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História Vestígios - VKook - Taekook - É a nossa história.


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Estou batendo o recorde da minha vida inteira ao postar 4 capítulos em dias consecutivos!
E tudo graças aos comentários de vocês, que me fazem escrever rapidinho pra ver as reações <3
Perdoem os erros e me avisem se encontrarem algum. A pressa pra postar logo foi grande e eu mal corrigi direito hahaha.

Boa leitura!

Capítulo 8 - É a nossa história.


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - É a nossa história.

[via mensagens de texto]

Jungkook: Preciso de ajuda.

Jungkook: É sério, eu estou desesperado!!!!!

Jimin: Eita! Calma lá, o que aconteceu?

Jungkook: Tae não se lembra de nada e está distante, não sei o que fazer.

Jungkook: Hyung, pelo amor de Deus!!!!

Jimin: Você já levou ele ao Rio Han, obviamente.

Jimin: Claro que já. Né?

Jungkook: Err...

Jimin: Kookie, tão bonito o rosto, mas VOCÊ É BURRO? Taehyung já me contou sobre vocês dois no Rio Han uma dezena de vezes!

Jimin: Sem exagero, acho que decorei as falas.

Jungkook: Obrigada hyung, você é um gênio.

Jimin: Eu não sou um gênio, você que é muito lento!

Jimin: E depois me conta como foi!!!!!

 

Capítulo 8 – É a nossa história.

Sem minha mãe em casa um clima tenso se instalou nos dias seguintes à minha confissão e eu e Taehyung acabamos ficando sem assunto. Acordávamos e depois do café eu caminhava com ele pela vizinhança tão conhecida, na esperança de que Taehyung se lembrasse de algo, mas meus esforços pareciam inúteis.

Às vezes recebíamos a visita de algum amigo próximo e isso parecia animá-lo, mas ele andava tão cabisbaixo nos últimos dias que eu tinha medo que a qualquer momento ele simplesmente fizesse as malas e saísse pela porta sem olhar para trás. Isso era, obviamente, a última coisa que eu queria que acontecesse, e passei dias pensando em algo que pudesse animá-lo e aproximá-lo a mim.

Foi só quando já estava a beira do desespero que perguntei à Jimin o que fazer, e ele me veio com uma ideia ao mesmo tempo genial e óbvia. O Rio Han. Como diabos eu não tinha pensado nisso antes? Acordei mais cedo e saí para comprar iguarias de café da manhã, voltando antes que Taehyung acordasse e embalando tudo para colocar no carro.

Quando ele finalmente acordou, indo até a cozinha com cara de sono e estômago roncando, eu o empurrei para o banheiro junto com uma sacola plástica, para que ele cobrisse o gesso durante o banho, e disse que tomaríamos café fora. Taehyung fez cara de emburrado e acatou meio à contra gosto. Logo ele saiu do banho com uma camisa branca, calças jeans, um boné vermelho virado pra trás – tampando a falha de seu cabelo – e, mais importante, um lindo sorriso retangular estampado no rosto. Não faço ideia da cara que eu devo ter feito quando o vi, mas imagino que tenha sido uma expressão boquiaberta bem vergonhosa, porque Taehyung começou a rir de mim.

- Yá, Jungkook, pode tirar uma foto se quiser. – Disse em meio aos risos, e eu neguei com a cabeça, sentindo minhas bochechas se esquentando e encarando o chão.

Mas fiquei feliz que ele parecia animado com nosso passeio, mesmo que não fizesse ideia de para onde o levaria. Eu queria que fosse uma surpresa, o que acabou não dando muito certo já que pouco tempo depois de entrarmos no carro – e Taehyung ficou a viagem inteira reclamando que estava com fome – ele reconheceu o caminho e adivinhou para onde estávamos indo. Até que não foi tão ruim, porque ele parou de reclamar e começou a contar sobre a primeira vez que tinha visitado o Rio Han, quando ainda era uma criança. Mais uma das histórias que eu já conhecia.

Escutei-o com um sorriso estampado no rosto, e meu coração se aqueceu ao vê-lo tão empolgado.

Assim que chegamos Taehyung praticamente pulou para fora do carro, correndo como uma criança e me deixando para trás com a tarefa de carregar nossas coisas, o que não me surpreendeu nem um pouco. Estranharia se ele tivesse se oferecido para ajudar, não seria de seu feitio.

Sentamo-nos sobre a toalha de piquenique e sorri ao ver os olhos de Taehyung dobrarem de tamanho quando tirei os sonhos de doce de leite – seus prediletos – da sacola. No mesmo instante alcançou o doce, dando uma mordida e fechando os olhos enquanto saboreava o sonho e sentia a brisa fresca da manhã bater em seu rosto, um sorriso brando brincando em seus lábios.

Eu jamais vou esquecer a visão.

- Jungkook, vir pra cá foi uma ótima ideia. – Sorriu, as bordas da sua boca sujas de açúcar – Mas eu tenho certeza que você teve algum motivo oculto. – Ele deu outra mordida no sonho enquanto eu me servia da garrafa térmica de café – Pode ir me contando! Foi aqui que eu te pedi em namoro?

Com o susto, dei uma golada maior do que pretendia de café e acabei queimando a língua, fazendo uma careta. Ele riu antes de continuar.

- Acertei, não foi? Você está corado, que adorável.

- Na verdade, foi aqui que eu te pedi em namoro. Pensei que talvez vindo aqui você pudesse se lembrar de algo...

- Não – Respondeu, e eu senti um aperto forte no peito. Taehyung pareceu perceber e me lançou um de seus sorrisos sinceros, daqueles que fazem seus olhos se fecharem. – Mas se você me contar como foi, talvez eu me lembre!

- Não foi grande coisa. – Dei de ombros – Nós já tínhamos confessado nossos sentimentos um pelo outro, mas ainda estávamos naquela fase de negação.

- Fase de negação? – Ele me interrompeu, movendo-se sobre a toalha e se sentando ao meu lado. Senti um calafrio quando nossos ombros se tocaram.

- Você disse que gostava de mim, mas não gostava de ser gay. – Ri com a lembrança. O que na época fora tão doloroso agora parecia idiota. – Me tratava como amigo na universidade e como namorado no dormitório.

Taehyung enrubesceu violentamente, arregalando os olhos, e eu não pude conter um sorriso largo.

- Não assim, seu pervertido! – Ele abriu a boca pra responder, mas só soltou alguns ruídos indecifráveis – Você costumava se infiltrar na minha cama no meio da noite e me fazer de ursinho de pelúcia. Me dava selinhos de manhã, antes de sairmos, e à tarde, quando voltávamos. Mas só quando não tinha ninguém por perto.

Meus olhos começaram a lacrimejar sem permissão. Tudo o que passamos pareceu tão difícil, mas não era nada comparado à situação atual. Às vezes eu tinha vontade de poder voltar no tempo, para uma época em que nossos obstáculos eram ínfimos e nós nem sabíamos. Não tinha amnésia. Não tinham os pais do Tae. Sentia-me culpado quando essas ideias permeavam meus pensamentos, como se eu fosse a pior pessoa do mundo. Devia estar agradecido por Taehyung estar vivo. Devia estar feliz por tê-lo ao meu lado agora, mesmo que não se lembrasse de nada.

Concentrei-me para não chorar, o que estava se tornando um hábito muito mais frequente do que eu gostaria, e tomei um gole de café pra tentar disfarçar meu desconforto.

- Eu estava te confundindo. – Ele concluiu.

- Confundindo? Você estava me deixando completamente maluco! – Taehyung soltou uma risada sonora e eu senti minha vontade de chorar se esvair. Ouvi-lo rir sempre me fazia bem. – Eu não fazia ideia do que você queria com aquilo. Por sorte você tinha contado tudo para a Dahyun e ela veio me tranquilizar. Disse que você queria ficar comigo, mas estava inseguro.

- Aigoo, aquela garotinha fofoqueira!

- Depois disso fiquei insistindo para que você viesse comigo ao Rio Han. Você já tinha me contado aquela história de quando você era criança e...

- Jungkook, você tem que me avisar quando eu estou repetindo as histórias! – Taehyung me interrompeu, fazendo bico – Assim você faz eu me sentir mal.

- Não tem problema, eu gosto de te ouvir falando. – Ele deu de ombros e esticou-se para alcançar outro sonho, fazendo sinal com a mão para que eu continuasse. – Então, eu queria de todo jeito te trazer até aqui e dizia que não tinha problema porque ninguém reconheceria a gente. Mas você ficava nervoso, falando que teriam muitas famílias e que as pessoas nos olhariam de forma preconceituosa.

Fiquei repentinamente feliz ao me lembrar desse detalhe. Taehyung não era o mesmo homem de logo antes do acidente, isso era visível. Mas ele também não era cem por cento do homem de quando me conheceu. Caso fosse ficaria olhando para todos os lados, temeroso de estar sendo julgado por desconhecidos. Mas ele apenas comia seu sonho tranquilamente, como se não houvesse nada de errado no mundo. Todavia, para mim não fazia tanta diferença. Eu era apaixonado pelo Taehyung de dois anos atrás, pelo de dois meses atrás, e por este.

- Mas eventualmente eu concordei em vir com você. – Ele disse, e só então eu percebi que tinha ficado em silencio.

- Só depois de muita insistência e eu dizer que viríamos apenas como amigos. Você ficou paranoico, achando que todo mundo sabia que estávamos juntos, mas tivemos um dia divertido. Á noite, quando não havia mais ninguém por perto, eu disse que queria ser seu namorado.

- Então eu disse sim e te beijei. – Ele tentou adivinhar o fim da história.

- Não – Ri – Você fez uma careta horrível de quem comeu coisa estragada e disse o sim mais rude que já ouvi na vida! – Taehyung gargalhou alto – Eu fiquei tão feliz que te peguei no colo e você começou a me bater.

Olhei para Taehyung e senti vontade de chorar de novo, mas dessa vez não era de tristeza, saudade ou culpa. Ele se contorcia no chão, gargalhando sonoramente com meio sonho na mão e o rosto todo sujo de açúcar, a boca aberta e olhos fechados. Quis chorar de felicidade ao vê-lo, minhas bochechas doendo de tanto sorrir. Estava agradecido por ele estar bem, por estar comigo, por estar alegre.

- Essa é a melhor história de pedido de namoro que eu já ouvi! – Garantiu ao finalmente se acalmar.

É a nossa. – Quis dizer, mas as palavras ficaram entaladas na minha garganta.

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Permanecemos ainda por um bom tempo sentados na toalha de piquenique, comendo e conversando, enquanto Taehyung falava com entusiasmo sobre assuntos aleatórios. Ele não tocou mais no tema da amnésia e nem eu. Sabia que se perguntasse receberia uma resposta decepcionante.

Guardamos as coisas no carro e caminhamos à margem do Rio Han em um silencio confortável. Mesmo que ele não tivesse se lembrado de nada, julguei o passeio muito bem sucedido. Acabamos nos aproximando um pouco, e aquela tensão que se instaurara anteriormente desaparecera. Se as coisas continuassem dessa forma para mim já era um grande avanço.

Comemos tanto no café da manhã que resolvemos pular o almoço e voltamos para casa no inicio da tarde. Assistimos anime pelo resto do dia e à noite pedimos pizza.

Já cochilava no sofá da sala quando senti Taehyung me acordar e percebi que ele havia desligado a televisão. Eu estava num estado alfa, meio acordado, meio dormindo.

- Jungkook-ah, vamos deitar.

Levantei-me como um zumbi e andei meio às cegas até o quarto de visitas quando senti a mão fria de Taehyung segurar a minha, puxando-me de leve e se dirigindo ao meu quarto.

- Acho que você merece passar a noite numa cama pra variar – Ele riu, e eu me sentei no colchão de casal, involuntariamente apertando meus dedos ao redor de sua mão, com medo de que ele tentasse desvencilhar-se e ir embora.

Mas ele não o fez.

Taehyung se deitou ao meu lado, como se tentasse me garantir que ficaria e eu soltei sua mão meio à contra gosto, só porque seu outro braço estava engessado. Senti quando ele puxou as cobertas e deitei a cabeça no travesseiro. Ligeiramente mais desperto, vi Taehyung acomodar-se, cobrindo-nos até o pescoço com o edredom, e me virei de lado para encará-lo. Ele estava com uma de minhas toucas na cabeça e um sorriso pequeno nos lábios, os olhos sonolentos. Por um segundo pensei que estivesse sonhando, mas senti sua mão fria alcançar a minha mais uma vez, por baixo do cobertor, e um calafrio agradável perpassou minha coluna. Sorri ao constatar que era real.

- Boa noite, Jungkook-ah. 


Notas Finais


Eu falei que as tretas iam começar mas não resisti e acabei fazendo um capítulo cheio de fluffy... Aff, Taekook é tão gracinha que até a pobre autora não consegue arrumar problemas pra eles!
Enfim, espero que tenham gostado! Obrigada pelos favoritos, comentários e amor que essa fic está recebendo apesar de ser a primeira que posto no spirit. <3

Vejo vocês logo logo,
~BtsNoona


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