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História Vestígios - VKook - Taekook - Vamos Interromper Jeon Jungkook


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Espero que gostem!!
Não se esqueçam de comentar, porque isso me anima a continuar escrevendo <3
~ BtsNoona

Capítulo 3 - Vamos Interromper Jeon Jungkook


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Vamos Interromper Jeon Jungkook

- Dahyun, é estranho. – Começou Taehyung, assim que Jungkook saiu pela porta. – Ele nunca me deixa sozinho! – Dahyun sorriu – Eu tô falando sério, ele só saiu pra enfermeira trocar meu curativo da cabeça, porque eu não quero que ninguém me veja careca!

- Olha ele, já está preocupado em parecer feio perto do namorado. – Ela zombou – Que lindo.

- Nem vem com suas piadinhas, Kim Dahyun. – ele fez cara emburrado – Esse cara é meio maluco ou o que? Eu nem conheço ele.

A menina de cabelos coloridos ficou repentinamente séria.

- Taetae, você não ouse ser mal agradecido com o Jungkook. Ele está fazendo isso porque quer protege-lo, e imagine só como ele deve estar passando pelo inferno agora que o namorado dele simplesmente esqueceu da sua existência.

- Mas Dahyun...

- Você devia dar uma chance a ele. – Taehyung abaixou a cabeça, encarando o cordão que segurava na mão direita – Jungkook está fazendo isso porque ama você.

 

CAPÍTULO 3 – Vamos interromper Jeon Jungkook.

 

- Socorro.

 Eram duas da manhã e eu estava dormindo no sofá do quarto 213 ao lado de Taehyung quando fui acordado por sua voz baixa e falha pedindo ajuda. Meu coração instantaneamente começou a disparar e eu levantei num salto, alcançando o interruptor ao lado da cama e acendendo a luz.

Taehyung estava sentado ereto, com a cabeça baixa. Sua respiração era alta demais e descompassada, como alguém que luta por oxigênio para sobreviver. Levantei seu queixo com a mão e pude ver o suor que escorria por todo seu rosto, molhando o curativo em sua cabeça.

- Tae! – desesperei-me – Taehyung, o que houve?

Ele levou sua mão direita ao peito e eu instintivamente sobrepus minha mão a dele. Seus batimentos cardíacos estavam acelerados, muito fora do normal.

- Eu vou chamar um médico. – Eu disse, mas ele segurou meu pulso com sua mão livre do gesso, tentando me impedir.

- Não. – Ele puxou o ar com força, e percebi que estava tentando controlar a respiração. Senti meus olhos encherem-se de lágrimas e a sensação de impotência, de não poder ajuda-lo, me fez querer gritar. – Ataque... – respirou fundo mais uma vez - de...

- Pânico. – Completei. Taehyung já havia me contado que costumava ter ataques de pânico quando era criança, mas eu nunca o havia visto passar por um. – Tudo bem, Taehyung, está tudo bem.

Mantenha a calma, Jeon Jungkook. Você não pode se desesperar.

Senti meu estômago se revirar e meus olhos lacrimejarem. Fiz meu máximo para segurar as lágrimas, pois estava prestes a chorar como uma criança.

Levantei seu rosto com as duas mãos, sentindo o suor frio que escorria sobre sua pele quente. Tentei usar o tom de voz mais suave que pude, apesar de estar uma pilha de nervos.

- Olha pra mim – Eu disse, encostando sua testa na minha e sentindo a textura pegajosa de sua pele. Ele levantou o olhar em direção ao meu, fazendo com que eu sentisse o tão familiar arrepio na espinha, que eu tentei ignorar a todo custo. – Você está bem. Eu não vou deixar que nada de ruim te aconteça. Enquanto estiver comigo, você vai ficar bem.

Já não sabia se estava afirmando aquilo para mim ou para ele.

Senti a mão de Taehyung alcançando minha camisa e agarrando-a com força. Coloquei uma de minhas mãos sobre a dele, ainda segurando sua cabeça colada a minha com a outra. Aos poucos, percebi que seus dedos estavam relaxando, e sua respiração voltava lentamente ao normal.

- Eu estou aqui. – Reafirmei, soltando o ar pesadamente, aliviado. – Não vou sair do seu lado, não vou te deixar sozinho.

Ele descolou sua testa da minha e deixou a cabeça enfaixada cair sobre meu ombro. Parecia exausto.

- Eu pensei que fosse morrer. – Confessou, e eu senti suas lágrimas quentes molharem minha camiseta.

Sem pensar duas vezes me aproximei ainda mais e o abracei. Céus, eu queria fazer isso desde que ele havia aberto os olhos. Finalmente tê-lo em meus braços depois de todos aqueles dias pareceu ter lavado a minha alma.

Taehyung começou a chorar como um bebê, soluçando alto. Afundei meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo o cheiro familiar e aconchegante da sua pele.

- Porque isso foi acontecer? Porque comigo, droga. – Reclamava entre os soluços, fungando como uma criança.

Não sei ao certo por quanto tempo fiquei ali com ele, até que adormecesse.

----

Ouvi o virar da maçaneta da porta e abri os olhos lentamente. Minha preocupação com Taehyung era tanta que eu mal tinha conseguido dormir, me alarmando ao som de qualquer ruído.

Dormi sentado na poltrona, com a cabeça apoiada em seu braço engessado, enquanto minha mão direta atravessava a cama e segurava a sua, por um lado, tentando reconforta-lo, por outro, preocupado que ele pudesse ter outro ataque e eu não conseguisse acordar.

Levantei a cabeça para dar de cara com a enfermeira que vinha todas as manhãs dar à Taehyung aquela batida de medicamentos intravenosos. Analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios, morfina. Ela me olhou com um misto de impaciência e pena, visto que minha mão em cima da de Taehyung estava impedindo-a de alcançar a agulha fincada em sua pele para que pudesse aplicar a seringa.

Fiquei sem graça e afastei minha mão da dele. Ela rapidamente aplicou a batida, sem nem olhar para mim, e saiu do quarto. Eu nunca fui um cara muito sociável e desde que havia conhecido Taehyung, não me sentia mais obrigado a tentar ser. Ele era espontâneo por nós dois, o que me fazia sentir a vontade quando estava ao seu redor.

Taehyung era como o sol. Tae, aliás, pode significar sol.

Fiquei observando-o enquanto ele dormia. Seu rosto já não estava inchado como antes e eu podia ver os traços bonitos do garoto por quem me apaixonei. Seu semblante tranquilo e sua pele dourada em nada haviam mudado. Eu poderia ficar horas olhando para ele.

Meus olhos focaram em seu braço livre do gesso. A agulha ainda espetada no dorso de sua mão, ligada a um tubinho de plástico tampado, enquanto alguns hematomas rodeavam o local onde ela estava cravada. Me inclinei sobre seu corpo instintivamente, pegando sua mão e encostando de leve os lábios onde hematomas manchavam sua pele.

- Jungkook?

Dei um enorme pulo para trás, com o susto, soltando sua mão, que caiu pesadamente na cama.

- OUCH! – Taehyung reclamou.

Fui pego no flagra. Mas que idiota. Tenho certeza que meu rosto está todo vermelho. Não tive coragem de dizer nada.

- Suas bochechas estão coradas. – Ele exclamou, e eu juntei toda a minha coragem para encará-lo, aliviado ao me deparar com um sorriso brando e retangular, uma das tantas características únicas de Kim Taehyung. – Que fofo.

Estúpido. Será que ele pensaria que eu estava me aproveitando da situação?

Bom, talvez eu estivesse. Um pouco.

Mas tinha que abrir minha boca e pedir desculpas mesmo assim.

- Taehyung, me des-

- Me desculpe. – Ele me interrompeu. Seu sorriso foi substituído por uma careta que evidenciava o quanto era desconfortável para ele pedir desculpas – Sobre ontem. Eu devo ter te deixado preocupado.

Fiquei sem ter o que dizer. Definitivamente não estava esperando por isso.

- Eu fiquei muito preocupado – desabafei, sentando-me novamente na poltrona ao seu lado. – Mas não foi sua culpa. Não tem que pedir desculpas.

- Sinto que preciso. Não quero ficar em débito com você.

Meu coração esfarelou-se.

- Ah. Entendo o que você...

- Obrigado. – Ele me interrompeu novamente. Certas manias não se perdem. – Pelo que você me disse ontem e por ter ficado ao meu lado. Foi importante para mim.

Meu coração gelou. Senti como se ao abrir a boca borboletas fossem sair do meu estômago e voar livremente pelo quarto de hospital.

Eu olhei fixamente para Taehyung, e ele estava sério, me encarando de volta. Só queria formular uma frase decente pra dizer. Essa era a minha chance, ele finalmente me dera abertura.

- Taehyung-ah, eu...

A porta abriu-se novamente e Seokjin entrou com uma cesta imensa de café da manhã.

- Surpresa! – Ele exclamou sorridente, levantando a cesta em nossa direção.

Nós dois olhamos para ele e percebi que minha boca ainda estava semiaberta. Parece que hoje é o dia nacional de vamos interromper Jeon Jungkook, e esqueceram de me avisar.

- Que caras são essas, gente? – Seokjin perguntou, enquanto abria a cesta e colocava seus quitutes em cima da mesa. – Interrompi alguma coisa?

O mundo só pode estar contra mim.

 


Notas Finais


tcharam! Mais um capítulo pra vocês. Tadinho do Jungkook, ninguém deixa ele falar. hahaha
Uma curiosidade: Esse negócio de Tae poder significar sol é pura cultura de dorama. Em The Master's Sun (assistam que é ótimo) tem duas personagens com o sobrenome Tae, e se referem a elas como "o grande sol" e "o pequeno sol" (aliás o título do dorama é por causa disso).
Não sei falar coreano não, tá, gente? Quem me dera! Perdão por qualquer erro.
É isso, espero mesmo que tenham gostado desse capítulo.
Não se esqueçam de comentar!
Beijinhos
~BtsNoona

[Edit: só um PS que esqueci de avisar, essa Dahyun é a Dahyun do Twice mesmo, pra quem tá na dúvida. Sim, ela é minha bias e resolvi botar ela história. hahaha]


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