jungkook havia feito tanto por mim, e o que eu havia feito por ele? Nada. Não me lembrara de absolutamente nada e aqueles três anos da minha vida ainda eram um mistério para mim. Era horrível ter de saber da minha própria vida pela boca dos outros, pelo que Jungkook, Dahyun e Jimin me contavam e isso me deixava com raiva.

Eu só sabia que apreciava a companhia de Jungkook, mesmo conhecendo-o há tão pouco tempo. Fazia questão de puxar assunto com ele e fazer graça. Ria de qualquer piada idiota que ele fizesse. Gostava de tê-lo perto de mim e instintivamente procurava por desculpas esfarrapadas para que pudesse tocá-lo.

Lágrimas salgadas escorreram pelas minhas bochechas e eu digitei uma resposta rápida, como se a qualquer momento fosse perder minha coragem, como se aquele sentimento que conseguia ser paradoxalmente bom e ruim ao mesmo tempo fosse simplesmente desaparecer em um piscar de olhos.

“Também tive medo de nunca mais te ver”

Meu coração bateu acelerado quando eu vi que a mensagem já tinha sido visualizada. Nunca a teria enviado se tivesse pensado mais um pouco, já que meu orgulho não me permitiria. Detestava parecer fraco.

O telefone começou a tocar, me fazendo dar um salto na cama com o susto. Olhei para a tela e o nome de Jungkook reluzia, e por alguns segundos eu apenas olhei para o celular, morrendo de medo de atender. Meu coração parecia bater na garganta, minhas mãos suavam e meu estômago se contorcia de forma nada agradável. Respirei fundo e segurei o choro. Apertei o botão verde.

- Taehyung? Tae, é você? Você está bem?

Ouvi a voz falha de Jungkook do outro lado da linha e voltei a choramingar. Tentei segurar a respiração, mas alguns gemidos roucos escaparam da minha garganta e eu não consegui responde-lo porque sabia que no momento em que abrisse a boca iria começar a chorar como um bebê.

Céus, como ele fazia isso? Por que apenas ouvir sua voz pelo telefone depois de só três dias longe me afetava de tal forma que meu coração parecia estar quebrado em mil pedacinhos?

- Não precisa falar nada se não quiser. Mas saiba que eu estou aqui pra te ouvir.

Aish, por que ele tinha que falar essas coisas? Por que ele me conhecia tão bem?

- Jungkook-ah... – Foi tudo o que eu consegui dizer e, como previsto, comecei a chorar audivelmente.

Então Jungkook começou a cantar.

Um calafrio forte se espalhou por todo o meu corpo e eu me lembrei daquela voz. Não de um episódio específico em que Jungkook havia cantado para mim, mas me lembrei muito claramente da sensação familiar de paz que a voz dele me trazia. Era como se todas as coisas ruins do mundo evaporassem repentinamente, e por alguns minutos, enquanto ele cantava, tudo estava bem.

Depois de algum tempo eu parei de chorar e Jungkook parou de cantar, soltando uma risada fraca do outro lado da linha. Pude imaginá-lo todo vermelho de vergonha e sorri sozinho.

- Eu estou bem – Finalmente respondi – Não sei o que foi isso, estou me sentindo um bobo.

- Não tem problema. Estou aliviado em ter noticias suas.

Suspirei pesado, ouvindo o som do meu próprio coração ainda batendo rápido demais. Não quis entrar em assuntos tristes nem estragar aquele momento com mais lágrimas e lamentações.

- Você canta bem – Elogiei, tentando deixar minha voz um pouco mais animada. – Muito bem, na verdade. Acho que poderia te ouvir para sempre.

- Posso cantar para você sempre que quiser.

- Eu quero. – Respondi, fazendo uma careta por pensar que fui rápido demais. Mas que se dane. – Pode cantar mais agora? Você me tranquilizou. Podemos falar dos assuntos sérios outra hora?

Ele nem se deu ao trabalho de responder e começou a entoar uma canção calma e serena. A voz dele era tão bonita e tão familiar que me deixava num transe nostálgico, como uma saudade de alguma coisa que não vivi. Mas era bom.

Coloquei o telefone no viva voz  e aumentei o volume no máximo, deitando a cabeça no travesseiro ao lado do aparelho. Estiquei minha mão sem o gesso, que antes estava ocupada segurando o celular, até alcançar o criado mudo. Peguei minha carteira, tirando de um dos bolsos uma fina correntinha de prata com um pingente discreto e ovalado, contendo o desenho de um olho. Queria coloca-la no pescoço, mas não tinha jeito com uma mão só. Contentei-me em enrolar o colar entre os dedos, observando-o atentamente enquanto escutava Jungkook cantar.

Virei o pingente ao contrário e pude ler a inscrição em letras minúsculas.

“Eu encontrei o amor nos seus olhos”

Me permiti sorrir.

Nós nos veremos muito em breve, Jeon Jungkook.


Notas Finais


Esse capítulo não era pra ser só isso, mas acabei gostando dele assim. Tô tentando mostrar como Tae já tá bem caidinho pelo Jungkook, apesar de ser meio lerdinho e não se tocar direito.
Era pra ter muito mais coisa, mas eu gosto de levar a história lentamente, não quero que fique inverossímil demais, espero que estejam gostando mesmo assim, apesar do meu passo de tartaruga... Se eu botasse o resto ia ficar um capítulo gigantesco e eu ia demorar ainda mais pra postar, então resolvi dividir em dois.

De novo, desculpem a demora. Achei que ia dar pra postar esse capítulo durante a viagem mas estive ocupada e não consegui terminá-lo por lá.
Obrigada por todos os comentários e por acompanharem a fic! Por favor não se esqueçam de comentar, tá? Tá.
Já falei demais, beijocas.

~BtsNoona


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