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História Vestígios - VKook - Taekook - Aquele que vai embora


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá! Desculpa sumir no final de semana, mas eu tirei uma folguinha x)
Mas aqui está mais um capítulo, talvez tenha ficado um pouco curto, me perdoem.
Não está revisado então me avisem caso encontrem erros, por favor!
Espero que gostem.

Boa leitura <3

Capítulo 9 - Aquele que vai embora


Fanfic / Fanfiction Vestígios - VKook - Taekook - Aquele que vai embora

 

- Nós somos seis, o carro tem cinco lugares, se a polícia pega a gente eu tô ferrado. – Disse Seokjin, ao ver os cinco amigos parados do lado de fora do veículo, como sempre interessados em pegar uma carona.

- O Yoongi e a Dahyun pesam menos de vinte quilos cada, contam como meia pessoa só. – Provocou Namjoon, arrancando caretas dos outros dois.

- Eu conto como meia pessoa? – Yoongi retrucou – Olha, o Jimin tem meio metro só, conta como criança e pode ir no colo de alguém.

- Meus músculos pesam, querido. – Yoongi revirou os olhos ao ouvir a voz fina de Jimin responde-lo – Se alguém vai no colo aqui, esse alguém é você!

- Eu não me importo em ir no colo. – Dahyun se manifestou, e os cinco garotos olharam para ela ao mesmo tempo.

- Dahyun, você é menina... – Disse Hoseok, após alguns segundos de silencio desconfortável, como se estivesse tentando lembrá-la do fato.

- E daí?

- Ô maluca! Você é sempre assim? Sai por aí sentando em cima de qualquer cara que aparecer? – Provocou Yoongi.

- Ah gente, vocês não contam!

Dahyun foi respondida com uma interjeição de ‘Oh!’ em uníssono e cinco semblantes ofendidos.

- Ninguém vai no colo de ninguém! – Seokjin deu o veredito final – Namjoon vai na frente comigo e vocês quatro podem fazer o favor de se espremer no banco de trás. O Jimin tem um bundão, mas a Dahyun, o Yoongi e o Hoseok são bem magrinhos, então cabe todo mundo.

Todos concordaram com a cabeça, acomodando-se desajeitadamente dentro do carro.

- Gente, não foi minha intenção ofender vocês... – Dahyun tentou se desculpar, espremida entre Hoseok e Yoongi.

- Fica quieta, maluca! – Mandou Yoongi, sem deixa-la concluir a frase.

As coisas que faziam por Kim Taehyung.

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Capítulo 9 – Aquele que vai embora.

Acordei com os raios de sol se infiltrando pela janela e estranhei ter dormido com as cortinas abertas, já que eu nunca me esquecia de fechá-las. Senti um peso cômodo sobre meu abdômen e inalei o cheio familiar de Taehyung que impregnava tudo. Cama, cobertores, travesseiros e roupas. Abri os olhos preguiçosamente e fui agraciado com uma visão encantadora.

Dividindo o mesmo travesseiro que eu, Taehyung dormia com o rosto virado na minha direção, e pude ver seu semblante tranquilo. Tinha os lábios entreabertos, o braço engessado apoiado no outro travesseiro enquanto o direito descansava sobre a minha barriga.

Borboletas voaram descontroladamente no meu estomago e eu abri um sorriso do tamanho do mundo. Fiquei parado, estático, tentando prolongar aquele momento o máximo que podia, consciente de que aquilo era imperdível e poderia não haver uma próxima vez tão cedo. Talvez nunca. Segurei a ânsia de me virar e abraça-lo de volta, enlaçando sua cintura, e me conformei em apenas observá-lo enquanto ele respirava serenamente.

Percebi Taehyung começar a se mover e fechei os olhos quase que completamente, deixando uma pequena brecha para que eu pudesse vê-lo por entre meus cílios escuros. Pude contemplar seu sorriso de lábios cerrados e senti-o se aproximar ainda mais, apoiando a bochecha em meu ombro e dobrando o braço que estava sobre mim, deixando sua mão descansar em meu tórax.

Tive certeza de que ele conseguiria sentir meu coração palpitar freneticamente, quase não se aguentando dentro do peito.

E eu estava certo.

- Jungkook, você está tendo um ataque cardíaco?

Meus músculos congelaram e eu senti meu rosto esquentar de vergonha. Abri os olhos e encarei Taehyung na mesma posição, um sorriso zombeteiro brincando em seus lábios e os olhos ainda fechados. Não sei nem se era biologicamente possível, mas acho que meu coração desobediente passou a bater em um ritmo ainda mais acelerado.

- Você é muito fofo. – Ele disse, soltando uma risada fraca, meio debochada.

Coloquei minha mão sobre a de Taehyung, sentindo claramente os batimentos involuntários.

Céus! Será que ele tem noção do quanto está me torturando?

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Os dias que se passaram foram uma tortura constante, mas no bom sentido. Desde que havíamos visitado o Rio Han, Taehyung passou a dormir comigo na cama de casal e a me tocar mais. Muito mais. Parecia arrumar qualquer desculpa para encostar-se a mim, enquanto cozinhávamos, caminhávamos ou assistíamos televisão. Eu que não ia reclamar, mas às vezes precisava conter meu impulso de pular em cima dele logo de uma vez.

Ele também estava mais aberto e interessado. Aberto no sentido de que puxava assuntos com mais frequência e nós passávamos horas tendo discussões sobre temas aleatórios, desde animes e doramas, até fofocas sobre nossos amigos da faculdade, já que Taehyung não se lembrava de boa parte delas. E interessado por qualquer coisa que tivesse a ver com nós dois. Ele escutava todas as minhas histórias com atenção e passava tardes inteiras folheando nossos álbuns de fotos e lendo as poucas cartas que escrevemos um para o outro, em datas como aniversários ou dia dos namorados. Eu ficava muito feliz em vê-lo se esforçando e dava para perceber que ele queria se lembrar de tudo, mas nós não falávamos muito sobre a amnésia e não tocamos mais no assunto dos pais de Taehyung desde o dia que contei para ele como haviam brigado.

As coisas estavam indo muito bem. A recuperação de Taehyung fora quase milagrosa e suas pernas já estavam em total funcionamento. Por vezes ele reclamava do gesso que coçava, do cabelo que não crescia e das dores de cabeça que tinha esporadicamente, e se deitava no meu colo, me obrigando a massagear suas têmporas. Taehyung praticamente roubou minha coleção de toucas e bonés, e andava bem mais vaidoso ultimamente.

- Vou mandar colocar aplique! – Ele disse certa vez, enquanto arrumava o cabelo por debaixo do boné, de forma que a falha ficasse imperceptível. Eu rolei os olhos e ri dele, mas realmente não duvidaria nada que Taehyung colocasse mesmo aplique.

Tive a ideia de chamar nossos amigos para irem à minha casa num sábado, já que era difícil reunir todo mundo. Os outros continuavam tendo vidas normais e frequentando as aulas na universidade, mas por causa do acidente de Taehyung eu acabei trancando o período para cuidar dele. Quando contei para a minha mãe ela disse que eu tinha feito a coisa certa e eu agradeci aos céus pela mãe que tenho.

No sábado a tarde Taehyung saiu do banheiro vestido todo de preto e com um boné cinza virado para trás, e mesmo com as roupas casuais deu pra perceber que ele havia caprichado mais do que habitualmente. Sorri quando ele se aproximou de mim.

- Você passou perfume. – Acusei, sentindo o cheio agradável da fragrância que Taehyung costumava usar.

Ele deu de ombros, como quem não se importa, mas eu sabia que ele estava ansioso e queria mostrar-se bem e saudável na frente dos nossos amigos.

- Namjoon hyung me mandou mensagem, eles já estão chegando.

Afirmei com a cabeça e observei Taehyung olhando para o chão, parecendo inseguro. Não fazia ideia do que se passava em sua mente, mas se fosse pelo fato de parecer doente ele podia ficar despreocupado.

- Você está lindo. – Assegurei, sendo recompensado com um de seus sorrisos retangulares e bochechas levemente coradas.

Quando a campainha tocou não me surpreendi ao abrir a porta e encontrar todos os seis parados do lado de fora. Deixei-os entrar e dei uma risada alta.

- Vocês vieram todos com Jin hyung? – Perguntei e Yoongi levantou o fardo de cervejas que tinha em mãos.

- Eu que não ia vir dirigindo.

Dahyun saltitou animadamente até Taehyung, abraçando-o meio sem jeito por cima do gesso, o que me deixou levemente com ciúmes.

- TaeTae oppa! Estava com saudades de ver seu rosto bonito.

- Cuidado Dahyun, Jungkook está te fuzilando com o olhar – Hoseok alertou com um sorriso brincalhão, me deixando sem graça – Melhor apreciar a beleza de Taehyung mais à distância.

A garota deu um salto para trás ao ouvir o comentário, fazendo Hoseok soltar uma gargalhada alta. Yoongi apareceu da cozinha com uma lata de cerveja em mãos.

- Além de maluca, também é sem noção.

- Hyung, eu também quero uma cerveja! – Taehyung pediu com olhos brilhantes na direção de Yoongi, que dava goladas longas direto da lata.

- Nem pensar! – Eu disse – Você não pode beber, ainda está tomando montes de remédios. – Ele fez um biquinho – Nem adianta!

Acabamos indo para a cozinha e ficamos lá até que caísse a noite. Seokjin cozinhou algumas carnes e nós bebemos cerveja enquanto conversávamos, sentados à mesa de jantar. Taehyung perguntou sobre as fofocas dos últimos dois anos que eu havia contado para ele, deixando todos desconfortáveis, coisa que ele adorava.

- Então quer dizer que os senhores Seokjin e Namjoon andaram se beijando? – Soltou do nada, fazendo com que os mais velhos ruborizassem. – Namjoon hyung, achei que gostasse de garotas.

Namjoon me olhou com um cara de quem diz “Jungkook, eu vou te matar”, mas eu não me importei. Valia a pena se fosse deixar Taehyung feliz e ele adorava provocar os mais velhos, estava sorrindo feito criança.

Agradeci baixinho a Jimin pelo conselho de levar Taehyung ao Rio Han, dizendo que o passeio havia nos aproximado bastante.

- Não foi nada, Kookie. Dá pra perceber que vocês estão mais íntimos – Sussurou em resposta – Quando estivermos na primavera não se esqueça de leva-lo para ver as flores de cerejeira.

Sorri com a lembrança. Havia dado meu presente de um ano de namoro para Taehyung sob as flores de cerejeira. Infelizmente ainda faltavam alguns meses para o início da primavera, mas agradeci novamente pela sugestão de Jimin e pelo seu interesse em nos ajudar.

Vi de canto de olho quando Yoongi deu um gole de cerveja escondido para Taehyung, mas deixei passar batido. Ele estava tão feliz que eu não queria fazer nada que pudesse tirar aquele sorriso bonito de seu rosto, e seus olhos brilhavam quando encontravam os meus. Sabia que ele estava grato por eu ter organizado aquela reunião.

Já era noite e nós estávamos comendo o delicioso churrasco coreano preparado por Seokjin hyung quando a campainha tocou novamente.

- Você chamou mais alguém? – Taehyung perguntou enquanto enfiava um pedaço de carne de porco na boca.

- Não. – Respondi, estranhando um pouco aquela aparição repentina, já que estava um pouco tarde – Talvez seja a minha mãe. Ela pode ter voltado de viagem mais cedo.

Levantei-me e passei pela sala em direção à porta da frente. Fui surpreendido pelo rosto que encarei do outro lado, de forma alguma esperava ver tão cedo aquela mulher de aspecto requintado, que no momento carregava um semblante nada satisfeito, me trazendo lembranças desagradáveis.

Sra. Kim.

Ela era alta como Taehyung e trazia muitos de seus traços delicados e bonitos, apesar de ter uma expressão severa no rosto. Tinha os cabelos castanhos presos em um coque alto, deixando a mostra os brincos de pérola, e vestia um sobretudo vermelho chamativo demais pro meu gosto.

- Onde está o meu filho, garoto? Eu sei que ele está aqui. – Disse, entrando pela casa sem pedir licença ou retirar os sapatos. – Vim buscá-lo.

Senti meu estômago embrulhar-se e involuntariamente encolhi os ombros e abaixei a cabeça de forma submissa, tal era o efeito que aquela mulher tinha sobre mim.

- Sogra... – Tentei chama-la numa voz falha, mas ela já estava a dois passos da cozinha.

Um anel apertou-se em torno do meu coração e eu senti lágrimas brotando em meus olhos escuros. Já sabia o que estava prestes a acontecer, na verdade acho que levara até mais tempo do que o esperado.

Ela vai levar Taehyung para longe de mim.


Notas Finais


Então, surpresos? Talvez não, né?
Deixem comentários dizendo o que vocês estão achando da fic, seus comentários me deixam muito muito feliz e me dão o maior gás pra escrever tudo rapidinho! <3
Obrigada a todos os que estão acompanhando cada capítulo e à todos os favoritos!
Muitos beijos e vejo vocês logo logo.
~BtsNoona


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