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História Vestígios - VKook - Taekook - Hashtag


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Oi meus amores! <3 Demorei? Espero que não.

Recomendo que releiam o spin off (parte em itálico antes do título do capitulo) do capitulo 11 antes de lerem esse. Sei lá, pra quem esqueceu daquele detalhezinho, vocês vão compreender melhor esse cap com aquela cena em mente.

Capítulo não revisado, como sempre, pqe to sempre apressada pra postar (isso é saudade dos comentários de vocês, juro). Então qualquer erro me avisem <3
Nos vemos nas notas finais!

Boa leitura!

Capítulo 26 - Hashtag


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Hashtag

Taehyung estava morrendo de raiva por ter sido levado para a mansão contra a própria vontade. Sua mãe estava lhe dando nos nervos! Sentia dores físicas por ter que aturar calado as reprimendas dela. Nossa, só queria fugir!

Pelo menos tinha Dahyun. Que amiga fiel e abençoada ela era, visitava-o todos os dias e alegrava-o pelo menos um pouco. Apesar de, as vezes, Taehyung achar que ela mais irritava do que divertia. Mas ainda assim Kim Dahyun continuava sendo uma benção.

Quando não estavam discutindo assuntos aleatórios, falavam do plano. O plano de liberdade de Taehyung, que por enquanto encontrava-se pela metade. Ele sabia que ao se aproximar da ex-namorada sua mãe ficaria mais tranquila e menos desgostosa. Eventualmente ela teria que voltar para a Europa, e Taehyung esperava que as visitas diárias de Dahyun a despachassem mais depressa.

Mas e depois?

- Assim que ela voltar para a Europa eu fico livre, mas é uma liberdade temporária – Comentou Taehyung, numa das tardes em que conversavam em seu quarto na mansão – Eu quero total independência dessa mulher, Dahyunie.

- Essa conversa está me dando um déja vù sinistro. Parece até que voltei no tempo. – Ela riu – Você não se lembra, mas nós já falamos disso antes. A diferença é que agora você não tem plano nenhum, mas antes não tinha um apenas. Tinha dois.

O castanho olhou-a com as sobrancelhas franzidas, se mordendo de curiosidade. Não conseguia pensar nem mesmo em um plano para se livrar de vez por todas da Sra. Kim, quem dirá dois.

- Dois?

- O plano A você não quis me contar de jeito nenhum, por mais que eu insistisse. Acho que você queria fazer tudo sozinho e escondido, e resolver a situação por conta própria.

- Isso soa como algo que eu faria. – Concordou – Mas e o plano B?

- Esse você me contou, mas só porque ia precisar da minha ajuda. Sempre foi um baita de um interesseiro, você! – Dahyun revirou os olhos – Mas você estava inseguro com o plano B, e não queria colocá-lo em prática, com medo de prejudicar seus pais. Acho que você ia tentar o plano A primeiro, mas não faço ideia do que era. E com razão, esse plano B era bem arriscado mesmo, eu tentei te advertir-

- Dahyun! – Taehyung interrompeu-a. A garota tagarelava demais. – Sem mais rodeios, conta logo do que se tratava esse tal de plano B.

Capítulo 26 – Hashtag

Depois do nosso beijo alguma coisa estalou dentro de mim. Não me importava mais nada. Os olhos dele, o gosto, o cheiro. Eu ficava meio anestesiado toda vez que a gente se beijava. É claro que meu coração continuava a bater na garganta e eu estava nervoso, mas o efeito que Taehyung tinha sobre mim era surreal. Era tranquilizador e excitante – tudo ao mesmo tempo. Eu sei que soa contraditório, mas assim que era.

Durante o resto do tempo em que ficamos na cafeteria nós apenas conversamos e tudo correu bem, apesar do bando de gente olhando e tirando fotos. Mas eu só fui realmente ficar em paz e respirar aliviado quando pisamos em casa.

Minha mãe estava ansiosa e morrendo de curiosidade. Ela escutou nosso relato com atenção, e fez perguntas sobre cada detalhe. Mas o que mais a preocupava era o que aconteceria no dia seguinte. Não só a ela, mas a nós três. As possibilidades ficavam rodando sem parar na minha cabeça, e apesar de não querer admitir, eu estava esperando pelo pior.

Podiam sentir nojo de nós, podiam pensar que eu era um interesseiro e que estava com Taehyung pelo seu dinheiro, podiam nos separar. Ou podiam nos aceitar. Quem sabe até nos defender.

Segundo Taehyung, a imprensa ficar sabendo nos deixava em segurança, mas talvez ele tenha dito isso só para tranquilizar a minha mãe, não sei. Ele disse que ninguém teria coragem de tocar em nós enquanto estivéssemos sob os flashes das câmeras. Até fazia sentido e eu torci para que ele estivesse certo.

A Sra. Jeon estava cansada, e tomou um comprimido para dormir antes de se deitar. Detestava vê-la daquele jeito, doente de preocupação, e pensei que uma boa noite de descanso faria bem a ela. Aliás, a todos nós.

- A gente devia ir dormir também. – Disse, apesar de ainda ser cedo, e Taehyung concordou com um aceno cansado de cabeça.

Vestimos nossos pijamas e deitamos. Como sempre, Taehyung não dormiu de imediato, e ficamos imersos num silencio tenso, ambos ainda tentando digerir as últimas horas.

- Meus pais já devem estar a caminho. – Taehyung disse, e eu me senti aliviado por ele puxar assunto, mesmo que não fosse um tema nada agradável. Aquela quietude estava me incomodando.

- Você está com medo de como sua mãe vai reagir?

- Com muito.

- Ela vai mesmo ficar uma fera. – Comentei, e Taehyung balançou a cabeça em negação.

- Não estou com medo dela, Jungkook. Minha mãe pode falar o que quiser de mim que eu não me importo. Pode até dizer que preferia que eu não tivesse nascido, gritar e me bater. Não estou com medo disso. – Explicou. Falava com tamanha naturalidade e ficou evidente que ele estava sendo sincero. – Estou com medo por ela. Ela se importa demais com a opinião dos outros e a imagem que precisa manter. Está acostumada a ter tudo do jeitinho que ela quer e vai ficar devastada por dentro com toda essa situação, por mais que ela não demonstre. A mulher é uma cobra, admito, mas ainda é minha mãe.

Taehyung tinha razão e eu me senti culpado, apesar de saber que não deveria. Eu tinha muito medo da Sra. Kim, medo do que ela ia dizer, medo de ela levar Taehyung para longe de mim. Nunca tinha pensado por esse lado – no que ela estaria sentindo – e percebi que fui egoísta mais uma vez. Ela era uma mãe difícil e intolerante, mas no fim das contas, era mãe. No fundo devia acreditar que estava fazendo o que era melhor para seu filho, apesar de demonstrá-lo pelos piores meios possíveis.

Deixei um beijo carinhoso no topo da cabeça de Taehyung. Ele estava passando por momentos dolorosos, muito mais do que eu. Senti vergonha da minha covardia, da minha vontade de fugir e de me esconder. Agradeci por ele despertar aquele lado protetor e inconsequente em mim.

- Você tem um coração de ouro, Tae. – E ele tem mesmo. Se preocupar com a Sra. Kim daquela forma, depois de tudo o que havia acontecido conosco. Eu não tinha a maturidade para fazê-lo. – Descansa. Amanhã vai ser um dia longo.

Pelo menos eu já não estava mais no escuro. Sabia por que ele havia se assumido, e entendia seus motivos. Depois que Taehyung apagou por causa do dia emocionalmente exaustivo que teve, ainda tirei uns minutos pra recapitular toda aquela loucura, na esperança de desatar aquele nó confuso na minha cabeça.

Da primeira vez, antes do acidente, Taehyung também tomou medidas precipitadas pra se livrar dos pais. Ele simplesmente fugiu sem dizer adeus e apareceu na porta da minha casa, cercado por malas. Dessa vez não tinha sido tão diferente assim, agora que pensava sobre o assunto, mas seu novo plano era muito mais sofisticado. Além disso, era irrevogável. Não tinha mais como voltar atrás.

Talvez ele tivesse feito isso por saber que só fugir não funcionaria. Eu contei tudo o que aconteceu no passado para o Tae, mas não cheguei a entrar em tantos detalhes. O fato é que depois do acidente a mãe dele voltou e levou-o embora, e conhecendo seu temperamento eu sabia que ele não ia aceitar de braços cruzados.

Sua nova solução foi bem mais drástica. Se assumir para a imprensa foi uma jogada perigosa. Pensei que talvez Taehyung pudesse ter feito exatamente a mesma coisa antes do acidente, se seus pais viessem lhe encher o saco de novo. O pensamento me reconfortou de alguma forma. Ele estava agindo cada vez mais como a pessoa que era antes de perder a memória.

Se Taehyung nunca tivesse entrado naquele ônibus, talvez ele acabasse por se assumir para a imprensa, mais cedo ou mais tarde.

Se Taehyung nunca tivesse entrado naquele ônibus...

Até hoje eu não sei que diabos ele foi fazer. Ninguém sabia. Nenhum dos nossos amigos. Ele só me disse que precisava ‘resolver umas coisas’ e não quis se explicar. Saiu bem cedo de manhã, antes mesmo que eu tivesse levantado da cama. Taehyung me deu um beijo ao se despedir, e disse que estaria de volta no fim da tarde.

Então, aquilo.

Posso dizer com absoluta certeza de que aquele domingo foi o pior dia de toda a minha vida. Não gosto nem de lembrar.

Olhei para Taehyung, dormindo entre meus braços. O pingente de prata que eu havia lhe dado descansava sobre a pele dourada de sua clavícula magra. Observei seu semblante sereno e mesmo à meia luz ainda podia enxergar a pinta simpática na ponta do seu nariz. O corpo dele se encaixava ao meu como a peça perfeita de um quebra-cabeças, e eu pensei em como alguém poderia julgar que aquilo era errado. Nós não estávamos fazendo nada de errado! Por que o fato de Taehyung e eu pertencermos um ao outro incomodava tanta gente?

Para mim não fazia sentido nenhum.

Tal linha de raciocínio começou a me deprimir – como sempre acontecia quando eu começava a questionar a intolerância da nossa sociedade – e eu resolvi afastar aqueles pensamentos desagradáveis. Continuei observando a respiração calma de Taehyung, procurando nele um pouco de paz de espírito para que pudesse dormir. Depois de alguns minutos eu me rendi ao sono, mas acabou não dando muito certo. Minha ansiedade não foi nada benévola.

A insônia fez de mim escravo e eu acordei diversas vezes durante a noite. Taehyung também estava agitado e não parava de se remexer na cama, rolando de uma lado para o outro, o que não ajudava. Tivemos uma noite péssima.

Quando o dia começou a clarear eu resolvi que seria inútil tentar continuar dormindo e me levantei. Sentia como se não tivesse dormido nada, e meu corpo todo doía, exausto. Tae estava jogado de bruços na outra ponta da cama, completamente apagado, com a boca aberta e todo torto. Achei a cena engraçada e apesar da preocupação abri um sorriso largo. Taehyung conseguia me fazer rir até enquanto dormia.

Caminhei pela casa a procura da minha mãe, mas o remédio para dormir tinha surtido efeito, e ela ainda não havia se levantado. Melhor assim. Sua expressão apreensiva só serviria para me deixar mais inseguro e agoniado.

Com o celular em mãos, me sentei no sofá estampado da sala. Meu coração retumbava alto e incômodo no peito, e eu respirei fundo, buscando coragem.

Abri o Twitter. Pesquisei “Kim Taehyung”.

Primeiro apareceram manchetes dos principais jornais coreanos. Imagino que devam ter censurado as fotos do beijo, pois todas as imagens mostravam nós dois na cafeteria, e em algumas delas nossas mãos juntas sobre a mesa.

“Romance de Kim Taehyung é desvendado.”

“Herdeiro da Sangsa Beauty é visto acompanhado em cafeteria.”

“O mistério acabou! Kim Taehyung sai em público com Jeon Jungkook.”

Meu nome. Com todas as letras. – Jeon. Jung. Kook.

Comecei a suar frio. Não sei como, mas descobriram quem eu era mais rápido do que eu imaginei que fossem. Talvez tivesse um dedo de Kim Dahyun nisso também. Não duvidava nada.

Abri um dos links e fui redirecionado ao site do jornal. Fiquei impressionado com a quantidade de informações sobre mim que conseguiram colher num período de tempo tão curto. “Solteiro”, “21 anos”, “estudante de música”. Só faltava colocarem meu endereço, signo e tipo sanguíneo.

Apesar de sentir minhas mãos tremendo, eu voltei para o Twitter e continuei descendo pelo feed. A maior parte dos jornais coreanos apenas noticiou o escândalo, sem dar uma opinião concreta se contra ou a favor. Alguns jornais internacionais também surgiram na pesquisa, com publicações em línguas que eu não compreendia. Continuei a checar os tweets até chegar ao que mais me interessava, e o que eu mais temia. A opinião pública.

Finalmente vi algumas fotos do beijo, que deviam ter vazado ou sido tiradas por curiosos que foram ver do que se tratava o tumulto na cafeteria. Apesar de não ser o momento adequado, eu e Taehyung não tínhamos nenhuma foto se beijando e não pude evitar pensar que parecíamos um casal bonitinho.

Quase dei um pulo no sofá quando uma enxurrada de corações multicoloridos tomou conta do meu feed. Fiquei tão surpreso ao ler os tweets que minha boca pendeu entreaberta e uma onda de euforia tomou conta do meu corpo. Eu simplesmente não conseguia acreditar no que via.

 “Eles são tão lindos! <3”

“O amor não enxerga gênero”

“Só vou usar produtos da Sangsa. <3”

“Finalmente uma empresa coreana que se preocupa com a inclusão!”

“Temos que protegê-los de todo o mal”

E ao lado dos comentários, uma hashtag.

#taekook


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo! Ele me deu mais dor de cabeça que o esperado.

Vou explicar. Não era pra ter terminado aí. Vocês sabem que eu sou viciada em dividir meu caps, mas esse eu nem queria dividir. Pensei em cortar alguns pensamentos do Jungkook, mas quero que vocês REALMENTE entendam de onde surgiu toda essa história de plano e que não foi uma coisa do nada, um surto maluco do Tae.
Tá bem explicado isso? Tô nervosa. Por isso que esse capítulo em que quase nada acontece me deu tanto trabalho de escrever.

Mas o que que eu não faço por vocês, não é? <333 meus chuchus.
Tomara que vcs tenham gostado!! Não se esqueçam de comentar e muito muito obrigada pelos comentários e favoritos, amo muito vocês!

Beijocas amoras,
~BtsNoona


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