1. Spirit Fanfics >
  2. Vestígios - VKook - Taekook >
  3. Está tudo bem

História Vestígios - VKook - Taekook - Está tudo bem


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


esse capítulo é daqueles que a autora posta e sai correndo hahaha
E não foi revisado porque estou com pressa!
Leiam as notas finais <3

Boa leitura!

Capítulo 18 - Está tudo bem


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Está tudo bem

- Oppa, o que foi que aconteceu? – Dahyun perguntou assim que seu ex-namorado saiu do banheiro, vermelho como uma pimenta.

- Aquele garotinho está me torturando, Dahyunie! – Admitiu com um muxoxo, fazendo a mais nova rir.

- Garotinho? O Jungkook?

- Quem mais seria? – Ele respondeu impaciente. – Mas ele vai ver só, eu vou me vingar ou não me chamo Kim Taehyung.

- Tae, pare de falar asneiras. Tenho certeza que seja lá o que o Jungkook fez pra te deixar assim, ele não teve a intenção de te torturar. – Dahyun o pegou pela mão, puxando-o pelas portas de vidro – Anda, vamos voltar. Já já você esquece isso.

- Deus te ouça, Dahyun! E se não ouvir eu vou beber até que me esqueça!

 

Capítulo 18 – Está tudo bem.

- Taehyung, você não devia estar bebendo tanto.

Foi o que eu disse ao vê-lo virar outro copo de vinho. Não tinha certeza de quantos foram no total, mas o riso de Taehyung estava mais fácil que de costume e ele já começava a falar embolado.

- O médico disse que eu posso, quem é você pra falar que não? – Bufou – Humpf, coelho enxerido.

Já era madrugada e a verdade é que todos nós – até mesmo Jin hyung que dessa vez não tinha vindo de carro – estávamos pelo menos um pouco alterados pelo álcool.

Essa é a hora que as conversas mais estranhas acontecem.

- Eu estou com sono! – Reclamou Yoongi, deitando no deck de madeira com a cabeça no colo de Jimin.

- Aos seres humanos a paz, o mar e a calma! – Taehyung levantou o copo de vinho, brindando – Aos ventos o repouso, e na nossa dor o sono!

Dahyun respondeu “saúde” antes de virar o resto da latinha de cerveja que tinha em mãos goela a baixo. Seus olhos estavam sonolentos e ela também se deitou, apoiando a cabeça no abdome de Yoongi, que fez uma careta desgostosa e resmungou um “Aish, sua maluca!” – mas surpreendentemente não a expulsou dali. Os três apoiados uns nos outros formavam uma cena estranhamente fofa, e eu tirei uma foto com o celular.

- Aigoo, Taehyung! – Namjoon hyung arqueou as sobrancelhas, parecendo impressionado. – Isso é Platão!

- O que é platão, gíria nova? – Hoseok riu sonoramente, aquele sorriso contagiante que me fez gargalhar – Jungkook, essa sua jaqueta é muito platão!

Namjoon revirou os olhos.

- Platão é um filósofo. Essa frase é do Banquete, quando Sócrates e os outros resolvem discutir sobre o amor.

Fiquei impressionado e observei enquanto Taehyung soltava uma risada leve, os olhos fechados. Não sabia que ele se interessava por filosofia muito menos que sabia passagens de Platão de cabeça.

Mesmo depois de tudo o que passamos, Taehyung continuava a me surpreender.

- E sobre o que eles falam, Namjoon hyung? – Perguntei, curioso. Queria descobrir o que tanto havia interessado Taehyung, o suficiente para que ele memorizasse as palavras. Se algo interessava a ele, então interessava a mim também.

- Chegam à conclusão de que o amor é o desejo e anseio pela completude e integridade. – Jin hyung olhava para Namjoon enquanto ele falava e notei suas bochechas corarem. – Amamos aquilo que falta em nós.

Amamos aquilo que falta em nós.

As palavras ressoaram na minha cabeça e eu me virei para olhar Taehyung. Ele me encarava vigorosamente, o que me deixou um pouco desconcertado, mas eu não desviei de seu olhar.

- “Ele ama aquilo que carece e que não possui” – Ele recitou, seus olhos castanhos ainda cravados no meu rosto como se dessa vez ele fosse o predador e eu a presa.

Senti um arrepio me percorrer a espinha.

Fiquei alguns segundos imerso no olhar pedinte de Taehyung, sentindo meu coração bater acelerado. Só consegui desviar meu olhar do dele ao ouvir a voz de Seokjin.

- Acho que já passou da hora de irmos embora.

Notei que ele e Namjoon estavam de mãos dadas e me senti feliz por eles. Os dois se despediram antes de saírem da cobertura, dizendo que pegariam um taxi. Eu apenas concordei com a cabeça, agradecido que Hoseok, Jimin e Taehyung não fizeram nenhum comentário embaraçoso quando os dois desceram as escadas com os dedos entrelaçados.

Ainda bem que Yoongi estava dormindo.

- Hoje tem! – Hoseok comentou assim que eles saíram do recinto, com a voz embriagada e olhos sonolentos.

Todos, com exceção de Taehyung, pareciam com sono. Jimin fazia cafuné preguiçosamente nos cabelos verdes de Yoongi, apagado no seu colo. As pálpebras de Hoseok abriam e fechavam vagarosamente, como quando se está morrendo de sono durante uma aula em que não pode dormir. Dahyun já devia estar sonhando, a cabeça ainda apoiada na barriga de Yoongi e a boca entreaberta.

Eu mesmo estaria dormindo se não fosse o olhar fixo de Taehyung sobre mim, acordando todas as células do meu corpo e me deixando em estado de alerta.

- Nós devíamos ir dormir. – Jimin disse entre bocejos – Daqui a algumas horas o dia vai clarear.

- Vamos, eu mostro onde vocês podem dormir – Taehyung sorriu, finalmente desviando o seu olhar e encarando a Dahyun – Já que a anfitriã não vai acordar tão cedo. Jungkook, você carrega ela.

- Quando o Yoongi dorme desse jeito, é mais fácil acordar uma pedra. – Jimin comentou – Eu levo ele.

Foi uma tarefa difícil colocar Dahyun nas minhas costas, Yoongi nas costas do Jimin e fazer Hoseok se levantar, enquanto ele protestava com palavras que ninguém conseguiu entender. Taehyung foi empurrando-o como um boneco de pano para fora da cobertura e todos nós descemos as escadas com cuidado, parando na frente de duas portas.

- O quarto de visitas, agora meu, e o quarto da Dahyun. – Taehyung apontou – São duas camas de casal, quem vai dormir onde?

Jimin ficou olhando para nós meio em dúvida.

- Onde você vai dormir? – Ele perguntou ao Tae, um sorrisinho malicioso escapando dos seus lábios enquanto seu olhar alternava entre nós dois.

- No sofá.

- Eu só quero saber onde posso colocar ela. – Reclamei. O peso da Dahyun já estava me dando dor nas costas.

- Ué, bota na cama dela! – Taehyung mandou, abrindo a porta do quarto para que eu pudesse entrar.

Jimin abriu a outra porta, do quarto de visitas, e entrou com Yoongi ainda nas costas, fechando-a em seguida.

Joguei o corpo inerte da garota de cabelos coloridos em cima da cama e Taehyung empurrou Hoseok – que já estava cochilando em pé – para dentro do quarto.

Saímos, fechando a porta atrás de nós, e um silencio incomodo deixou a situação um pouco tensa. Estávamos sozinhos.

- Eu não vou dormir agora. – Taehyung saiu andando e abriu um armário no corredor, retirando uma coberta de lã que parecia bem pesada. – Vou voltar lá pra cima. Se quiser pode dormir aí no sofá da sala.

Segui-o em silencio, e logo estávamos de volta, sentados lado a lado sobre o deck de madeira. Ele desdobrou o cobertor e colocou-o sobre nossas pernas antes de me encarar novamente, seus olhos fixos no meu rosto por tanto tempo que eu pensei que pudesse arrancar pedaço, até chegar num ponto que eu não pude mais aguentar calado.

- Taehyung, para de me olhar assim!

- Por que, estou te deixando incomodado? – Disse em tom de zombaria.

- Está!

- Ué, mas você não ama os meus olhos?

Baixei a cabeça e fechei os olhos, morto de vergonha. Senti meu rosto esquentar e soube que estava vermelho como um pimentão.

Taehyung estava se vingando.

Senti seus dedos gelados levantando meu queixo e me obrigando a olhar para ele.

- Me beija.

Aquilo soou como uma exigência, e eu pisquei algumas vezes, desconcertado. Taehyung nunca diria isso se estivesse sóbrio, e seu pedido incomum me deixou confuso. Pensei que pudesse ter escutado errado já que as batidas do meu coração ressoavam tão altas nos meus ouvidos, confundindo meus sentidos.

- Hã?

- Você está me devendo um beijo. – Ele disse em alto e bom som, sem deixar possibilidade de enganos.

Meu corpo todo ficou petrificado enquanto Taehyung ainda me fitava como um predador.

Taehyung queria que eu o beijasse.

E eu ouvi certo dessa vez, mas apesar de eu querer simplesmente esticar o pescoço e capturar seus lábios com os meus, eu não conseguia me mover! Talvez por causa do álcool, ou do olhar penetrante dele em cima de mim, eu não sei. Provavelmente os dois. Fiquei confuso e minhas mãos suavam, meu coração batia na garganta, meu rosto parecia ferver... Todos aqueles sintomas da atração intensa que eu sentia quando estava perto de Taehyung multiplicaram-se e eu fiquei estupidamente paralisado. Rezei para que ele simplesmente me beijasse primeiro e acabasse logo com aquela tortura, mas ele não o fez.

- Não acredito que você vai me deixar esperando de novo – Ele disse com um sorriso malicioso nos lábios. Sua voz grossa e rouca soou tranquilizadora aos meus ouvidos, pelo menos, e um calafrio espalhou-se por todo o meu corpo, fazendo meus pelos se arrepiarem e finalmente acordando meus nervos. – Anda, Jungkook! Me bei-

Não deixei que ele pedisse de novo.

Esse beijo não foi calmo e doce como aquele que trocamos no parque da cidade. Dessa vez estávamos ambos bêbados e o beijo – que tinha gosto de vinho e cerveja – já começou de maneira afoita e desesperada. Taehyung soltou um gemido rouco quando eu enfiei meus dedos pelos cabelos da sua nuca, puxando de leve, o que me fez sorrir com satisfação contra sua boca e empurrar o corpo mais para frente, obrigando-o a deitar sobre o deck de madeira.

- O que você pensa que está fazendo? – Ele reclamou, enquanto meus lábios passaram a sugar a pele dourada do seu pescoço. Tive a impressão de que aquilo era pra ser uma advertência, mas a frase foi dita de forma tão arrastada que mais me pareceu um pedido sôfrego para continuar.

- Isso é culpa sua – Sussurrei no ouvido de Taehyung, mordiscando seu lóbulo. Agora que havia começado podia sentir todos os meus hormônios explodindo como fogos de artificio, e senti que não podia refreá-los – Eu falei pra você parar de me olhar daquele jeito, hyung.

Taehyung gemeu um “aish” antes de puxar meu cabelo com força, redirecionando minha cabeça de volta para seu rosto e abocanhando meus lábios com urgência. Nós nos beijamos de forma dessincronizada e vigorosa, e eu sentia meu corpo todo se incendiar, como se pudesse entrar em combustão a qualquer momento.

Quando eu finalmente abaixei meu tronco e me deitei sobre ele, pude sentir sua ereção pulsante contra meu quadril e gemi alto. Friccionei nossos corpos e me movi desajeitadamente, aproveitando cada segundo daquela sensação abrasadora que se iniciava no meu baixo ventre e se espalhava pela minha corrente sanguínea. Taehyung enfiou as mãos por dentro da minha camisa, e eu senti seu toque gélido contra a pele quente das minhas costas, demandando mais de mim, me puxando mais para perto.

Ele mordeu meu lábio inferior com força enquanto um gemido sonoro e rouco escapou da sua garganta, e eu pude sentir o gosto enferrujado de sangue. Afastei um pouco meu rosto e fitei seus olhos fechados, sua boca entreaberta e a franja grudada sobre a testa por causa do suor, o que só serviu para que eu ficasse ainda mais excitado.

Estava prestes a beijá-lo de novo quando Taehyung me empurrou para o lado e se sentou com a respiração ofegante. Estranhei o ato e me sentei também, encarando sua expressão indecifrável ainda em dúvida, sem saber o que tinha acontecido.

Até que eu me toquei.

- Você...? – Comecei, mas o restante da frase morreu na minha garganta ao vê-lo se levantar de súbito e caminhar apressado para fora da cobertura. – Taehyungie!

Pude ouvir a porta do banheiro sendo fechada com um estrondo.

Minha mente ainda estava anestesiada pelo que havia acabado de acontecer e torci para que minhas suspeitas estivessem erradas. Olhei incerto para minha calça, fitando meu pênis ainda ereto marcado contra o tecido e, bem ao lado, uma mancha.

Merda.

Caminhei um pouco pelo lado de fora, sentindo a brisa fria contra o meu rosto e tentando acalmar meus hormônios agitados. Tentei analisar a questão do ponto de vista de Taehyung, que há apenas dois meses havia descoberto que namorava com um cara que nunca tinha visto antes na vida. Ele não tinha nenhuma lembrança de quando descobriu sentir tesão por homens, e gozar assim – enquanto estávamos só se amassando – deve tê-lo deixado constrangido, pra dizer no mínimo. Mas conhecendo Taehyung ele com certeza estava puto de raiva e se sentindo humilhado.

Eu estava com a sensação de que toda vez que nós dávamos um passo para frente, logo em seguida voltávamos outros dois. Não fazia ideia de como agir, e não sabia se ir atrás dele e tentar conversar iria melhorar ou piorar a situação, que já estava bem ruim. Mas só de imaginar Taehyung trancafiado naquele banheiro martirizando-se e pensando um monte de bobagens fazia meu estomago se revirar, e eu sabia que não podia deixa-lo sozinho.

Levei o cobertor de lã para dentro e coloquei-o em cima do sofá, fechando a porta de vidro que dava para o lado de fora. Meio incerto, me aproximei da porta do banheiro, batendo de leve na madeira.

- Tae? – Chamei numa voz baixa, mas ele não respondeu. – Tae, sai daí, por favor. Não tem problema-

- Não ouse! – Ele me interrompeu, e eu notei um tom de choro na sua voz – Eu não quero falar sobre isso.

Ele estava chorando, tive certeza. Taehyung não era muito de chorar, mas com o Taehyung bêbado a história era outra.

Respirei fundo e comecei a cantar. Eu costumava sempre cantar quando Taehyung estava triste e esperava que fosse uma confirmação de que nós não precisávamos falar sobre isso se ele não quisesse.

Eu também não sabia mais o que fazer.

Cantei por uns dez minutos até finalmente ouvir o barulho da tranca da porta anunciando a saída de Taehyung. Seus olhos estavam inchados, e cheios de um brilho que me deixou na duvida se ele ia me abraçar ou me bater.

Felizmente, ele me abraçou.

- Tae...

- Shiu! – Ele me repreendeu – Não fala nada que vai me deixar com vergonha. Só continua cantando, tá?

Beijei sua testa antes de voltar a cantar e desvencilhar nosso abraço, indo até o sofá e jogando as almofadas no chão. Ele se deitou e eu puxei a coberta de lã sobre nós ao me deitar ao seu lado. Taehyung riu de leve enquanto me observava fazer tudo sem parar de cantar e eu me senti aliviado ao vê-lo sorrir. Ele apoiou a cabeça no meu ombro e eu o envolvi em meus braços, esperando que o gesto pudesse lhe dar segurança e dizer as palavras que ele não me deixou dizer.

Está tudo bem.

Cantei para Taehyung até que ele adormecesse.


Notas Finais


GENTE! FOCA AQUI!
Primeiro, mals a demora viu? Não foi intencional, mas me deu um daqueles bloqueios criativos malucos e eu fiquei horas sentada na frente do computador e o capítulo simplesmente não queria sair de jeito nenhum!
A questão é que, como eu não consigo ficar sem escrever, acabei pegando um plot bem clichê fluffy taekook da minha cabeça e redigi o primeiro capítulo! Então não tava atoa, não me matem. Vou postar a fluffy assim que Vestígios acabar porque não quero prejudicar as atualizações dessa fic.
Então, boas notícias pelo menos, né? Não vou deixar vocês sem taekook! hahahaha

Comentem pra me dar um gás que nós estamos na reta final <33

Beijos,
~BtsNoona

[EDIT: Corrigi uns erros de digitação. E esqueci de falar galere, essa frases aí do "Banquete" de Platão são desse texto mesmo, sem mentirinhas. É um texto legal que fala sobre homossexualidade de um ponto de vista bem amorzinho considerando que foi escrito antes de Cristo né... <3
E alcançamos os 200 favs! Obrigada a todos que favoritaram, vocês me deixam muito feliz <3 ]


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...