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História Vestígios - VKook - Taekook - Naquela manhã


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores mais amados do Spirit! <3 Como vocês estão?
Espero que bem. Aguentem os tiros aí!

E leiam as notas finais, nos vemos por lá!
Sério, não deixem de ler as notas finais.

Boa leitura!

Capítulo 27 - Naquela manhã


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Naquela manhã

Kim Sooyun agradeceu aos céus quando o marido finalmente adormeceu no assento do avião. Foram obrigados a viajar assim, de rompante no meio da madrugada, graças ao filho que – no que ela pensava ter sido um acesso impulsivo – se assumiu homossexual para a imprensa.

Ainda se recuperando da raiva de poucas horas atrás, Sooyun sabia que passaria a viagem inteira bem acordada.

Em sua cabeça, a única possibilidade que fazia sentido era que Taehyung havia recuperado a memória e feito uma loucura impensada, o que seria bem típico dele. Sooyun o deixara há pouco mais de um mês e o garoto parecia ter desistido dessa ideia ridícula de ser gay e estava disposto a resolver as coisas com Kim Dahyun, uma menina que seria boa não só para ele, mas para ambas as famílias.

Uma grande parte da sua raiva, aliás, estava direcionada à garota de cabelos coloridos. Dahyun não apenas prometeu que cuidaria de seu filho e tentaria reconquistá-lo, mas também continuou a manter contato, atualizando Sooyun. Ela disse que Taehyung estava morando com ela. Disse que estavam resolvendo as coisas entre eles.

Sentiu-se muito estúpida por ter confiado na menina. E detestava sentir-se estúpida.

Taehyung ter recuperado suas lembranças realmente parecia a única explicação plausível. Nesse caso, Dahyun poderia até estar dizendo a verdade, mas a Sra. Kim faria questão de tirar satisfações.

Que infelicidade! Tinha que admitir que a amnésia viera em boa hora, e havia apagado um período de tempo extremamente conveniente – toda aquela história boba com o menino Jeon. Parecia uma benção dos deuses.

Claro que Sooyun ficara preocupada ao saber do acidente. Mas ela só foi descobrir tarde demais, graças ao telefonema da tal doutora Choi, quando Taehyung já estava recuperado e na casa do garoto.

Em partes, sentia-se culpada por aquele romance e a amnésia era sua forma de redenção. Era sua culpa que Taehyung chegou a dividir o dormitório da universidade com aquele garoto.

Ela havia praticamente jogado o filho nos braços de Jungkook.



Capítulo 27 – Naquela manhã

#taekook

Taekook? Céus, aquilo era ainda melhor que a encomenda. Abri um sorriso bobo e levantei de um pulo do sofá, correndo até o meu quarto para avisar Taehyung.

Ele ia amar ‘taekook’.

Cheguei ao quarto em menos de um segundo, segurando o celular com as mãos ainda trêmulas, e pulei sobre o corpo adormecido de Taehyung, sem conseguir conter minha excitação. Ele levou um baita susto e acordou fazendo várias caretas engraçadas, o que me fez rir sonoramente.

- Você pretende me matar do coração? – Taehyung reclamou ao me ver – Merda!

- Pretendo! – Sorri, esticando o celular em sua direção, com o feed do Twitter aberto na tela. – Olha pra isso, Tae!

Taehyung arrancou o aparelho de minhas mãos, ainda deitado na cama e preso debaixo das minhas pernas. Sua boca formou um perfeito ‘O’ enquanto ele passava o dedo pela tela com os olhos arregalados. Ao desviar seu olhar do celular até mim, um sorriso largo abriu-se em seu rosto.

- Nós somos tipo idols! – Disse, fazendo-me rir. Eu sabia que ele faria um comentário semelhante àquele. – Jungkook, a gente tem um nome!

Ele estava com uma cara desacreditada e um sorriso bobo. Achei-o realmente adorável.

- Aham. – Respondi, antes de me curvar sobre ele e colar nossos lábios. Foi um beijo meio desajeitado, já que nenhum de nós conseguia parar de sorrir. – Nós somos taekook. – Disse ao nos afastarmos.

Taehyung riu alto e entrelaçou as pernas pela minha cintura, virando-se na cama e ficando em cima de mim.

- Sim, nós somos taekook!

Então ele me beijou outra vez. Dessa vez não foi nada desajeitado.

Deviam ser umas seis horas da manhã. O momento não era o mais propício, mas eu e Taehyung estávamos tão felizes e surpresos com as reações na internet que acabamos nos animando demais e ficamos rolando um por cima do outro na cama, nos beijando por sei lá quanto tempo. Eu que não ia reclamar.

Muito pelo contrário. Foi ótimo. Os internautas nos deram uma dose alta de confiança, e estávamos precisando. Para dizer a verdade eu nem estava nervoso mais. Começou a surgir em mim uma vontade louca de levar Taehyung em todos os lugares que nunca pude levar. Principalmente no parque de diversões. Sempre quis passear com ele pelo parque de diversões e eu sabia que ele ia amar cada minuto.

Não sei por que eu estava pensando nisso enquanto nos beijávamos feito dois maníacos, mas assim que a boca de Taehyung se descolou da minha e começou a descer pelo meu pescoço eu simplesmente tive que falar.

- Vamos ao parque de diversões.

Taehyung riu contra a minha pele, me provocando calafrios na espinha.

- Agora?

- Agora não dá, ainda tá fechado. Mas sei lá, vamos amanhã. – Comecei a falar depressa e embolado, como costumo fazer quando me empolgo demais – Não, vamos hoje! Vamos mais tarde. Hoje é quarta feira, não vai ter fila nenhuma, vai ser ótimo. Tae, você vai amar! A gente vai comer pipoca e eu prometo te ganhar um ursinho de pelúcia. Por favor, vamos. Vamos hoje.

Eu fiquei tão eufórico com aquela ideia maluca de parque de diversões que nem estava lembrando mais que os pais de Taehyung poderiam chegar a qualquer minuto. Não sei o que me deu. Na minha cabeça a gente passeava e íamos nos brinquedos, como qualquer casal. Andávamos de mãos dadas e comíamos maçãs do amor. Imaginei a gente se beijando na roda-gigante e Taehyung segurando minha mão na montanha-russa. Não sei mesmo o que me deu.

Acho que era liberdade.

Taehyung só olhava para mim e ria. Eu devia estar fazendo uma cara de idiota, e ele sempre achava graça quando eu desatava a falar sem parar.

- Por que não? – Finalmente me respondeu, com aquele sorriso retangular, tão único e bonito – A gente pode ir onde quiser.

Pra tanta gente aquela era só uma frase comum e sem significado. Mas para nós era insano.

A gente pode ir onde quiser. Fiquei rindo abobalhado.

Quis muito abraça-lo. Era uma variação gigante de sentimentos num período muito curto de tempo e eu já estava de saco cheio de tentar entender e racionalizar tudo. Taehyung ainda estava em cima de mim e quando eu sentei no colchão ele cruzou as pernas nas minhas costas. Abracei sua cintura com força, até apertar suas costelas, mas ele não reclamou. Ao invés disso, jogou os braços ao redor do meu pescoço e me abraçou de volta.

- Eu te amo. Muito. – Fechei os olhos e me agarrei a ele, meu porto seguro. A única coisa que fazia sentido nessa confusão toda era o quanto eu amava Taehyung.

- Coelhinho. – Ele riu soprado contra o meu ouvido e acariciou os cabelos da minha nuca. – Eu também. Amo mesmo.

- Cheguei a pensar que nunca mais te ouviria dizer isso.

- Eu te amo, Jungkook-ah. – Sussurrou. Eu senti meu coração bater acelerado e calafrios percorreram minha espinha – Eu te amo. Posso repetir quantas vezes quiser.

A capacidade que Taehyung tinha de mexer comigo sempre me deixou abismado, desde logo no inicio, quando o conheci. Ele fazia meu coração se esquentar, me fazia experimentar sintomas que eu nunca tinha sentido antes. Quando tento me lembrar do exato momento em que me apaixonei por ele, não consigo. Acho que eu sempre fui apaixonado por ele.

Ficamos em silencio, agarrados um ao outro ainda por um bom tempo antes de nos desvencilharmos. Taehyung alcançou seu celular no criado-mudo e fez uma careta, e eu soube que não seriam boas notícias. Mas eu não me preocupei, para minha própria surpresa. Ainda estava anestesiado pelo abraço dele.

- Desculpe Jungkook-ah. Acho que teremos que remarcar nosso passeio ao parque de diversões.

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Havia duas mensagens no celular de Taehyung. Uma delas era do Sr. Kim, notificando sua chegada à Coréia e o intimando para estar na mansão Kim às 14h. No fim, lia-se “E não apronte nenhuma gracinha até lá”. A outra mensagem era de Dahyun, dizendo que tinha recebido uma mensagem da Sra. Kim, pedindo para que ela fosse à mansão também às 14h, e Dahyun disse que ia passar com o motorista na minha casa para buscá-lo.

Na verdade, nos buscar.

- Eu obviamente vou com vocês.

- Você não deveria, só vai deixar minha mãe mais irritada. – Taehyung argumentou – E ela vai te dizer um monte de coisas horríveis que você não precisa ouvir.

- Não seria a primeira vez. Tae, eu não vou deixar que vá sozinho.

E não ia mesmo. Por mais que eu soubesse que provavelmente seria bombardeado com atrocidades pela Sra. Kim, queria estar lá caso algo acontecesse. Rezei baixo para não me acovardar e conseguir protegê-lo se fosse necessário, mas eu sabia que tinha uma chance muito maior de Taehyung acabar tendo que me proteger. Ainda assim, ficar em casa roendo as unhas não era uma opção.

E também, tenho certeza que no fundo Taehyung queria que eu fosse.

A gente se arrumou, comeu, e ficamos esperando a Dahyun chegar. A tensão na sala era tão densa que dava pra cortar com uma faca. Eu, minha mãe e Taehyung ficamos sentados no sofá estampado, uns vinte minutos em silencio, cada um de nós muito interessado nas próprias cutículas pra dizer qualquer coisa.

Quando a campainha tocou todos nós ficamos aliviados que aquele martírio tinha finalmente acabado. Eu abri a porta para uma Dahyun inquieta – muito inquieta, por sinal. Ela estava dando pulinhos no lugar, não parava de se mexer. Entrou feito um cometa em casa, saltitando até Taehyung, e desatou a falar feito uma condenada.

- Oppa, nem se eu tivesse imaginado o melhor resultado possível acho que não chegaria a esse nível. Sério, tá demais. Passei a manhã toda subindo a hashtag, queria que chegasse aos trending topics, mas demos o azar de ter comeback do EXO. Olha, amo tanto você que ainda nem ouvi o álbum novo então sinta-se muito importante. Depois me manda umas fotos de vocês dois que eu dou um jeito de vazar e viralizar elas na rede, nossa, vai ser demais. Ah, olá senhora Jeon, como você está? – Dahyun disse ao finalmente perceber minha mãe no aposento, mas não deixou tempo para ela responder – Pode ficar despreocupada que vai dar tudo certo. Tô levando todos os documentos da pesquisa de mercado que eu fiz, sei que o Sr. Kim vai adorar quando eu apresentar provas físicas. Nossa, vai ser demais.

Ela falava muito “nossa, vai ser demais”. Parecia uma criancinha com os olhinhos arregalados brilhando de excitação e um sorriso de orelha a orelha. Quem a visse assim pensava que devia ter uns quinze anos, juro.

- Oh, obrigada, querida. – Minha mãe agradeceu educadamente, dando umas risadas. Fiquei feliz pela excitação de Dahyun ter conseguido faze-la rir. – Agora melhor vocês irem, não devem chegar atrasados.

Entramos no carro e Dahyun não parou de falar o caminho inteiro. Mas foi uma coisa boa, porque não queria que caíssemos naquele silencio incômodo de novo. Taehyung ficou de mãos dadas comigo e pude sentir sua palma suando.

Quando enfim chegamos e saímos do carro, fiquei abismado com a imponência da mansão Kim. Eu já tinha ido lá antes – e não tinha nenhuma boa lembrança do lugar – mas ela me pareceu ainda mais assustadora dessa vez. Era uma construção colossal, no estilo tradicional coreano. Tinham dois seguranças na porta vestidos de terno e nos olhando de cara feia. Fazia um frio congelante do lado de fora e eu estava tremendo, mas não tenho certeza se era mesmo por conta do frio.

Apertei a mão de Taehyung na minha.

- Você está nervoso? – Perguntei, e minha voz saiu ridiculamente falha.

- Não tanto. – Ele me abriu um sorriso reconfortante – Definitivamente menos nervoso do que quando você me chama de hyung.

Soltei uma risada fraca. Apesar de Taehyung não querer admitir, eu sabia que ele estava nervoso. Ele se virou para encarar Dahyun, que já não sorria nem falava mais, mas tinha um brilho determinado no olhar que me deu um pouco de segurança.

- Dahyunie, você está pronta?

- Eu nasci pronta, oppa.

Dahyun encarou-nos com os olhos semicerrados e os lábios crispados. Não consegui reprimir uma risada, ela achava que estava num filme de ação ou algo do gênero, a cena foi toda muito teatral. Sei lá de onde ela conseguia tirar aquela confiança toda, mas senti inveja.

Taehyung desvencilhou sua mão da minha para tocar a campainha, e depois não voltou a segurá-la. Achei melhor assim. Os pais dele nem sabiam que eu estaria lá e não queria já chegar dando motivos para me expulsarem. Eu sozinho já era motivo suficiente.

Eu senti meu estômago dando voltas quando abriram a porta.

Chegou a hora. É agora ou nunca.


Notas Finais


E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado!

Estou pensando seriamente em fazer uma continuação para vestígios. O final da fic já está decidido, já estava decidido mesmo antes de eu começar a escrever. Mas andei matutando umas ideias para uma continuação, e acho que ficaria legal. Seria narrada pelo Taehyung, o que vocês acham? Arrumo mais problemas para o OTP (tadinhos kkk) ou deixo os dois viverem em paz?
Vocês mandam, eu escrevo, sério. Mas fiquei animada com a ideia (e até já comecei a escrever uns rascunhos, admito). Quem for a favor comenta aí, quem for contra comenta também. hahaha

Agora sim estamos bem no finalzinho. Obrigada a todo mundo que comentou, favoritou ou só leu <3 Eu nem conheço vocês, mas são a razão pela qual eu saio da cama de manhã. Sem exageros, vocês me dão uma força que nem imaginam e eu serei eternamente grata a cada um. <3 eu amo vocês!

Nos vemos em breve!

Beijocas amoras,
~BtsNoona


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