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História Via Láctea - Capítulo Único - Via Láctea.


Escrita por: Sapphire-

Notas do Autor


É aquele ditado: quando estou fodida da cabeça, me bate inspiração.

Minha primeira Hyoga x Shun, espero que gostem. <3

Dedicada à minhas Saintias.

Capítulo 1 - Capítulo Único - Via Láctea.


Eu vejo um caos de estrelas desalinhadas que ocasionalmente formam uma ponte. 

São vívidas como vagalumes ziguezagueando livres em um vasto breu sem cor, agora minuciosamente decorado com pontos brancos cintilantes. Meteoros surgem em grande escala, meteoritos passam raspando em uma rapidez inconfundível. Cometas vagam como fogos de artifício mas não explodem - mesmo que eu quisesse vê-los explodir - e se escondem entre as nebulosas matizadas em cores pastel. Ao meu redor, os planetas giram cautelozamente em uma desorganização formosa. Mercúrio lembra-me uma jóia rara e Vênus esplandece mais do que qualquer outra estrela já vista ali. A Terra é um respingo de cor em uma paleta imaginária e Marte parece queimar em chamas com seus tons ora laranjas, ora vermelhos. Júpiter me fascina, e os anéis de Saturno tomam-me a atenção por um breve momento, em uma hipnose inconsciente. 

Contudo, Urano surge. Surge, fazendo desaparecer Saturno e seus anéis, Júpiter e sua majestosidade, as chamas de Marte, a serenidade da Terra, o brilhar de Vênus e a graça de Mercúrio. Sequer me recordo de Netuno ou Plutão, aliás, este último eu nem consigo vislumbrar por tão distante. Urano me pegara de surpresa, exalando em meio à todas aquelas nove orbes o azul de seu interior. O azul diferenciado, o azul que alia-se ao percurso incandescente de estrelas. Urano é lindo, e é a fagulha de conforto durante o desespero de imergir no cosmo e nunca mais sair.

Eu flutuo como um balão perdido em meio ao universo tão bem formado, mesmo que parte de mim acredite ser apenas uma sensação passageira. Não há som. É vacuo, é obra de arte para ser apreciada. É uma trilha estrelada formando um caminho rumo ao infinito que segue para todos os lados. É uma supernova de formas e matizes expandindo à cada segundo como se o infinito não fosse o suficiente.

Em um piscar de olhos, o universo se esvaece. 

Desaparece junto ao olhar focado à frente, junto às madeixas tingidas por um raio de sol, que movimentavam-se levemente quando o sopro gélido decidia beijar seus fios, fazendo-os dançar no ar de maneira desengonçada. Subitamente, tudo era escuro. Não bastava tão somente tingir o céu de um preto amargurado, era preciso colorir com algo que beirava o sem vida cada detalhe ao redor, as nebulosas coloridas, a trilha de estrelas, o azul de Urano. Tudo fechou-se como uma caixa sem saída e os pés pesaram como pedras quando inesperadamente a gravidade voltara. "Hyoga", ele ouviu seu nome. E como sem pensar duas vezes, o tinido de seus passos fez-se presente quando ele afastou-se, dissipando-se tão rápido quanto o último resquício de um macrocosmo imaginário. 

Um suspiro. A realidade me surgiu como um estalar de dedos, mas trouxe consigo a melancolia de uma percepção clara; e talvez seja culpa do meu rosa, que não combina com o azul dele. 

Nossas galáxias parecem tão distantes uma da outra, e mesmo que eu esteja disposto à deixar minha Andrômeda para viver em tua Via Láctea, aproximar-me de ti é mais difícil do que cruzar o universo inteiro.



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